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História K-Zombie - Contamination


Escrita por: LeticiaCapopeir

Capítulo 3 - Contamination


   Mais de 40% da população de Seul estava contaminada pela praga que havia tomado conta da região depois da distribuição da vacina, os moradores entraram em desespero e largaram suas casas e suas famílias, os sintomas incomuns que eram perceptíveis numa pessoa com a tal "praga" eram principalmente a agressividade e o canibalismo, as pessoas se tornaram como animais carnívoros e cachorros de rua. Nos jornais, o assunto mais falado era esse, repórters de todas as transmissoras de Seul avisavam para tomarmos cuidado nas ruas, e agora, havia um limite de tempo para estarmos dentro de nossas casas. Eu não pude mais trabalhar da loja de CD's por tempo integral, tendo que sair as 17h, antes do toque de recolher, que era às 18h. 
  A cidade estava um completo caos, estávamos todos apavorados, com medo de pessoas que convivíamos dentro de nossas próprias casas, pois todos corriam o risco da contaminação da praga que tomou conta de Seul, que por fim, não era mais a cidade calma que estávamos acostumados, ela passou a ser um completo inferno. Lojas estavam sendo definitivamente fechadas, ladrões aproveitavam o tumulto para roubar e saquear, pessoas estavam sempre morrendo em hospitais públicos, e o câncer continuava circulando em meu sangue.
  Eu e titia jantávamos juntas naquela noite, o clima era um pouco tenso, com todas as tragédias acontecendo em Seul, não estávamos a vontade pra falar sobre o assunto, mas titia estava preocupada, e com muito custo, conseguiu dizer algumas palavras: 
  - Haruki, você devia pedir uma folga para o seu chefe, ele vai te entender. - Disse, desviando o olhar o tempo todo. 
  - Não posso omma, a lojinha é uma das poucas em Seul que ainda não foi fechada e nem roubada, sinal de que devo continuar trabalhando lá. Sem contar, que preciso ajudar nas contas de casa, a senhora não mora sozinha, não é mesmo? 
  - É muito perigoso agora, as pessoas estão enlouquecendo, você não pode se expor nessas condições apenas para me ajudar em casa, temos dinheiro suficiente para conseguirmos viver bem. 
  - Eu vou pensar nisso, titia. Mas não prometo que irei pedir demissão assim. Já temos um toque de recolher, nada de ruim me aconteceu depois dessa contaminação. 
  - Pensa bem, ok? Eu me preocupo com você. - Disse titia, se levantando e recolhendo os pratos da mesa. 
  Já era um pouco tarde, então fui para o meu quarto, não aguentava mais tomar remédios e ter sangramentos pelo nariz. Mesmo que a doença estava no início, eu sabia que as coisas iriam piorar. Deitei-me na cama, e como de costume, comecei a ouvir um pouco de WINGS. Adormeci.  

  No dia seguinte, acordei assustada por ter perdido a noção do horário de trabalho, troquei de roupa e desci correndo as escadas de casa, não vi titia enquanto corria para o trabalho, então não pude me despedir e nem tomar o café-da-manhã. Por sorte, um taxi passava em frente a casa de titia quando eu estava saindo, então peguei uma carona.
  - Rua *******, por favor, depressa, estou atrasada!
  De dentro do taxi eu pude ver, o caos que estava a cidade, as ruas estavam sujas, quase não se viam pessoas saudáveis, muitas delas passavam mal e vomitavam ali mesmo. Uma lágrima desceu dos meus olhos, quando eu vi, uma pessoa contaminada atacando uma pessoa saudável, naquele momento eu não sabia oque pensar e nem como reagir, era a primeira vez que vira algo daquele tipo, pessoas agindo como se fossem animais. 
  Chegando em meu destino, paguei ao taxista e desci do carro. A praça ao lado da loja que costumava estar sempre cheia, agora só haviam pombos e lixo no chão. Estava um silêncio agoniante quando entrei na loja, e algo estava errado, pois pela primeira vez a loja encontrava-se de pernas pro ar, os CD's estavam desorganizados nas prateleiras e havia sangue no chão. Naquele momento eu me perguntei se meu chefe estaria bem ou teria sido contaminado também. Pensei em ir embora, e talvez voltar depois para ver se estava tudo bem, mas quando me encaminhei em direção a porta de saída alguém pegou no meu pé. Era meu chefe, quase irreconhecível no chão, pálido, sangrando, e agindo como se fosse me devorar. Entrei em desespero, tentei me soltar mas nada adiantava pois ele era forte demais, não havia nada que eu pudesse fazer, eu seria contaminada também.
  Fechei os olhos, e esperei que o pior acontecesse. Mas senti, a mão do contaminado aliviando a pressão que fazia em meu tornozelo e um barulho horrível como se alguém tivesse recebido uma forte pancada com algum tipo de instrumento pesado. Quando abri aos poucos meus olhos, minha visão estava embaçada, mas pude ver alguém diante de mim, como se quisesse me ajudar, e depois disso foi como se tivesse pegado num sono profundo. 
  - Shhh! Acho que ela está acordando! - Disse uma voz estranha.
  - Fiquem quietos cacete! Vocês vão assustar ela desse jeito. Não é a toa que o Jungkook não se aproxima de garotas, ele com essa cara assusta qualquer uma mesmo. - Disse outra voz, num tom irônico.
  - Não é hora de brincadeirinha, silêncio! - Mais uma voz, diferente das outras, com um tom mais maduro. 
  Abri meus olhos devagar, sem entender nada do que estava acontecendo naquele momento, diante de mim haviam quatro pessoas cochichando e me olhando, eu estava assustada demais para ter algum tipo de reação, então apenas me sentei e olhei em volta, estava num lugar diferente, um tipo de trailer de viagem. 
  - Ei, tudo bem? Se não fosse por mim você estaria morta agora! - Disse um deles, me olhando de um jeito inquieto. Eu conhecia aquela pessoa de algum lugar. 
  - Q-quem são vocês? O-onde eu estou? - Disse gaguejando, ainda muito assustada. 
  Alguém veio em minha direção trazendo na mão um copo d'água, era aquele desconhecido com a voz madura dizendo: 
  - Tome isto! Você ainda parece um pouco nervosa. - Entregando-me o copo. - Não se preocupe, iremos tirar todas as suas dúvidas, perdoe a inconveniência dos meninos, eles tomaram muito café essa noite, estão muito enérgicos. 
  - Por que eu estou aqui? Que lugar é esse? - Perguntei-o. 
  - Não se lembra do que aconteceu mais cedo na loja de CD's?  
  - Eu me lembro um pouco, mas acho que desmaiei em seguida. - Estava muito confusa sobre oque havia acontecido naquele momento.
  - Não queremos te assustar e não vamos te fazer mal. Mas não tem nenhum jeito de te explicar de uma maneiro menos assustadora... 
  - Oque aconteceu? Pode falar.
  - Você já deve ter recebido a notícia de que grande parte da população de Seul foi contaminada por um vírus que faz com que as pessoas se alimentem umas das outras. O número de pessoas infectadas está subindo rápido demais, até chegar num ponto em que teremos que fugir daqui. Oque aconteceu mais cedo com você na loja, foi o ataque de um infectado, se nosso Maknae não tivesse aparecido a tempo, você poderia estar morta agora. Por sorte, estávamos a procura de alimento, saímos de nosso abrigo sem ter tempo de nos preparar, pois todos lá já haviam sido contaminados.
  - Eu soube, mas não imaginei que a situação pudesse chegar a esse ponto. - Disse assustada.
  - É bem pior do que parece. E vendo que você não está em boas condições... - Entregou-me um lenço de papél para limpar o nariz que estava sangrando. - Decidimos trazer você até aqui, e te fazer a proposta de te levar junto conosco. 
  - C-como assim? Eu nem conheço vocês, como poderia fugir assim com desconhecidos? E titia? Não posso deixar ela sozinha!
  - Somos os Bangtan Boys, um grupo de kpop, a propósito, eu sou o Namjoon, ou Monster, me chame como quiser, você já deve ter ouvido falar. Nosso dormitório foi completamente infectado pelo vírus, não tivemos escolha senão fugir daquele lugar sem ter tempo de levar nada. Estamos lhe oferecendo ajuda, porque sozinha você não sobreviveria sequer uma semana em Seul, estamos num caso de vida ou morte, cada um por si. E quanto a sua tia, devíamos buscar ela onde ela estiver, e lhe oferecer ajuda também. 
  - B-Bangtan Boys? - Eu estava diante de quatro homens, e aqueles quatro homens eram os Bangtan Boys? - Eu não acredito em você! Cadê o resto dos meninos? São sete membros!
  - Está falando do Jimin, Jin e do V? Ah, eles saíram para procurar comida, já que a tentativa do Jungkook, do Hoseok e do Suga foi um tremendo fracasso. 
  - Ei! Eu tô ouvindo isso e saiba que dei o meu melhor, não tenho culpa se a donzela tava em perigo e o Jungkook teve que bancar o super-herói! - Disse um dos quatro membros que estavam ali. - A propósito, eu sou o Suga, não me entenda mal, mas eu queria estar comendo agora. 
  - Me desculpem, eu não queria ter atrapalhado ou causado tudo isso, mas eu não fazia idéia de que a cidade estava numa crise terrível, pra mim as pessoas só precisavam de medicamentos, e o governo prometeu que cuidaria disso. - Disse, em minha defesa. 
  - Governo é fralde, tá todo mundo se matando por aí, e eles tão lá de boa, acho que nem sabem oque tá acontecendo. - Disse outro dos membros. - Ah, e prazer em conhecê-la, eu sou o super-her... Quer dizer, o Jungkook. - Disse, num tom irônico.
  - Engraçadão você hein Jungkook, dá licença e deixa eu me apresentar por favor. - Empurrando Jungkook que quase bateu a cabeça na lâmpada do trailer. - Sou o Hoseok, mas pode me chamar de Hobi, vem com a gente, iremos cuidar de você! 
  - Eu já vi que não tenho escolha, se a cidade está toda infectada, eu não posso continuar aqui. Vamos até a casa de titia para buscarmos ela antes, então. - Eu estava decidida. - É na rua *******.
  - Ah, ok! O resto do grupo disse que estaria por lá também, eles foram de conversível, mas vamos nos apressar porque logo estará anoitecendo, e sua tia não vai estar segura naquela casa. - Disse Namjoon. 
  Enquanto nos dirigíamos para a casa de titia, eu me perguntava se aquilo realmente estava acontecendo ou seria algum tipo de pesadelo estranho. A cidade se encontrava agora inteiramente destruída, Seul não poderia ser mais considerado um lugar habitável, titia estava correndo perigo sozinha naquela casa, e eu estava num trailer junto com os Bangtan Boys, não dava pra acreditar que aquilo estava realmente acontecendo, e se seria algo bom ou não ter eles por perto. Talvez eu tivesse perdido a fé em Deus, ou passado a acreditar mais nele. A verdade é que eu sabia, que tendo aqueles sete homens tomando conta de mim, "zumbi" nenhum ia comer meu cérebro.
  Namjoon estava dirigindo, junto com Hoseok que estava lhe fazendo companhia no banco da frente do trailer. Enquanto Suga e Jungkook "tentavam" jogar cartas, mas estavam na verdade, quase saindo na porrada por roubarem no jogo inteiro. Eu estava sentada no banco de trás, sem nenhum tipo de reação, apenas cansada e tentando entender tudo aquilo de uma maneira racional. Até acabar cochilando sentada ali mesmo. 



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