1. Spirit Fanfics >
  2. Justice Circle >
  3. It's hard, believe me I've tried. But I keep coming up short

História Justice Circle - It's hard, believe me I've tried. But I keep coming up short


Escrita por: Mrs_Kookie_Kink

Notas do Autor


Musica: Amsterdam
Artista: Imagine Dragons

(É, estou viva... desculpem a demora absurda...)

Capítulo 3 - It's hard, believe me I've tried. But I keep coming up short


.

.

- Finnigan, relatório.

Só usava sobrenome dos meus colegas quando os mesmos me tiravam do sério. Seamus Finnigan tinha um talento natural para isso.

Faziam seis horas que a ambulância havia tirado Draco de dentro daquela casa e até então o incompetente do Seamus não me ligou ou mandou notícias uma única vez. Como o bom detetive que sou, deduzi que o animal esteve dormindo desde que chegou no hospital.

- O-oi, Harry, eu... Eu estava—

- Relatório. Finnigan.

Ouvi ele engolir em seco antes de responder.

- Ele foi levado para o hospital Saint Lucas, fica à 22 quilômetros de Huntsville, (ou seria 23...?) em Riverside Drive. Assim que o nome do garoto, que eu acho que é Drogo alguma coisa, tipo game of thrones, sabe, foi dito, um cara chamado Lupin pediu o caso pra ele.

Semicerrei os olhos.

- O nome do garoto é Draco.

Seamus ficou cinco segundos inteiros de boca fechada.

- Sério?

Trinquei os dentes para me impedir de demitir aquele idiota.

- Quem é esse Lupin?

Perguntei sem desviar os olhos da estrada. Estava indo em direção ao laboratório forense de Pine Valley com uma emburrada Hermione no banco do passageiro.

- Perguntei para as enfermeiras sobre ele e, nossa, e ele é tipo um astro de rock aqui!

Ele riu e senti uma veia em meu pescoço pulsar em raiva.

- Finnigan. – Alertei  

- Ok, ok, desculpa. Mas é que todas as enfermeiras parecem caidinhas por ele, sabe? (É, ele é meio boa pinta) Mas enfim, parece que o garoto fazia trabalho voluntário com ele por aqui e quando viu o estado dele, quis o caso na hora.

Crispei os lábios, em silencio.

- Como está o garoto?

Me estapeei mentalmente por minha voz ter saído tão suave. Hermione, como não podia deixar de ser, me olhou novamente com uma sobrancelha arqueada e um olhar sábio.

- Nossa, ele tava um trapo – Finnigan definitivamente era a definição de insensível – Quando ele chegou aqui ele tava quase cinza, suando bicas e tudo mais. Estou esperando o tal do Lupin voltar com alguma notícia. O hospital aqui é meio parado de madrugada.

Suspirei e desliguei na cara de Seamus com um toque em meu smartphone fixado em meu painel. Passaram-se cinco minutos em silencio antes de Hermione finalmente perguntar.

- De onde você conhece o garoto, Harry?

Resisti ao impulso de rodar os olhos com o quão rápido ela entendia as coisas. Suspirei novamente e disse a verdade:

- Não me lembro.

Surpreendentemente Hermione não insistiu no assunto. Ficamos em um respeitoso silencio até alcançarmos o local.

O laboratório ficava abaixo de um prédio antigo, por onde era o nosso acesso. Atrás da recepcionista idosa tinha um muro baixo. Atrás do muro uma escada de concreto descia até o laboratório forense onde Luna Lovegood, nossa antropóloga forense, olhava distraidamente para o que antes era o corpo da vítima que descobrimos ser de Narcissa Black.

 - Bom dia, Luna. O que pode nos dizer sobre a vítima?

Comecei delicadamente. Luna era uma pessoa... peculiar.

- Oh, Harry, Hermione. Bom dia.

Ela disse e continuou olhando para os ossos a sua frente.

- Luna?

Chamei, semicerrando os olhos.

- Sim?

- O que pode dizer sobre a vítima?

Luna sorriu com a pergunta.

- Que ela usava um excelente shampoo. Manter um cabelo daqueles não devia ser fácil, mas mesmo assim era tão macio...

Ele comentou, juntando com uma pinça estilhaços do osso do braço da vítima.

- Luna. Do que a vítima morreu?

Perguntei entredentes.

- Foi difícil dizer, porque o corpo estava bem machucado, sabe? Mas as larvinhas fizeram um bom trabalho em me dizer algumas coisas.

Ela riu-se, sendo acompanhada por Hermione que achava-a divertida em sua excentricidade. Eu não estava com um humor tão leve.

- Acho que vou pedir um relatório ao Neville.

Murmurei irritado, dando a volta, pronto para chamar o assistente da Luna para me dar alguma resposta de verdade.

- Neville, sempre gostei tanto desse nome... Oh, vejam...

Ouvi Luna murmurar atrás de mim e me virei para ver o que ela se referia. Ela tinha acabado de juntar todos os estilhaços de um osso, como um quebra-cabeça.

- A forma como esses ossos estão quebrados indica que quebraram de dentro para fora. Conseguem ver? É tão bonito... Como um mosaico.

Franzi o cenho e vi a Hermione fazer o mesmo.

- Como assim, de dentro pra fora?

Perguntei. Com a pinça ela virou alguns pedaços de osso, mostrando a parte interna dos pedaços.

- A parte externa desse osso está liso, sem marcas. A parte interna, no entanto, está àspera pelo estilhaço. Esse padrão segue nos ossos dos outros membros. A parte interna tem rachaduras que seguem diagonalmente para cima. Marcas de deslocamento abrupto.

- Explosão? – Concluí, em dúvida.

- Mas... – Hermione disse, confusa – Como destruir os ossos dos dois braços e duas pernas de dentro pra fora?

- Não há como.

Luna disse simplesmente, sorrindo amigavelmente.

- Pressão, uma grande quantidade de pressão, poderia realmente fazer um corpo explodir, mas não dessa forma.

Hermione ponderava, com uma careta desesperadora de confusão. Hermione odiava não entender algo.

Senti meu celular vibrar em meu bolso. Discretamente olhei a mensagem de Seamus.

- Luna, não é possível, analise de novo as marcas, pode ter sido....

Ouvi vagamente Hermione argumentar com uma divertida Luna, que a encarava serena, porém atentamente. Respondi Seamus rapidamente e voltei minha atenção a dupla.

- Hermione, acabaram de limpar os ossos. Acalme-se. – Pedi, encarando-a com um olhar claro de “acalme-se mulher” – Vamos dar tempo para Luna e Neville acharem mais informações sobre a morte da vítima. Vamos, temos que encontrar o Finnigan.

Disse normalmente, tentando não mostrar minha aparente ansiedade interna. Mas claro, Hermione não caiu nessa.

- Animado para ver o “garoto estranho”?

Hermione disse baixo, enquanto saíamos do laboratório.

- Não o chame assim.

Respondi mais seco do que pretendia.

.

.

.

 

- Você sabe que está interferindo diretamente numa investigação da Guarda Texana, não sabe? Serei obrigado a te forçar a me deixar passar ou você vai ver a razão e sair da minha frente?

Hermione ao meu lado girava os olhos enfaticamente. A enfermeira a minha frente, no entanto, só me encarou com uma cara ameaçadora.

- Senhor. Vou repetir apenas dessa vez, ok? O paciente está em observação, está proibido de receber visitas e o Doutor Lupin está em cirurgia no momento. Agora, você pode aguardar na sala de espera pelo retorno do Doutor, ou usar mágica para transformar esse distintivo de meia tigela em uma autorização oficial direta do Doutor Lupin para ver o paciente, pois só então o senhor terá alguma chance de passar por mim. Estou clara?

Findando seu discursinho a enfermeira, que não podia ter mais de um metro e meio de altura, se ergueu de sua cadeira, apoiando a ponta dos dedos no balcão da recepção, me olhando desafiadoramente. Semicerrei os olhos e antes que eu resolvesse tomar qualquer atitude, Hermione puxou meu braço, falando por mim:

- Iremos aguardar o Doutor Lupin na sala de espera, obrigada.

 

.

.

.

.

.

Esperamos pelo tal doutor por pelo menos duas horas. Não queria admitir, mas estava ansioso. Ninguém nos dava notícias sobre Draco e ele era a peça principal para saber o que diabos havia acontecido aquela casa.

Hermione não abriu a boca até agora e não sei se fico aliviado ou preocupado com isso. Decidi simplesmente não ligar.

Enquanto isso tento lembrar de onde conheço Draco. A voz dele, quando a ouvi, foi clara, tão familiar.

- Senhor Potter?

A enfermeira de antes me chamou. Levantei num pequeno impulso, Hermione em meu encalço.

- Sim?

A enfermeira respirou fundo antes de falar.

- O Doutor Lupin não conseguirá falar com os senhores antes do meio-dia. A cirurgia em que ele está se estenderá por mais quatro horas, mais ou menos.

Bufei alto e segurei a ponte de meu nariz, tentando acalmar minha frustração.

- Entendo.

Disse, respirando fundo.

- Podemos voltar mais tarde, Harry. Enquanto isso podemos buscar o mandato para falar com o padre da igreja.

Hermione disse ao meu lado, com cautela, como se eu fosse ataca-la. Só então percebi o quanto eu devo ter sido um idiota com ela. Ela ia me fazer pagar por isso mais tarde, de qualquer forma. Hermione não é mulher de se irritar.

- Sim, eu... eu concordo. Obrigada.

Disse, deixando clara minha frustração. Antes de ir, no entanto, me virei para a enfermeira.

- Como... como está Draco? Ele acordou?

A enfermeira me olhou com curiosidade.

- Ele está melhorando. Estamos hidratando ele e o deixando descansar bastante. Doutor Lupin está tomando conta dele bem de perto.

Ela então crispou os lábios como se quisesse dizer algo. Por fim ela me encarou sobre os oclinhos que usava.

– O senhor... pode vê-lo agora, se quiser. Mas tem de prometer não se atrever a tentar acorda-lo.

Engoli em seco, uma ansiedade batendo na boca de meu estomago ao pensamento de poder ver Draco. O menino que ficou por dois dias num quarto quente, fechado e escuro.

O menino que assim que acordar receberá a noticia de que a mãe foi brutalmente morta.

- S-se eu puder... quero vê-lo agora, por favor.

Trinquei os dentes com raiva por ter gaguejado. Odiava mostrar qualquer vulnerabilidade, ainda mais na frente da Hermione que já estava pisando em ovos comigo.

- Eu vou espera-lo lá fora, ok?

Ela disse antes de eu seguir a enfermeira para o quarto onde Draco estava.

Entramos numa sala cuja porta dupla era de vidro. Dentro, com o rosto muito pálido, Draco se encontrava num leito, conectado a vários tubos, lhe dando uma aparência mais frágil ainda.

- Vou deixa-lo a sós por alguns minutos, sim?

A enfermeira disse e saiu, fechando a porta com cuidado.

Lentamente me aproximei do leito e sentei-me numa cadeira, bem próximo do menino. Segurei com cuidado a mão fria que repousava sobre o lençol fino do hospital e fechei os olhos por um momento. Draco... até o nome era familiar. Olhei para o rosto dele novamente.

E então lembrei.

.

.

.

.

.

Chovia como nunca em Hunstsville.

Tinha acabado de fechar um caso de assassinato por ciúmes e decidi vir para o Texas, onde aceitei o cargo de chefe dos patrulheiros para não precisar ficar em Miami. Começaria a trabalhar em uma semana e resolvi tentar esquecer por um momento o motivo de ter me mudado para cá.

Num bar qualquer bebi mais do que devia e saí na chuva, bêbado, sem rumo, acabando por me sentar no chão de um beco. Lembro-me de parar de sentir a chuva torrencial sobre mim, mas ainda continuar chover.

Erguendo os olhos eu o vi segurando um guarda-chuva sobre mim. Sua franja loira caía-lhe sobre os olhos, os mais claros que já havia visto, que me encaravam preocupados. Devia ter quatorze anos ou perto disso, pensei em minha mente afogueada.

- O senhor vai acabar doente se continuar aqui desse jeito.

A voz dele, doce e juvenil, me reprimiu e bufei em desdém.

- Não devia falar com estranhos, garoto. Já não está na hora do garotinho ir pra cama?

Perguntei com um sorriso de lado, querendo irrita-lo e espanta-lo logo. Queria me afundar em minha miséria pelo menos por aquela noite e não precisava de ninguém vindo me dar sermões.

Vi as faces do menino corarem e minha mente, torpe e embriagada, imaginou como ele ficaria mais ruborizado ainda em outra situação. Balancei a cabeça tentando espantar as imagens nada inocentes que me assaltaram. O garoto era uma criança, pelo amor de Deus.

- E-eu só quis ajudar! – Ele disse com o cenho franzido, formando um bico com os lábios (bastante róseos, vi com satisfação) – Além do mais, se você ficasse doente, eu acabaria cuidando de você de qualquer forma.

Pisquei varias vezes ao ouvi-lo, pois só conseguia imagina-lo cuidando de mim na minha cama e sacudi a cabeça de novo, tentando pensar coerentemente.

- Do... do que você tá falando?

Ele crispou os lábios e me respondeu arrebitando o nariz:

- Trabalho no hospital Saint Mungus e é lá que você vai parar se não sair dessa chuva.

O olhei em descrença, apenas para pirraça-lo.

- Você? Um fedelho, trabalhando num hospital? Faz o que, limpa comadres?

Ri idiotamente e ele me encarou com irritação, enrubescendo mais ainda, semicerrando os olhos de forma adorável.

- Saiba que sou de  muita utilidade lá, está ouvindo?!

Ele disse literalmente batendo o pé e bufando em seguida.

- Não sei nem porque me dei ao trabalho de vir aqui.

Ouvi ele murmurar emburrado, fazendo bico novamente, e vi ele ir embora com passos duros. Minha risada morreu então e assisti com olhos embaçados a silhueta do menino diminuir ao que ele se afastava. Ao chegar na esquina da calçada onde eu estava, no entanto, vi o menino parar e se voltar para mim. Com um semblante arrependido ele segue de volta em minha direção.

- Me desculpe.

Ele diz com sinceridade, voltando a me cobrir com o guarda-chuva, e o encaro com uma sobrancelha arqueada, em dúvida.

- Desculpe? Desculpa o que, garoto?

Vi ele morder os lábios e me peguei encarando a boca dele com interesse demais.

- O senhor... deve ter tido um dia difícil para estar assim e... minha atitude foi ridícula. Sinto muito.

Ergo as sobrancelhas em surpresa e vejo ele morder os lábios novamente.

- Aqui, segure.

Ele diz então, de repente, empurrando em minha mão o guarda-chuva dele e apertando-a para que eu segurasse o cabo. Sem opção, segurei o objeto. Vi então ele desabotoar o sobretudo cinza escuro que ele usava e fechei os olhos tentando não imagina-lo se despindo para mim. Eu devia estar muito bêbado mesmo.

Abri os olhos quando senti a peça de roupa cair sobre mim e ouvi ele dizer ‘já volto’ antes dele sair correndo. Pisquei confuso e olhei para o guarda-chuva em minha mão e o casaco em meu peito.

Pouco depois o vi correndo em minha direção, sorrindo em satisfação, um guarda-chuva verde escuro em sua mão.

- Comprei... pro senhor...

Ele disse entre ofegos, ainda sorrindo satisfeito.

- É verde escuro... combina com seu olhos

Ele disse e ri, estendendo o guarda-chuva em minha direção.

O encarei e pensei se estava tão bêbado a ponto de estar imaginando tudo aquilo.

Fiquei com raiva de repente.

E se eu fosse um assassino? E se eu estivesse tão bêbado a ponto de violenta-lo ali mesmo? Lembrei dos casos que já havia resolvido e imaginei aquele menino loiro morto naquele beco. Ele precisava tomar cuidado, não podia simplesmente ajudar estranhos assim!

Agindo por impulso, puxei o braço dele, desequilibrando-o e fazendo-o cair sentado em meu colo, tendo suas pernas uma em cada lado do meu corpo. Abracei sua cintura com força desnecessária, fazendo-o sentir minha ereção por entre suas pernas, e segurei seu queixo com firmeza, fazendo aqueles olhos vítreos, apavorados, me encararem.

- O que pensa que tá fazendo?

Perguntei num sussurro, praticamente cuspindo as palavras.

- E-eu... eu....

Ele tentou responder, assustado, segurando com força o cabo de seu guarda-chuva, sua outra mão fechada em punho, apoiada em meu ombro. Por que ele não me empurrava? Por que não me agredia e corria para longe?

- Acha que pode sair por aí ajudando qualquer um? Acha que ninguém abusaria de um garotinho indefeso como você?

Sussurrei no ouvido dele, irritado, segurando seu queixo e cintura com mais força. Senti ele tentar se soltar, mas em nenhum momento ele me agrediu. Estava errado, pensei. Ele devia gritar por socorro, me bater, me insultar, qualquer coisa. Mas ele somente tentava se soltar e murmurava ‘Deus, me perdoe’, ‘Me perdoe, senhor’, ‘ por favor, Deus, me perdoe’.

Os olhos dele estavam fechados com força, numa expressão de medo. A boca dele estava tão perto, eu só precisava ir um pouco mais pra frente. Suspirei em frustração. Ele não ia me agredir. Se eu quisesse eu poderia mata-lo ali a qualquer momento.

- Sabia que eu podia mata-lo agora mesmo? Que se eu quisesse eu poderia abusa-lo aqui e agora e ninguém viria ajuda-lo?

Falei cansado, apoiando minha testa em seu ombro. Senti a respiração dele se acalmar e a mão dele relaxar em meu ombro.

- Eu... eu entendi.

Ergui a cabeça e o encarei. Ele me olhava com um sorriso fraco, uma compreensão genuína passando por seus olhos diamantinos. Soltei seu corpo, permitindo-o se levantar. Ele tomou o guarda-chuva que deixei cair no chão e me entregou o que ele disse combinar com os meus olhos.

- Obrigada, senhor. Eu entendi. Terei mais cuidado.

Ele disse sério e me peguei sorrindo, aliviado ou por graça, não sei.

- Espero que sim, garoto.

- Mas é serio, moço, levanta, você vai pegar uma pneumonia e vai acabar no hospital.

Ele disse e eu não pude evitar rir, rodando os olhos, mas me levantando mesmo assim. Cambaleei um pouco e ele me ajudou a ficar de pé. Só então vi o quanto ele era baixinho e me senti incrivelmente culpado. Fiquei de pau duro por, literalmente, uma criança.

- Obrigado, garoto.

- De nada. Ah, e meu nome –

- Draco, venha imediatamente.

Uma mulher chamou do outro lado da rua, me olhando ameaçadoramente. Deduzi que era a mãe dele, eram bastante parecidos. Também me olharia daquela forma se fosse ela.

- Tenho que ir. Se precisar de um táxi, há um telefone público naquela direção.

Ele disse apontando para esquerda e depois acenou, se despedindo, correndo em direção a mulher de porte altivo e expressões duras. Assim que ele a alcançou, a mulher suavizou o semblante, afagou seu cabelo e me lançou um ultimo olhar agressivo antes de, junto a Draco, ir embora.

Senti o sobretudo dele em minha mão e o apertei inconscientemente.

Ainda tenho esse sobretudo em algum lugar, no meu sótão. Por que eu guardei? Não sei, estava bêbado no dia, talvez pensasse que poderia devolve-lo algum dia quando o reencontrasse ou algo assim.

Céus.

Meu reencontro com ele agora será para lhe informar que sua vida toda será diferente, sem sua mãe e sem sua casa.

.

.

Suspirei, voltando a mim.

Sem pensar na ação, levei minha mão até a fronte de Draco e tirei alguns fios loiros de sua testa, me sentindo péssimo.

Ouvi o som da porta abrindo atrás de mim e já me levantei, esperando ouvir a enfermeira de antes me avisando que meu tempo acabou.

Quando me virei, no entanto, encontrei um homem alto, de cabelos castanhos e olhos de cor âmbar que tinha no rosto uma expressão cansada.

- Bom dia, senhor Potter. Me chamo Remus Lupin, sou o doutor responsável por Draco. Acredito que o senhor tenha algumas perguntas para mim.

.

.

.

.


Notas Finais


N/A: Viajei bastante nesse capítulo. Imagino que um policial, cientista ou qualquer pessoa mais qualificada diria se lesse o que eu escrevi. Provavelmente revirariam os olhos com minha ignorância. Mas enfim, minhas fontes de informação são séries policiais, então... é.

Espero que tenham gostado. Sinto muito o atraso para atualizar a história, mas realmente precisei fazer várias alterações nesse capitulo até ficar satisfeita. Ainda não está do jeito que eu queria, mas os pontos principais eu acho que consegui colocar de uma forma que possam gostar.
Agradeço imensamente os comentários nos outros capítulos, foram muito importantes pra mim como incentivo.

Espero que gostem de como a fic está indo, até o próximo cap :)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...