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História Just my luck - Take a chance on me


Escrita por: haibalevs

Notas do Autor


Oii gente!! E AÍ?~ ♥
Bom, o capítulo tá gigante, então acho que minha demora é justificável? Haha, demorou um tempinho pra escrever porque foi difícil ;; e já estamos no penúltimo né, não quero decepcioná-los. q
Enfim, boa leitura!

Capítulo 5 - Take a chance on me


- Então quer dizer que Youngjae-ah é irmão da Jisun-noona?- Jinyoung bebericou seu chá com olhos arregalados, desacelerando seus passos enquanto sua boca abria num formato de “O”. - Isso é mesmo... Inesperado. - Sorriu de maneira pretensiosa.

 

Jaebum rolou os olhos. Sabia que seu amigo estava zombando de todas as informações que tinha acabado de cuspir desesperadamente, incluindo os amassos intensos com Youngjae algumas noites atrás e a teoria de que o rapaz havia entrado em sua vida para gerar o caos.

Ainda se recusava a acreditar que uma paixão surgiria dali, mas a destruição já estava escancaradamente evidente e só podia ser por culpa daquele meliante. Precisava desabafar com alguém antes que enlouquecesse e, infelizmente, seu amigo (será que deveria chamá-lo assim?) Jinyoung era a única pessoa disponível.

Eram em momentos como esse que se arrependia de ter sido uma criança tão anti-social.

 

- Não aja como se fosse isso. - O moreno insistiu, deixando escapar um suspiro irritado pela milésima vez. - Você não vê que tudo o que aconteceu foi por causa da previsão que Youngjae fez? Ele provavelmente foi quem me enfeitiçou por não ter ido com a minha cara. Não tem outra explicação para eu me sentir assim.

- Assim como? Atraído por ele? - O mais novo arqueou as sobrancelhas, tendo de desviar seu corpo imediatamente para não levar um tapa de Jaebum, que o fuzilava com o olhar por ter tido a coragem de dizer algo completamente execrável.

- Eu não estou… Atraído… - Jaebum retrucou, cerrando os dentes. Teve sérios problemas em pronunciar a última palavra sem sentir vontade de vomitar e seu queixo estava tão proeminente que talvez já estivesse prestes a chegar no Brasil.

- Então por que está tão tenso? - Jinyoung finalmente arranjou uma forma de encurralar seu melhor amigo. - Sinceramente, são só dois meses e vocês nem vão se ver todo dia. Antes disso vocês também nunca tinham se esbarrado, vai se livrar dele logo logo… E é essa a razão pela qual você se preocupa. Porque é você que está se tornando uma pessoa diferente do que era antes. Por causa dele, então nunca mais será a mesma coisa.

- Quer parar com essas loucuras? Não tem a mínima possibilidade de eu estar apaixonado. Uma vez que esse casamento acabe, vou te provar seus erros.

- Não é pra mim que você tem que provar algo. - Jinyoung sorriu. - É pra você mesmo, hyung.

 

(...)

 

Jaebum só poderia descrever a primeira semana que passou com Youngjae como tortura.

Depois de passar os primeiros dias discutindo sem chegar a nenhuma conclusão, os dois estavam sentados lado a lado num restaurante vegano da vizinhança (Jisun tinha razão quando disse que a comida era horrível), ainda tentando decidir que tipo de casamento combinaria com os noivos.

Era sábado de manhã e ambos sabiam que poderiam estar aproveitando o dia ensolarado de maneira muito mais proveitosa do que na companhia um do outro, mas não podiam fugir de seus compromissos, então a única maneira era terminar aquilo o mais rápido possível para se livrarem do encontro forçado.

Era o último dia para tomarem uma decisão e avisar Jisun, mas não importava o quanto tentassem chegar um consenso, sempre terminavam andando em círculos.

Jaebum era um homem tradicional, portanto, imediatamente sugeriu uma cerimônia típica e sem muitas extravagâncias, o que obviamente não agradou Youngjae, que queria muitas flores, pedras e decorações que fossem trazer boas energias para o casal. O mais novo tinha a ideia planejada na palma das mãos, como se tivesse passado anos pensando naquilo minuciosamente, mas não conseguia fazer o outro rapaz concordar com suas propostas.

Ele já tinha escolhido até a trilha sonora e, no dado momento, estava compartilhando um dos lados de seu fone de ouvido com Jaebum para que ele ouvisse a música que selecionou para Jisun e Jonghyun dançarem juntos. O nome era 4Ever (escrito exatamente assim) de uma cantora chamada Lil’ Mo, de quem, por sinal, o mais velho nunca tinha ouvido falar, mas estava lendo a letra atentamente para tentar entender sobre o que a canção falava.

 

Now that love's taken over

I'm 100% sure that it's here to stay

I ain't got no issues standing in my way

I ain't goin nowhere, you ain't goin nowhere so...

Let's make it official

 

Jaebum estava tentando esconder a careta de desgosto prestes a se formar em seu rosto, mas não precisou, pois ela logo se desfez ao ouvir a voz melodiosa de Youngjae cantando animadamente no ritmo da música, com um inglês embaralhado e os olhos fechados. Seu sorriso era de quem genuinamente estava adorando aquele som terrível, exatamente como havia feito no dia em que preparou as panquecas, sem dar a mínima importância para quem estava ao seu redor.

Algo que o mais velho percebeu durante os dias em que se encontraram era que Youngjae não fazia questão de se adequar ao socialmente aceitável. Ele sempre ria alto, se vestia de um jeito extravagante, chamava a atenção de todos para si e não dava nenhuma importância. Mesmo os olhares de reprovação sempre eram retribuídos com um sorriso amigável que desarmava qualquer um que o encarasse por muito tempo tentando reprimi-lo. Era como se ele forçasse as pessoas a aceitarem seu jeito, mas numa aceitação feita de forma sutil. O próprio Jaebum já havia parado de se incomodar com aqueles gestos efusivos que, em qualquer outra ocasião, consideraria inconvenientes.

Talvez Youngjae soubesse mais feitiços além daquele que havia usado nele.

Ou talvez fosse sua voz doce, que fez Jaebum se sentir mais e mais esquisito a medida que o rapaz ia cantando. Eventualmente ele abriu os olhos e começou a encarar o moreno, como se a letra fosse dirigida à ele. Seu corpo movia-se discretamente de um lado para o outro, de modo que o mais velho fosse o único a perceber que ele estava dançando.

Era irritante vê-lo sorrindo tão alegremente ao fazer aquilo enquanto causava um rebuliço no interior de Jaebum, que já não sabia mais o que fazer para impedir o próprio estômago de sair pela boca, ou as palpitações insistentes em seu peito.

Era sempre assim, mesmo que Youngjae não estivesse fazendo nada de irritante, seu corpo ficava tenso, esboçando as reações mais estúpidas que ele poderia pensar.

 

- Can you live with it? Loving me for life, to have and hold forever…

 

Jaebum mordeu o lábio inferior e o mais novo decidiu pausar a música após algum tempo, em parte porque estava ficando repetitiva, mas também porque tinha várias outras para mostrar - pelo menos umas quinhentas faixas aguardando ansiosamente para serem tocadas.

 

- Então, o que achou, hyung? - O rapaz perguntou, colocando um pedaço da torta vegana que havia pedido na boca para livrar-se da fome, uma vez que sequer tinha tomado café da manhã.

- Não que seja uma música ruim, mas… Também não é algo que eu dançaria no meu casamento. - O mais velho concluiu, sem forças para argumentar o quanto a música era péssima porque estava muito distraído passando os olhos na playlist criada por Youngjae, que, por sinal, parecia interminável. - Você não tem nada mais clássico por aqui? - Perguntou, hesitante ao ver pelo menos três músicas da Beyoncé na lista.

 

Que tipo de casamento teriam se Jaebum não estivesse ali para ser a consciência de Youngjae?

 

- Na verdade não. - Youngjae fez um bico, um pouco receoso em admitir a derrota. - Mas Jisun quer um casamento moderno, então as músicas tem que ser atuais. Ela já deixou bem claro que se recusa a dançar valsa e coisas do tipo.

- Tudo bem, mas… Que tal nós fazermos algo mais a cara do casal? - Jaebum sugeriu num tom de voz mais amigável do que gostaria, mas logo se retratou, tentando enrijecer o semblante, projetando o queixo mais uma vez. - Hm… Vamos ver... Que tipo de músicas você colocaria num casamento?

- A única que importa. - Youngjae respondeu abruptamente, a resposta estando na ponta da língua. - Everywhere, da Stevie Nicks.

- É a favorita do Jinyoung, é muito brega. - Jaebum disse com certo desgosto por se lembrar das inúmeras vezes que teve de ir no carro na companhia do amigo ouvindo aquela mesma música repetidamente.

 

E o pior, com Mark cantando junto.

 

- Jinyoung-hyung tem bom gosto. Mas e você? É bom demais para músicas modernas? Só gosta de clássicos? - Youngjae perguntou sarcasticamente, mostrando a língua para o mais velho. - Tão chato e previsível!

- Na verdade… - Jaebum encarou o visor do celular de Youngjae, finalmente pousando os olhos sobre uma canção que ele conhecia e gostava. Ainda que fosse extremamente vergonhoso compartilhar seu gosto musical da adolescência, aquela situação era excepcional. Não podia deixar Youngjae falar daquele jeito com sua pessoa, principalmente levando em consideração que era um hyung. - Eu gosto dessa do D’Angelo. My lady. - O mais velho cantarolou um breve trecho da música maneira quase inaudível, engolindo toda a dignidade que ele até então acreditava ter.

 

Youngjae arregalou os olhos em surpresa, um sorriso largo se formando em seus lábios logo em seguida, que fez com que as bochechas de Jaebum esquentassem ao se dar conta do que havia acabado de fazer só para provar para o rapaz que ele não era tão chato quanto parecia.

 

- Você? Fã do D’Angelo? - O mais novo perguntou, incrédulo. - Desde quando?

- Desde a minha adolescência, por quê? É tão chocante assim? - O rapaz estava tentando tratar a situação como se não fosse nada de mais, mas era realmente difícil com Youngjae tão impressionado e próximo de si. - Eu costumava fazer b-boy também, sabe. Pode perguntar para o Jinyoung. - Costumava ser naturalmente convencido, no entanto, jamais imaginou que algum dia estaria se gabando por aquele tipo de coisa. Eram, no máximo, memórias lamentavelmente constrangedoras de sua juventude que havia enterrado no momento em que se graduou do Ensino Médio.

- Quem diria que você era tão descolado, hyung? - Youngjae riu. - Eu sempre te imaginei como o queridinho do professor que ninguém gostava.

- Na verdade, eu não passava nem perto disso. - Jaebum sentiu-se estranhamente satisfeito ao notar como o mais novo estava atento ao que estava prestes a falar; um breve relato de sua adolescência. Certamente mataria Jinyoung se algum dia ele decidisse compartilhar com alguém as fotos daquela época, mas não foi um período de todo ruim. - Eu só queria dançar, minhas notas passavam longe de serem as melhores e eu não realmente ligava pra nada… Nem mesmo para garotas. Acho que por isso elas gostavam de mim, inclusive. Mas uma hora você precisa amadurecer, a vida adulta não é um sonho, existem responsabilidades e eu tive que assumir as minhas. A verdade é que todo mundo fica chato um dia.

- Você sente falta de fazer essas coisas? Sabe, só dançar, sem pressão, nem preocupações?

- Faz mais de dez anos que eu não sei como é essa sensação. - Jaebum deu de ombros. - Não dá pra sentir falta depois desse tempo todo, mas foi bom, durante o tempo que teve que ser bom. No passado. Eu era feliz dançando e hoje em dia sou feliz arrancando dinheiro dos outros sem dever satisfação para ninguém. As duas formas me agradam.

- Hyung, as coisas com você nunca são entediantes, mas dessa vez você realmente me impressionou. Advogado e dançarino de b-boy? - Youngjae achou a resposta engraçada (de um jeito muito peculiar), mas algo dentro de si apreciou a imensa sinceridade do mais velho. O clima entre os dois estava leve e agradável, como se pudessem falar de qualquer coisa naquele momento. Bendito D’Angelo. - Se eu soubesse disso antes, teria te dado mais créditos. Talvez até te dado uma chance.

- Então todo meu esforço pra te impressionar foi em vão? - Jaebum arqueou as sobrancelhas, utilizando um tom de brincadeira que dificilmente deixava escapar, a não ser que estivesse extremamente confortável.

- Você, Im Jaebum, tentando me impressionar?

- Depende… - O mais velho não sabia onde queria chegar com aquela conversa aparentemente inocente, mas estava se deixando levar pelo momento, mesmo que não fosse a alternativa mais sábia para alguém que estava caminhando em direção ao fundo do poço. - Eu consegui?

 

Youngjae fez uma pausa breve, assumindo um ar pensativo.

 

- Quem sabe? Não quero alimentar o seu ego. - Lançou uma piscadela.

 

Jaebum ficou inquieto. Bastou uma resposta vaga daquelas para que seu corpo todo estremecesse em euforia.

Aquela sensação não podia ser satisfação, porque não amava Youngjae, mas, ainda sim, por que vê-lo agir daquela maneira espontânea e feliz fazia-lhe sentir estranhamente aquecido? Por que conversar confortavelmente com ele de repente pareceu tão fácil, a ponto de conseguir falar de si mesmo sem sentir-se envergonhado?

A cada dia passado ao lado de Youngjae, Jaebum sentia que as coisas estavam mudando, mas ainda não criara coragem para ligar os pontos, pois sabia onde eles lhe levariam.

“Porque é você que está se tornando uma pessoa diferente do que era antes.

Por causa dele, então nunca mais será a mesma coisa.”

Afinal… O que ele queria provar para Jinyoung?

O que queria provar para si mesmo?

Chegar a uma conclusão parecia uma hipótese ainda pior do que deixar as coisas confusas como estavam.

 

(...)

 

- Hm… Então até mesmo pessoas como Im Jaebum tem um lado descontraído, huh? - Youngjae perguntou retoricamente, esparramado na cama de Yugyeom enquanto encarava o teto.

- Quem é Im Jaebum? - O mais novo perguntou, deitando-se ao lado dele, já mal-humorado de sono. Obviamente tinha ouvido aquele nome milhares de vezes só naquela noite, tanto que estava de saco cheio. Queria que seu amigo parasse de tentar enganar a si mesmo ao invés de ficar inventando desculpas para descobrir mais sobre o rapaz, mas aparentemente isso não aconteceria tão cedo.

- É o advogado de quem eu te falei. - O moreno retrucou, virando o corpo para se colocar numa posição mais confortável. - Acredita que eu nunca ouvi essa música do D’Angelo? Só coloquei lá porque você me indicou.

- Te indiquei três anos atrás, mas então esse cara aparece e você decide virar o fã número um do D’Angelo em menos de 24 horas. - Yugyeom suspirou longamente, sem a mínima paciência pra (mais) drama àquela hora da madrugada. - Sinceramente, você está louco por ele.

- Não seja estúpido, Gyeomie. Ninguém nunca te disse que é preciso conhecer bem seus inimigos?

- Não, mas já me disseram que o primeiro estágio do amor verdadeiro é a negação.

 

(...)

 

Algum tempo depois, o tipo de festa já estava decidido. Era uma mistura do que Jaebum e Youngjae queriam, uma clássica cerimônia moderna, como Jisun preferiu chamar.

Por incrível que pareça os dois conseguiram chegar num consenso em relação aos arranjos, a comida e as músicas e, embora nenhum dos dois quisesse admitir em voz alta que estavam se dando bem - exceto pelos raros momentos em que abaixavam a guarda -, era notável que conseguiam produzir coisas incríveis quando decidiam agir civilizadamente.

Faltava menos de duas semanas para o casamento e Jaebum andava completamente aéreo durante os últimos tempos, sempre refletindo sobre as coisas que aconteceram, cada dia mais próximo de uma conclusão que deixou de lhe assustar depois de tanto tempo o encurralando.

No dado momento ele estava deitado no enorme tapete vermelho de sua sala de estar encarando o teto.

Youngjae acabara de ir embora de seu apartamento e lhe deu um beijo na bochecha antes de sair; sua bochecha ainda formigava e queimava cada vez que repassava os acontecimentos.

Ele sentia vontade gritar.

Mas não era para extravasar seu ódio, e sim seu amor, porque Im Jaebum, advogado, 27 anos, residente de Seoul, nascido em 6 de Janeiro, finalmente havia se apaixonado.

E havia se apaixonado por Choi Youngjae, que bastava sorrir uma vez para fazer o moreno esquecer absolutamente tudo o que sabia a respeito dele.

O cigano que havia previsto que sua vida viraria de cabeça para baixo era o mesmo que causou todo caos. Não havia outra pessoa no mundo que faria o mais velho passar a madrugada D’Angelo e fantasiar sobre um possível futuro juntos, tomando sorvete orgânico juntos e levando Nora para passear (a segunda possibilidade foi descartada mais cedo, quando Jaebum descobriu que Youngjae era alérgico a gatos). Não havia outra pessoa no mundo que o fizesse acordar sorrindo às sete da manhã sem a premissa de um pagamento adiantado. Não havia outra pessoa no mundo que podia lhe fazer enlouquecer com um beijo na bochecha totalmente insignificante.

Não havia outra pessoa no mundo igual a Choi Youngjae.

Definitivamente demorou para que Jaebum conseguisse enxergar, mas agora restava-lhe apenas a conformidade. Era isso. Ele estava apaixonado.

Os dias em que o mais velho encontrava Youngjae a princípio eram longos e maçantes, como uma obrigação desagradável, mas, de uma hora para outra, a presença do rapaz se tornou algo comum. O mais velho passou a estranhar cada vez que a risada alta dele não estava preenchendo o recinto, sentir falta do glitter de suas roupas lhe cegando, dos cabelos castanhos caindo sobre seus olhos preguiçosamente, clamando por um penteado decente…

Por fim até mesmo suas conversas sobre astrologia e misticismo se tornaram tão corriqueiras que o moreno não conseguia mais contestar. Embora ainda não fosse o melhor assunto do mundo aos seus olhos, o sorriso que se formava nos lábios de Youngjae toda vez que ele explicava como o universo funcionava era o bastante para nocautear qualquer comentário maldoso que se formava na garganta Jaebum.

Até que os comentários simplesmente desapareceram de seus pensamentos, sorrateiramente substituídos por coisas boas.

E a princípio ele relutou. Negou com tanta veemência que Jinyoung acreditou por alguns instantes que seu amigo conseguiria livrar-se do feitiço do cigano devido a sua determinação, mas então a amargura do rapaz foi diminuindo.

De repente Youngjae não era mais o meliante folgado do começo da história. Todos os adjetivos desgostosos transformaram-se em elogios sutis como “Hoje foi divertido… Com o Youngjae, sabe” seguidos de sorrisos nunca antes vistos por ninguém, que indicavam que um sentimento novo ganhava espaço na mente fechada do mais velho.

O frio na barriga incômodo decidiu dar espaço a uma sensação calorosa de conforto e cada toque, por mais sutil que fosse, era o bastante para deixar Jaebum em êxtase por horas, dias até. Seus pensamentos não se desligavam do mais novo e, quando se deu conta, já havia parado de se importar, permitindo que Youngjae ficasse lá, com todas as suas peculiaridades, tomando todas as horas de seu dia.

Nem é preciso dizer que seu trabalho se moveu para segundo plano.

Pela primeira vez Jaebum viu algo diferente adentrar seu mundo. Seu pequeno mundo, como Youngjae gostava de pontuar, quando explicava a grandeza do universo detalhadamente, sempre frisando o quanto os dois eram só dois grãos de poeira numa imensidão que se expandia a cada instante que se passava. Uma imensidão tão impossível de se alcançar e, mesmo assim, Jaebum sentia-se cada vez mais próximo dela.

Ele já havia conseguido conquistar tudo o que era possível no que se tratava de poder aquisitivo e nunca havia chegado nem perto de atingir essa possibilidade… A de ter o universo em suas próprias mãos.

Mas então surgiu algo a mais.

Youngjae.

Jaebum ainda não conseguia entender, muito menos colocar em palavras, mas ele simplesmente decidiu aceitar. Se o universo quisesse agir, fosse por vontade própria, fosse por bruxaria, não havia nada que ele pudesse fazer, porque, acredite, ele tentou tudo o que podia, tanto que estava cansado. Talvez as cartas estivessem certas, talvez fosse tudo predestinado a acontecer daquela maneira, talvez ele estivesse louco… Honestamente, já estava anestesiado o bastante para não se aborrecer com os acontecimentos indo contra a maré.

Era possível que já tivesse chegado ao fundo do poço, mas não era tão ruim. Youngjae estava junto com ele para amenizar o impacto das coisas.

Ele finalmente conseguiu enxergar por que Jisun decidiu aceitar se encontrar com Jonghyun mesmo que o “odiasse”, porque Mark ouvia todas as músicas favoritas de Jinyoung e cantava junto com ele, porque Jackson insistia em chamar Bambam de Kunpi. Naqueles quase três meses que Youngjae havia entrado em sua vida, Jaebum passou a se enxergar numa posição parecida com a de seus amigos, mesmo que não estivesse disposto a fazer papel de ridículo pelo rapaz.

Ele percebeu que, no fundo, todos querem agarrar o universo com as próprias mãos, e estar perto de alguém que se gosta é o mais próximo que existe disso. As imensas possibilidades que se criavam em sua mente ao contemplar Youngjae, se expandindo ao ponto de não mais caber dentro de si, sentindo-se cada vez menor diante de um sentimento tão grande… Era inexplicável e, tal qual uma infindável reação em cadeia, chegou num ponto em que a imensidão se tornou impossível de passar despercebida. Era impossível não demonstrar.

O problema é que Jaebum não sabia como fazer isso. Jinyoung que, por sinal, estava aproveitando muito o estado de miséria de seu melhor amigo, havia lhe dito que era algo que surgia naturalmente. Mas como ser naturalmente romântico e, ao mesmo tempo, ser Im Jaebum? Eram duas coisas que jamais se misturaram na história da humanidade. O mais velho nunca conseguiu fazer nada minimamente agradável em seus relacionamentos anteriores sem soar artificial, então, como demonstrar para Youngjae que ele estava de fato sentindo alguma coisa?

Era muito bonito falar de amor na teoria, com metáforas bonitas sobre alcançar o universo; Jaebum havia aprendido a apreciar a poesia desse tipo de coisa graças a um livro de “Romance para iniciantes” que Jinyoung lhe comprou para ajudar com algumas dicas. O problema era que, mesmo que Jaebum já tivesse bagagem o suficiente para fazer seu discurso de casamento parecer real, na prática a situação estava bem longe de ser poética.

Na prática as pessoas como ele, que nunca vivenciaram o amor antes, simplesmente entram em pânico, perdem noites de sono, bebem café até ter um colapso e acordam com enxaquecas que dão a sensação de que há um terremoto catastrófico ocorrendo dentro de suas cabeças.

Bom, ele deveria ter previsto isso quando leu todas aquelas metáforas, afinal, quando o universo se expande, coisas explodem. Ele se lembrava muito bem de quando havia estudado o bigbang no primário, mas jamais esperaria vivenciar o fenômeno em seu interior de maneira tão intensa.

Então amar alguém se assemelhava com a criação e destruição do universo?

Definitivamente era tão assustador quanto soava.

E tudo por causa de um beijo na bochecha.

 

(...)

 

O casamento seria em uma semana e só havia uma coisa faltando: o vestido da noiva e os trajes dos padrinhos. Obviamente teriam que correr contra o tempo para conseguir arranjar peças decentes, mas Jisun tinha bons contatos que conseguiram as melhores lojas de prontidão para ela - novamente, não havia nada do mundo que essa mulher quisesse que ela não conseguia.

Então lá estava Jaebum, dirigindo até o ponto de encontro dos três. E estava atrasado! Mas não era novidade. Todos já sabiam que ele andava nas nuvens nos últimos dias, ninguém se importava com o porquê e assim o mundo continuava a girar. Porque apesar da paixão estraçalhar seu interior, o exterior costuma ficar intacto - entretanto, na pior das hipóteses, pode causar olheiras fundas.

Ao descer do carro, Jaebum releu a mensagem em seu celular que dizia para procurar a “loja mais brilhante da vizinhança”, mas não precisou perder muito tempo, pois através da vidraça pôde ver Youngjae, brilhando muito mais do que qualquer outro adereço que estava no local, até porque, diga-se de passagem, ele estava vestindo uma blusa de cetim vermelha com mangas bufantes e vários colares prateados. Não era a pessoa mais discreta do mundo, talvez até pudesse ser confundido com um dos manequins do brechó brega chic ao lado se ficasse parado por mais algum tempo.

Mas então ele se virou e seu olhar se encontrou com o de Jaebum. Acenos foram trocados, o mais velho sentia suas pernas prestes a virarem gelatina, mas continuou caminhando com naturalidade, porque, afinal, ele ainda tinha de manter a postura de um homem sério mesmo que tivesse passado as últimas doze horas ouvindo as melhores baladas românticas dos anos 70 - indicadas por Jinyoung para lhe dar inspiração.

Aparentemente aquelas eram as músicas ambiente de lojas de vestidos de casamento, porque Jaebum tinha certeza de que já havia escutado a que estava tocando aos fundos.

 

- Hyung! - Youngjae o cumprimentou. - Você está muito atrasado... Jisun-noona teve que ir embora porque surgiram alguns imprevistos, mas ela já escolheu o vestido.

- Sinto muito, eu perdi completamente a noção do tempo. Ela está brava comigo?

- Brava o bastante para te fazer vestir um smoking rosa cintilante. - O mais novo comentou, rindo ao ver o quanto os olhos de Jaebum se arregalaram com a notícia. - Mas nós vamos estar combinando! O meu é dourado. Com glitter.

- Quem foi que escolheu a paleta de cores desse casamento? - O moreno uniu as sobrancelhas. As palavras rosa e cintilante lhe causaram vertigem imediata só de imaginar como seu visual ficaria trajado numa cor tão... Brega.

- Fui eu. A princípio o seu seria dourado, mas Jisun disse que esse é seu castigo, então não posso fazer nada. Você perdeu o prazo para fazer sua contestação, Jaebum-hyung. - Jaebum achou graça de Youngjae tentando usar os termos jurídicos que lhe ensinara durante o tempo que passaram juntos.

- Você em algum momento cogitou a possibilidade de que nós vamos chamar mais atenção do que a própria noiva se usarmos essas cores?

- É que você ainda não viu o vestido da noona. Vai nos fazer parecer meros ornamentos de natal sem vida… Mas agora anda logo. Eu quero te ver brilhando, hyung.

 

Youngjae se apressou e puxou Jaebum pelo braço, pedindo educadamente para que a atendente os guiasse até o provador.

De repente rosa cintilante pareceu a cor mais bonita do mundo.

 

(...)

 

- Yah! Eu disse que você iria brilhar! - Youngjae bateu palmas quando Jaebum saiu do provador com seu smoking rosa milimetricamente ajustado e uma gravata preta para acrescentar sobriedade ao seu visual (se é que isso era possível).

 

O provador masculino era enorme e estava vazio porque, aparentemente, aquela loja excêntrica não era muito famosa entre homens. Todas as peças eram brilhantes demais, não dava para saber se eram trajes para casamento ou roupas para irem à discoteca mais quente da Coreia, mas Jaebum tinha de admitir que eram a cara de Jisun, pois as cores vivas representavam bem sua personalidade. 

Era extremamente constrangedor estar com um smoking rosa cintilante num cômodo com espelhos o bastante para que pudesse se enxergar em todos os ângulos possíveis e imagináveis, mas ele teria de se acostumar, porque seria assim que as pessoas o veriam no dia do casamento.

A decoração da loja não se esforçava nem um pouco para ser minimalista, havia cortinas de veludo vermelhas separando cada compartimento do provador e algumas poltronas de couro para acompanhantes nos cantos. Nos espelhos, luzes pisca-pisca serviam como um ornamento improvisado e, claro, Jaebum não podia deixar de pontuar as músicas anos 70 tocando bem mais alto do que na recepção. Até remetia um pouco ao lugar que Youngjae trabalhava, a diferença era que a iluminação era ótima e não havia tantas tranqueiras espalhadas, só alguns quadros de pinturas cubistas. Bem modernos.

 

- Você também não está mal. - Jaebum comentou, se aproximando para ficar frente a frente com o rapaz e, dessa forma, poder analisá-lo melhor. - Melhor do que a blusa vermelha de cetim e mangas bufantes, mas sua gravata está torta. 

 

O mais velho levou as mãos até o nó da gravata de Youngjae para ajeitá-lo. Estava habituado a ajeitar a própria que sequer percebeu que talvez não tivesse tanta intimidade para fazer aquilo com outra pessoa, mas o outro rapaz não pareceu se importar. Pelo contrário, prestou atenção em cada gesto do moreno.

 

- Nunca vou entender como gravatas funcionam. - Youngjae retrucou, enquanto Jaebum continuava concentrado no que estava fazendo. Talvez fosse uma tentativa de quebrar a tensão aparente que se formava. - Eu me mataria se tivesse que usar com frequência.

- Elas não combinam muito com seu estilo. - O mais velho finalmente terminou de ajustar o nó, mas não se distanciou. Mesmo que ter Youngjae tão perto fosse o bastante para fazê-lo entrar em colapso, ficar longe dele podia ser extremamente doloroso.

- Você por acaso está querendo dizer que não posso ser um homem sério? - O rapaz perguntou, num tom debochado.

- Não. Estou dizendo que prefiro você do outro jeito. Como você é.

 

Pela primeira vez Jaebum pôde enxergar confusão no olhar de Youngjae. Por alguns breves instantes o semblante do rapaz fez-se surpreso com a afirmação, instantes longos o bastante para fazer o mais velho acreditar que o afetava de alguma forma. O moreno ponderou o que havia se passado na cabeça dele durante aqueles segundos de perplexidade, se haviam sido coisas boas ou ruins. Questionou se deveria recuar o que quer que estivesse fazendo… Mas já parecia tão tarde, com seus sentidos completamente inebriados pela presença de Youngjae, completamente entregue a ele, como sempre acontecia.

Como ele já estava cansado de esconder.

Fitou Youngjae momentaneamente, querendo capturar a expressão do moreno mais uma vez, pois fazia algum tempo que não estavam tão próximos assim. Jaebum permitiu-se analisar cada traço da feição do mais novo que não pôde observar da primeira vez devido à sua visão embaçada por causa do álcool. Admirou a pele reluzente do rapaz, seus cabelos ligeiramente oleosos caindo por seu rosto (porque nem tudo são flores e isso não é um drama), o nariz avermelhado, a marquinha que ele tinha logo abaixo de um de seus olhos… Tudo. Queria ficar com aquela imagem gravada na sua cabeça. A imagem de seu universo, bem diante dos seus olhos, se expandindo cada vez mais.

E próximo o bastante para que pudesse tocá-lo.

Suas mãos depositaram-se ternamente no rosto de Youngjae e, em seguida, o mais velho se inclinou para beijá-lo.

Talvez porque não estivesse tão irritado e alterado quanto no dia do bar, o fez de maneira sutil e breve dessa vez.

A sensação de beijar o mais novo após ter certeza de seus próprios sentimentos era diferente. E mesmo que não fosse seu primeiro beijo, era inocente como um, porque era a primeira vez que Jaebum beijava alguém com quem se importava e ele não fazia a mínima ideia de como lidar com isso. Então era melhor seguir seus instintos, por mais absurdos que fossem.

“Porque é você que está se tornando uma pessoa diferente do que era antes.”

Gostar de alguém definitivamente lhe causou estranheza. Afinal, foram quase três décadas sendo imune ao sentimento até que Choi Youngjae entrou em sua vida e reverteu tudo em menos de três meses, mas, ao cessar o beijo e se afastar milimetricamente para encarar o rosto do rapaz, Jaebum se tranquilizou. Porque o amor, assim como o universo, é fruto de várias explosões, é caótico, impossível de sobreviver sem nenhuma sequela, mas, quando tudo se encaixa, você consegue entender que valeu a pena.

Sim, ele havia passado os piores dias de sua vida se irritando por causa de Youngjae, perdendo seu sono, sua vontade de trabalhar e até mesmo sua vontade viver, mas, no dado momento, ele não se arrependia de todo aquele alvoroço. Não se arrependia mais de ter sido arrastado por Jinyoung até um cartomante, não se arrependia de ter aceito ser padrinho de casamento de Jisun, porque cada passo dado em direção ao fim da linha terminou por lhe surpreender com uma agradável perspectiva de recomeço.

É, ele estava mesmo ficando bom com metáforas.

 

- Jaebum… Hyung… - Youngjae estava vermelho. Ele levou uma das mãos até os lábios, ainda um tanto surpreso com o ato, mas não se afastou.

- Quando você me disse que eu encontraria alguém que iria virar minha vida de cabeça para baixo e que o destino iria fazer de tudo para que ficássemos juntos, eu realmente não acreditei. - Jaebum coçou a nuca. Definitivamente não era a melhor pessoa para fazer uma declaração de amor, porque estava tão nervoso que sentia que iria vomitar suas tripas a qualquer momento. Esperava que sua escolha de palavras não fosse tão ruim quanto sua escolha de café da manhã borbulhando em seu estômago. - Mas à medida que as coisas iam acontecendo para nos aproximar… Algo mudou. E eu não sei o quão estúpido é tentar usar o universo como desculpa para dizer o que sinto, porque isso significa me contradizer completamente, mas a verdade é que a minha vida tem sido uma série de contradições desde que eu te conheci, Youngjae-ah. E de alguma forma aprendi que gosto de cada uma delas. Da mesma forma que gosto de você.

 

Um silêncio momentâneo preencheu o recinto, aumentando a apreensão de Jaebum, que sentia seu coração palpitar tão forte que já estava preparado para resgatá-lo quando pulasse para fora de seu peito. Não sabia dizer se era amor ou apenas constrangimento, mas, por via das dúvidas, apostaria no segundo. Oras, ele era um advogado com anos de oratória… Não deveria ficar tão desconcertado por fazer uma simples declaração.

Youngjae o analisava sem nada dizer, mas dava para ver que havia sido pego de surpresa, pois sua boca estava semiaberta, como se as palavras estivessem presas em sua garganta. Sua expressão era ilegível, a única coisa que se conseguia tirar do olhar que ele lançava era confusão. Talvez compreender uma declaração de Im Jaebum fosse mais difícil do que o mais velho inicialmente pensou que seria.

 

- Você… Isso é sério? - Youngjae perguntou, mas não havia deboche em sua voz. Ele estava bastante consternado, para falar a verdade. - Você está apaixonado por mim, hyung?

 

O mais novo apontou o indicador para si, com os olhos fixos nos de Jaebum, que assentiu sem nenhuma hesitação.

Então houve uma mudança na expressão do rapaz.

E ficou evidente que as coisas não eram tão fáceis.

 

- Hyung, me desculpe, mas eu acho que você se enganou dessa vez. - Ele se afastou ao ver que o rosto de Jaebum também havia se enrijecido, repentinamente se dando conta do papel de ridículo que havia acabado de fazer sem nem ao menos se esforçar para isso. Bastou que fosse sincero. - Eu faço previsões, mas não faço parte delas. Tudo o que nós fizemos foi divertido, você é uma pessoa divertida, não me leve a mal, minha opinião sobre você mudou completamente. Mas… Só… Não daria certo, sabe? - O mais velho cruzou os braços, era notável que o discurso de Youngjae estava lhe irritando profundamente. Então ele achava que era simplesmente colocar um bando de baboseiras em sua cabeça, fazê-lo se apaixonar e depois agir como se não tivesse nada a ver com isso? - Nós somos completamente diferentes, podemos nos dar bem agora, mas a longo prazo… Seria péssimo, pra nós dois. Lembra como era no começo? Você quer mesmo que seja daquele jeito para sempre? Ter que lidar com alguém que contraria tudo o que você acredita?

 

Jaebum não respondeu nada. Não havia nada para falar depois de ter ouvido aquilo.

Estava acabado, antes mesmo de ter tido uma chance de começar.

“Porque é você que está se tornando uma pessoa diferente do que era antes.

Por causa dele, então nunca mais será a mesma coisa.”

Se até alguém como Jaebum fora capaz de mudar por Youngjae, por que ele era incapaz de fazer o mesmo?


Notas Finais


Gente, a música que o Youngjae canta é essa aqui0: https://www.youtube.com/watch?v=d2uR5om51vs
E pra quem quiser ver a tradução: https://www.vagalume.com.br/lil-mo/4ever-traducao.html

Acho que não é novidade pra ninguém que o Jaebum é muito fã do D'Angelo que é um cantor de R&B/jazz-funk, djkfhgs. Se você nunca ouviu o D'Angelo eu sugiro que você SE SEGURE mas de antemão já digo que ele é ótimo ;; anyway, decidi colocar ele como fã na fanfic também porque achei coerente q

Also eu queria muito agradecer pelos favoritos!! Estamos chegando a quase 100 e a recepção dessa fanfic me deixou muito feliz, o próximo capítulo é o último, mas eu decidi postar um BÔNUS porque vocês são uns amores comigo!! Prometo tentar não demorar muito da próxima, mas a faculdade tá me comendo viva ^^;

DE QUALQUER FORMA, se vocês quiserem me contatar, panfletar, surtar cmg, qualquer coisa, meu twitter é https://twitter.com/jaebeomu
E se você quiser cobrar atualizações ou me xingar em anônimo você tb pode ir no curiouscat!! hahaa https://curiouscat.me/scoupsu

Até a próxima!! Beijos ♥ ~


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