1. Spirit Fanfics >
  2. Justice League: We are a Family >
  3. Eu faço

História Justice League: We are a Family - Eu faço


Escrita por: LeticiaImagina

Notas do Autor


Nem acredito que estou postando o 2° cap num período tão curto de tempo kkk
Nossa história vai dar um pequeno salto no tempo
Uma difícil decisão deverá ser tomada pela nossa personagem Heather
O que será?
Espero que gostem
Boa leitura!
Bjus. L

Capítulo 2 - Eu faço


Fanfic / Fanfiction Justice League: We are a Family - Eu faço

11 anos depois

Parada no lobby do grande prédio, a doutora andava de um lado pro outro com as mãos, levemente suadas, entrelaçadas. Ela trajava um elegante vestido preto, acompanhados de delicados scarpins da mesma cor, uma maquiagem leve e um sutil perfume. Heather estava nervosa, um jantar com todos os mais importantes envolvidos no projeto, não podia ser boa coisa.

- Doutora Coutter. -disse um dos colaboradores com sua voz grave. - Que presença agradável, venha, estávamos esperando por você.

Heather acompanha o homem pelos amplos corredores, até que chegam ao grande salão onde se localizava o requintado restaurante. Havia muitas pessoas no local e isso incomodou um pouco a doutora, ela nunca gostou de lugares cheios de gente.

Logo chegaram a mesa onde o resto do grupo estava, todos se levantaram quando Heather se aproximou, a única mulher dentre os 9 homens dispostos na mesa circular. Só se sentaram depois da doutora já estar acomodada. Pouco tempo depois, todos estavam saboreando seus pratos, os homens cochichavam entre si, deixando a mulher excluída, mas isso não a impediu de observá-los, logo ela se pronunciou.

- A que devemos essa reunião senhores?

Parecia que todos tinham se esquecido de que a doutora estava ali, pois a olharam surpresos.

- Não lhe disseram nada? -perguntou o doutor Mattis franzindo as sobrancelhas. 

O silêncio de Heather foi a sua resposta.

- Estamos aqui para discutirmos sobre o Projeto AS-1. -continuou ele.

De repente, o pato ao molho de laranjas perdeu totalmente a graça aos olhos da doutora. Ela só tinha ouvidos para o que tinham a dizer sobre o projeto, SEU projeto.

- O que tem ela? -disse a doutora encarando a todos na mesa.

O silêncio que se seguiu, fez o sangue de Heather gelar nas veias.

- Vamos finalizar o Projeto AS-1. -disse o doutor Docks.

O som dos talheres da doutora caindo pesadamente sobre seu prato chamou a atenção de algumas pessoas ao redor, que se viraram para ver o que tinha acontecido, mas logo voltaram a atenção para o que estavam fazendo anteriormente.

- Como é que é?! O que você quer dizer com finalizar? -disse a doutora com a voz trêmula.

- Você sabe o que queremos dizer Heather. -disse o homem mais velho, doutor O'Connor.

- Mas por quê? -continuou a doutora, séria.

- Os resultados dela foram inconclusivos. -começou o doutor Harper.

- O quê?! Como assim inconclusivos? -disse a mulher, perplexa.

- Ela não atingiu às nossas metas.-continuou Harper.

- Metas. -disse a doutora dando uma risada desprovida de emoção.- Vocês estudaram e modificaram essa menina, mexeram na cabeça dela, a fizeram levitar 50 vezes o próprio peso, a jogaram num tanque d'água a menos 5 graus sem que ela soubesse nadar e ainda por cima reclamaram quando ela explodiu o mesmo e ficou gritando apavorada. Vocês a traumatizaram, Eva sempre fez o que mandavam ela fazer e sempre conseguia atingir o objetivo proposto ou melhor, IMPOSTO a ela, e agora vocês vem me dizer que os resultados foram inconclusivos? Que ela não atingiu as metas? -continuou, incrédula.

- Doutora Coutter. -começou doutor Fiennes. - O Projeto AS-1 precisa ser finalizado por não corresponder às nossas expectativas.

- Pelo amor de Deus Hector, ela ultrapassa todas as expectativas, ela é um milagre. -disse Heather aumentando a voz.

- O Projeto AS-1...

- O nome dela é Eva! -rompeu a doutora seriamente. - O nome dela não é projeto, nem cobaia, soldado, nem o raio que o parta que vocês a chamem, o nome dela é Evanora.

A mesa ficou em completo silêncio, Heather não ia admitir o que queriam fazer com a sua Eva.

- Essa foi a ordem que nos deram.-começa o doutor Chapman, indiferente, enquanto toma um gole de vinho. - Ela é só mais uma, não sei o porquê dessa comoção Coutter.

Se o olhar de Heather fosse uma arma, Chapman provavelmente estaria morto, a doutora não conseguia acreditar no que acabara de ouvir. Como aquele crápula tinha a audácia de dizer que Eva era só mais uma? Evanora era única, nunca houve e nem haveria alguém igual a ela.

- Vocês querem finalizá-la porque vocês a temem.-diz a doutora encarando um a um.- Vocês tem medo de não poderem controlá-la, pois ela é diferente, única, ao contrário do que o doutor Chapman possa pensar. -continua ela, o fuzilando com o olhar. - Mas posso lhes garantir que Eva não é um risco.

- A é mesmo? -disse O'Connor com desdém e ironia. - Diga isso para os homens que ela mandou pro hospital no decorrer de sua vida.

- Foi legítima defesa, eles a assustaram. -rompeu Heather.

- Em legítima defesa ela fraturou a coluna de mais da metade daquela gente? -continuou O'Connor começando a formar um pequeno sorriso no canto de seus lábios, enquanto levantava uma sobrancelha.

Aquele homem tinha o dom de irritar Heather profundamente.

- Ela não sabia controlar os poderes. -diz a doutora séria.

- E ainda não sabe, ou acha que nos esquecemos do seu acidente? -diz O'Connor cínico.

Por um momento Heather se lembrou do fato ocorrido meses atrás.

"Eva estava treinando levantar coisas com a mente, e sua concentração era extremamente importante nesse processo. A doutora não sabia o que estava acontecendo, então quando abriu a porta da sala em que a garota estava, a mesma se desconcentrou, fazendo o copo que levitava estourar, lançando cacos em todas as direções, fazendo alguns deles acertarem a doutora no pescoço."

- Aquilo foi um acidente por imprudência minha.-disse ela se lembrando de Eva correndo em sua direção chorando e se jogando no chão ao seu lado, colocando as mãos em seu ferimento para estancar o sangramento.

- E o incidente do guindaste? Das correntes? Das espadas? Da briga? Sinto muito doutora, mas são coisas que não podemos ignorar.

- Foram acidentes! Ela erra um exercício, vocês a isolam, machuca alguém, sendo que a induzem a fazer isso, vocês a dopam... -diz Heather atônita. - Vocês levaram essa menina a exaustão, já era de se esperar que coisas assim acontecessem.

- Pare de tratá-la como se fosse uma pessoa, pois ela não é! -interrompeu Chapman. - Ela é apenas algo que nunca deveria ter sido criado, uma arma mal planejada, uma aberração.

A doutora sentiu como se uma chama a consumisse por dentro, o álcool do vinho explodia em seu cérebro, fazendo-a querer matar todos ali, principalmente Chapman.

- O projeto AS-1... -começo Docks.

- O nome dela é EVA! -gritou Heather batendo as mãos na mesa tão fortemente, que chamou a atenção de todas as pessoas das mesas ao redor.

- Doutora Coutter... -começou O'Connor.

Mas Heather nem lhe deu atenção, se levantou arrastando a cadeira ruidosamente, jogou o lenço que estava em seu colo sobre a mesa e saiu do recinto a passos firmes.

Já fora do prédio, a doutora pegou seu celular e chamou um táxi.

- Pare de querer protegê-la. -diz uma das vozes que mais a irritara naquela noite.

- Não é possível que tenham feito tudo o que fizeram, e agora querem matá-la. -disse a mulher abraçando o corpo.

- Lembre-se de que você foi condescendente a tudo.

- Mas eu nunca a machuquei.

- Mas participou, mesmo que indiretamente. -disse O'Connor friamente.

- Está querendo me punir por algo? -disse ela se virando para encará-lo.

- Não, longe disso, quero apenas te trazer de volta a realidade. -diz ele se aproximando ficando face a face com a doutora. - Pare de achar que é a mãe dela, Eva não é sua filha e nunca vai ser. Se não finalizarmos o projeto, vão arrumar alguém pra isso, e tenho certeza de que será bem pior pra ela. -disse fazendo uma pausa, e a encarando tão profundamente que Heather engoliu em seco. - E pra você também

A doutora não tinha uma resposta para aquilo, O'Connor realmente tinha razão, se eles não a matassem, outros o fariam, mas ela não podia suportar a ideia de alguém fazendo tal ato a sua menininha. Sim, sua, não importava o que os outros dissessem, Heather havia acompanhado Eva desde seu nascimento, e jamais permitiria que aquela criança que a alegrava todos os dia fosse morta.

- Tem até amanhã de manhã pra decidir se será você ou outra pessoa que acabará com isso. -diz O'Connor lhe dando as costas. - Sinta-se privilegiada por te deixarem escolher.

...

Diziam que Eva já não era mais criança, mas para Heather, ela sempre seria sua pequenina, mesmo que agora já tivesse 17 anos.

No táxi, a doutora não conseguia parar de pensar nas palavras de O'Connor, ele era frio e não sentia mínima comoção em saber que uma vida seria tirada. Mas de uma coisa ele tinha razão, se ela não fizesse o que mandaram, era certeza de que mandariam alguém no lugar dela.

"Sinta-se privilegiada por lhe deixarem escolher"

Essas palavras ficaram ecoando em sua cabeça até ela chegar em sua casa, um modesto apartamento no centro de Metrópolis. Ao entrar, Heather jogou as chaves sobre o aparador, tirou os sapatos, e fechou a porta com o pé.

Se sentindo derrotada, ela seguiu para cozinha a passos lentos. Na última prateleira do armário, uma velha "aminimiga" parecia chamá-la, atraindo-a como um imã. A doutora só precisou subir na ponta dos pés para alcançar a garrafa de whiskey.

Já na sala, sentada no sofá, Heather encarava o copo cheio de gelo e bebida, suas mãos suavam, e ela respirava ofegante enquanto as lágrimas caíam por sua face. Ela passou as mãos sobre os cabelos curtos e encarou sua perdição mais uma vez. Não, ela não iria fazer aquilo, não conseguia, não mais pelo menos. Então de supetão e decididamente, Heather se levantou, foi até a cozinha e despejou o conteúdo, tanto do copo quanto da garrafa na pia, enquanto chorava e soluçava. 

Depois de limpar tudo, a doutora pegou o telefone, e relutante, ligou para a pessoa mais influente nos estudos do projeto. Ao 3° toque a voz grossa lhe atendeu, desprovida de qualquer emoção.

- Tomou sua decisão?

- Eu faço. -disse Heather com o coração apertado enquanto uma lágrima solitária, a mais dolorosa, caiu, deixando um rastro molhado e brilhante em seu rosto.

 


Notas Finais


Fala aí meus Little Dreamers
Espero que tenham gostado do 2° cap
Será que a nossa Heather vai conseguir dar um fim à pessoa mais importante da sua vida?
Resposta no próximo cap
Bjus. L


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...