A segunda-feira chegou e naquela manhã Marina acordou primeiro e foi até a cozinha.
Neuza: - Já de pé Dona Marina assim tão cedo?
Marina: - Preciso de um café?
Neuza: - Está preocupada, não está?
Marina: - Está tão visível assim. Neuza concordou com a cabeça. - Estou preocupada com a Clara e essa situação com a mãe dela, sei que ela se faz de forte, mas isso afeta ela. Fica tristinha pelos cantos e isso me deixa preocupada por que ela não quer falar sobre.
Neuza: - Pede para alguém neutro na situação tentar falar com ela, quem sabe ela não se abre?
Marina: - Mais quem Neuza?
Neuza: - Se for a Flavinha ou a Gi ela pode não se abrir, mas se...?
Marina: - Se?
Neuza: - Se o seu pai falar com ela.
Marina: - Pode ser uma boa não custa tentar não é?
Neuza concordou com a cabeça e saiu da cozinha, ela foi acordar o pequeno para levá-lo para a escola.
Neuza: - Vou lá em cima cuidar das nossas crianças.
Marina: - Deixa a pequena comigo, vou fazer uma surpresa para a mamãe.
Neuza: - Está bem, não esquece a mamadeira e...
Marina: - Eu sei o remédio da alergia.
Neuza: - Que mamãe preparada.
Marina: - Sempre. Disse saindo em direção ao jardim para pegar umas flores. Voltou a cozinha e pegou a mamadeira que já estava pronta e o remédio da filha e levou as flores. Entrou no quarto da filha e viu que a pequena já estava acordada olhando o mobile que ficava em seu berço. - Já acordada filha, vim cuidar da minha princesa.
Pegou Valentina no colo deu um banho nela e a deixou bem cheirosa. Deu a mamadeira a pequena e ficou admirando a filha e percebendo que ela tinha muitos traços de sua amada.
Marina: - Vamos fazer surpresa para a sua outra mamãe? Pegou a pequena e as flores e foi em direção ao seu quadro, ao chegar lá avistou a esposa deitada de bruços. Colocou as flores na mesinha de cabeceira e
colocou a pequena na cama e começou a beijar a noiva que ao sentir os carinhos começou a acordar.
Clara: - Que delicia acordar assim com as meus dois amores comigo, mas esta faltando um cade o pequeno?
Marina: - Foi para escola. Eu e a pequena estamos te esperando para pegar o sol da manhã. Já que depois nos temos que trabalhar, topa mamãe?
Clara: - Essa mamãe aqui topa, vamos levantar?
Marina: - Te esperamos no jardim. Vamos preparar a mesa do café.
Clara: - Ok. Em cinco minutos eu desço.
Marina desceu e colocou a pequena no carrinho, e começou a arrumar a mesa do café com ajuda de Neuza.
Marina: - Neuza você viu a Flavinha por aí? Ainda não apareceu hoje.
Neuza: - Esta dormindo ainda.
Marina: - Ela sempre acorda cedo.
Neuza: - Na verdade vocês é que madrugam por causa das crianças.
Marina: - Pode ser. Assim que viu a amada Marina abriu um sorriso. - Minha convidada de honra do café chegou. Deu um beijo em Clara.
Clara: - Estou gostando dessa manhã, ganhei muitos beijos.
Marina: - Você ganha beijos todos os dias.
Clara: - Eu sei amor, só que hoje eu ganhei mais.
Marina: - Posso servir o seu café?
Clara: - Pode meu amor.
Marina serviu o café das duas e ficaram conversando amenidades.
Marina: - Amor, você não acha estranho que a Flavinha ainda não acordou?
Clara: - Ela deve esta cansada amor.
Marina: - Temos ensaio hoje pela manhã?
Clara: - Temos sim, aquela campanha publicitária com crianças.
Marina: - Verdade, mas hoje a Gi só vem depois do almoço, você acha que damos conta sem elas? Não sei se a Flavinha vem agora de manhã?
Clara: - O estranho é que ela sempre avisa quando vai se atrasar.
Marina: - Sem problemas, damos conta. Vou deixar a pequena com a Neuza e te encontro no estúdio.
Clara: - Esta bem, vou olhar o seu email.
Marina: - Ok.
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Clara e Marina arrumaram o cenário e só estavam aguardando que os modelos mirins chegassem. A morena cuidou do figurino e ajudou a morena com a luz, o ensaio começou as nove da manhã e elas terminaram as onze.
Clara estava conversando com as mães que acompanhavam as crianças que Marina fotografou, quando Marina se aproximou com uma bandeja com suco de morango e suco de laranja.
Marina: - Bom, vamos brindar ao nosso ensaio que deu certo e ficou lindo. Depois estão liberados.
Ficaram ali mais um tempo conversando e depois as mães e as crianças foram embora.
Clara: - Amor, você já que ir selecionando as fotos de hoje?
Marina: - Temos que envias as fotos quando?
Clara: - No sábado.
Marina: - Estamos com a agenda cheia essa semana, melhor adiantar e ainda temos os detalhes do nosso casamento para resolver.
Clara: - Semana agitada. Temos apenas duas semanas para organizar o nosso casamento e ainda temos que trabalhar, vai ser uma loucura. Ainda bem que temos a Flavinha.
Marina: - Verdade.
Elas começaram a selecionar as fotos que nem viram a hora passar, quando era duas da tarde Neuza estava perguntando se elas não iriam almoçar.
Clara: - Nem vimos o tempo passar.
Neuza: - Isso que é amor ao trabalho.
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As duas já haviam acabado de almoçar quando Flavinha entrava na cozinha.
Marina: - Até que enfim apareceu, estávamos preocupadas. Aonde você estava?
Flavinha: - Estava com o seu pai.
Marina: - Com o meu pai?
Flavinha: - Sim, mas depois agente conversa. Na verdade não posso falar sobre.
Marina: - O que vocês estão aprontando em?
Clara: - Amor, ela já disse que não pode falar.
Marina: - Você esta sabendo de algo?
Clara: - Não, mas as surpresas da nossa amiga são sempre boas.
Marina: - Isso é verdade, vamos voltar ao trabalho?
Clara: - Vamos.
Foram para o estúdio e conseguiram terminar a seleção e os ajustes das fotos, mandaram para o cliente para que ele visse e desse o seu ok. Jantaram com Ivan e viram um filme com o pequeno, depois foram para o quarto delas onde pegaram no sono dormindo de conchinha.
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COPACABANA
Diogo e Flavinha estavam aprontando eles estavam organizando a lua de mel das duas e a festa de casamento.
Flavinha: - Se eu continuar saindo assim elas vão reparar.
Diogo: - Flavinha é por uma causa maior.
Flavinha: - Eu sei, então voltemos aqui...
Diogo: - Minha filha já comentou quanto tempo de lua de mel?
Flavinha: - Quinze dias por causa das crianças.
Diogo: - Está bem, você já teve alguma idéia?
Flavinha: - Já pensei na Grécia, mas claro que não podemos esquecer que Marina não vai a Europa sem passar em Londres.
Diogo: - Ok. Grécia e Inglaterra, vou providenciar o roteiro e depois vemos. E a festa e a cerimônia?
Flavinha: - Eu pensei que poderia ser na galeria em que elas se conheceram.
Diogo: - Onde foi a exposição da Marina aqui no Brasil, realmente você pensa em tudo.
Flavinha: - É claro que penso.
Continuaram conversando os detalhes, quando o celular de Diogo
tocou
Diogo: - Alô.
Marina: - Oi pai, tudo bem?
Diogo: - Tudo sim minha filha e por aí?
Marina: - Por aqui também.
Diogo: - Que tom de voz é esse minha filha? Eu te conheço o que esta preocupando você?
Marina: - A Clara pai.
Diogo: - A Clara? Mais aconteceu alguma coisa?
Marina: - Essas situações com a mãe dela, mexem muito com ela, mas ela não se abre com ninguém. Aí conversando com a Neuza achamos que se você falasse com ela talvez ela se abrisse...
Diogo: - Ok. Eu vou ajudar você, vou buscar a Clara hoje as oito horas e diz que não aceito não como resposta.
Marina: - Obrigada pai.
Diogo: - Denada minha filha.
Diogo desligou o telefone e continuou conversando e acertando tudo com Flavinha. Diogo ficou responsável por conseguir a galeria e Flavinha de ver a decoração e de avisar as noivas de que ela só teriam que se preocupar com alguns detalhes.
Diogo: - Então tudo certo. Agora vou fazer reserva no japonês, vou levar a minha nora para jantar.
Flavinha se despediu de Diogo e voltou para Santa Tereza, afinal ela andava meio por fora do que acontecia no estúdio, queria se inteirar de tudo.
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Marina contou para Clara que o sogro iria pegar ela para jantar. A morena estranhou o fato de a fotografa não ir.
Clara: - Amor, por que você não vai?
Marina: - Ele quer passar um tempo com você.
Clara: - Está bem, vou me arrumar. Ele vem que horas mesmo?
Marina: - As oito. Vou lá ficar com as crianças.
Clara: - Está bem. Passo lá para ver vocês antes de sair, para dar um
beijo.
Clara levou uma hora para se arrumar e foi ver Marina e as crianças.
Clara: - Tudo certo por aqui?
Marina: - Sim.
Clara: - Vou indo seu pai já está esperando.
Marina: - Divirta-se meu amor, você está linda. Só não fico com ciúme, por que você vai com meu pai.
Clara: - Não precisa ter ciúme nunca, sou sua. Toda sua.
Marina: - Agora vai, não deixa seu sogro esperando. Disse beijando a amada.
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Diogo já esperava a morena no carro.
Diogo: - Nossa como a minha nora está linda.
Clara: - Que isso meu sogro, você que está um gato.
Diogo: - Então vamos?
Clara: - Sim.
Entraram no carro e foram para o restaurante japonês onde Diogo havia feiro as reservas. Fizeram o pedido e enquanto esperavam o jantar chegar o sogro da morena puxou assunto.
Diogo: - Então, eu trouxe você aqui para saber as suas verdadeiras intenções com a minha filha. Pode começar? Disse em tom sério.
A morena que foi pega de surpresa engasgou com o suco que estava bebendo.
Clara: - Como que é? Isso é... Isso é sério?
Diogo: - Calma, eu estou brincando.
Clara: - Quer me matar do coração meu sogro? Mais mesmo assim eu respondo, as minhas intenções com a sua filha são as melhores, pode ter certeza.
Diogo sorriu, ele sabia que era verdade as palavras de Clara, bastava olhar para a filha para saber. O jantar chegou, e eles começaram a comer.
Clara: - Está ótimo esse jantar.
Diogo: - Você e Marina são meias suspeitas para falar de comida japonesa.
Clara: - Verdade.
Diogo: - Clara posso te fazer uma pergunta? Clara concordou com a cabeça e ele continuou. - Então um passarinho verde me contou que alguém anda meio triste pelos cantos e esse passarinho está preocupado porque você não fala nada sobre.
Clara: - Esse passarinho se chama Marina?
Diogo: - Ela está preocupada com você. Você conhece a sua mulher, ela gosta de ver todos bem e enquanto não consegue não fica quieta.
Clara: - Isso é verdade.
Diogo: - Eu suspeito do que está te deixando assim e o por que de não querer falar, mas quero ouvi de você. Tem haver com o episódio do batizado da minha neta?
Clara: - Não vou mentir meu sogro, essa situação com a minha mãe é muito complicada. Num momento eu tenho minha mãe sempre por perto e no momento em que estou feliz, ela não está ali comigo. É uma situação difícil porque ela sempre me apoiou em tudo, sempre esteve ao meu lado. Sempre pude contar com ela e agora a única coisa que ficou foi a decepção. Não suporto ver ela falando mal da Marina e do amor que eu sinto por ela e isso dói.
Diogo: - Eu te entendo, mas por que você não conversou com a Marina?
Clara: - Pra falar a verdade, eu não queria preocupar ela, mas já vi que o efeito foi ao contrário.
Diogo: - Voce precisa conversar com a sua mulher, não pode esconder as coisas dela. Precisam resolver as coisas juntas, agora vocês são uma família.
Clara: - Eu sei meu sogro, vou conversar com ela.
Diogo: - Promete? Clara: - Prometo. Sei que ela vai ligar para você, mas não fala nada.
Diogo: - Está bem. Agora vamos que vou te devolver. Clara nunca esqueça a melhor pessoa para compartilhar as suas inseguranças é a pessoa que você ama, para assim resolver tudo juntos.
Clara: - Não vou esquecer.
Diogo deixou a morena na frente de sua casa e se despediu com um abraço. Eram dez da noite quando Clara chegou em casa, pensou que Marina já estava dormindo, mas assim que entrou viu sua amada lendo um livro. A fotografa estava tão concentrada que nem viu quando a morena se aproximou e lhe deu um beijo no rosto, chamando a sua atenção.
Marina: - Oi amor, já chegou?
Clara: - Já, estava com saudade da minha noiva.
Marina: - É mesmo?
Clara: - Sim. A morena beijou a amada. - Precisamos conversar.
Marina: - Detesto essa frase.
Clara: - Calma meu amor. Abraçou a fotografa. - Quero conversar sobre a conversa que eu tive com seu pai.
Marina concordou com a cabeça e a morena contou tudo a ela, seus medos e inseguranças. Tudo o que estava sentindo.
Marina: - Da próxima vez, promete que vai conversar comigo? Que não vai me esconder nada?
Clara: - Prometo.
Marina: - Agora vamos dormir, amanhã temos uma reunião com a Flavinha.
Clara: - Reunião?
Marina: - Não me olha assim. Eu não sei do que se trata. Coisas da Flavinha
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