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História Just One Night - Ciúmes


Escrita por: Vihh_AS

Notas do Autor


Nossa, esse capítulo ficou enorme. 😱
Quem será q vai demostrar ciúmes?
🙊
Boa Leitura.

Capítulo 18 - Ciúmes


Fanfic / Fanfiction Just One Night - Ciúmes

A forma como me sentia ao seu lado, como Cosima mexia com meus sentimentos era uma surpresa para mim. Durante sete anos eu não me senti tão bem ao lado de uma pessoa na qual tinha um envolvimento, antes tudo não passava de uma relação entre D/S, nada de uma relação fora do quarto, no fim de semana minha submissa ou submisso estava a minha disposição e durante certo período, durante a semana raramente nos víamos, afinal, cada uma tinha a sua vida.

Tudo não passava de um contrato.

Eu tinha apenas que zelar pelo bem estar do submisso (a) durante os jogos, mas nada de romance ou afeto.

Com Cosima não era assim, ela não era minha submissa, apesar de adorar e cumprir meus comandos sem pestanejar, eu adorava a sua entrega e mais ainda as surpresas que ela me proporcionava. Preferi não contar a ela sobre meu fetiche o quarto e, por incrível que pareça, não estava sentido falta. Talvez ainda seja o medo de afasta-las. Nossa relação era, podia dizer, um namoro, embora não tenha feito o pedido e esses foram os melhores quinze dias em muito tempo. Ter me abrido com ela sobre o que houve com Ângela e sobre quase ter tirado minha vida, fez eu me senti frágil no começo, mas foi como se enorme peso saísse das minhas costas.

Desde a nossa maravilhosa noite, sempre nos encontramos, como ela mesma disse, aproveitando cada dia, na maioria das vezes ela vai até a minha casa.

Sempre, na verdade.

Infelizmente desde quinta o trabalho tem tomado todo o meu tempo e apenas nos falamos por telefone.

Ele sempre tomava!

Para a minha surpresa, após um dia cansativo no hospital, quando cheguei em casa na quarta, eu encontrei Cosima na minha cama, nua, com certeza estava me esperando, mas acabou dormindo. Eu a queria muito, no entanto, apenas me juntei a ela e adormeci com seu corpo junto ao meu.

Já se passaram três dias, se a cena se repetisse, eu a atacaria.

E sei que ela iria adorar.

—Ei, qual o motivo do sorriso bobo, Delphine? —A voz de George, meu terapêutica, me despertou. Quando ele citou o nome da Cosima, minha mente logo me fez viajar até o dia em que a conheci e relembrar os nossos momentos até o dia de hoje. Tudo estava maravilhoso. —O motivo desse sorriso só pode ser a jovem Cosima, acertei?

Meu sorriso se alargou. Afirmei.

—Sim.

Embora anotasse algo em sua caderneta, pude ver o sorriso orgulhoso nos lábios dele. O senhor de um pouco mais de 60 anos, cabelos grisalhos, alto, com um corpo em forma para a sua idade, me encarou. Seus olhos, sob um óculos de grau de armação redonda, me inspecionaram. George vinha lidando comigo desde o dia que sai do hospital, depois de quase cometer uma loucura. Dei muito trabalho a ele e, em varias seções não falei nada, em algumas respondi o que me era perguntado... Mas ele não desistiu, como o primeiro.

E apesar de não parecer, ele me ajudou muito.

Ele declarou.

—É bom vê-la tendo uma relação além da costumeira. E, mais ainda, ver esse sorriso em seu rosto.

—Cosima tem feito meus dias terem um significado. É uma surpresa para mim o modo como me sinto ao lado dela, principalmente por ter me fechado para novos romances durante tantos anos.

—E como vai a relação D/S?

—Ela não sabe sobre esse meu lado. —confesei, sem hesirsr. —Não contei a ela.

—Por que não? —Um pouco confuso, George quis saber. Hesitei em lhe dar responder, fazendo-o erguer a sobrancelha. Ele insitiu. —Por que não contou a ela, Delphine?

Sabia que George desconfiava do motivo que me levou a não contar a Cosima, mas ele esperou pacientemente o meu momento para me abrir.

Respirei fundo.

—Por medo. Nos conhecemos fora do mundo D/S, era para ser uma coisa de uma noite, mas me encantei por ela e... O medo de afasta-la, como aconteceu com Ângela, me fez esconder dela.

—E não pretende revelar a ela? —Não respondi. E o olhar dele agora era de preocupação. Continuou. —Não acha melhor ela descobrir por você?

—E se ela fugir? —Só de imaginar, senti um aperto no peito. —Cosima tem me conquistado a cada dia...

—Você só vai saber a reação dela quando contar. —Ele me cortou. Depois de acomodar-se melhor, prosseguiu. —É melhor ela saber por você. Assim poderá explicar os motivos que a levou a esconder. Esconder dela e ficar longe desse seu mundo não está lhe incomodando?

—Esconder dela, sim! —Com o assunto, só então me deu conta que realmente não estava sentindo falta do controle, dos jogos. Não a ponto de me sentir mal, embora o desejo de tê-la em meu quarto do prazer ainda me domine. —Ficar longe dos jogos, me incomoda um pouco. Mas quando estou com ela, não penso nisso.

Ele anatou algo mais em sua caderneta. Com um sorriso de compreensão, George me encarou.

—Entendo. Mesmo assim, aconselho a contar a ela. Só assim vai saber como Cosima vai lidar com o assunto.

*****

Após a seção, voltei para o hospital, passava das três da tarde e apesar de ser sábado eu ainda tinha coisas para resolver antes de ir jantar na casa dos pais da Cosima. Não estava nervosa, não tanto quanto no dia em que Siobhan e Joseph fizeram a proposta quando nos encontrarmos no dia em que fui a ONG deles, a convite de Cosima, para conhecer o lugar. Confesso ter ficado um pouco incomodada com o convite, eles deixaram claro ser apenas para conversarmos sobre uma proposta que querem fazer. Mas para mim era quase como se eu Cosima tivéssemos algo sério e o jantar com os pais dela acabava firmando o nosso relacionamento, que não era um namoro.

Cosima pareceu, também, não ter gostado da insistência dos pais, nem seu argumento de que não estávamos namorando convenceu os dois. Ambos foram persuasivos quanto o motivo do jantar.

"É apenas um simples jantar, filha!" Siobhan declarou, mas sua voz deu a entender segundas intenções.

Agora tenho um jantar com eles, nas palavras de Paul, iria jantar com meus sogros.

Veremos em que isso vai dar!

Desço do carro, dispenso Art e caminho até a entrada do hospital, no local, os médicos e enfermeiros me cumprimentam. E no elevador que me leva até o andar do meu escritório, vejo Paul parado e digitando algo no celular.

—A onde está indo, Paul? —Ele me olhou assustado e lançou-me um sorriso nervoso. —Por que está aqui a essa hora?

—Oi, maninha! —estreitei o olhar. O único motivo de ele estar aqui seria aproveitando a minha saída para se encontrar com a Lucy. Ele mentiu descaradamente. —Estava com saudades. Vim lhe fazer uma visita.

—Como meu irmão é adorável.

—Eu sei! —revirei os olhos. O elevador chegou, entramos e assim que as portas se fecharam, me questionou. —Você estava no Dr. Campbell?

—Sim. E você sabe disso. E o motivo de estar aqui é para ver a Lucy.

Ele pôs a mão no coração e fingiu estar magoado.

—Delphine, assim você me magoa.

—Você é um fingido.

Declarei, no momento que o elevador parou. Sai da caixa de metal sem olhar para ele, parei quando vi Cosima gargalhando junto com minha secretária, Paul logo se juntou a mim e soltou um “humm,” de um modo malicioso.

Do que as duas riam?

Uma onda de ciúmes me atingiu, precisei respira fundo para não demonstrar.

Ainda mais com o comentário indiscreto do meu irmão.

—Imagina essas duas juntas... —Sua voz tinha um tom de brincadeira, mas não gostei nenhum pouco. Lancei um olhar furioso para ele, Paul levantou as mãos e se retratou. —Desculpa.

Encarei as duas, Lucy é uma mulher reservada no trabalho, falava pouco e sempre me fez acreditar que era tímida, até cheguei a pensar que ainda era virgem. Como estive enganada, constatei isso no dia em que a vi no Secrets. Seus longos cabelos negros estavam soltos, um curto e colado vestido emoldurava seu corpo... Quase não a reconheci. Nesse momento eu olhava a minha tímida secretária, mas, agora, conhecia a mulher sensual por baixo daquela faixada e, sabia também que Lucy, apesar de namorar meu irmão, adorava se divertir com outras mulheres.

Não com a minha!

Fechei os olhos, respirei fundo e fui até as duas.

Quando falei, tentei soar brincalhona.

—Qual o motivo das risadas?

Pelo olhar das duas ao mesmo encararem, não me sai muito bem. As duas levantaram, Lucy voltou para sua mesa.

—Nada demais. —Cosima quebrou o silêncio. —Só estava contando as loucuras do Felix.

—Cosima que bom, finalmente, conhecê-la! —Foi à vez de Paul acabar com o silêncio. —Prazer. Sou Paul...

—Irmão da Delphine. —Ela o cortou, dando o seu lindo sorriso. —Prazer em conhecê-lo, também.

—Não liga para o mau humor da minha irmã.

—Paul... —O encarei, ele ergueu a sobrancelha. —Obrigada por me acompanhar até aqui. Pode ir agora.

Após gargalhar, ele falou o real motivo de estar aqui.

—Maninha, eu vim aqui para ver a minha namorada. —caminhou até ela e a beijou, mesmo com ela o repreendendo. —Estava com saudades. —Voltou a me encarar. —Você tem explorado a minha namorada.

—Paul... —Ela bateu de leve em seu peito. —Assim eu serei despedida.

—Hoje é sábado...

—Ela não tem reclamado. —O cortei, levantei a mão mandando-o ficar calado. —E ela tem as folgas necessárias.

Com uma voz apreensiva, Lucy sorriu e se desculpou.

—Sra. Cormier, desculpa. —Agora, brava, ela o olhou. —Ele só está brincado.

—Não estou... —Lucy lhe deu uma cotovelada. —Ai. Doeu.

Cosima, que apenas ouvia, não se conteve e deixou uma gargalhada escapar. Eu mantive o olhar sério, apesar de estar gostando da interação dos dois.

—Você vai poder matar a saudade, quando o expediente dela terminar.

Declarei. Paul revirou os olhos, deu um selinho em Lucy e veio até mim.

—Você é uma chata!

—Eu sei maninho.

Após mais um beijo em Lucy, ele foi embora. Um pouco constrangida, ela informou que o Dr. Leekie queria conversa comigo. Pedi para ela marcar com ele na segunda e conduzi Cosima até a aminha sala. Mesmo já tendo visto minha sala pelo lado de fora, Cosima tinha um olhar de admiração enquanto olhava o lugar. Mas diferente de poucos minutos, ela estava séria. Levei-a até a cadeira, nos servi com refrigerante e sentei à minha mesa.

Cosima falou, depois dar um gole em sua bebida.

—Seu irmão é uma figura. Ele é sempre assim?

—Sim. E ainda tenho que atura-lo.

—Parece que ele é o brincalham da família.

Afirmei com a cabeça. Diante da sua expressão a questionei.

—Aconteceu alguma coisa, Cosima?

Cosima me encarou e sem rodeios foi direto ao ponto.

—Por acaso tem o seu dedo na proposta que o Daniel me fez? —Ela não me deixou responder, continuou. —Daniel jurou que não, mas se tiver, é melhor me dizer.

Saiba muito bem qual era a proposta, antes de responder, apertei o botão vermelho em minha mesa para nos dar privacidade. Fui até ela, me sentei na outra cadeira.

—Não, Cosima. Eu não tenho nada a ver com a proposta. —segurei sua mão, beijei-a. —Foi ideia dele coloca-la no projeto da clinica. Eu apenas concordei. Sei o quanto você se sentiria mal sendo ajudada.

—Você não pediu a ele? —neguei. Ela deu um leve sorriso. —Só queria ter certeza antes de dar uma resposta a ele. Mesmo assim não acho adequado.

—E por quê?

—Estamos juntas, Delphine. —Cosima levantou, voltou a sentar. Não contive o sorriso diante de seu nervosismo. Falou. —Todos na construtora sabem sobre nós. Não quero que pensem que estou sendo ajudada.

Puxei-lhe para mais perto e beijei seus lábios.

—Não está. Por isso não tem porquê se incomodar com as fofocas. —voltei a beijar seus lábios, dessa vez mais devagar. A ouvi gemer. Me afastei um pouco, seu olhar agora era puro desejo. A questionei. —Você veio até aqui para me perguntar isso ou também estava com saudades?

—Os dois. E, também, para saber se está nervosa com o jantar.

—Estou muito calma. A não ser que eu tenha motivos para me preocupar. Sua mãe pode fazer alguma ameaça?

—Talvez! Dado o conhecimento dela com o seu passado em outro relacionamento.

—Agora fiquei preocupada. —Cosima gargalhou, fazendo-me admira-la. Sem me conter, a puxei para o meu colo. —Também estava com saudades.

Tentei beija-la, mas ela se afastou e olhou para fora da sala.

—Delphine, sua secretária vai nos ver.

—Não vai. —Declarei. Quando apertei o botão, os vidros da minha sala escureceram para minha secretária. Nós podíamos vê-la, mas ela não nos via. Cosima não sabia disso. Sussurrei em seu ouvido, enquando acariciava seu corpo. —Mas tenho certeza que ela adoraria nos observar, Cosima. Adoraria se masturbar enquanto nós ver transar.

—Do que está falando?

—Ela namora meu irmão...

Deixei o resto para ela advinhar, afinal, Cosima sabia sobre meu irmão e seu fetiche. Ela me lançou um olhar descrente.

Após olhar Lucy, Cosima me encarou. Declarei.

—A minha tímida secretária adora ter os homens ao seu redor, Cosima. Ela adora ser compartilhada, foi na Secrets onde ela e Paul se conheceram.

—Ela não me pareceu tão tímida, mas não imaginei que Lucy frequentava casa de swing. Mesmo sabendo dela e Paul. —Cosima abriu a boca, voltou a fechar. Ela me encarou com um sorriso brincalhão. —Por isso a cena de ciúmes? Você achou que ela estava dando em cima de mim.

—Não foi ciúmes. Só fiquei surpresa por vê-la aqui.

—Sei. Vou fingir acreditar.

Cosima tentou levantar, mas agarrei sua cintura, passei minha língua por seus lábios, fazendo-a gemer e rebolar em meu colo, sem me conter, a beijei. Minha língua logo invadiu sua boca e se encontrou com sua, ambas gememos. A saudade e o desejo logo tomou conta de nós duas, ergui sua saia, enquanto as mãos de Cosima apertaram meus seios.

Agarrei a lateral da sua calcinha, ela segurou minha mão e afastou os lábios do meu.

—Por que você não tira minha calcinha sem rasga-la?

—Porque adoro ver sua reação.

—Vou ter que passar a andar sem calcinha. —Cosima gargalhou diante do meu olhar incrédulo. —Ou aumentar o estoque.

—Prefiro a segunda opção.

A ergui, ela soltou um gritinho em surpresa e a sentei em minha mesa, voltando a beija-la intensamente. Quando me ajoelhei para prova-la, o telefone da minha sala tocou, ignorei.

—Delphine...

Cosima me fez olhá-la. E olhou para a recepção, segui seu olhar e vi Lucy no telefone e Aldous em pé, de braços cruzados.

—Droga! —lamentei. Cosima também parecia frustada. —Vou descontar minha frustração nele.

Com Cosima gargalhando, atendi o telefone.

—Dra. Cormier, o Dr. Leekie deseja vê-la.

—Tudo bem, Lucy. Só um momento.

Cosima se arrumou e saímos, fora da sala eu ignorei Aldous e acompanhei Cosima até o elevador. Após beija-la, sussurrei.

—Nem pensar em se masturbar, Srta. Niehaus. Quero você bem safada mais tarde.

Recebi um olhar repreensível, mas ainda via uma faísca de desejo. As portas se abriram e ela entrou, Cosima provocou.

—Ainda bem que não tem como você saber... —Cosima, quase inaudível, murmurrou. —se vou ou não me masturbar. Até mais tarde, Dra. Cormier.

As portas se fecharam e fiquei olhando-as, perplexa com o modo que ela me olhou, com divertimento e provoção no olhar. Eu podia até tentar esconder, ou ignorar a forma como me sentia e como meu coração acelerava quando eu estava com ela, mas, definitivamente, eu estava apaixonada por Cosima.

Só precisava seguir a pedido de George e me abrir com Cosima, antes teria um jantar para enfrentar.

Você pode fechar os olhos para as coisas, que não quer ver, mas não pode fechar o coração para as coisas que não quer sentir.

William Shakespeare



Notas Finais


Se preparem para o próximo.
Só para ficarem curiosas, Cosima vai "descobrir" sobre Delphine e, tem a ver com os livros de capa vermelha que ela viu na primeira noite das duas. 😏
Bye, até o próximo.


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