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História Just my luck - Prólogo: Be careful what you wish for


Escrita por: haibalevs

Notas do Autor


OLÁÁ~ °˖✧◝(⁰▿⁰)◜✧˖°
Entãão, tive ideia pra mais essa short-fic 2Jae e claro que escrevi e decidi postar, jskdfg. Adoro angst desse casal, mas como surgiu a proposta de fazer uma comédia romântica levinha sobre os dois, agarrei a oportunidade pra me distrair da sofrência. ;; q
A princípio vão ser prólogo + 5 capítulos + epílogo, não sei com que frequência vou postar por motivos de: tempo e + 2 fanfics, mas prometo tentar não deixá-las esperando muito tempo!~ ♥
Vão ter altas referências a coisas místicas porque eu sou obcecada nisso e sei beeem mais do que deveria, vou tentar dar uma explicada ao fim de cada capítulo e colocar alguns links úteis, sdjkfhg.
Espero que gostem~ agradecimentos de novo ao Youngjae da minha vida, @electracarat.
Boa leitura!

Capítulo 1 - Prólogo: Be careful what you wish for


Era um monólogo que sempre o acompanhava, este sobre a importância do tempo na vida de um advogado de sucesso. Tinha certeza que já o repetira para Jinyoung algumas centenas de vezes, sempre reafirmando que seu retorno financeiro não seria o mesmo se não calculasse cada milissegundo que gastaria com seus afazeres para aproveitá-los ao máximo.

Veja bem, processos têm prazos. Você tem um período para coletar provas, juntar os autos, fazer petições, contestações e esperar por uma sentença. As coisas ficam mais fáceis se você premeditar o que vai acontecer e agir o mais rápido que pode. O mundo das leis é caótico como tudo o que envolve relações interpessoais e, como num jogo de xadrez, vence quem prever a jogada de seu adversário de maneira mais precisa.

Jaebum sempre fôra bom nisso, como a boa pessoa racional que era.

Racional até demais, segundo Jinyoung, mas tal característica era o que o diferenciava dos advogados inertes e preguiçosos que ele tanto odiava. Não se importava de trabalhar até chegar ao ponto da exaustão, de seguir sua rotina religiosamente e de viver num universo particular porque, bem, ele estava ganhando dinheiro.

E ainda que digam que dinheiro não traz felicidade, ele certamente ajuda muito no processo para alcançá-la.

Jaebum era a prova viva disso e certamente gostava de dinheiro. Ele não faria o tipo advogado mercenário se não apreciasse a vida luxuosa que levava, mas quem não gostaria de estar no lugar dele?

Quer dizer, era trabalhoso, mas no fim do dia todas as suas contas estavam pagas e ainda sobrava o bastante para dar a volta ao mundo.

Não que ele tivesse tempo para viajar, claro. Mas estava feliz com a vida que levava trabalhando, cuidando de sua gatinha Nora, comendo em restaurantes caros e com companhias eventuais que não lhe encheriam o saco no dia seguinte. Era um homem de 27 anos livre, desimpedido e com uma conta bancária gorda.

Sinceramente não sabia se havia um Deus por aí, mas, caso fosse real, tinha de se lembrar de agradecê-lo por ter sido tão abençoado.

O único problema de seu estilo de vida era o modo como seus amigos o reprovavam, sobretudo Jinyoung. Talvez virar professor do jardim de infância tenha afetado a cabeça dele - é normal ficar meio bitolado quando se está rodeado por aqueles rascunhos de capeta (também conhecidos como crianças) -, mas o fato é que, num suposto convite para almoço, Jaebum havia sido ludibriado e levado para consultar um cartomante.

Mal tinham chegado e já dava para notar o quanto o local era estranho - e olhe que sequer tinham passado da recepção.

O cheiro forte de incenso de canela fazia o mais velho espirrar ocasionalmente, era um ambiente fechado e claustrofóbico, com cortinas de veludo num tom arroxeado que impediam a claridade de entrar. As luzes também eram fracas, amareladas e davam a impressão de um estabelecimento mais antigo do que de fato era. Havia várias pedras multicoloridas e reluzentes, quadros estranhos, livros de tarô, astrologia e bruxaria, apanhadores de sonhos e mesmo algumas miniaturas de bruxinhas colecionáveis na decoração desordenadamente organizada.

A poluição visual era tamanha que Jaebum tinha vontade de levantar para passar um espanador de pó naquelas tralhas e em seguida organizá-las por ordem de tamanho, mas havia um cartaz gigante na porta dizendo “Não toque em nada para não desalinhar os chakras!”.

Pff. Os chakras provavelmente já estavam tão desalinhados com aquela bagunça caótica que eles agradeceriam caso alguém se dispusesse a arrumá-la.

 

- Não posso acreditar que você me trouxe pra um lugar desses, Jinyoung. - Jaebum resmungou sonoramente, bufando de raiva. - Isso aqui não vai me ajudar em nada, o máximo que posso fazer é denunciar esse farsante por estelionato.

- Calado, hyung. - Jinyoung uniu as sobrancelhas. Eles eram os únicos ali, no entanto, havia várias esculturas de deuses hindus e de Buda que pareciam estar julgando-os a cada minuto que passava, com seus olhos mal pintados seguindo-os a cada movimento feito. Desconfortável, para dizer o mínimo. - É um presente meu para você. Esse cartomante é um dos melhores de Seoul… Quem sabe ele não te faz tomar rumo na vida, hm?

- Eu já tenho um rumo na vida, Jinyoung! - O moreno retrucou, incrédulo. - Se não tivesse, provavelmente viraria cigano.

- É cartomante.

- Tanto faz. A questão é que eu não preciso de uma pessoa que vá me falar um bando de baboseiras irreais pra irradiar um efeito placebo ou qualquer merda dessas e ainda ganhar dinheiro com isso. É completamente estúpido!

- Você que é estúpido. - O rapaz fez um bico. Nem precisava dizer que ele era frequentador assíduo desses estabelecimentos místicos feitos para pessoas inseguras, mas obviamente Jaebum deixaria para jogar isso na cara dele quando fosse mais oportuno. Não queria levar um soco antes da consulta, também. - Mas eu entendo, você sabe como eu era cético também… É só que às vezes pode ser bom dar chance para algo novo, ver o que o universo tem para te falar. Não vai doer e, caso não mude sua cabeça, tudo bem. Não precisa ficar resmungando, hyung.

- A única coisa que o universo pode dizer é o que eu já sei: a minha vida é ótima e não precisa mudar. - Retrucou com um sorrisinho pretensioso.

- Não tenha tanta certeza disso. As cartas são imprevisíveis, dificilmente estão erradas. As previsões que eu tinha mais certeza foram as que mais me surpreenderam.

- Tudo bem, não vou ficar discutindo sobre isso porque a inveracidade da situação vai se provar sozinha. - Jaebum afirmou, certo do que iria acontecer. Não tinha nada que aquele cigano pudesse lhe falar que fosse mudar qualquer aspecto de sua vida. - Mas é bom que essa consulta seja rápida, tenho um encontro mais tarde.

- Encontro? Com quem?

- Não é esse tipo de encontro, Jinyoungie. É com a minha cliente favorita.

- Aquela empresária dos honorários antecipados?

- A própria, mas agora é sobre o contrato de casamento dela.

 

Antes que Jinyoung pudesse responder qualquer coisa, uma figura peculiar adentrou o recinto apressadamente, dando longos goles numa bebida que parecia chá de rosas.

Ele era esguio, moreno, com um rosto quadrado e cabelos escuros por baixo de um chapéu preto. Vestia uma blusa branca de manga cumprida com tecido fino e uma calça justa, alguns colares e pulseiras ornamentavam seu visual, fazendo um barulho irritante. Ele parecia um boêmio chic pós-moderno e soava como um chocalho. Não parecia ter mais do que 25 anos, talvez menos, era difícil discernir bem com aquela iluminação péssima, mas ele certamente estava tentando fazer jus ao estereótipo de cartomante, mesmo que tivessem toques pessoais em sua produção.

Ao ver os dois rapazes lhe esperando, abriu um sorriso que era capaz de cegar o mais iluminado dos clarividentes.

 

- Oh… O que temos aqui? Uma aura violeta, que raro. - Disse, com os olhos fixos em Jinyoung, fazendo uma breve reverência como cumprimento. Fez o mesmo para Jaebum em seguida. Sua voz era melodiosa e doce. - E você é azul escuro. Cético, não? Foi arrastado pelo seu amigo violeta?

- Vocês planejaram isso? - O mais velho perguntou, confuso. Não estava entendendo a sacada do violeta e do azul escuro, mas definitivamente havia sido arrastado até ali e não sabia como o rapaz havia chegado àquela conclusão. Só sabia que sua pergunta havia lhe feito rir.

- Eu disse que ele era bom. - Jinyoung sorriu, cutucando-o. Ele parecia imensamente satisfeito com a capacidade dedutiva do cartomante. - Prazer, eu sou Park Jinyoung e meu amigo é Im Jaebum.

- Eu sou Choi Youngjae. É um prazer tê-los aqui, peço desculpas pelo atraso. - Ele fez uma breve pausa. - Então… Suponho que a consulta seja para o Jaebum-ssi? Você parece carregado de energias fortes. Tem trabalhado muito?

- Até demais, Youngjae-ssi. - Jinyoung respondeu antes que Jaebum tentasse rebater o comentário com alguma mentira. - Espero que você possa ajudá-lo.

- Certamente. Vamos?

 

Jaebum assentiu e se levantou, seguindo com Youngjae para uma porta que ficava nos fundos do estabelecimento e dava entrada para um cômodo ainda menor, com uma mesa redonda e duas cadeiras. Havia ainda mais coisas empilhadas ali, velas e uma bola de cristal no centro da mesa, mas esta parecia meramente ilustrativa. Contudo, definitivamente o que mais chamava atenção no local era um poster gigante da Stevie Nicks em uma das paredes. Jinyoung era fã daquela mulher, então o moreno sabia muito bem de quem se tratava.

As músicas dela eram péssimas.

Uma pessoa sã jamais se enfurnaria num canto daqueles, mas duvidava que o tal cigano tivesse os parafusos no lugar. Ele parecia um personagem saído de um filme de magia e definitivamente não era uma pessoa agradável. Certamente aquelas aferições anteriores foram apenas para dar uma de espertinho e soar convincente, porque era isso que esses trambiqueiros místicos costumavam fazer. Pura e completa enganação.

Quem foi que inventou esse negócio de auras terem cor, aliás? Nunca tinha ouvido falar daquilo antes. Até o dado momento só havia se deparado com várias presunções absurdas e só não estava mais irritado porque, por mais que estivesse perdendo seu precioso tempo, ainda não estava perdendo dinheiro.

Aquele tipo de profissão medíocre era o que dignificava seu trabalho como advogado. Já havia denunciado alguns estelionatários antes, talvez aquela consulta pudesse lhe render algum honorário.

Não que ele só pensasse em dinheiro, mas também não podia descartar possibilidade.

Sentou-se na cadeira oposta a de Youngjae, que tirou o chapéu e deixou algumas mechas de seu cabelo caírem sobre sua testa desalinhadamente. Agora que dava para ver seu rosto melhor até que ele não parecia tão sujo quanto presumira a primeira vista. Seu rosto era bem delineado e ele tinha lábios bastante rosados que formavam um bico enquanto ele tirava suas cartas de uma caixa de madeira e desatava a seda que as envolviam. Deveria ser alguma espécie de ritual, pois o rapaz estava muito concentrado no processo.

O processo de leitura da sorte não era romantizado como nos filmes que Jaebum costumava assistir. Youngjae pediu que ele escolhesse as cartas com cautela sem nada dizer, e à medida que o mais velho ia escolhendo ele as colocava em posições pré-determinadas, mantendo-se sempre silencioso. Não havia nenhum discurso sobre como sua vida viraria de cabeça para baixo, sobre o poder das cartas, a atuação do destino ou qualquer besteira do tipo.

Poderia ser até mesmo uma forma alternativa de utilizar as cartas de Uno de tão casual que era, mas então o rapaz virou as cartas e as analisou calmamente, com uma expressão serena no olhar. Por um segundo Jaebum quase acreditou que ele não estava fingindo, mas não era possível que não fosse um farsante. Pessoas de bem cursavam a universidade e arranjavam empregos dignos ao invés de ficarem lendo a sorte dos outros para ganhar a vida. Era uma matéria subjetiva demais para que qualquer um tivesse propriedade sobre ela, mas tinha de dizer que o tal Youngjae soava convincente.

Talvez por isso fosse considerado tão bom.

 

- Desculpe por não ter falado muito até agora, é preciso que você seja a energia majorante pra que a leitura seja mais precisa e eu não queria interferir. - Ele começou a explicar, passando o indicador por uma das cartas e depois segurando-a. Em seguida, pegou mais duas e deixou o resto na posição em que se encontravam. - De qualquer forma, tenho notícias que podem enlouquecer sua aura azul, Jaebum-ssi.

- O que é uma aura azul, afinal? - Perguntou, já não aguentando mais a própria dúvida.

- No seu caso, azul escura. É a aura das pessoas trabalhadoras, teimosas e geniosas. Vocês não costumam gostar de mudanças, mas hoje o Louco apareceu para você. - Youngjae mostrou uma carta com um desenho vagamente abstrato e os escritos “O Louco” em uma caligrafia bonita. - Isso significa caos. Essa carta é um arcano maior do tarô e indica que você enfrentará tempestuosidades no ramo dos relacionamentos. Você vai se deparar com uma situação nova, provavelmente intrigante demais para ser entendido a princípio para alguém como você, que é definido pela carta do Imperador. Pessoas regidas pelo Imperador são pragmáticas e egocêntricas, então provavelmente haverá dificuldade para enxergar além dos acontecimentos que o Louco te forçará a enfrentar. Você vai relutar até o final, mas não terá escolha se não aceitar, porque o destino irá te prender a esse acontecimento e fazer você voltar nele até aceitá-lo. É o que diz a carta da Estrela. Mas não se preocupe, Jaebum-ssi, por mais assustadores que sejam os choques do Louco, a Estrela fará a verdade ser revelada de uma maneira encantadora.

 

Jaebum encarou a análise com perplexidade por alguns segundos enquanto Youngjae continuava a divagar. Ele não sabia se havia entendido tamanha abstração, até porque na maior parte do tempo ficou tentando desvendar os desenhos das cartas e perdeu sua linha de raciocínio, mas nada daquilo parecia fazer sentido.

Não havia ninguém que pudesse interferir em sua vida de tal maneira, primeiro porque jamais permitiria que seus relacionamentos fossem “tempestuosos”, segundo porque fazia eras que não tinha nada sério com ninguém - e não pretendia mudar isso. Então a não ser que Jinyoung, Jackson ou Mark tivessem uma paixão de longa data por ele, duvidava que alguém novo fosse entrar na sua vida para afetá-lo.

“Foi mais fácil do que pensei, cigano.” Sorriu, vitorioso.

 

- Então é tipo trazer a pessoa amada em três dias, é isso? - Perguntou, arqueando uma das sobrancelhas.

 

Youngjae riu a princípio, mas manteve o tom de voz terno ao dar a resposta, com os olhos fixos nos de Jaebum, que àquela altura estava louco para ir embora e acabar com aquela baboseira facilmente desmascarada.

 

- É muito mais que isso. É sobre criar um laço espiritual com alguém e vocês serem atraídos num ciclo de aceitação dos próprios sentimentos que vai afetá-los na mesma proporção. Você tirou uma combinação inusitada aqui, Jaebum-ssi. O destino definitivamente está tentando te balançar, eu soube desde o primeiro momento que te vi.

- Agradeço a sua análise, mas… Não tem absolutamente ninguém na minha vida que eu veja tomando essa posição atualmente. Nem nunca. - Respondeu, levantando-se para desamarrotar as roupas. Fez uma reverência para se despedir do meliante (ops, cartomante) e, em seguida, fez menção de se virar para ir até a porta.

- Fique atento as nuances daqui pra frente. - Youngjae deu uma piscadela que fez Jaebum estremecer momentaneamente. Que cara esquisito. - Às vezes tudo em que acreditamos muda por causa de uma vírgula que passou despercebida.

- Ah… Certo. Ok. Obrigado.

 

O mais velho saiu do recinto claustrofóbico e foi embora com Jinyoung. Definitivamente tinham sido os 30 minutos mais mal desperdiçados de sua vida, ao menos o dia se seguiu normalmente e ele foi capaz de cumprir seus afazeres com maestria - como esperado de alguém tão excepcional, não é?.

Mas mesmo ao fim do dia não conseguia pensar na ridícula leitura de sorte que havia sido feita por Youngjae.

Pff. Aquilo era tão implausível. Sabia que esse negócio de cartomante era uma piada, mas realmente havia passado dos limites. Eles literalmente cuspiam qualquer lorota para te persuadir e oferecer uma pontada de esperança, uma pena terem se deparado com alguém tão bem resolvido quanto Im Jaebum.

Relacionamentos eram uma piada da qual ele se recusava a fazer parte.

Até agora.


Notas Finais


Entãão, devo continuar? O que acharam?~
Sinceramente rachei o bico com a ideia do YJ cigano, sdkjfhg, mas enfim... Vamos ver o que o destino preparou pra esses dois. Jaebum de terno sempre me parece uma ótima ideia. qq

Algumas coisas que podem ter surgido dúvida nesse capítulo são:

- A COR DAS AURAS: Se quiserem saber mais sobre isso, podem ler aqui http://www.espiritualismo.info/aura1.html. Eu não sei se as auras dos meninos são dessas cores, mas eu tenho muita certeza que a do JB é azul escura pois combina muito com ele, sjdkfg.
- Stevie Nicks: QUEM É? É a vocalista de uma banda chamada Fleetwood Mac que tem umas vibes beeem místicas. Ela costuma se vestir meio de bruxa?? http://i.dailymail.co.uk/i/pix/2009/10/15/article-1220747-06CE8BBE000005DC-170_468x332.jpg Quem viu AHS: Coven provavelmente já conhece. É uma linda ♥
- Tarot: http://www.clubedotaro.com.br/site/m31_0_apresenta.asp Todas as cartas lidas pelo YJ foram arcanos maiores, então se quiserem ler mais sobre eles (porque a descrição foi meio superficial) tá aqui. :3

Espero que tenham gostado~ Beijinhos e até a próxima!!


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