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História Just like that - Capítulo 1.


Escrita por: LuaBranca17

Notas do Autor


Ooi, aqui está uma nova fanfic e espero que gostem!
Boa leitura e sorry pelos erros de português. ❤

Capítulo 1 - Capítulo 1.


Fanfic / Fanfiction Just like that - Capítulo 1.

    Acordei gritando. 

  Sem sentidos e sem enxergar absolutamente nada. O ar ia sumindo dos meus pulmões os gritos ainda estavam ecoando em minha mente. Meus pais... O acidente... As imagens passavam como em um filme e havia sangue, muito sangue. Por toda parde.

 Continuei gritando até sentir mãos segurando meus braços e me fazendo sentar na cama.

 Alguém chamava meu nome, mas parecia distante e o som era abafado. 

  A voz foi aos pouco se aproximando e ficando nítida. 

  - Jackie! - era a voz de meu irmão, Matthew me olhava com os olhos arregalados. Ele estava sem camisa e enrolado numa toalha e com os cabelos cheios de shampoo. - Tudo bem, foi só um pesadelo. Vai ficar tudo bem. Já passou. 

  Ele tentava me acalmar. Minha respiração estava acelerada e eu tremia muito. 

  - Não Matt. Não passou. Eles se foram Matt. E nos deixaram aqui... - meus olhos começaram à arder, e um nó se formava em minha garganta enquanto eu falava. - Papai e Mamãe se foram. 

  Matt me abraçou, me envolvendo em seus braços, me molhando, mas nem liguei, apenas chorei. Muito. Até as lágrimas se esgotarem. 

  - Que horas são? - perguntei, me afastando de Matthew e fungando enquanto secava meu rosto com a manga do meu pijama. 

  - São seis e meia da manhã, mas acredito que você não queira dormir agora. - ele suspirou e levantou da cama, se enrrolando melhor na toalha. 

  Fiz que não com a cabeça.

  - Por que estava tomando banho tão cedo? - perguntei ao meu irmão. 

  - Você não é a única que tem medo de dormir. - ele sorriu fraco. - Vou voltar pro meu banho e depois a gente toma um café, pode ser?  

  - Pode. - falei e sorri fraco.

  Matthew saiu do quarto e eu levantei da cama e coloquei minhas pantufas de ursinho. Eu ainda tinha as pernas bambas e uma sensação ruim no estômago por causa do medo, mas ela ia aliviando aos poucos.  

  Coloquei uma calça de moletom cinza, e uma blusa de manga comprida preta, bem colada. Lavei meu rosto no meu banheiro, e passei os dedos pelo cabelo, escovei os dentes e fiz uma maquaigem simples: delineado gatinho e rímel. 

  Coloquei um par de tênis e sai do quarto. 

  Sai para o corredor, ligando todas as luzes para evitar cair por cima das caixas de mudanças. 

  Eu e meu irmão, estávamos nos mudando para uma cidade do Canadá chamada Vancouver, por dois motivos. 

  1_ Matt, meu irmão mais velho de 21 anos, que agora possuía a minha guarda, recebeu uma ótima proposta de emprego lá. 

  2_ Na cidade onde morávamos, lembranças dos nossos pais estavam em toda parte, em cada esquina. 

  Há um mês atrás, estávamos voltando de uma viajem para a casa de nossos avós, mas por causa de um cervo idiota que passou correndo no meio de uma pista molhada, nosso carro derrapou e acabou capotando. Eu e meu irmão saímos ilesos. Mas eu bati a cabeça meio forte e fiquei desacordada. Meu irmão que chamou a ambulância. Quando acordei, eu estava deitada no asfalto, ouvindo o barulho das sirenes. 

  O carro estava capotado e eu levantei devagar, me aproximando. Havia sangue por todo lado, e aquilo me deixou tonta. De repente me lembrei da minha família e entrei em pânico. Olhei em volta e encontrei meu irmão abaixado ao lado de dois sacos pretos. 

  Me abaixei ao seu lado, sem entender nada e fitei os sacos pretos. 

  Eles tinham o tamanho de... Não.

  - Não... - sussurrei, a voz não queria sair. - Não... - consegui falar mais alto. - Matt... 

  Matthew não disse absolutamente nada, apenas me abraçou e colocou uma das mãos sobre minha cabeça, fazendo com que eu não olhasse para a cena... Mas pelo menos o cervo morreu também. 

   Só consegui sair de meus devaneios quando tropecei em uma caixa e caí sobre os livros empilhados na parede do corredor, fazendo um estardalhaço. 

  Uma dor aguda se instalou nas minhas costelas, logo abaixo do braço, onde os livros bateram. 

  Cai no chão como se eu fosse uma caixa, e resmunguei de dor, falando todos os palavrões que eu conhecia e até uns que inventei. 

  Meu irmão apareceu novamente no corredor, dessa vez já vestido e secando os cabelos. 

  - O que houve com você? - ele perguntou, me ajudando à levantar. 

  - Eu tropecei... Numa caixa,e derrubei todos os seus livros. - sorri amarelo, como que pedindo "desculpas". 

  Matt revirou os olhos e depois soltou um risinho. 

  - Vem, vamos tomar café.  

  Decemos para o primeiro andar onde encontramos mais caixas. 

  Matt abriu os armários em busca de xícaras e café, mas não encontrou nada lá dentro além de pó. 

  - Sempre me esqueço que já está tudo empacotado. - ele falou e eu ri de sua cara. 

  Ele vestia uma calça jeans azul, um pouco desbotada. E uma camisa de uma banda brasileira chamada Matanza. Bem, na minha opinião, a tradução das letras era legal, mas eu não entendia merda nenhuma enquanto eles cantavam. E também usava um tênis da Vans, azul e preto. 

  Parecia até um adolescente normal e não um empresário sério de 21 anos que ele era quando estava de terno. 

  Matt se apoiou no balcão, que infelizmente nao poderiamos levar para a casa nova, e passou a mão pelos cabelos negros. 

  Matt era bonitão, alto, 1,90 de acordo com sua ficha médica que eu fui verificar um dia desses. 

  Tinha cabelos negros e lisos. E os usava num topete bem feito com gel quando ia trabalhar, mas hoje eles estava espetados e rebeldes. Possuía olhos esverdeados que meio que mudavam de cor. As vezes estavam completamente verdes e em outras castanhos. E as vezes os dois. Ele tinha um queixo quadrado e a pele clara como a minha. 

  Tinhamos muito pouco em comum. 

  - Tive uma ideia, Jackiezinha. - ele me olhou e sorriu. - Vamos tomar café numa cafeteria que nunca fomos. 

  Pulei do banco onde eu estava sentada, ficando muito menor que Matthew. 

  Mesmo eu tendo 16 anos, tinha apenas altura, o que dava motivos suficientes para meu irmão me chamar de Jackiezinha quase o tempo todo. 

  - Eu odeio esse apelido, Matthew Montgomery! - rosnei. - Pare de me chamar assim ou...

  - Haha, Jackiezinha... Vai fazer o quê? Morder minha canela? - ele me interrompeu. - Ou se agarrar na minha perna até eu cair? 

  Matt gargalhou, e eu comecei a rir também enquanto socava seu braço. 

  -Ai ai! - ele reclamou. - Vamos logo tomar café que eu estou com fome. 

  - Tá. - falei e fui em direção à porta de entrada enquanto Matthew pegava a chave de seu carro, um Ford Edge 2013 prateado. Um carro muito lindo na minha opinião. Ele o ganhara de nossos pais quando completou 18 anos, e pelo visto eu não teria a mesma sorte. 

  Fomos para uma cafeteria quase do outro lado da cidade e eu tomei um Capuccino enquanto Matthew tomou uma xícara bem grande de café preto. E comemos uns doces sentados numa mesa próxima à uma parede de vidro que dava para a calçada, onde as pessoas passavam lentamente, recém acordando para ir trabalhar e... Viver suas vidas. 

  - Quando o caminhão chega para buscar as coisas? - perguntei, com a boca cheia de bolo. 

  - Hoje, as nove horas. - Matt falou, mexendo em seu celular. 

  - E que horas são? - perguntei novamente, depois de beber um gole do meu café. 

  - Quase oito horas. 

  "Nossa como o tempo voa", pensei.

  - Amanhã, a essa hora estaremos em Vancouver, e suas maravilhosas... CHUVAS! - Matt falou, abrindo os braços dramaticamente quando falou a palavra "chuvas". 

  - Não me importo com a chuva se você ganhar bem o suficiente no seu novo emprego para me dar um carro. -sorri como uma criança pedindo por um doce.

  - Vou te dar um carro quando eu ficar rico. 

  Revirei os olhos. 

  - Não vou ganhar esse carro nunca. -falei e depois gargalhei. 

  -Verdade. - ele riu também. 

  Depois que terminamos de comer, pagamos a conta e fomos para casa. 

  Assim qie paramos o carro em frente ao portão da caragem, meu irmão começou ao tremer ao meu lado como se estivesse tendo uma crise de pânico. Só pude entender o motivo quando segui a direção em que ele olhava, e aí comecei a tremer também. 

  - Droga. - falamos juntos. 

  

  


Notas Finais


Obrigado por lerem *-*


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