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História Just One Day - Games - parte 2 - Final


Escrita por: Applekiyo

Capítulo 11 - Games - parte 2 - Final


Na cozinha, Jieun tentava organizar os ingredientes que eram pegos por Jin e Rap Monster. Os rapazes tentavam auxiliá-la, visto que precisaria cozinhar para treze pessoas, e estavam se saindo muito bem até o momento.

Após saírem da quadra, ambos os grupos se encaminharam para o dormitório que pertencia aos garotos. Passariam a noite por lá, lutando por espaço, que era providenciado por Jiwon e Eunsuh. Ambas arrumavam os quartos, dividindo-os de acordo com o que haviam combinado durante o caminho de volta.

Na sala, Suga e Somi estavam distantes. Observavam enquanto V e Jimin disputavam uma partida de vídeo game, e vez ou outra seus olhares perdidos acabavam se encontrando. Tal contato fazia com que a menor corasse, enquanto Suga simplesmente desviava os olhos e assistia, totalmente desinteressado, a disputa entre os mais novos.

Um tanto quanto perdida, Minhee caminhava por um corredor que, até então, era desconhecido para a mesma. Tentava encontrar o banheiro, visto que se negou a pedir ajuda para um dos garotos, e ao mesmo tempo tentava encontrar o namorado, que havia sumido desde que adentraram o apartamento.
​Explorando, já, o final do corredor, a garota suspirou. Estava cogitando voltar à sala e perguntar para algum dos rapazes onde o cômodo ficava, mas quando deu meia volta, escutou o barulho de algo batendo contra algum móvel de madeira. Nada muito alto, pois se não estivesse próxima da porta entreaberta, não teria conseguido ouvir.

Curiosa, aproximou-se da entrada. Não abriria completamente a porta, mas não pôde evitar colocar o rosto na pequena abertura presente ali. Foi então que, dessa forma, conseguiu escutar gemidos baixos que vinham do cômodo.
​Foi como se, automaticamente, sua curiosidade triplicasse. Olhou diretamente para uma das cômodas que haviam no quarto, vendo, de imediato, o rosto aparentemente inexpressivo do namorado. Cerca de meio segundo foi necessário para que Minhee visse as feições de Jungkook mudarem, com o maior mordendo fixamente o próprio lábio inferior, tentando conter os gemidos.
​Uma das mãos do maknae movia-se de forma contínua, deslizando ao redor do membro rijo. Parecia que não se conteria por muito tempo, e também que estava cada vez mais difícil ocultar os sons que sua garganta enrouquecida produzia.

- M-Minhee! - o rapaz gemeu de forma arrastada.

Ao ouvir, Minnie foi obrigada a deixar o local. Sentia o próprio rosto arder, o ar faltar, e não saberia explicar como suas pernas ainda funcionavam. Precisava apenas sair de perto do tal quarto, e lavar o rosto o quanto antes. Tudo o que se passava por seus pensamentos tumultuados eram conversar e desabafar com Jieun, e nesse momento, desejou fortemente que estivessem em seu próprio dormitório.

No momento em que lembrou-se da presença da mais velha na cozinha, apressou-se para chegar ao cômodo.
​Jieun cortava alguns legumes, enquanto Jin e Namjoon debatiam por algo que não se preocupou em compreender. Simplesmente abordou a mais velha, tocando um de seus braços.

- O que aconteceu? - perguntou Jieun, retirando o olhar dos legumes. - Você parece que viu um fantasma.

- Vi coisa pior. - murmurou Minhee. Parecia desesperada, assustada; um misto de sensações devastadoras.

- Deus, Minhee - a mais velha parecia preocupada. -, o que houve?

Num gesto automático, Minnie segurou uma das mãos da mais velha. Isolou seu dedo indicador, e então realizou movimentos parecidos com o que viu o namorado fazer anteriormente, vendo Jieun se surpreender de imediato.

- O que? - questionou a mais velha, incrédula. - Meu Deus. O... ? Nossa. Não pode ser.

- Hm... - Minhee desviou o olhar, envergonhada. Aproximou-se da amiga, formando uma concha com ambas as mãos para poder cochichar em seu ouvido. - Ele gemeu meu nome, unnie.

- Meu Deus. - Jieun arregalou os olhos. - Não posso imaginar isso. Não posso. Minnie! Nossa!

Atraindo a atenção dos rapazes, Jieun mordeu o canto interno da bochecha. Rap Monster fez menção de questioná-las, mas Jin interrompeu-o antes que pudesse fazê-lo.

- Eu não estou bem. - Minhee murmurou, deitando suavemente o rosto contra o ombro da mais velha.

- O que aconteceu, Jagi*?

Ao escutar a voz do namorado, a garota estremeceu. Levantou rapidamente o rosto, vendo-o secar os cabelos úmidos com uma pequena toalha que estava sobre seus ombros.
Petrificada, Minhee voltou a usar Jieun como apoio. Percebendo a chegada do maknae, a mais velha olhou-o por cima do ombro da líder.

- Coisas de garotas. - murmurou. - Vou roubar sua Jagi um pouquinho.

Ambas as garotas deixaram o local. Para trás, Jungkook permaneceu duvidoso, olhando para os mais velhos.

- E o que seriam ''coisas de garotas''? - perguntou inocentemente.

- São coisas de garotas, ora. - o líder riu, assumindo o lugar de Jieun e passando a cortar os legumes.

Jin, que parecia não acreditar na resposta do líder, suspirou. - Basicamente, qualquer tipo de coisa que você não deveria saber. - completou, coçando a nuca.

Jieun carregava Minhee de forma que a mesma parecia uma criança adoecida. Ao passarem pela sala, imediatamente receberam os olhares de todos os presentes no cômodo.

Ao finalmente encontrarem o banheiro, Jieun fez com que Minhee se encostasse em uma das paredes enquanto certifica-se de trancar a pontar. Abriu a torneira, molhou as mãos e cuidadosamente passou-as sobre as bochechas quentes da mais nova, tirando alguns fios de cabelo de seu rosto.

- Unnie - Minnie suspirou. -, por que ele fez isso? Eu não entendo por qual razão, justo quando estamos aqui!

Terminando de secar o rosto de Minhee, a mais velha suspirou. Precisaria encontrar palavras que não parecessem grosseiras, ou até mesmo vulgares.

- Você aprontou. Basicamente, é isso. - ao perceber o olhar duvidoso da mais nova, acabou rindo baixinho. - Lembra do jogo de mais cedo? Aquela situação não foi nada agradável pra ele. Bom... em partes, até que foi. - tentou se corrigir. - Esse é o motivo.

Confusa, a líder suspirou. - Eu já imaginava. Mesmo assim... não consigo ''desver'' isso. Nem mesmo sei como reagir. Toda a vez que olhar pra ele, vou imaginar aquela mesma expressão de alguns minutos atrás. - parecia ansiosa, voltando seu olhar para o chão.

- Foi uma expressão tão ruim assim? - a mais velha perguntou, colocando a toalha no lugar.

- Foi uma expressão linda! Esse é exatamente o problema!

- Prefiro não imaginar. - comentou, rindo. - Sua mini-safada.

- Unnie! - reclamou a mais nova, cruzando os braços.

- Só estou brincando. Sem manha. - preocupada com o tempo suspeito em que estavam no cômodo, Jieun destrancou a porta. - Está mais calma?

- Na verdade não muito. - respondeu. - Mas não posso ficar trancada no banheiro com você pra sempre.

Rindo, ambas saíram e retornaram à cozinha.

Encostada na porta do cômodo, Minhee olhava distraidamente para as costas do namorado. Foi então que o mesmo se virou e, preocupado, direcionou-se à mais nova.

- Você se sente melhor, pequena? - perguntou em tom baixo.

De algum jeito, a garota não conseguia vê-lo de forma ruim. Riu, e então se acomodou num abraço apertado, sentindo Jungkook apertar levemente seu corpo, como se tentasse protege-la através do contato.

- Me desculpe. - pediu num sussurro.

Confuso, o mais velho desviou o rosto, de modo que pudesse fitar o de Minhee. - Hm?

- Você não precisa saber. Só... bom, me desculpe. - novamente pediu, e em seguida beijou carinhosamente a bochecha do maior.

Percebendo o quão estranho estava o comportamento da namorada, Jungkook preferiu não questioná-la. - Não tenho o que desculpar. - murmurou, rindo baixinho. - Boba.

- Por você. - completou a mais nova, arrancando um sorriso tremendamente alegre do maknae.

- Eu vou vomitar. - J-Hope comentou ao passar próximo do casal.

Carregava algumas sacolas, onde haviam os ingredientes que outrora Jieun pedira. Em resposta ao olhar que recebeu de Kookie, o mais velho riu, entregando as compras para a garota.

- Não me olhe assim, moleque. - debochou.

 

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Não demorou para que o jantar estivesse pronto. Enquanto organizavam o local onde comeriam, todos pareciam satisfeitos com o cheiro que vinha da comida.
​Durante a refeição, acabaram comendo rapidamente devido a fome e ao cansaço. Ao terminarem, organizaram parcialmente a pequena bagunça e novamente foram à sala, combinando um filme.

Acomodaram-se de modo que todos pudessem estar confortáveis. O filme mal havia começado quando alguns bocejos foram ouvidos, e não demorou para que a cabeça de Jieun tombasse para o lado, rendendo-se ao sono.

- Vou levar a Jieun. Ela precisa dormir direito. - comentou o líder, sussurrando para que não acordasse a mais nova.

Os outros simplesmente assentiram.

Com a garota em seus braços, Namjoon levantou-se e rumou para o quarto onde Jieun dormiria. Tentava carrega-la com cuidado, evitando que acordasse, o que era fácil devido ao seu tamanho pequeno e delicado. Impossível seria não fazer sequer um mínimo ruído, mas acabou conseguindo leva-la em segurança e sem acordá-la.

A cama já havia sido organizada pelas outras garotas mais cedo. Devagar, pousou o corpo frágil no colchão macio, vendo a mais nova se mexer no instante em que seus braços não mais seguravam seu corpo.
​Jieun resmungou. Os braços da garota apalparam a cama, como se estivessem procurando por algo que o rapaz imediatamente reconheceu: o pequeno dinossauro de pelúcia, que estava fazendo falta para a menor.

Foi então que, decidido, o rapaz se deitou ao lado da garota. Não demorou para que sentisse os braços da menor rodearem sua cintura, abraçando-o fortemente. Foi só então que notou Jieun se tranquilizar, e não ousou se mover com medo de novamente acordá-la. Planejava ficar ali até que a mais nova estivesse mais calma, mas nem tudo saíra de acordo com seus planos.

 

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Eram 2:06 da madrugada quando Jieun acordou. Sentiu certa agitação na cama, e então acabou se assustando pelo brusco modo de despertar.

A garota imediatamente ergueu o tronco, de modo que pudesse ver onde estava. Lembrava-se de ter adormecido ainda na sala, mas trocara de cômodo supostamente durante a noite e agora, na cama, sentia Rap Monster se movimentar como se estivesse em meio a sonhos ruins.

Tais ações não lhe surpreenderam tanto. Jieun já havia lido em diversos lugares sobre os péssimos costumes noturnos de todos os membros. Vez e outra, o corpo do rapaz voltava à inércia e permanecia assim por poucos segundos, logo após começando a se mover novamente.

A mais nova temia acordá-lo. Não sabia como lidar com crises assim, visto que nenhuma das companheiras possuía algo parecido, então o fato de que sentia-se receosa não era surpreendente.

Foi então que, no momento em que tentou sair, Jieun sentiu sua cintura ser puxada. Com a intensidade do puxão, acabou ficando com boa parte do corpo sobre o do mais velho. O impacto pareceu acordá-lo, pois o maior remexeu o corpo, resmungou e, em seguida, coçou preguiçosamente os olhos. Quando os abriu, o rapaz assustou-se com a proximidade dos rostos, resmungando mais uma vez ao também notar o leve peso sobre seu peito.

- Oi. - murmurou a mais nova, rindo das reações de Namjoon.

Desajeitadamente, o maior acomodou melhor o próprio corpo. Ainda sonolento, bocejou e sorriu logo em seguida. Num gesto automático, passou os braços ao redor do corpo de Jieun, acolhendo-a junto a si.

- Eu juro que não pretendia dormir aqui. - tentou justificar. A voz rouca falhou variadas vezes devido a falta de uso.

A garota riu, baixinho. O silêncio evidenciava que o restante do grupo dormia, e não queria acordá-los.

- Hm... Você jura? - questionou-o. O tom de voz da mais nova indicava dúvida, com uma pitada de sarcasmo.

O mais velho arqueou uma das sobrancelhas em desafio à garota. Foi então que Jieun sorriu, envergonhada, fitando carinhosamente os olhos doces que pertenciam ao rapaz.

À visão de Jieun, Rap Monster poderia ser facilmente confundido com uma escultura. A beleza presente em seus traços sutis era tanta que, às vezes, a menor duvidava de sua naturalidade. Porém, bastava vê-lo sorrindo para que seus pensamentos tomassem outros rumos; onde o pensamento dominante era que ninguém, absolutamente nenhum outro ser humano existente possuía um sorriso como o de Kim Namjoon. Haveriam parecidos, talvez, mas o do maior era totalmente único; isso, aos olhos de uma garota completamente apaixonada.

Com cuidado, os dedos de Jieun acariciaram a bochecha macia do mais velho. Percorreram uma pequena trilha, que iniciava-se pouco abaixo da mandíbula e teve seu fim ao chegar no pescoço exposto. O pomo-de-adão moveu-se lentamente; e apesar de mínimo, o movimento fora suficiente para fazer com que a mais nova imaginasse imoralidades.

- O que foi? - perguntou o rapaz, sussurrando.

A voz enrouquecida provocara incontáveis arrepios à pele frágil de Jieun. Um pouco surpresa, desviou o olhar.

- Eu gosto de te olhar. - respondeu, sem jeito.

Namjoon, mais uma vez, sorriu com a resposta.

A mão do mais velho buscou pelos fios lisos da menor. As pontas dos dedos longos perderam-se entre o emaranhado de fios negros, desgrenhados graças ao sono recente.
Viu Jieun fechar os olhos, como se estivesse querendo sentir ainda mais intensidade na carícia. A expressão no rosto da garota fez o maior morder o lábio inferior, tamanha era a delicadeza presente no semblante extasiado; e tudo por um gesto tão simples.

- Eu gosto mesmo de você. - sussurrou, ainda acariciando levemente o couro cabeludo da mais nova.

Notou-a se aconchegar em seus braços. A cabeça aninhou-se em seu peito, e de repente, a seu ver, Jieun tornou-se tremendamente frágil. Uma flor melindrosa, tão bonita e, ao mesmo tempo, tão vulnerável.

- Quero namorar você, Choi Jieun. - finalmente deixou escapar.

As bochechas, já rubras, tornaram-se ainda mais quentes. A garota conseguia sentir claramente enquanto a temperatura de seu corpo subia, e pôde jurar que também sentiu quando suas mãos se tornaram frias, contrariando totalmente o sentido em suas reações.

Ultrapassando os obstáculos causados pela vergonha, Jieun olhou diretamente para os olhos do rapaz. Deixou-se ser absorvida pela imensidão escura, onde conseguia enxergar tanta graça e inocência quanto também havia nos olhos de uma criança.

A expectativa era bastante notável às feições de Namjoon. Vê-lo de tal forma fez com que o interior da mais nova fosse preenchido por carinho, e também por uma infinita vontade de amá-lo e protege-lo.

Sem conseguir elaborar uma resposta, a garota ajeitou o próprio corpo. Impulsionou o rosto para cima, tomando os lábios pequenos do rapaz em um beijo breve e doce. Permitiu que seus lábios ainda ficassem próximos quando, delicadamente, acariciou a lateral do rosto de Rap Mon.

- Nan niga joha*, Kim Namjoon. - ciciou contra os lábios do mais velho.

Um sorriso alegre automaticamente iluminou o rosto do mais velho. Tão feliz, tão puro que Jieun precisou acompanha-lo e sorrir também.

- Você é minha, Jieun. - sussurrou, abraçando o corpo da garota.

A sensação de finalmente desvendar parte da complexidade do amor era, para Jieun, devastadoramente boa. Entre os diversos nós que formavam-se em seus pensamentos, um deles poderia facilmente ser desfeito com a certeza de que, mesmo com todas as diversas outras dúvidas, o amor que sentia pelo rapaz seria capaz de resolver todos os empecilhos que encontrassem.


Notas Finais


Jagi - ''querida''
Nan niga joha - ''eu gosto de você''


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