Shangai, China.
Quando levantaram pela manhã, Inuyasha e Kagome estranharam as diferenças nos corpos. A Miko tinha os cabelos mais compridos e percebiam-se músculos em suas coxas, que estavam bonitas como nunca, e o abdômen mais definido mas sem deixar de ser feminino. O hanyou tinha os músculos bem desenhados de um jeito mais maduro, como se tivesse malhado todos os dias, o que de fato era verdade, eram aulas de yoga, kung fu, espadas, lança, arco e flecha e todos os tipos de meditação que existiam na Terra.
Do amanhecer ao anoitecer, treinos incessantes trabalhando todas as lições aprendidas, lutas e mais lutas proporcionando resistência e algumas cicatrizes também, já podiam ser considerados equivalentes em uma luta, um protegeria o outro com grande sucesso.
A Miko já usava Issa e Shinrai, lutando como se já tivesse nascido em meio a batalhas.
Estavam ambos sentados sobre os joelhos com os olhos fechados na arena, esperavam o alvorecer em meditação. O mestre Wu observando-os atentamente, aguardando o momento em que iniciaria mais um período de treinamentos, já haviam passado seis períodos e neste dia seria iniciado o último.
A Miko estava com os cabelos tão longos que chegavam próximos aos seus pés, seu traje de treinamentos caia-lhe muito bem, e ela já manuseava com maestria seus itens de combate, uma verdadeira sacerdotisa guerreira. O hanyou estava com os cabelos presos em um rabo de cavalo, com seu traje azul de treinamentos, forte como um cavalo e maduro de um jeito que não havia ficado em 250 anos. Abriram os olhos quando sentiram o calor dos raios solares nas faces.
- Hoje, irão lutar um contra o outro, sem medo até a última consequência.
- Sensei. E se não conseguirmos? – A Miko perguntou de cabeça baixa em sinal de respeito.
- Se algum inimigo tomar a forma de um de vocês, vão perder a luta. Mas se aprenderem a lutar superando todos os limites, saberão defender o que for importante.
- Por quanto tempo lutaremos Sensei? – O hanyou perguntou.
- O tempo que for necessário. Confiem um no outro, Sejam Humildes não subestimado um ao outro, tenham Coragem para enfrentar o desafio, Respeitem um ao outro e tenham Disciplina obedecendo o que lhe foi ordenado. – O mestre orientou-os. – Agora, lutem! – Bradou fazendo-os levantar e ficarem frente a frente.
Ambos se cumprimentaram com uma reverência e uma saudação samurai. Se examinaram por um tempo, andando em meio círculo, os castanhos nos âmbares sem piscar. O hanyou sacou a Tessaiga transformando-a em seguida, gesto que foi repetido pela Miko desembainhando Shinrai e revestindo-a com energia espiritual.
Correram um na direção do outro, chocando as lâminas, atacando e defendendo. Os golpes vinham em todas as direções, e os sons metálicos se mesclavam aos gritos de força em cada golpe. O hanyou levantou a Tessaiga e com toda a sua força golpeou-a contra Kagome, que segurou Shinrai com as duas mãos bloqueando o ataque, o que a fez caminhar quatro passos para trás, e ela revidou empurrando-o com trancos fazendo-o recuar a mesma distância, girando o corpo e cortando lhe o abdome com a espada. Depois do corte ele conseguiu ainda arranhar o rosto dela, e ambos estavam sangrando. Pararam para estudarem os movimentos novamente, desta vez foi a Miko que iniciou o ataque girando a lâmina rapidamente nas mãos, como uma verdadeira espadachim fazendo a espada fazer barulho com o movimento no ar, e novos golpes entre as Katanas fizeram faíscas surgirem. O hanyou abaixou-se dando uma rasteira, fazendo a Miko cair no solo arenoso em um baque surdo, chutando Shinrai para longe dela. Olhou para o mestre e o mesmo não moveu-se, então ele afastou-se a um metro de distância da Miko, que levantava-se tirando o arco do ombro e armando-se com uma seta, fazendo-a brilhar intensamente com sua energia espiritual, caminharam novamente em um meio círculo, como se tentassem prever os movimentos do outro.
O sangue escorria do corpo do hanyou pingando no chão, a face da Miko ardia com o ferimento profundo, mas não havia mágoa nem ressentimentos, era como se não se conhecessem e somente a batalha os unisse. Lançou a flecha que foi bloqueada pela Tessaiga, mas mesmo assim a energia desprendida provocou dor ao hanyou, que distraiu-se menos que um segundo, o que foi suficiente para Kagome girar o arco e atingi-lo na boca, fazendo-o fechar os olhos, foi quando ela chutou a mão dele fazendo a espada voar longe. Ela tirou a aljava das costas e jogou longe junto com o arco.
Se enfrentariam corpo a corpo agora. O hanyou suspirou reunindo concentração e força, sabia que ela tinha vantagem nisso, pois a energia dela a favorecia. Cada um escolheu um estilo de luta, então começaram os baques dos corpos se chocando em cada golpe, socos e chutes bloqueados, rasteiras e desvios. As garras passando a centímetros do rosto da jovem, e a energia dela irradiando quase o queimando em alguns momentos.
Ela deu uma sequência de três chutes acertando dois no abdome do hanyou, mas no terceiro ele segurou-a pela perna jogando o corpo dela longe arrastando a pele contra a areia, provocando ferimentos que estilhaçaram a tez da jovem, que levantou-se mais uma vez e cuspindo sangue agora. Ela limpou a boca com o dorso da mão e novamente voltou a atacá-lo, mas agora havia feito uma barreira ao redor de seu corpo, e cada golpe que acertava nele, provocava queimaduras dolorosas de forma que ele não pôde mais defender-se, ela tinha consumido toda a energia demoníaca que havia nele, purificando-o a ponto de transformá-lo em humano. Ele ergueu as mão se rendendo, e recebendo o assentimento do mestre. Kagome baixou os braços voltando ao normal, saindo da posição de defesa. Ambos se cumprimentaram e caíram sentados no chão, gemendo de dor.
- Droga Kagome! Você bate muito forte. – O Hanyou reclamou massageando os braços.
- Ela não usou de toda a força, aliás você também não. – O mestre pronunciou se aproximando. – Mas eu já sabia disso, e vocês também. Estou muito orgulhoso, vão banhar-se para o jantar, nos encontraremos à mesa.
A Miko saiu apoiada ao hanyou, gemendo a cada passo. Sentaram novamente e a Miko curou-o do corte no abdome, aproveitando e também curando-se do arranhão no rosto, não ficaram com marcas, apenas com os corpos doloridos. Arrastaram-se pendurados um ao outro até a casa em meio à resmungos e protestos de dor.
A Miko entrou no próprio quarto, jogando as roupas imundas no canto do quarto de banho, foi quando olhou-se no espelho e ficou assustada. Estava muito diferente, mais forte e mais velha, com o corpo mais perfeito do mundo e com os cabelos enormes. Não lembrava de ter ficado assim, entrou no Ofurô e banhou-se relaxando o corpo dolorido. Ao sair e se secar com a toalha, encontrou um kimono rosa no armário, estranhando pois nunca o havia visto ali. Pegou-o e vestiu aproveitando para prender os cabelos, pelo menos uma parte deles deixando o comprimento solto.
Ao chegar na sala de refeições recebeu olhares elogiosos, sorrindo em seguida, também admirada do traje verde que o hanyou estava usando. Fizeram a refeição tranquilamente, já tinham relaxado e os corpos já não doíam mais. Cada sorriso que o hanyou trocava com ela, a fazia incendiar. Ele estava tão bonito, fazia tanto tempo que não conversavam, e aquele cabelo preso dele o deixava com um ar mais maduro. Ficou corada quando viu que eles haviam percebido seus devaneios.
- Gakushū-sha Kagome e Gakushū-sha Inuyasha. – O mestre iniciou a fala seriamente. – O treinamento de vocês já findou, e tenho que dizer que nada estará como antes quando saírem daqui. Hoje encerramos mais um período e tenho que informar que foram 7 períodos de treinamento.
- Hai Sensei, mas como assim nada estará como antes? – A Miko perguntou confusa.
- Cada período durou 6 meses, então vocês ficaram aqui por 3 anos e seis meses.
- Kéh! Como isso pode ser possível?
- Eu criei uma barreira mística ao nosso redor e o tempo passa de maneira divergente do que ao que estão acostumados. Se olharem nos espelhos vão compreender melhor.
A Miko ficou atônita. Quase 4 anos em treinamento esperando seus amigos, sua segunda família. E agora como as coisas estariam? Algumas lágrimas escorreram por seu rosto.
- Mas mestre eu não percebi. – A Miko sentia-se derrotada, ela não percebera essa barreira antes, mas agora era tão forte sua presença que poderia até tocá-la.
- Cada dia durava um tempo muito maior, só assim vocês evoluiriam mais rapidamente.
A jovem assentiu com a cabeça, afinal foi necessário. Respirou fundo e se acalmou, logo voltaria para casa.
- Sensei? Quando poderemos partir? – A pergunta veio em hora oportuna pelo meio-youkai.
- Amanhã pela manhã. Eu irei agora, preciso voltar ao templo de Jade imediatamente, minha missão chegou ao fim. De agora em diante vocês saberão exatamente o que fazer. Sayonara. – O mestre levantou-se fazendo uma reverência seguida uma saudação samurai.
O hanyou ficou meio perdido olhando pela porta que o mestre havia saído, pensando que tudo isso fora uma grande loucura. Coçava a cabeça perdido nos cálculos que tentava fazer em sua cabeça, e ficando cada vez mais surpreso com as coisas, ele não lembrava-se de ter ficado na forma humana nem uma vez somente hoje na luta, mas já havia voltado ao normal, talvez tenha acontecido durante algumas noites e ele nem viu, levantou-se olhando em um espelho e erguendo as sobrancelhas, estava diferente, com as expressões mais duras, corpo mais definido e cabelos mais compridos, uma pequena cicatriz acima da sobrancelha esquerda, estava tão acostumado a apenas lutar e treinar que nem percebera as mudanças em seu corpo.
- Ei Kagome!? Estamos casados há 3 anos! – Falou com um sorriso, contagiando a Miko fazendo-a sorrir também.
- É verdade. Parabéns! – Ela sorriu levantando, e indo ao encontro dele o abraçando.
- Se Kaede-Sama estivesse aqui ia parabenizar somente a mim, pois você não estaria comemorando grande coisa. – O hanyou falou chamando a atenção da Miko.
- Como é? Kaede-Sama, o que aconteceu com o “velhota chata”? – Perguntou estreitando o abraço, enquanto erguia o rosto para encará-lo.
- Eu estou guardando pra falar direto na cara dela. – E começou a rir novamente.
- Hum, imaginei mesmo que era muita educação pro Inuyasha que eu conheço. – Fez uma careta, recebendo um beijo casto nos lábios.
Ficaram se encarando por um tempo, até a Miko fazer um movimento umedecendo os lábios, que foi o estopim da explosão que se seguiu dali em diante. Começaram a se beijar igual dois loucos, entre puxões de cabelo e solavancos contra as paredes, estavam num clima brutal, que era resultado de muitas lutas seguidas. Pararam por um momento, olhavam-se fixamente nos olhos enquanto o hanyou a erguia do chão, apoiando o corpo feminino à parede, sem rodeios a penetrando de imediato, enquanto ela abria o kimono expondo os seios para ele, com o corpo sendo erguido e baixado com o reflexo dos movimentos sensuais. Nos olhos estava estampado o desejo, nos lábios entreabertos proferia sussurros de prazer.
- Com força, mais força... – Ela sussurrava em êxtase.
Tanto tempo sem sentirem os toques apaixonados, agora agiam como viciados em alguma droga que os tornou como escravos. Ele puxou-a ainda conectado ao seu corpo, carregando-a até o quarto em que dormia, deitando no futon e colocando-a sobre seu corpo, de forma a ambos realizarem caricias com a boca ao mesmo tempo, os sons dos gemidos ecoando pelo aposento, enquanto a segurava pelos quadris.
- Você está mais gostosa que antes... – Ele dizia entre suas caricias ousadas, ouvindo-a apenas gemer de deleite.
A noção do tempo se extinguiu e o agora ditava as regras. A Miko deslizou o corpo para os pés dele, ficando apoiada nos braços de costas para ele, o hanyou defluiu as mãos das nádegas às coxas, e invadiu-a novamente sacudindo-a rapidamente, segurando os cabelos compridos com uma mão enquanto a outra permanecia presa à cintura delgada. A cada segundo a intensidade aumentava e logo ela derramou-se no puro prazer primitivo em que estavam envolvidos, em seguida foi a vez dele satisfazer-se inserindo sua essência no interior de sua fêmea, cravando novamente os dentes na marca que ela carregava na nuca, sorvendo delicadamente o sangue que verteu.
Passaram as horas que restou daquela noite fazendo amor, como se fosse a última vez que ficariam juntos, entre beijos ousados e murmúrios de prazer, os corpos suados ligados intensamente, até caírem exaustos no futon, abraçados ouvindo os corações baterem vigorosamente no mesmo ritmo.
.........
Nos primeiros raios de sol, Kagome e Inuyasha levantaram e se prepararam para a jornada de volta ao vilarejo. Vestiram as roupas que chegaram ao treinamento, o traje de pelo de rato de fogo, e as vestes de sacerdotisa. Fizeram novamente o caminho que apesar de todo o tempo que ficaram treinando, ainda lembravam com perfeição com se tivesse sido percorrido ontem. Foram novamente 30 dias de viagem, sem muitas interrupções e haviam retornando à aldeia.
Entrelaçaram os dedos e seguiram caminhando com mais tranquilidade, foi quando viram Sango lavando roupas no rio, acompanhada de duas menininhas que a chamavam de hahaue.
- Sango! Sango! – A Miko soltou-se da mão do hanyou e correu de encontro à amiga.
- Kagome-chan! – A exterminadora largou as roupas e levantou, correu desesperadamente até encontrar os braços da Miko, ajoelhando-se junto a ela, chorando como um bebê desconsolado.
- Eu senti tanto a sua falta! – Abraçava a Miko, beijando todo o rosto da amiga. – É você mesma? Não é ilusão da minha cabeça? – Duas menininhas correram e abraçaram as pernas da Miko. – Ai amiga, você perdeu o nascimento das minhas filhas! Essa é Nara, e essa de olhos verdes é Naomi.
- Oba-san Kagome!!! – As gêmeas disseram em um uníssono.
- Oi pra você também Sango. – O hanyou disse abrindo os braços e recebendo o abraço da exterminadora.
- Inuyasha! Inuyasha! – O monge corria igual a noviça rebelde atrás do amor da vida dela.
- Ahhh seu pervertido filho de uma mãe! – O hanyou correu para ele, se abraçaram com tanta força que se desequilibraram caindo no chão e rolando pela grama.
- Eu amo você cara! Eu amo! – O monge chorava ainda abraçado ao hanyou.
- Isso é realmente muito ridículo. Kagome, tem certeza que o Inuyasha é o macho da relação? – Shippou estava um rapazinho, já havia perdido as patinhas de raposa, parecia um menino humano, os cabelos estavam mais longos também.
- Meu filhote! – A Miko abraçou-o com força. – Quer dizer... não tão filhote assim!
- Nem mudamos tanto assim. – Tanto a Miko como o Hanyou demoraram para reconhecer Kohaku, ele estava com 17 anos, bem diferente do pré-adolescente que haviam deixado para trás.
- Kohaku! Você já é um homem! – A Miko abraçou-o enquanto o hanyou ainda o olhava desconfiado. – Onde está Rin?
- Ela está na clareira, ela gosta de ficar lá para... – A Miko nem terminou de ouvir o que o exterminador ia falar, deixando-o para trás e correndo até a clareira igual louca.
Sango fez um sinal negativo para o irmão com a cabeça, impedindo-o de ir atrás dela ou continuar falando.
- Ei Inuyasha, venha! Vou fazer uma comida deliciosa, os meninos vão fazer companhia enquanto isso. – Sango disse chamando a atenção do hanyou.
- Mas e a Kagome? – Ele perguntou voltando a olhar na direção da clareira.
- Ela vai voltar com a Rin ora! – Lançou um sorriso tão contagiante, que o hanyou sorriu de volta acompanhando-os para o almoço.
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A Miko correu até conseguir ver Rin sentada em uma pedra, com os pés imersos em uma pequena lagoa que tinha ali.
- Rin! Rin! – A Jovem gritava para a menina, que virou a cabeça rapidamente, revelando o maior sorriso de todos os tempos.
- Kagome-Sama! – Tirou os pés da água, e correu para a Miko abraçando-a um pouco abaixo dos ombros. A menina havia crescido, estava com 14 anos, os cabelos longos e usava um lindo kimono azul. Parecia uma versão mais jovem de Kagome, passariam por irmãs tranquilamente.
- Menina! Como está grande, já é uma moça! – Disse beijando o topo da cabeça da menina.
A Miko arrepiou-se por toda a pele, sua energia espiritual se agitou e ela tirou uma flecha da aljava colocando-a no arco em questão de segundos, virando-se e dando de cara com Sesshoumaru. Mesmo notando que a presença hostil que havia sentido vinha dele, ela não baixou a flecha, como se estivesse em alerta com a força que emanava dele, e ela não conseguia discernir o que era.
- Abaixe isso Miko. – A voz grave ordenou.
- Não vai rolar Youkai. – Respondeu à altura, com o mesmo tom de voz autoritário.
- A Miko esqueceu do nome deste Sesshoumaru? – Questionou irritado.
- Não. Mas com certeza o Youkai esqueceu o nome desta Kagome. – Provocou-o, e neste momento a flecha adquiriu uma tonalidade lilás indicando que estava sendo revestida de energia espiritual, ela ia atirar.
O DaiYoukai arqueou as sobrancelhas, surpreso pela atitude hostil da sacerdotisa.
- Kagome-Sama, por favor. – Rin pediu chorosa, sendo observada pelo canto do olho da Miko. – Ele não vai fazer nada, eu juro.
A Miko levou pelo menos mais 20 segundos para baixar a flecha, estreitando os olhos desconfiada. Seus dons espirituais a estavam alertando, não costumavam falhar então por mais que tentasse acreditar, seus instintos não ficavam à vontade com a energia que estava sendo liberada pelo Lorde. Nunca o havia sentido assim, parecia tão intenso que ela estava certa de que a qualquer momento ele iria atacá-la. Seus poderes haviam aflorado ao extremo, então tudo parecia estar mais forte.
- A Miko não respeita a este Sesshoumaru? – O Lorde a questionou chamando sua atenção.
- Respeito deve ser conquistado, como quer que o chame pelo nome se despreza minha identidade?
- É uma humana insolente.
- Não, você que é uma besta insolente.
- Por favor, parem... – Novamente Rin intervinha na discussão. – Diga que sentiu a falta dela de uma vez Sesshoumaru-Sama.
O Lorde estreitou os olhos para Rin, sentia-se traído. Como ela teve coragem de contar, o que ele havia confidenciado somente à ela? O DaiYoukai continuou com expressão dura, mas ao olhar para a Miko a viu confusa, e um pouco incrédula. Os ombros estavam baixos e os braços soltos junto ao corpo, como se tivesse sido desarmada. Neste momento o Lorde aproximou-se a abraçando, de forma a encostar a cabeça dela em seu peito, aspirando profundamente o perfume dos cabelos que estavam tão compridos, ele gostava de cabelos muito longos, davam um ar místico à ela. Ela correspondeu ao abraço deixando-o sem ação. Ficaram por alguns momentos assim, até o DaiYoukai quebrar o silêncio.
- Este Sesshoumaru sentiu a falta de Kagome. – A jovem suspirou e ergueu o rosto para encará-lo, levantando uma mão tocando-o no rosto.
- Não posso fazer isso. – Disse quase em um sussurro. Ele assentiu pousando a mão sobre a dela que estava em seu rosto, sentindo a pulseira que a havia dado de presente.
- Este Sesshoumaru sabe. – Estava amargo, em expressão e em sentimentos.
- Posso te dar a minha mais sincera amizade, nela sempre poderá ser único. Da mesma forma que eu sei que serei pra você. – O Lorde retribuiu com um meio sorriso, quase imperceptível e foi tirando a mão dela do rosto, beijando-a em seguida, e virou as costas deixando-as para trás sem nada dizer. E depois de alguns instantes ele sumiu das vistas delas.
- Rin, sobre o que houve aqui... – A Miko começou a falar quando foi interrompida.
- Hai Kagome-Sama, ninguém jamais saberá, mas eu acho que ele a ama. – A jovem respondeu aproximando-se e abraçando a Miko, que tinha algumas lágrimas nos olhos, limpando-as com o dorso da mão. Seguiram juntas e abraçadas conversando amenidades até chegarem à casa de Sango, onde o almoço já estava pronto.
Ao entrarem o hanyou olhou-a de forma estranha, ela apenas assentiu então ele aspirou o ar com força, meneando a cabeça e sorrindo lhe compreensivo. Ele havia percebido que ela esteve próxima à Sesshoumaru, mas já tinha maturidade suficiente para encarar isso de um jeito menos egoísta. Sentiu ciúme claro, mas a 1ª Lição de Wu Fa, gritava em sua cabeça, “confie nela” e foi o que fez, sua marca na pele dela dava uma ligação especial entre eles, uma conexão intensa que o fazia saber que ele era o único amor cárneo que ela tinha, e teria até seus últimos dias juntos.
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