História Just one Night (Larry Stylinson) Season 1 (em revisão) - Complicated situations

//POV Harry//

Agora que sei sobre tudo o que Louis viveu, eu percebi o quanto eu fui horrível lá no começo... Ele me rejeitou, ele agiu de forma fria e me deixou acabado em lágrimas tantas vezes, tudo porque não queria se envolver com alguém de novo... Ele tinha muito medo de sofrer mais... Tudo o que ele fez tinha um motivo muito forte e me sinto mal por ter desistido dele em algum momento... Eu queria poder ter o ajudado antes, queria ter o conhecido antes e enfim...

“Eu amo tanto esse baixinho...”

Queria poder ter cuidado melhor dele... Queria ter cuidado mais dele...

Eu só quero fazer ele feliz, o máximo possível, de todas as formas que eu conseguir... Eu quero que ele seja a pessoa mais feliz da Terra.

Fui tirado daqueles pensamentos quando ouvi algumas vozes misturadas, todo mundo falando ao mesmo tempo e parecia vir da parte da frente da casa, do lado de fora. Levantei da cama, limpei minhas lágrimas com as mãos, fui até perto da janela e vi Lottie, Fizzy, Leo, Alicia, Louis, Mark e Miranda, todos em frente a casa. Leo segurava uma bola e pelo jeito eles estavam decidindo o que jogar. Louis olhou bem para a janela e sorriu quando me viu ali. Eu corei e sorri de volta.

- Vem! - Ele gesticulava me chamando e todos olharam para a janela, sorrindo para mim também.

Eu gritei que já estava indo, saí de perto da janela e guardei os cadernos de volta na caixa, fechando-a com a tampa e a colocando no chão, perto da cama. Saí dali bem rápido, desci todas as escadas e logo eu já estava com eles do lado de fora.  Abracei meu pequeno bem forte e ele perguntou:

- Conseguiu ler alguma coisa?

- Sim... - Murmurei. - Lou... Você é tão precioso... - Pressionei um beijo demorado na testa dele e ele suspirou.

- Você que é... - Segurou meu rosto entre as mãos e beijou primeiro meu nariz, depois minha bochecha e por ultimo me deu um selinho demorado. Logo fomos interrompidos pelo Leo, que chamou nossa atenção puxando um pouco nossas calças e dizendo que éramos dele.

“Essa criança é tão fofa...”

Ficamos todos ali brincando de vôlei e futebol, até começar a escurecer. Foi tão bom, tão divertido e eu queria minha mãe e irmã aqui também. Quando entramos Alicia nos chamou e pediu se poderíamos conversar um pouco, então subimos até o porão/quarto do Louis. Sentamos os três na cama de solteiro dele, com as costas apoiadas na parede e ela ficou no meio de nós dois.

- Então...? - Eu falei para que ela começasse a falar.

- Meninos eu... E-eu queria contar uma coisa para vocês... - Ela murmurou e nós assentimos. - Quando nós decidimos que criaríamos um plano para não nos casarmos e isso faria nossos pais ficarem com muita raiva e seriamos provavelmente expulsos das nossas casas... Nessa época eu decidi tentar uma coisa... - Respirou fundo. - Sabe, já que meus pais provavelmente não pagarão mais minha faculdade, eu pensei em tentar seguir meu verdadeiro sonho... Hazz você sabe qual é, não sabe?!

- Aquilo sobre estudar Química? - Perguntei com um sorrisinho no rosto.

Ela sempre falava sobre isso antigamente... Faz bastante tempo que ela não comenta nada sobre isso.

- Isso. - Ela respondeu e sorriu grandemente. - Eu fui atrás de algum programa de bolsas de estudo e eu descobri um programa para ir estudar o curso que eu quero, em uma Universidade no Canadá... Todos os quatro anos de curso e os materiais necessários de graça, se eu passar na prova.

- Nossa Alicia... Isso é incrível! - Louis murmurou surpreso.

- Isso é muito incrível! É uma ótima chance... - Falei também um pouco surpreso.

- Eu sei... Isso é perfeito sabe... - Ela sorriu e depois suspirou. - Eu fiz a inscrição e a prova está marcada para Setembro desse ano, são vinte vagas para diferentes cursos... No de Química são três vagas e eu tenho estudado muito, e acho até que eu tenho capacidade de conseguir... Se eu passar vou para lá no fim de Julho do ano que vem... - Ela suspirou de novo e eu já imaginava o problema. - Eu falei com o Anthony e ele ficou muito animado, inclusive disse que iria para lá morar comigo assim que terminasse o colegial e completasse dezoito anos... Parecia tudo perfeito e tal, mas agora... Com os bebês, eu não sei o que fazer... Se eu passar a faculdade vai ser completamente paga por eles, mas como vou me manter lá sem ajuda da minha família?! Duvido que vão me deixar ficar com o dinheiro da minha conta bancária... Eu teria que arrumar um emprego lá e morar em alguma republica ou algum lugar bem pequeno, tentando gastar menos possível... - Algumas lágrimas escorreram por seus olhos e meu coração se apertou. Louis segurou uma das mãos dela e eu segurei a outra. - Me expliquem como vou fazer isso com duas crianças para criar e sustentar... Não terei dinheiro para pagar uma escolinha e muito menos uma babá, mesmo que tenha alguma escolinha pública e eu os coloque lá, como vou fazer para sustentar duas crianças? Em um país completamente diferente... Tendo que estudar e trabalhar muito... - Ela soluçou e meu coração acelerou.

“Isso é tão difícil... É uma situação tão complicada.”

- Se o Anthony for para lá comigo, talvez eu ainda tenha alguma chance... Ele também vai ter que estudar algo e se conseguir trabalhar talvez a situação melhore e seja possível até contratar uma babá e enfim... Seria bom se isso acontecesse, mas mesmo assim, ele não poderia ir já no ano que vem e eu teria que me virar enquanto ele não pudesse ir... E o pior de tudo é que não sei como ele vai reagir a minha gravidez... Eu tenho tanto medo do que pode acontecer... E pode ser que eu nem consiga passar na prova e já estou desesperada...

- Hey... Não se desespere, vai dar tudo certo. - Louis disse e acariciou os cabelos dela.

- Isso mesmo... Não perca as esperanças. - Eu falei e apertei a mão dela.

- Você vai conseguir sim e nós te ajudaremos no que for possível. - Meu baixinho disse e sorriu.

- Vocês já me ajudam tanto... Por isso eu quis contar essas minhas preocupações para vocês... Isso tudo estava entalado na minha garganta nesses ultimos dias e eu precisava desabafar... - Alicia sorriu e suspirou. - Muito obrigada por tudo meninos, de verdade, vocês são incríveis.

Assim concluímos a conversa com um abraço triplo.

Alicia nos agradeceu por termos a ouvido desabafando e saiu, nos deixando sozinhos.

- Alicia é tão preciosa... Precisamos cuidar dela. - Louis murmurou e eu sorri.

- Sim... - Murmurei com um sorriso enorme se formando em meus lábios e puxei meu baixinho para um abraço.

Joguei meu corpo para trás, deitando e trazendo ele junto. Passei minhas pernas ao redor de suas costas, o aninhando no meio delas e o apertando com toda minha força.

- O que foi? - Ele murmurou levantando o rosto para me encarar, suas mãos começando um carinho lento em meus cabelos.

- E-eu... Apenas quis te abraçar... - Respondi e corei um pouco. - Eu li algumas daquelas coisas e... Isso me fez ter vontade de te abraçar e não te soltar nunca mais.

Ele corou.

“Meu Louis simplesmente corou...”

Seus olhos estavam arregalados e as bochechas rosadas.

- Amor... - Ele suspirou e sorriu. - Droga... - Murmurou e enterrou o rosto em meu pescoço, se escondendo.

“Ai socorro, isso foi muito fofoooo!!”

Ficamos ali um tempinho. Suas mãos faziam um carinho lento em meus cabelos, seus lábios encostados na pele sensível do meu pescoço me arrepiando, a respiração dele esquentando minha pele também... Minhas pernas ainda o prendiam ali, minhas mãos acariciavam suas costas com leveza, nossos corpos estavam colados e eu podia sentir nossos corações batendo acelerados.

“Isso é tão perfeito...”

É aquela sensação gostosa e quentinha, que faz parecer que nos fundiremos em um só, como se pudéssemos nos comunicar apenas por pensamento. É incrível e é tão surreal...

Eu não queria estragar aquele momento de jeito nenhum, mais infelizmente me lembrei da realidade... Já estava escuro, deveria ser mais de sete da noite e eu tinha algo a fazer: Voltar para casa. Eu queria muito continuar aqui, nesse lugar incrível, com meu baixinho e bem longe de tudo, mas eu preciso ir, tenho muito para explicar e um pai para enfrentar.

- Amor... - Murmurei baixinho.

- Oi... - Ele também murmurou e eu suspirei.

- E-eu vou precisar ir embora ainda hoje. - Fechei os olhos com força.

- Eu sei... Nós vamos depois do jantar.

“Não.”

Ele não pode ir agora... Eu tenho medo do que meu pai pode fazer.

- Não Louis... V-você deveria ficar aqui.

Tudo ficou extremamente silencioso depois disso. Passaram no mínimo uns dois minutos e eu já estava ficando desesperado, até que ele se pronunciou, ainda sem tirar o rosto do meu pescoço:

- Por quê? - A voz saiu baixa e um pouco rouca.

- E-eu tenho medo do meu pai tentar algo ruim contra você... - Murmurei sentindo meu corpo tremer.

- Você... - Ele finalmente levantou o rosto e me encarou profundamente, uma expressão de interrogação estampada nele. - Você não vai dizer a verdade para ele? - Louis perguntou de forma seca, parecendo estar com um pouco de raiva e eu me desesperei.

- Claro que eu vou dizer a verdade! - Falei rápido e atropelando algumas palavras. - Mas eu não posso arriscar Louis! - Eu disse mais alto dessa vez. - Meu pai vai ficar muito furioso, eu sei que vai e no momento da raiva e da loucura talvez ele faça algo contra você... Algo que te machuque ou até pior... - Murmurei quase sussurrando e sentindo meu peito doer. - Eu não quero que isso aconteça... Eu vou te proteger não importa como! Não vou dizer seu nome e nem nenhuma informação que ele possa usar para te encontrar.

- E o que eu vou fazer? Sentar aqui e ficar calmamente esperando? E se ele fizer algo com você?!

- Ele não vai! Eu acho que não...

- Viu só?! Nem você tem certeza!

- Eu sei que é difícil, mas entenda meu ponto de vista... Você pegou cinco dias de folga, então aproveite para ficar aqui com sua família até quinta-feira... Faz tempo que você não vem para cá, então aproveita, descansa um pouco e quando você voltar, meu pai já vai estar mais calmo e você conversa com ele... Por favor, Louis, é a única coisa que eu te peço.

- Então você quer que eu espere cinco dias para ir falar com ele? - Ele recapitulou o que eu disse e eu assenti. - Harry... E se ele fizer algo com você?

- Não se preocupe com isso, por favor, apenas aceite e prometa que vai esperar.

- Harry... Isso não é justo! Eu não vou conseguir ficar aqui em paz...

- Por favor, Louis... Eu preciso que você fique bem... Vai dar tudo certo, você vai ver só...

Ele não disse mais nada e nem eu... Seu rosto voltou para meu pescoço e continuamos da mesma forma que antes, só que nos apertando mais ainda e com os corações batendo bem mais rápido do que antes.