História Kagome e Inuyasha - Pertencentes um ao outro - Capitulo XXVII

Depois da notícia de sua gravidez, a Miko vivia em uma aura de pura felicidade, os meses foram passando e os sintomas começaram a fazer-se presentes, deixando-a enjoada e abatida, mas ainda continuava muito feliz, apesar das noites passando mal nos braços do shujin, que segurava seus cabelos quando o enjoo a vencia, depois a ajudava a lavar-se e a levava no colo para o campo, onde ela ficava tomando ar fresco até adormecer sob os seus cuidados. Tinha dividido essa tarefa com Sango, Miroku e Rin que quando o hanyou não estava presente, ficavam atentos à Miko. Era muito cansativo carregar um hanyou no ventre, sugava suas forças, e ela precisava controlar ao máximo sua energia espiritual, para não desmaiar de exaustão. Kaede estava melhor, havia se recuperado do mal estar que vinha sentindo há algum tempo, e revezava com Shippou em fazer companhia à gestante. Mas para o hanyou, desagradável era realmente ter que suportar as visitas de Sesshoumaru, que infelizmente faziam a Miko muito feliz. Dessa vez ele trouxe uma raiz estranha com um cheiro horrível, mandando Rin fazer uma chá forte dando-o a Miko para que bebesse.

- Argh! Eu não vou beber isso Sesshoumaru... – Ela protestava entre as náuseas que estava sentindo.

- Beba agora. – Ordenou sentando-se ao lado da Miko. Que obedeceu depois de alguns minutos de teimosia, que não funcionaram com o Dai-Youkai. E como um milagre o enjoos cessaram, e ela pôde alimentar-se melhor ficando corada.

- O que foi isso? Sinto-me ótima. – Perguntou levantando-se e descascando uma banana, enquanto levava mais cinco com ela para onde estava sentada, voltando à posição anterior.

- Uma raiz que nasce nos domínios deste Sesshoumaru. – Olhava pela porta da sala da casa.

- Como descobriu? – Perguntou recebendo um olhar irritado. – Ah pare com essa pose! Não me diga que virou expert em grávidas e eu não sabia? – Sorriu docemente, dobrando-o mais uma vez. Ele respirou fundo.

- Perguntei a Satori. – A Miko olhou-o incrédula.

- Sua mãe? – Ele assentiu com o cenho franzido. – Ela, melhor que ninguém poderia informar a mim. – Curto e grosso apenas. A Miko compreendeu que ali estava encerrada a conversa, sabia que ele não falava com a mãe desde o episódio que foi ao inferno, e imaginou como deve ter sido desagradável ter essa conversa com ela.

O Lorde saiu da casa sem nada dizer a Miko, que permitiu sabendo que ele precisava ficar sozinho, já se conheciam tão bem. Ficou ali mais um tempo comendo bananas, depois riu com a quantidade absurda de cascas a sua volta, levantou com cuidado para equilibrar-se com a barriga de 6 meses de gravidez, saindo para caminhar até a clareira e imergir os pés na pequena lagoa que tinha ali, chamaria Rin e Shippou para acompanhá-la, mas no meio do caminho foi interceptada por seu Shujin, que a beijou nos lábios rindo com o cheiro da banana que ela havia comido.

- Estava comendo meu amor... que maravilha, aquela porcaria que Sesshoumaru trouxe realmente prestou, confesso que fiquei na expectativa de que vomitasse nele. – Falou com o cenho franzido, levemente aborrecido.

- Pare de implicância. – A Miko o abraçou até onde sua barriga permitiu, sentindo os chutinhos de sua filha ao contato com o corpo do pai, fazendo-o mudar o semblante para um sorriso cheio de ternura.

- Oh meu grande amor. – Ele ajoelhou-se beijando o ventre da Miko, que começou a chorar emocionada. – Sua hahaue chora por qualquer coisa, mas você será como seu Chichiue forte e teimosa.

- Kami me livre... – Ela balbuciou entre risos, fazendo-o erguer os olhos e encará-la mostrando a língua. – Onde vai?

- Eu vou à clareira, ficar com Rin e Shippou um tempo, depois pretendo vir comer de novo. – Sorriu mostrando os dentes quando viu a expressão de surpresa dele.

- Você está cheia de fome hein. – A abraçou novamente.

- Tenho outra fome também... – Sussurrou para ele. – De você.

Ele sorriu bobamente, colando os lábios aos dela. Adorava o gosto dela quando prenha, o cheiro, a temperatura da pele, aqueles hormônios o deixavam louco querendo fazer amor todas as noites, mas procurava não fazê-lo para não a machucar, o problema é que ela o procurava várias vezes por dia cheia de desejo, e diante disso ele não podia se negar em dar prazer a sua fêmea.

- Eu posso ir também? – O hanyou perguntou abraçando-a por trás.

- Claro que pode. – Ela respondeu enquanto iam chamar Rin e Shippou, que amaram ser convidados para “passear” até a clareira como uma família. Para os dois Kagome era como uma mãe, que os acolheu e os amou ensinando-os e cuidando em cada dia ao seu lado.

Music 1 Play*

A Miko sentou recostando-se a uma árvore confortavelmente, com o hanyou deitando em seu colo. Foi quando Shippou e Rin deram um jeito de deitarem no colo dela também, que acariciava aos três enquanto ouvia-os conversar e a olhavam cheios de ternura e amor nos olhos, logo a Miko sentiu-se observada e ao erguer as vistas, seus olhos se encontraram com os de Sesshoumaru. Não sabia há quanto tempo ele estava ali, apenas imaginava ser bastante pois ele também estava sentado.

Ela sorriu para ele, que apenas fechou os olhos encostando a cabeça ao tronco da árvore, fazendo-a sentir pena dele, tão solitário e tão longe...

Kohaku apareceu levando Shippou e Rin com ele, e avisando ao hanyou que Miroku o estava chamando para ajudá-lo com a organização do armazém, visto que Inuyasha tinha prometido fazê-lo. Ele beijou a Miko nos lábios, pedindo para que ela não demorasse em voltar para casa, e que se precisasse de qualquer coisa que gritasse ao inútil do Sesshoumaru que estava sentado perto, mostrando com o dedo indicador a direção dele. A Miko já o havia visto, mas deixou que o hanyou manifestasse um pouco do ciúme sufocado.

O Lorde abriu os olhos os estreitando em seguida, em resposta à provocação que o meio-irmão fizera, mas o hanyou nem ligou apenas continuou seu caminho. Sentiu que era observado, e seus orbes âmbares encontraram os castanhos e prenderam-se neles por incontáveis momentos. Até percebê-la abrir os braços em sua direção, batendo nas pernas em seguida oferecendo-lhe o colo, com um sorriso terno nos lábios. Demorou algum tempo até vencer o orgulho para levantar-se e se aproximar, sentando-se ao seu lado e olhando-a desconfiado. Ela voltou a abrir os braços, enquanto ele mantinha-se arisco, até ela perder a paciência e puxá-lo pela yukata forçando-o a encostar a cabeça em suas coxas, acariciando lhe os cabelos, como se penteasse as madeixas prateadas com os dedos.

“Perdidamente apaixonado”. Foi assim que sentiu-se, nunca em sua vida milenar teve o carinho de alguém, nem mesmo de sua mãe. O ventre encostava suavemente em sua bochecha, onde os chutes de sua mei chamavam sua atenção, enquanto a Miko ria da agitação em seu interior.

- Seu filhote está enciumado. – Respondeu alcançando um dos cachos das pontas dos cabelos da Miko entre os dedos, admirando-o em sua nuance negra avermelhada.

- Hai. – Respondeu também pegando uma mecha dos cabelos prateados, sentindo a maciez dos fios perfeitos. Pegou a mecha das próprias melenas da mão dele, envolvendo-a com os fios prateados fazendo uma tira bicolor. Ele estendeu uma mão e tocou uma extremidade da união dos cabelos, deslizando os dedos até encontrar os da Miko, onde ficou com eles entre os seus, segurando juntos os cabelos envolvidos.

Olharam-se nos olhos por muito tempo, a ternura que vinha dela o enfeitiçou não poderia mais viver sem ela, nem que fosse de longe a acompanharia até o fim. E por um momento a Terra parou nesse elo, as mãos se tocando enquanto ambos seguravam os cabelos enrolados na mecha mesclada, o contado da cabeça que pousava nas coxas macias próxima ao ventre, que tinha um filhote, e os olhos mergulhados um no outro. A Miko inclinou-se e depositou um beijo na testa de Sesshoumaru, que fechou os olhos por alguns segundos. Ela sorriu, soltando sua mão do contado com a dele, acariciando o topo da cabeça do Lorde, enquanto encostava a própria cabeça ao tronco, suspirando suavemente.

- Está cansada Kagome, deve retornar. – Levantou-se do colo ficando sentado, depois ficou de pé, oferecendo uma mão em apoio à Miko. Levantou-a de forma que ela não teve esforço algum, ela apenas sorriu enlaçando seu braço ao dele, que a acompanhou até em casa deixando-a confortavelmente sentada em um puff, tomando uma das mãos pequenas entre as suas, beijando-lhe a palma, virou as costas em seguida saindo da moradia em passos altivos. Andando pelo caminho poeirento encontrou com o hanyou, que estava sem a burausu vermelha segurando-a nas mãos.

- Obrigado Sesshoumaru. – O hanyou disse fazendo-o parar, mas sem virar-se para encará-lo. – Por trazê-la em segurança. – E continuou a andar indo de encontro à sua fêmea, deixando um Dai-Youkai confuso para trás.

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Oriente Médio.

- Prepare-se minha preciosa, amanhã iremos dividi-los. – Sorveu um gole de Arak, sentado em uma poltrona de ouro, observando Soraya pentear os cabelos vermelhos com um pente dourado cravejado por rubis.

- Sim meu Emir... – Ela respondeu fitando-o intensamente. – Será doloroso principalmente para o Emir do Oeste...

- Ele é muito forte, não o quero contra nós e me agrada vê-la sofrer ainda mais prenha, com sorte terá um aborto...

- Depois disso, começará realmente não é? – Soraya perguntou, olhando-o nos olhos.

- Sim. – Respondeu com um sorriso malicioso.

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O hanyou chegou em casa e ergueu as sobrancelhas, ao encontrar Kagome comendo macarrão em uma tigela enorme, olhando pela janela da cozinha, banhou-se e quando voltou ela ainda estava comendo.

- É, nossa filha já nascerá gorda. – Recebeu um olhar fulminante.

- Quer dizer que eu estou gorda? – Ele continuou em silêncio. – Não estou nem aí. – E voltou sua atenção ao prato de comida.

O hanyou riu, serviu-se de macarrão e começou a comer sentando-se ao lado da Miko, torcendo o nariz ao sentir o cheiro do meio-irmão. Ela terminou de comer, levantou-se beijando a bochecha do hanyou.

- Vou me banhar, leva a água quente por favor? – Mostrou o caldeirão com água quente na brasa.

- Claro. – Levantou-se pegando na alça do recipiente, indo ao quarto de banho e despejando o conteúdo no Ofurô.

A Miko colocou mais um pouco de água fria, deixando na temperatura ideal despejando óleos perfumados e algumas flores, imergindo seu corpo dolorido no líquido relaxante, quando sentiu mãos quentes massageando seus ombros, fazendo-a fechar os olhos e arrepiar-se inteira.

- Humm, que delícia. – Murmurou entre pequenos gemidos. – Ai, estou dolorida.

- Relaxe. – Ouviu-o dizer, enquanto ele continuava com a massagem. Ela mordeu os lábios e fechou os olhos, gemendo com as sensações relaxantes que estava sentindo, e pelo cheiro que sua pele desprendeu estava se excitando também.

- Você devia entrar aqui comigo... – Ela balbuciou.

- Eu já tomei um banho. – Respondeu enquanto cuidava dela.

- Não, eu quero você meu amor. – Pediu manhosa. Ele continuou em sua atividade, deixando-a pedir. – Se não vier, vou fazer sozinha com você aí. – O hanyou sorriu umedecendo os lábios, sugando o lóbulo da orelha dela.

- Deixa eu ver... – Sussurrou a encorajando, observando-a escorregar uma mão para dentro da água, até o meio das coxas e tocar em sua intimidade, enquanto ele beijava lhe o pescoço, e suas mãos escorregaram massageando os seios enormes pela gestação. – Que delícia.

A Miko gemeu com as palavras estimulantes, ainda com os olhos fechados usufruindo da sensação de satisfazer-se sozinha, apenas sendo assistida pelo companheiro que sugava lhe o pescoço, e a enchia de prazer esfregando as palmas nos seios sensíveis. O cheiro de excitação estava mais forte, o orgasmo se aproximava, o hanyou não aguentou mais, puxando as mãos dela para o alto da cabeça.

- Que maldade! – Ela exclamou ofegante.

- Eu não aguento ficar só olhando. – Puxou-a da Ofurô, envolvendo-a com uma toalha a erguendo nos braços, indo na direção do quarto depositando-a no futon, tirando a toalha e sorrindo ao ver o ventre redondo, afastou a coxas colocando-se entre elas, queria sentir o sabor de sua fêmea. Sugava com carinho, em movimentos circulares deixando-a zonza de prazer vendo-a satisfazer-se inúmeras vezes, chegando a molhar o futon de excitação. Virou-a de lado e inseriu-se cuidadosamente em seu interior, apenas uma parte de sua virilidade, não a machucaria em hipótese alguma. Movimentava-se lentamente fechando os olhos a cada vai e vem que realizava, estava explodindo em êxtase.

- Põe mais... – Ela pedia contraindo-o em seu interior. – Por favor.

O hanyou deslizou mais um pouco, apoiando-a com firmeza pelo quadril arredondado, segurando-se ao máximo em seus instintos, mas quando a Miko levou uma de suas mãos aos seios que estavam enormes, ele não se conteve preenchendo-a por completo, vendo-a derramar-se com o contato. A partir dali suas investidas foram mais aceleradas, fazendo-o praticamente gritar enquanto expelia sua essência dentro dela. Retirou-se dela meio aturdido com o orgasmo que sentira, ela daquele jeito deixava-o ensandecido. Abraçou as costas macias e dormiu em instantes, mesmo com os chutinhos de sua cria no ventre de Kagome.

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Music 2 Play*

“E a dor teve princípio, rompendo o elo frágil de uma amizade que encobria, um amor não correspondido.”

Pela manhã Inuyasha levantou primeiro, deixando a Miko dormir um pouco mais. Caminhou até o campo aberto em que treinava todas as manhãs, meditou um pouco e decidiu movimentar-se com a Tessaiga, desembainhando-a fazendo com que se transformasse em suas mãos, emanando poder. Ergueu as vistas ao sentir que a espada pulsava, vendo a youkai vermelha diante de seus olhos observando-o ao longe. Ele virou a cabeça de lado, tentando perceber se sentia mais presenças além da dela, mas nada. Estavam a sós, e a única preocupação que ecoava em sua mente, era sua fêmea prenha ter ficado sozinha.

A youkai fez surgir em suas mãos uma grande lança de ouro, e correndo avançou contra o hanyou iniciando um combate violento.

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Sesshoumaru preparava-se para retornar às Terras do Oeste, mas foi impedido por Zayn que estava deitado no tronco de uma árvore. O Jinn desceu ficando próximo ao Lorde, simplesmente virando uma taça lançando sangue em suas vestes brancas, o que o deixou irritado partindo contra o inimigo com Bakusaiga, enquanto o maldito apenas se desviava dele, estava o atrasando.

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A Miko despertou com as pulsações de Issa e Shinrai no armário, emitindo uma intensa luz lilás atraindo-a. Tomou-a em punho, sentindo o pulsar aumentar gradativamente, sentiu-se temerosa pelo seu filhote, mas tinha que confiar em seus poderes, partiu sendo guiada por sua Katana seguindo o caminho que levava ao campo aberto, que costumava treinar ao lado de seu shujin.

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Zayn conseguiu fazer com que o Lorde do Oeste chegasse exatamente onde queria, ao campo aberto onde um exército de espectros lutavam conta Inuyasha, ao lado da youkai que o foi provocar em seus sonhos, o Jinn sumiu de repente e Sesshoumaru se viu tendo que lutar ao lado do meio-irmão, sem entender que tipo de armadilha estava envolvido.

O Jinn apareceu diante de Kagome, com um risinho malicioso nos lábios espessos.

- Olá estrela! – Saudou cinicamente.

- Eu imaginei que fosse sua essa energia maligna. – respondeu-o ficando tensa.

- Olhe só, esta prenha. Mas sua cria não terá pai... Seu querido amigo o matou. – Sorria enquanto o rosto da Miko, mudava em uma expressão de desespero, ela saiu correndo em direção do campo.

- Isso corra...

Soraya conseguiu com a ajuda de uma infinidade de espectros, ferir o hanyou inúmeras vezes e também à Sesshoumaru, mas foi o meio-youkai o alvo escolhido. Com um movimento ágil feriu-o com a lança, atravessando o corpo dele, vendo-o arregalar os olhos e emitir um grunhido na garganta, enquanto tombava sobre os joelhos. O Senhor do Oeste ficou impressionado com o que viu, e correu próximo ao hanyou para ajudá-lo, a youkai e todos os espectros sumiram num piscar de olhos. Foi quando um grito de horror chamou sua atenção, virando para a mulher chocada do outro lado do campo.

- NÃAAAAO!!! – Kagome gritou desesperada, suas lágrimas corriam desesperadamente pelo rosto em agonia, enquanto o ventre contraía-se de dor. – Eu não acredito Sesshoumaru, como pôde?

O Lorde olhou para a cena grotesca, seu meio-irmão ferido à beira da morte, uma “arena” em contexto de combate, suas vestes banhadas em sangue e em sua mão empunhava Bakusaiga. Foi um plano diabólico para criar o cenário perfeito, em que sua amada sacerdotisa o veria como o assassino do amor da vida dela. Desesperou-se ao vê-la cair sobre os joelhos segurando o ventre contorcendo-se de dor, indo ao seu encontro, mas foi recebido com tapas e xingamentos.

- Seu maldito! Demônio, Assassino... Monstro. – Dava-lhe tapas na face, e socos no peito. – Eu nunca poderia amá-lo, NUNCA! – Vociferou, e girando Shinrai no ar, entranhou-a no abdome do Dai-Youkai, que ficou sem reação apenas arregalando os olhos, tentando tirá-la de dentro de si, mas sendo queimado pela energia espiritual que irradiava da Katana. Ela queria vê-lo morto. Não o deu a chance nem de tentar explicar o que aconteceu, insultando-o e despedaçando seu coração por completo, justo ela a única pessoa que o tratou com carinho e ternura. Sentiu-se infinitamente traído, e magoado de um jeito que nem toda a eternidade o faria esquecer. Queria ter morrido antes, por outras mãos.

A Miko cobriu a boca com as mãos, abafando os gritos de pavor quando se deu conta do que fez com ele, mas não se arrependeu, foi sua culpa tudo o que estava acontecendo, em sua cabeça ecoavam as palavras de Sango e o sonho que teve há meses atrás. Ouviu Inuyasha gemer, ele ainda estava vivo.

Tenseiga pulsou em sua bainha, e a Miko não pensou duas vezes em usá-la, ela podia pois a posse de Shinrai a dava poder suficiente, para usar todas as espadas deixadas de herança pelo General Inu no Thaishou. Desembainhou Tenseiga sob os olhos magoados do Lorde, que contorcia-se de dor, indo até o hanyou ferido concentrando-se e vendo os emissários do outro mundo, cortando-os ao meio e assim o hanyou recuperou-se.

- Kagome... não foi Sesshoumaru. – Disse com dificuldade ainda aturdido pelos golpes, e por ter quase morrido.

A Miko arregalou os olhos.

O que foi que eu fiz?

Correu até Sesshoumaru, tirando Shinrai de seu corpo enquanto ele urrava com a ardência. Ela jogou sua Katana longe concentrando-se, e da mesma maneira que cortou os emissários da morte para salvar Inuyasha, fez com ele. Quando o viu curado ajoelhou-se ao seu lado, levou uma mão para tocá-lo no rosto mas ele afastou-a com um tapa, fazendo-a encolher a mão.

- Não toque neste Sesshoumaru, maldita humana... – Levantou-se do chão, Tomando sua espada da mão dela embainhando Tenseiga e Bakusaiga, olhando-a com desprezo e ódio nos orbes, que estavam vermelhos agora. – NUNCA MAIS TOQUE NESTE SESSHOUMARU! – Bradou, afastando-se em passos lentos com o semblante de derrota, pela primeira vez na vida...

A Miko caiu sobre os joelhos em um choro compulsivo, arrependida até por ter nascido, odiando-se por não ter sabido confiar, ele não revidou por amá-la pois podia tê-la matado facilmente. Destruiu um coração, amaldiçoando-o para sempre e tornando-o impenetrável para o amor.

“E assim iniciou, o tormento que veio do Oriente Médio, trazendo sofrimento ao triangulo amoroso fadado ao fracasso. Como doeu para àquele youkai, ainda assim depois de tudo, continuar amando a sua desoladora...”

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