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História Kagome e Inuyasha - Pertencentes um ao outro - Capitulo XIV


Escrita por: Pifranco

Notas do Autor


Boa tarde!
Como havia dito, hoje tem mais um capítulo. Tá meio forte mas não fiquem chateados, apesar das maldades tem um pouco de açúcar no final com algumas dicas, fiquem ligados...
Boa leitura.

Capítulo 14 - Capitulo XIV


Soraya estava absorta em agonia, não sabia o que fazer, e isso a deixou em profundo desespero. Aproximava-se delas o Jinn hediondo, com um sorriso inclemente nos lábios.

- Venha logo querida. – o maldito mostro continuava a torturá-la. – Levante-se daí, quero lhe mostrar uma coisa.

Soraya ainda estava no chão, abraçada à irmã inconsciente e ferida. Não a deixaria por nada no mundo.

- Mate-nos de uma vez.

- Por que eu faria uma coisa dessas?  Você é minha Amira agora.

- O que? – amira é a definição para princesa em árabe, ela não era sua princesa e o odiava profundamente.

- Terá que se acostumar, está marcado em seu rosto, agora me pertence. – Dizia sorrindo, nem parecia o mesmo. Como um ser podia enganar tão perfeitamente? – Não virá? Está bem, vou fazer o que pretendo com você sentada, vai perder o melhor do espetáculo. Diga, “quero um palácio”.

Ela não entendia o que estava acontecendo. O nó do lenço em seu pescoço estreitou, fazendo-a abrir a boca e arregalar os olhos.

- Diga de uma vez, logo não fará mais nada se não fizer o que estou ordenando.

- Quero um palácio. – a voz saiu em um sussurro entrecortado.

Virando-se de costas para a youkai vermelha, Zayn fechou os olhos enquanto se concentrava. A terra tremia e sons ensurdecedores, vinham acompanhados de relâmpagos rasgando o céu. Surgia do solo um imenso palácio, simplesmente magnifico e grandioso como nunca havia visto, uma estrutura imponente com torres arredondadas, intrincado com ornamentos em ouro puro. Um imenso jardim formou-se circundando o palácio alabastrino, e muralhas se formaram o isolando de todo o deserto.

- Eu não vou chamá-la duas vezes, então pense bem. – O youkai adentrou os portões majestosos.

A youkai vermelha pegou a irmã nos braços, e o seguiu. Podia reconhecer a satisfação que ele sentia, estar naquele lugar magnificamente aterrador era torturante para ela e prazeroso a ele. As intenções dele ecoavam em sua mente enquanto o observava caminhar lentamente, acariciando as esculturas animalescas do imenso corredor que levava a uma suntuosa sala, com móveis em dourado e vermelho, emanava seu desejo enojante de possuí-la.

O youkai sentou-se em uma imensa poltrona, um espectro aproximou-se com uma bandeja, e taças cheias de Arak foram oferecidas. Ele pegou uma e sorveu o liquido quente, dirigindo-se para Soraya.

- Vá cuidar dela, e prepare-se logo para receber-me em seus aposentos. Sabe que se não ceder tomarei a força, de você ou de sua irmã, lhe permito decidir. – Sorveu mais um gole da bebida fitando-a nos olhos. – Leve o tempo que precisar com ela.

Um espectro conduziu a youkai para um quarto, onde ela cuidou da irmã. Banhou o corpo alanceado, com cuidado para não piorar os ferimentos. Secou e vestiu sua irmã querida que ainda não acordara. Penteou os longos cabelos azuis e deitou-a na cama beijando-lhe a face.

- Acompanhe-me. – Um espectro adentrou a dependência atravessando uma parede. – Ela ficará bem.

A youkai vermelha seguiu a criatura pelo corredor luxuoso, todo o lugar era decorado em vermelho e dourado, carregado de ostentação e poder. Em silêncio com a cabeça baixa, podia ouvir as batidas do coração, queria poder sair do corpo. Se não fosse a preciosa vida da irmã, ela já teria acabado com a própria. Fora conduzida a entrar em um amplo aposento, pelas imensas portas brancas. Tudo dentro do recinto era áureo e sanguíneo. Com uma suntuosa cama ao centro, onde descansava uma lingerie flavescente cravejada por rubis. Sentiu repulsa ao se imaginar vestida naquela minúscula roupa indecente.

- Mandaram-lhe vestir isso, e pagará com a vida de sua irmã se não obedecer. O seu banho está pronto. Venha, vamos prepará-la. – A criatura a conduziu à banheira, adicionando óleos perfumados na água morna. Quando terminado, secaram-lhe o corpo e a vestiram com as peças intimas.

Contemplando o espelho gigantesco do quarto, ela mirou-se refletida. O corpo enevoado, coberto minimamente pelas peças de renda, pedras preciosas e fios de ouro. Os sedosos cabelos flamantes e o lenço púrpura envolto no pescoço, sentia-se imunda, virou-se de costas para o reflexo. Percebia asco de si mesma sabendo o que estaria por vir, cederia aos odiosos desejos do ofensor, pela vida da irmã.

Foi arrancada de seus pensamentos pela dolorosa realidade. As portas foram abertas de maneira diligente, o youkai aproximava-se em passos lentos, ela podia sentir a pele queimando com a cobiça vinda daquele ser. Simplesmente vidrado na belíssima figura seminua a sua frente, a rodeava com usura, fitando atentamente a cada detalhe, aspirando profundamente o perfume que emanava da pele feminina.

Parou a sua frente tão próximo o possível, fazendo-a sentir o calor de sua respiração pesada, ouvindo os batimentos frenéticos do coração de sua presa. Defluiu as mãos dos ombros aos quadris femininos, acompanhando o movimento com os olhos e umedecendo os lábios.

Soraya sentia pavor envolto em repúdio. Tremia a cada toque repulsivo, tendo consciência dos desejos imundos daquela vil criatura, podia sentir cada emoção oriunda dele, sua marca ardia em sua face delicada lembrando-a do elo que agora mantinham.

Segurou-a firme pela cintura, forçando o corpo esguio a virar-se ficando de costas. Ela via seu reflexo no espelho, ser invadido por mãos traiçoeiras enquanto sentia o toque insuportável dos lábios possessivos em seu pescoço, o marcando com sucções dolorosas. Sentia enjoo, vertigem e terror. Em seus pensamentos tinha sua amada irmã que dependia disso agora, ele não pensaria duas vezes em feri-la, era seu dever protegê-la. Sentiu os cabelos serem puxados com violência, forçando-a tocar o corpo atrás de si estremecendo de temor ao sentir a excitação dele. Como podia um ser, ter agrado em violentar outro?

- Sinta! – Vociferou ao ouvido da jovem apavorada. – Não pretendo que seja breve, cobiço sua beleza há muito tempo. – Arrebentava a lingerie olhando-a pelo espelho, a jovem fechava os olhos com o som do frágil tecido sendo rasgado.

O coração dilacerando-se no peito, que balançava com a respiração pesada da youkai vermelha. Apenas sua irmã importava, nada mais. Era por ela, tinha quer forte e sobreviver.

- Eu a quero agora! – A voz grave ecoou pelo aposento.

Forçou-a ficar de joelhos no tapete de pele, sempre puxando os cabelos vermelhos obrigando-a olhar o reflexo no espelho. A youkai emitiu um grito de dor ao ser violada, doía a alma, muito mais que o corpo. Passaram-se horas, torturantes horas que custavam a esvair-se enquanto tinha o corpo sacudido e invadido por seu algoz. Finalmente o sentiu estremecer, preenchendo-a com sua essência venenosa.

Estava totalmente exausta e molestada, com seu corpo dolorido e avermelhado por puxões e pressões, algumas partes já se apresentavam arroxeadas. Em seu interior, sentia-se destruída.

- Não adianta ficar tão ofendida, você me pertence e muito me agradou sua companhia. – Zayn falava ofegante, deitado de costas olhando na direção de Soraya. – Minha Amira é uma delícia. – Gargalhou ao proferir as últimas palavras.

- Quando vai se cansar desse joguinho cruel? – A youkai questionou, enrolando-se ao lençol de cetim que estava à beira da cama.

- Eu só vou parar, quando enjoar da cara de pavor que você faz quando eu toco seu corpo. Eu acredito que isso jamais acontecerá, então... isso não cessará. Acostume-se logo, passaremos muitos momentos como esse juntos, até chegar a hora de usar os seus poderes.

Zayn levantou-se do tapete, e retirou-se ainda nu do aposento, deixando Soraya sozinha com seu sofrimento.

 

 

 

...

 

 

O alvorecer foi encantador, os raios amarelos banharam lentamente toda a floresta que circundava o vilarejo. Já havia passado uma semana do preocupante episódio da visão. Kagome amanhecera com ótimo humor, passou a noite nos braços confortantes de seu hanyou ranzinza, que velava o sono da sacerdotisa, fazendo companhia a ela, Rin e Kaede. Como sempre, ele saíra da cama antes do alvorecer. Não gostava de ficar deitado por muito tempo, já que não tinha necessidade de dormir igual os humanos.

A jovem sacerdotisa levantou-se, foi ao lavabo higienizar-se. Ferveu água para fazer o chá, e preparou o desjejum. Deixou tudo pronto para os que ainda viriam a despertar. Penteou os longos cabelos soturnos, vestiu um kimono verde claro e saiu.

Admirou a beleza do campo, sentia o agradável perfume das flores e divertiu-se observando as pequenas borboletas que a rodeavam.

Braços a envolveram com carinho, sentia que aspiravam seu pescoço e davam-lhe beijos delicados na pele alva.

- Bom dia Inuyasha.

- Bom dia. – Respondeu abraçando o corpo delicado.

- Eu não o vi sair.

- Que bom, eu não quis acordá-la. Sinto tanto sua falta...

- Mas fica comigo todos os dias! – A jovem murmurou com um sorriso acanhado.

O hanyou não disse mais nada, apreciou o olhar confuso de Kagome, transformar-se em risos quando ela finalmente compreendeu o gracejo.

- Entendi, sei bem do que sente falta.

- Finalmente! Então... – o hanyou expressou suas intenções, aproximando-se em um beijo. Em seguida soltou-a admirando sua beleza.

- Não podemos...

- Ahhh Kagome! Não posso mais aguentar! – Exclamou impaciente.

- Falta pouco tempo agora...

- Kéh!!! Dois meses e duas semanas... – O meio-youkai cruzou os braços sobre o peito virando-se de costas.

- Está contando nos dedos? – Provocou-o. – Logo vamos ficar juntos.

- Venha, nossa casa está quase pronta.

O meio-youkai puxou-a pelo braço, estava ansioso para mostrar como estava ficando a casa que ele e Miroku estavam construindo.

Sango ajudava também, assim como Rin e Shippou.

- Oi Kagome! – O pequeno saudou.

- Olá!!!! Como vão todos?

- Que bom vê-la! – Sango a abraçou.

- Bom dia Kagome-Sama.

- Bom dia Rin. – Respondeu com um sorriso.

A casa estava ficando uma graça, era pequena e simples mas muito aconchegante e graciosa. A paisagem bucólica do vilarejo dava um charme especial à pequena moradia.

- Venha ver por dentro. – O hanyou a conduziu para o interior da casa.

Passaram pela pequena varanda, ao cruzar a porta Kagome sentiu-se emocionada. A sala confortavelmente despretensiosa, conjugada à cozinha simpática seguia em três portas. A primeira era o quarto de banho, a segunda era um quarto relativamente grande, e a terceira?

- Por que outro cômodo? – Perguntou sem entender de imediato.

- Ora Kagome, para os nossos filhos. – O meio-youkai expressava as palavras com um sorriso encantador.

A sacerdotisa teve os olhos castanhos tomados por lágrimas. Elas escorriam pelo rosto, chegando a um lindo sorriso, como um dia em que chove e aparece um arco-íris em meio aos raios de sol. O sorriso entre o choro de felicidade maravilharam o hanyou, que a abraçou destinando-lhe um beijo nos lábios.

- Você gostou? – Perguntou ansioso.

- Muito, e estou mais feliz por ter pensado no espaço dos nossos futuros filhos.

Inuyasha sorriu segurando o delicado queixo com uma mão, abraçando-a com a outra. Encostaram os rostos sorrindo, os olhos fechados em profundo contentamento.

 

 


Notas Finais


Enfim essa praga do Jinn é fogo, ele é do Oriente Médio um youkai sem definição de um país. Adiante teremos a história de como ele surgiu, e isso vai explicar um pouco a frieza dele.
Mas para nossa alegria tivemos açúcar no final pra adoçar a vida ehhhh!
Vocês tão muito quietos! Saudade dos feedbacks!!!!
Muito obrigada por lerem!!
Boa semana, beijos ;)


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