História Just One Day - New Lights

Era 9:30 da manhã quando o despertador tocou. O barulho tremendamente alto e, aos ouvidos das cinco garotas que ainda dormiam, tremendamente irritante, acabou despertando todas elas.

A delicada mão de Minhee desligou o objeto barulhento, sendo a mais próxima da cômoda onde ele estava. Diferente das outras garotas, que aos poucos levantavam-se de suas camas, a líder resmungou e voltou a cobrir sua cabeça com o cobertor felpudo, desejando voltar a dormir.

- Dangsin-eun ireonassda?* - a voz de Jieun se fez presente.

Automaticamente, todas as garotas direcionaram o olhar para a porta recém aberta. Lá, a mais velha estava encostada e sorrindo, gesticulando com a mão e fazendo sinal para que lhe acompanhassem.

- Se vocês não se apressarem, vamos acabar perdendo a hora. Não querem isso, certo? - e sorriu, dando passagem para Natty e Jiwon que haviam ido em direção a porta. - Vamos comer.

Não precisou de muito para convencê-las. A pressa com a qual agiam quando se tratava de comida fez Jieun rir, contagiada pela alegria das companheiras.

Porém, algo no quarto fez com que a mais velha curvasse a boca num sorriso insatisfeito. Ao fitar uma das camas do quarto, viu a pequena pilha de cobertores se movimentar de forma sutil. Minhee ainda dormia, e sabia que teria problemas caso a garota continuasse dormindo.

- Minnie-ah - chamou, sacudindo um dos ombros da mais nova. -, vamos, acorde! - Minhee se remexeu, tirando parte dos cobertores de cima da cabeça.

A cena que viu fez um sentimento de culpa invadir a mais velha. Minhee estava com as bochechas levemente coradas pelo calor produzido pelo excesso de cobertores, o rosto amassado e os cabelos bagunçados. Enrolada a tantos cobertores, parecia até mesmo um bolinho de arroz.

- Que horas são, unnie? - perguntou, ainda sonolenta.

- É hora de levantar daí antes que não sobre comida pra você. - a resposta de Jieun produziu resultados imediatos.

A mais nova levantou-se de forma apressada, correndo para a pequena sala onde uma minúscula mesa estava repleta de comida, além de rodeada por outras quatro garotas. Minhee enfiou-se ali, de forma que pudesse comer sem interferir no espaço das outras.

- Estão ansiosas? - Eunsuh perguntou. As palavras saíam de forma confusa pois sua boca estava ocupada com a comida.

- Só um montão assim: - Natty gesticulou com ambos os braços, formando uma grande linha imaginária para representar o tamanho de seu nervosismo.

- Não se sintam assim. Tudo vai dar certo, não é, Minnie unnie? - Somi sorriu, tentando passar confiança às outras através do gesto.

Já adaptada a nervosismos semelhantes, a garota não mais se deixava abater diante de situações parecidas. Usava sua força para auxiliar Minhee, que como líder, desempenhava muito bem tal papel.

- Treinamos muito para isso. Lembrem-se do quanto nos esforçamos. Estamos preparadas. - apesar de seu nervosismo, Minhee ocultava suas inseguranças com uma máscara de autoconfiança. Sabia que não poderia se permitir estar tão nervosa, pois as outras precisavam de seu apoio.

Ao fim da refeição, as garotas apressaram-se para que não perdessem mais tempo. De forma desorganizada, se aprontaram de modo que conseguissem obter certa confiança com as roupas que usavam. As mais altas, Minhee e Somi, optaram por tênis para que suas alturas não ficassem desproporcionais. Já Jieun e Natty, pequenas, escolheram algo que possuía saltos confortáveis, para que pudessem coincidir com as outras e dançar sem maiores problemas.

Tudo parecia estar indo bem. O tempo estava de acordo com o planejavam, e já estavam a caminho da tão almejada sede JYP.

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Ao descerem da pequena van, que fora mandada pela empresa, as seis garotas foram guiadas até o interior do prédio.

Na recepção, foram informadas de que deveriam se direcionar à sala de reuniões. Ao enxergar ainda mais seriedade na situação, o pequeno grupo se apressou.

Ainda no caminho, com toda a pressa e ansiedade, Jieun praguejou mentalmente ao perceber o cadarço de suas botas desamarrado. Não se importou em perder tempo e avisar; simplesmente deixou que as outras prosseguissem e ajoelhou-se no chão, refazendo o nó de forma rápida.

Novamente pronta, levantou-se e apressou ainda mais o passo. Olhava para o chão quando, inesperadamente, acabou se chocando com alguém.

As mãos foram ao encontro do corpo desconhecido, apoiando-se para que não acabasse se encontrando com o chão.

- Ei! - ouviu a voz masculina se sobressaltar.

Envergonhada, afastou-se do rapaz; o suficiente para que pudesse ver seu rosto de feições sonolentas e já conhecidas. Curvou-se, fazendo uma pequena e atrapalhada reverência.

- Chaesonghabnida*, sunbaenim... - murmurou, de forma que o outro pudesse ouvir.

- Jieun unnie! - ao longe, era possível ouvir a voz preocupada de Minhee. A mais nova corria em direção a Jieun, de forma não exagerada; somente preocupada. - Você está bem? - Minhee perguntou ao se aproximar.

Só então que a menor percebeu a situação inacreditável em que se encontrava. Em sua frente, extremamente próximo, estava Suga, membro de um dos grupos mais admirados não somente por ela, mas também pelas outras meninas.

Da mesma forma como estava, absolutamente surpresa, percebeu também estar Minhee.

- Está sim, Minnie-ah. - sorriu. Não apenas um sorriso para mostrar que tudo estava bem, mas também que transmitia alegria.

A maior assentiu. Seu olhar estava completamente vago; perdido nos sete rostos já tão conhecidos.

Automaticamente seu olhar buscou por um deles, em especial. Ao encontra-lo, sentiu as bochechas esquentarem, e assim que os olhares se cruzaram, Minhee desviou-se do contato.

- Minhee? - a mais velha chamou.

Atraindo a atenção da maior, Jieun fez com que a outra se recordasse do que realmente precisava fazer. Assim, segurou delicadamente o braço de Jieun, puxando-a.

- As garotas vão nos matar. - murmurou de forma confusa, andando com a menor sendo puxada.

Perdidos, os sete garotos deixados para trás entreolhavam-se. A saída repentina de ambas havia fez com que a dúvida surgisse entre eles.

Ao saírem, somente três deles perceberam o celular caído no chão. Depois de uma breve discussão, decidiram com quem deixar o aparelho, que seria protegido até que pudessem devolver.

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Na sala de reuniões, seis corações palpitavam de forma ritmada. Seis sorrisos eram vistos por todos os que estavam próximos. O sentimento de felicidade dominava o ambiente.

O anúncio do debut fora breve, porém, carregava uma grande taxa de sentimentalismo. Lágrimas surgiam nos olhos das mais novas, que se abraçavam e se apoiavam umas às outras.

Do lado de fora, acompanhavam a felicidade de todas as integrantes do grupo. Era possível visualizar todas as reações pelas paredes envidraçadas, que não ocultavam absolutamente nada; principalmente a felicidade.