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História Just One Day (Suga) - Tears In Picture


Escrita por: lilvitsukha

Notas do Autor


Tem muito tempo que eu quero começar uma fanfic de BTS, e é óbvio que eu ia escolher meu bias pra estrelar! Por favor, não abandonem a fic. Eu prometo dar duro pra fazer isso funcionar, até porque fiquei a noite inteira fazendo rascunho dela, e já tenho uma trama gigantesca roteirizada.

Eu tenho consciência de que o Suga não é a pessoa mais amigável e extrovertida do planeta terra, então vou dar pra ele uma personalidade semelhante a original: um cara meio quieto, levemente antipático com quem não conhece ou em situações inoportunas, mas com um senso de humor incrível e que sabe muito bem usar as palavras.

Eu fico falando sobre k-pop o dia inteiro no twitter, então, por via das duvidas, vou deixar meu user aqui, caso alguém queira seguir. (@starringdgalaxy)

Capítulo 1 - Tears In Picture


Fanfic / Fanfiction Just One Day (Suga) - Tears In Picture


    E mais uma vez, passei meus olhos pela mensagem. "Não dá mais pra mim, Eli. Eu gosto de você, nós dois sabemos disso. Mas não é mais como era no começo. Espero que você entenda. E não me ligue, por favor."

   Ele simplesmente me largou. Eu abri mão de tantas coisas pra ficarmos juntos, e é assim que ele retribui. A verdade é que ele sempre pareceu atencioso, e eu não achava que ele me deixaria na mão. Eu estava errada. Ele me deixou sem motivo algum e por whatsapp. Eu odeio ele. Eu odeio amar tanto ele. Minhas amigas sempre disseram que ele não era o namorado ideal pra mim, e eu acho que elas estavam certas. Mesmo sendo tão atencioso, ele não estava presente nas horas em que eu precisava dele. 

    Depois de posicionar a câmera em frente aos meus olhos, ajeitei o ângulo e cliquei no botão em sua lateral. O aparelho fez um pequeno "click", indicando que a fotografia havia sido capturada. Observei atentamente a tela da câmera, analisando a imagem. A grama e as árvores estavam em um movimento perfeito quando a foto foi tirada. Ao fundo, perto do rio, uma criança corria, com um balão nas mãos. A foto estava ótima, por isso, me forcei a sorrir. Uma lágrima escorreu quente pelas minhas bochechas e tocou meus lábios. Ainda não consigo acreditar que isso está acontecendo. 

    As fotos eram como uma terapia pra mim, e enquanto eu as tirava, sentia a tristeza se esvaindo momentaneamente do meu corpo. Eu costumava sorrir ao ver minhas fotografias, mas ao vê-las agora, só lágrimas me vinham. Scott conseguiu abalar todos os cantos da minha vida. E mesmo assim, eu ainda amo ele.

    Depois de terminar mais algumas fotografias, encostei-me em uma das árvores do parque e olhei para o rio a minha frente. Quando percebi, as lágrimas já haviam manchado meu colo. Meus olhos deviam estar inchados a essa altura, mas eu ainda não conseguia parar. Então deixei de tentar lutar contra aquilo, e deixei que elas caíssem. O sol estava caindo por trás do rio e das montanhas, criando uma coloração rosa e laranja no céu. Meus dedos procuraram pela câmera na grama, e quando acharam, a puxaram com dificuldade até o meu rosto. Ajeitei minha postura e posicionei a câmera na reta dos meus olhos, em busca do ângulo perfeito. 

– Por que não tenta tirar a foto daquela árvore ali? – ouvi uma voz dizer. Olhei por cima dos ombros em um movimento sutil, e percebi que havia um garoto ajoelhado na grama a mais ou menos um metro atrás de mim. Ele tinha uma câmera em mãos, e parecia muito concentrado nela. Por trás da câmera, consegui ver que seus cabelos eram de um branco levemente azulado. 

– O que? – perguntei baixo, tentando alcançar um tom impossível onde minha voz não revelasse a minha tristeza para aquele desconhecido que talvez tenha me dado alguma dica. Mas ele continuou concentrado em sua câmera, e por fim, percebi que ele não tinha me ouvido. Mas quando voltei minha cabeça pra frente, ouvi sua voz novamente.

– Tenta tirar a foto daquela árvore ali na frente. Ela está entre as sombras, vai dar mais contraste pra sua fotografia. – enquanto ele explicou, voltei-me de novo para ele, e dessa vez pude ver seu rosto. Ele tinha a pele clara como o papel e lábios de um rosa claro que eu nunca havia visto. Sua franja branca chegava até os olhos, que eram fechadinhos e puxados. Mas seu rosto era sério e concentrado, como se estivesse fazendo algo importante a cada segundo. 

    Com a cabeça baixa, assenti de leve. Levantei devagar e me dirigi até a árvore mais a frente, onde posicionei a câmera e tirei a foto. Quando olhei para a imagem na tela, percebi o que ele queria dizer. A sombra das folhas das árvores na frente realmente adicionavam beleza na fotografia. Ela parecia bem mais profissional do que as outras que eu tinha tirado naquele dia. Senti o peso do olhar do garoto em mim, e quando olhei para ele, seu rosto já não estava tão sério. Ele tinha algo parecido com um sorriso no canto dos lábios, e eu sabia que indicava aprovação. 

– Agora tenta não passar na frente da minha lente enquanto volta pra sua árvore. – ele disse, e eu sorri. Um sorriso era tudo o que eu precisava naquele momento.

    Se passaram mais alguns minutos até uma limousine parar na estrada ao lado do parque, e o garoto correr para dentro. Fitei-o rapidamente, e quando ele olhou para mim, me voltei rapidamente para minha câmera. Meu indicador passou pelo botão de mudar a imagem no visor e acabei por clicar. Passei por todas as imagens que eu havia capturado, e por alguma razão esse gesto me arrancou mais lágrimas. Se eu fosse sorrir, seria um sorriso carregado de tristeza. Eu não conseguiria estar alegre ali, e quando percebi isso, simplesmente parei de me importar com a estética. E no meio do parque, com tantas pessoas em volta admirando o rio e as estrelas, eu deitei na grama e me deixei aliviar aquilo tudo. Passei minutos, talvez horas encarando o céu enquanto as minhas lágrimas caíam na grama. Me perdi em pensamentos vazios por muito tempo, soluçando e com olhos fechados mais tempo do que abertos para olhar as estrelas. 

    O toque do celular me fez despertar. Olhei para os lados, e percebi que estava sozinha no parque. Hesitei por alguns segundos antes de finalmente pegar o celular, e fitei-o por mais alguns ao olhar a foto do meu pai na tela, mas acabei atendendo. 

– Alô, Eli? – ouvir o som de sua voz foi como o choque entre os meus dois mundos mais importantes, e percebi que ele estava preocupado pela sua intonação, embora sua voz fosse suave e limpa. 

– Pai. – murmurei, tentando fazer com que minha voz parecesse normal.

– Onde você está? – ele perguntou – estou preocupado com você. Aconteceu alguma coisa? 

    Meu pai sempre foi muito bom em perceber quando algo estava errado. Ele me contou que sabia que a mamãe estava se encontrando com outro cara desde o início do casamento deles, mas ele não é o tipo de homem que poderia botar tudo a perder por uma acusação que ele nem tinha certeza. Então, quando finalmente encontrou a mamãe com outro, fez as malas e se mudou da própria casa. Até hoje ele não guarda nenhum rancor dela, e isso é algo que eu definitivamente não puxei dele. Essa calmaria que a voz dele traz, e que te relaxa mesmo no maior estado de tensão.

– Estou no parque. É que...

– Não precisa falar mais nada, Eli. Estou indo pra aí. 

    E ele desligou o celular. Dez minutos depois ouvi seus passos na grama logo atrás de mim, onde o garoto de cabelos brancos estava sentado. Ele se aproximou até chegar ao meu lado, onde deitou sem hesitar.

– O que houve, querida? – ele perguntou alguns minutos depois, enquanto olhávamos as estrelas.

– O Scott.. ele terminou.. – não consegui terminar a frase sem que as lágrimas me consumissem por completo.

– Oh querida.. – meu pai lamentou, enquanto me acomodava em seu peito. Enxugou minhas lágrimas com os dedos e afagou meus cabelos por alguns minutos, me acalmando da sua forma.

– Lembra daquela vez que você bateu no garoto da sua sala porque ele tinha roubado seu lápis? – ele perguntou, e eu assenti enquanto ri com a lembrança – Eu te defendi, dizendo que roubar o seu lápis não foi uma atitude legal, e ele acabou sendo suspenso por dois dias, você lembra? Ele não tinha roubado seu lápis.

– Não tinha mesmo, eu que não gostava dele. – ele riu – Você sabia desde o início?  

– Deu pra ver no seu rosto que você era culpada, Eli. Seus talentos para atuação ainda não tinham desabrochado naquela época. – ele sorriu – Mas eu te defendi. Eu causei a suspensão do coitado porque eu te amo, e não quero que nenhum mal aconteça com você. Só não esqueça disso, tá? Eu vou estar sempre aqui. 
 
    Beijei sua bochecha.

– Obrigado, pai. Eu também te amo.

– Vamos voltar pra casa? Eu pisei em um besouro enquanto passava por baixo dessas árvores, e eu preciso urgentemente lavar esse sapato. – ele disse, e eu ri. 




 


Notas Finais


Se você gostou e quer que eu continue, favorite e deixe um comentário, prometo ser gentil e amar-te como leitor até os últimos dias da minha vida! ~okay, exagerei, mas vou te amar de qualquer jeito~

PELO AMOR QUE VOCÊ TEM PELA SUA VIDA, NÃO ME CHAMA DE "fofa", "flor", "querida", etc. EU SOU UM GAROTO. OBRIGADO.

Amo você <3


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