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História Justice League: We are a Family - Fuga


Escrita por: LeticiaImagina

Notas do Autor


Simbora com mais um cap
A trama realmente vai começar agr.
Espero que gostem
Qualquer erro me perdoem
Boa leitura!
Bjus. L

Capítulo 3 - Fuga


Fanfic / Fanfiction Justice League: We are a Family - Fuga

Dois dias se passaram após Heather ter tomado sua difícil decisão, nesses dias, a cada vez em que ela olhava para Eva, seu peito ficava apertado, pois ela sentia como se estivesse traindo a confiança de sua menina. A doutora aproveitou cada segundo que pode com Evanora, a viu treinando, ajudou ela com os estudos, mas nada diminuía a culpa que sentia.

- Você está diferente. -disse a garota enquanto arrumava sua cama.

- Estou é? -disse a doutora absorta em pensamentos.

- Sim, e não preciso ler sua mente pra saber disso.

Heather sorriu tentando mostrar indiferença, ela estava ajudando Eva a arrumar o quarto como de costume, mas ela sabia que o momento mais difícil de sua vida estava chegando e isso a estava deixando nervosa. No bolso do jaleco da doutora, a seringa e o frasco com a substância letal pareciam queimar-lhe a pele, e Heather tentava ao máximo parecer normal para Eva, mas aparentemente ela estava no meio termo. 

A doutora havia pedido para que as deixassem sozinhas, pois não queria assustar Eva nem deixá-la nervosa. E por incrível que pareça, concederam o pedido dela.

Ao terminarem de arrumar tudo, Heather sabia que o momento havia chegado. Seu coração parecia a bateria de uma banda de rock, por mais que ela tentasse controlar suas emoções e reações.

- Eva querida, preciso te dar mais uma injeção. -disse ela querendo ser o mais rápida possível.

- Outra? -disse ela se virando para a encarar. - Essa gente não se cansa de ficar me furando e injetando coisas em mim? -continuou, rindo e se sentando na cama.

- Parece que não. -disse a doutora forçando um sorriso enquanto tirava as duas "armas" do bolso.

Heather suspirou tremulamente e isso não passou despercebido por Eva.

- Você está bem Heather? -disse ela franzindo as sobrancelhas. 

- Estou meu bem. -disse a doutora espetando a agulha no frasco e puxando o líquido lentamente para dentro da seringa.

As mãos da doutora tremiam e a garota a encarava sem nada entender.

- O que está acontecendo Heather? -disse a garota preocupada.

Mas a doutora permaneceu alguns segundos em silêncio para então dizer:

- Eva? Preciso que faça um favor pra mim. -a doutora ainda estava parada na mesma posição.

- O quê? -disse Eva se levantando.

- Explode a câmera.

- Não entendi. -disse a garota confusa.

- Explode a câmera, confia em mim, não temos muito tempo.

- Mas aqui meus poderes são bloqueados.

- Não mais. -disse a doutora tirando um aparelho que se assemelhava a um mini controle remoto de dentro do bolso, e apertando um botão do mesmo em seguida.

Heather soltou o frasco e a seringa, que se quebraram ao caírem no chão, foi até o guarda roupas de Eva, pegou uma mochila e colocou algumas coisas na mesma. Eva estava tão quieta em sua própria mente, que nem notou a doutora correndo de um lado pro outro no quarto.

- Eles mandaram você me matar? -disse a garota num fio de voz.

A doutora parou o que estava fazendo, se virou de frente pra a ela lentamente e a encarou. Eva bateu com o indicador na própria cabeça mostrando que tinha lido a mente de Heather. A mulher assentiu triste e em um átimo de segundo a câmera explodiu, espalhando várias faíscas que encantaram a garota na hora, a fazendo encarar o aparelho quebrado por alguns segundos.

- Vamos Eva, corre! -disse Heather tirando a garota de seu torpor lúdico e a puxando para fora do quarto.

Enquanto corriam pelos corredores, a doutora lhe entregou a mochila preta e Eva a colocou nas costas.

- Obrigada. -disse a garota.

- Pelo quê?

- Por não ter feito aquilo.

- Qual?

- Os dois.

Heather sorriu, sabia que Eva se referia não só a ela não ter a matado, mas também a ela não ter se rendido ao seu alcoolismo. Então ambas continuaram correndo ainda mais rápido, pois os alarmes haviam sido disparados.

- Venha meu bem, não temos muito tempo. -disse a doutora puxando a garota por diversos corredores.

- Heather o que está acontecendo? -disse a garota assustada com o barulho dos alarmes. - Por favor, o que é isso?

- Vamos, não temos muito tempo, depois eu te explico. -disse a doutora parando na esquina de um dos corredores, conferindo se estavam vazios. - Só venha meu amor, por favor, vamos. -e em seguida correu novamente levando Eva consigo.

E elas continuaram correndo, sem pensar no que poderia acontecer. Eva estava com medo, olhava para todos os lados, as luzes piscavam em vermelho, contrastando com os corredores brancos, deixando a garota completamente desnorteada. Sua mente funcionava a todo vapor, eram tantas informações chegando ao mesmo tempo, que ela não sabia o que fazer. Heather por sua vez, a puxava pelos corredores, correndo desesperadamente, com os pensamentos a toda velocidade.

Mas antes que chegassem a uma das portas de saída, uma chuva de tiros as atingiu fazendo a garota gritar. A doutora se encostou em uma das paredes que estava fora do alcance das balas, basicamente cobrindo Eva com seu corpo, para protegê-la da saraivada de tiros. Muitos atingiram as paredes, quebrando lâmpadas e vidros, assustando e fazendo a garota gritar novamente, aterrorizada. Quando conseguiram uma brecha, ambas voltaram a correr, fazendo curvas nos corredores que Eva acreditava não terem fim, pois por mais que corressem, parecia que a saída nunca estava perto o bastante.

Em certo momento, as duas deram de cara com guardas armados, Eva não pensou duas vezes antes de usar seus poderes para arremessá-los longe. Voltaram a correr, e logo mais uma chuva de tiros caiu sobre elas, mas conseguiram atingir mais outro corredor.

- Mas por quê todos os corredores tinham que ser da mesma cor? -gritou Eva brava.

- Sempre me fiz a mesma pergunta. -respondeu Heather ofegante.

Eva estava muito nervosa, e por vezes acabava usando seus poderes sem ter consciência do que estava fazendo. Em função disso, ela colocou muitas salas abaixo, por causa de seu estado mental.

Depois de subirem alguns lances de escada, Heather abriu uma porta, e Eva se viu fora da instalação, e permitiu-se respirar fundo, tentando recuperar o máximo de ar possível antes de ser arrastada pela doutora  novamente. 

- Entorte a grade Eva. -disse Heather assim que ficaram frente a frente com a estrutura de metal.

A garota obedeceu, e logo ambas passaram pela mesma. Eva deixou a grade em sua posição original e voltou a seguir a doutora. Elas correram por mais um tempo, estavam dentro do bosque nos arredores da instalação, e isso já era uma certa vantagem. Eva não parou de correr, segurava a mão de Heather tão fortemente, que parecia que a quebraria. Mas a doutora estava mais lenta, não conseguia acompanha-la com a mesma agilidade de minutos atrás. 

- Vamos Heather, por favor, a gente já tá quase fora do alcance, por favor vem! -disse a garota suplicante.

- Eva minha querida, eu não posso mais... -disse a doutora parando de correr gradativamente.

- Anda Heather! O que você tá fazendo? Anda! Vem! -gritou a garota desesperada.

- Não minha querida. -disse a mulher parando de correr, consequentemente fazendo Eva parar também. - Eu não posso mais te acompanhar. -continuou, respirando com dificuldade.

- Heather o que você está... -disse a garota assim que se virou para encarar a doutora, congelando na hora.

E então Eva viu as manchas de sangue que manchavam a blusa verde da doutora, viu sua face pálida e sua boca azulada... Eva sabia o que aquilo significava, mas se recusava a aceitar.

- Heather... Não. -disse a garota com a voz chorosa. - Você não.

E sem aviso prévio, a doutora desabou no chão coberto de folhas, e Eva logo estava ao seu lado em prantos, segurando sua mão.

- Não, por favor não me deixa aqui! -disse a garota começando a chorar.

- Minha querida você tem que ir. -disse a doutora com lágrimas nos olhos.

- Eu não posso te deixar aqui. -continuou a garota, soluçando.

- Você precisa. -disse a doutora também chorando. - Eu sei que vai conseguir, pois eu te criei. continuou forçando um sorriso. - Posso não ter sido a sua mãe, mas te amei como se fosse minha filha. Você sempre foi minha maior felicidade.

- Heather, por favor não me deixa aqui! Por favor! Eu não vou conseguir fazer isso sozinha! -disse Eva chorando ainda mais.

- A minha hora chegou Eva, e esse é um caminho que você vai precisar traçar sozinha. -disse a doutora com as lágrimas caindo por sua face. - Eu preciso que você seja forte e corajosa como eu sei que é, não deixe os outros controlarem você, você é mais forte que isso. Você é a minha eterna guerreira. -disse a doutora acariciando o rosto de de Eva que ainda chorava, só que agora, silenciosamente. - Saiba que eu sempre vou te amar, e sempre vou estar com você. -continuou a doutora, tirando o colar que sempre usava e o entregando a Eva.

A garota o pegou com a mão trêmula, e o guardou em um dos bolsos da mochila, sentindo seu coração se desfazer a cada segundo que se passava.

- Heather... -disse a garota encarando a doutora suplicante.

- Eu te amo minha querida, agora eu preciso que você corra. Corra, fuja e seja livre, você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Eu te amo.

E com essas palavras, a vida se esvaiu do corpo de Heather, e Eva sentiu seu coração se despedaçar totalmente, não conseguindo conter o grito de agonia e tristeza que escapou do fundo de seu ser. Ela debruçou-se sobre o corpo da doutora e ficou a chorar e soluçar, desesperadamente. 

Demorou alguns minutos até que Eva se acalmasse, mas quando o fez, ela fechou os olhos de Heather, depositou um singelo beijo em sua testa e relutantemente se levantou, encarando o bosque denso, para então começar a correr novamente.

Não demorou para que uma tempestade começasse, encharcando a garota e a assustando com seus raios e trovões.

Perdida, ela não sabia pra onde ir, estava tão desnorteada, que não notou a estrada a sua frente.

Só se virou a tempo de ver uma forte luz se aproximando rapidamente.

 

 


Notas Finais


E agora a história começa de verdade kkkk
Meio triste a nossa Heather ter morrido mas foi necessário
Gostaram? Sim? Não? Alguma crítica?
Sabem onde ir
Bjus. L


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