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História Kagome e Inuyasha - Pertencentes um ao outro - Capitulo XXXVII


Escrita por: Pifranco

Notas do Autor


Boa tarde genteimmmm!!!!

Primeiro, desculpem a demora para postar, está chovendo muito na minha cidade e ficamos sem luz! EEEEEE!

Quero agradecer aos 104 favoritos, nesta semana tivemos uma alta de leitores e isso me deixou muito feliz!!!

Agradeço também aos comentários, e ao amor e carinho que recebo de todos!!!


Gente, este capítulo tá tretoso!!!! Sei que muitos vão falar “nossa que baka esse menino”, mas não fiquem bravos com ele, porque tadinho, não é por mal ele ser inseguro!!!

Saibam que não há mal que dure para sempre!!!!

Temos algumas referências lá em baixo!!!

Sem mais,
Boa leitura!!!!

Capítulo 37 - Capitulo XXXVII


 

Em meio a uma chuva torrencial, Satori e Doragon permaneciam deitados no quarto da Inu-youkai, passaram a noite acordados entre carícias e conversas, um dos assuntos discutidos, foi a aceitação do enlace pelo Senhor do Oeste, Sesshoumaru.

- Como meu musuko irá reagir?

- Ah... Eu não garanto que ele vá adorar, mas desconfio que ele planejava isso de alguma maneira. – Disse pensativo, com ela deitada em seu peito, acariciando com a ponta das garras da destra, o braço esquerdo do youkai-dragão.

- Você o leu?

- Algumas vezes...

- Mas Dogo, você não era assim. – Ela o repreendeu, vendo um sorriso divertido brotar nos lábios dele.

- Não, você também não era assim, o que a fez mandar às favas seu conservadorismo?

- Eu não era conservadora, não sou... – Respondeu contrariada.

- Você entendeu o que eu quis dizer. – Franziu o cenho, mas o sorriso ainda brincava em seus lábios.

- Ainda não estou pronta para contar o que houve no passado, eu só peço que tenha paciência.

- Paciência é uma das minhas virtudes adquiridas.

Batidas à porta os retirou do momento a dois, a jovem Inu-Youkai Aiko, veio chamar à sua senhora para o desjejum, avisando que Sesshoumaru já a aguardava na copa. Ambos levantaram do leito, banharam-se e depois de vestidos foram de encontro com o Lorde, ele estava sentado à cabeceira da imponente mesa de mogno, que tinha uma infinidade de lugares vagos.

- Ohayou Sesshoumaru. – Doragon o cumprimento, puxando a cadeira para Satori sentar.

- Ohayou musuko.

- Este Sesshoumaru presume que passaram bem à noite. – Ergueu os olhos encarando-os.

- Hai. – O louro respondeu com um sorriso debochado. Mas a mãe do Lorde sentia-se envergonhada e tensa.

- Satori, algo a dizer? – Olhou para a mãe, erguendo uma sobrancelha de forma inquisidora

- E-eu... ora meu filhote, eu... Como você, já... – Ela não conseguia articular as palavras, e Doragon começou a rir, então Sesshoumaru jogou um guardanapo nele, revelando um meio sorriso.

- Imbecil. – O lorde começou. – Não permitiu a Este Sesshoumaru divertir-se um pouco?

- Isso é maldade. – O youkai-dragão respondeu, segurando uma das mãos de Satori sobre a mesa. – Ele não está chateado minha querida, e sabe das marcas, e de tudo o mais.

- Exijo que pare de ler os pensamentos deste Sesshoumaru!

- Claro, não tem a menor graça o que acontece em sua cabeça. – Respondeu olhando-o nos olhos.

- Obviamente, por ter sempre a mesma coisa povoando minha mente. – Olhou para a travessa de porcelana, onde haviam maçãs depositadas.

- Exato. – O louro respondeu voltando sua atenção para a sua companheira.

- Sesshoumaru-Sama? – Uma serva pediu entrando no salão. Continuou a falar depois do assentimento do Lorde. – Tem um mensageiro das Terras do Leste aqui, trouxe um convite e aguarda sua resposta senhor.

A jovem entregou o pergaminho nas mãos do Dai-Youkai, que rompeu o lacre de cera e iniciou a leitura, deu um suspiro pesado ao ler com a letra cursiva a mensagem do Clã Higurashi Thaishou. Era um convite para o anuncio do noivado de Tsunade e Kento Otsuka, que seria realizado nas Terras do Norte, e aconteceria daqui 5 meses, depois que a jovem completasse o décimo terceiro aniversário. O Lorde ponderou que era demasiado cedo para tanto, porém, a ansiedade deve ser mais do jovem noivo, do que dos pais interessados numa aliança política, era fato que o youkai-lobo estava encantado pela beleza de sua sobrinha, mas ela ainda era um filhote e ele se enervava em imaginar as intenções do garoto, teria uma conversa com ele no dia do noivado, se seu meio-irmão ainda não o fez ele faria, não dizia respeito aos seus interesses, mas mesmo sem deixar transparecer ele era afeiçoado à jovem hanyou, da mesma maneira que foi com Rin, um sentimento paternal e protetor.

- Pela sua cara não são boas notícias. – Satori cantarolou.

- Irrelevante. – Levantou-se da mesa e ia sair, quando viu que no braço de Doragon, não havia nem sinal da marca que ele partilhava com Kagome. – O seu braço. – Apontou para ele.

- A sua hahaue marcou a mim, rompendo a ligação espiritual que eu tinha com Kagome. – O louro explicou olhando para o próprio braço.

- Isso a prejudica de alguma maneira? – Perguntou sem esboçar qualquer sentimento.

- Não necessariamente.

- Não necessariamente? – Repetiu num tom de voz mais alto.

- Não. – O louro manteve a atitude.

O Lorde apenas o ignorou virando as costas e indo a sua biblioteca, sentou-se em uma poltrona e se pôs a observar um mapa, mas sua cabeça ficava revolvendo sempre o mesmo assunto, mas por hora se preocuparia com as questões dos próprios domínios.

 

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5 meses depois...

- Acha realmente prudente viajar nos últimos dias de gestação? – Kaede perguntou olhando carinhosamente para Kagome.

- Claro Vovó, faltam 30 dias para o nascimento de Raijin. – Kagome pousou a mão sobre o ventre redondo de 8 meses, sabia que seria arriscado viajar, mas era o noivado de sua filha e ela não podia perder esse dia especial.

- Minha menina, sempre vivendo no limite de sua sorte não é mesmo?

- Hai Vovó. – Depositou um beijo no rosto da senhora e se pôs a caminhar, encontraria com Rin para que a mesma também se prepara-se para a viagem.

Rin estava grávida de 5 meses, e o risco de uma viagem não era tão grande para ela, que estava nos meses iniciais, e seu bebê não era um hanyou, então ela conseguiria ir bem. A Miko foi ao encontro de seus amigos e familiares para decidirem como seguiriam para o Norte, a ideia mais lógica seria seguir a cavalo, em carruagens de fato, por mais que Inuyasha odiasse ela o convenceria a acompanha-la sentado todo o percurso, fora que Tsunade ficaria próxima a eles todo o tempo.

Depois de organizarem todos os preparativos seguiram em comboio, Rin, Nara, Noemi e Sango foram na primeira carruagem, Kagome, Tsunade e Kaede na segunda. Shippou, Inuyasha, Kohaku e Miroku seguiam do lado de fora, o monge e o exterminador foram em Kirara e os outros dois a pé, guiando aos cavalos youkais.

- Hahaue, você está bem?

- Hai minha musume. – A Miko olhou carinhosa para a hanyou que estava abraçada a Kaede. – Por que pergunta?

- A senhora parece cansada.

- Um pouco...

- Um bebê hanyou é difícil de carregar no ventre. – A velha senhora completou, acariciando aos cabelos prateados da jovem em seu colo.

- Muito difícil. – Suspirou fechando os olhos e recostando-se ao assento.

Kagome tentava não deixar transparecer, mas estava sentindo um desconforto muito grande, em seu rosto tinha um brilho de suor, sua respiração pesava e uma dor no baixo ventre a deixaram preocupada, mas o bebê se mexia normalmente, então ela julgou como ansiedade os seus sintomas. As carruagens pararam de se mover por um momento, mas o silêncio fez com que a Miko entrasse em um estado de alerta, porém, ela achou melhor não se levantar, apenas fez um sinal para que Tsunade fizesse silêncio.

Pouco mais de 5 minutos passados, elas ouviram o barulho do Osso Voador de Sango cortando o vento, então a Miko se obrigou a levantar do confortável assento, pegando o arco e a aljava e abrindo a porta lentamente.

- Tem certeza que vai sair criança? – Kaede perguntou com Tsunade agarrada em suas vestes, e os olhinhos dourados marejados.

- Hai Vovó, proteja Tsunade por favor. – Saiu do transporte e viu que o que os atrasou na viagem, eram apenas alguns filhotes youkais.

- Olhe só Kagome! Essas pestinhas estavam tentando nos roubar! – Sango falava apontando para os pequenos seres, que pareciam filhotinhos de... rato?

- Mas que tipo de criaturas são essas? – A Miko se aproximou, com certa dificuldade para identificar que tipo de youkai era aquele. – São youkais-rato?

- Hai (Hai), (Hai). – Os três pequeninos filhotes responderam, fazendo um intercalado de vozes.

- Hum... – Ela os olhou novamente e estendeu o braço para Inuyasha, que se aproximou amparando-a.

- Você está bem? – Ele perguntou sentido a umidade na pele dela, e o coração bater descompassado.

- Hai. – Sorriu levemente. – O que vocês precisam?

- Na verdade nada, é divertido assustar viajantes. – Respondeu o maior dos filhotes.

- Kéh! Vou te pegar pestinha!

- Inuyasha não! – A Miko o segurou fazendo uma negativa com a cabeça. – Vamos seguir viagem, por favor. – Pediu voltando para a carruagem.

- Arigato senhora. – O mais velho dos filhotes fez uma reverência, e saiu acompanhado dos outros dois filhotes, em seu íntimo, prometeu a si mesmo que pagaria a gentileza daquela senhora gentil.

 

Mais algumas horas de viagem, e lá estavam eles nas Terras do Norte para o noivado de Tsunade e Kento. Todos foram acomodados e a Miko não quis comer, preferiu ficar deitada na cama, descansando da viagem. Após a refeição noturna, os demais se recolheram em seus aposentos.

Sesshoumaru chegou de madrugada, acompanhado de sua mãe e Doragon. Eles foram acomodados em quartos, mas o Lorde teve sua atenção roubada por um cheiro conhecido, que vinha do outro lado da moradia, caminhou para lá desconfiado, encontrou Tsunade sentada em um galho de árvore, balançando os pés.

- O que faz aí? – Sua voz autoritária a assustou, mas assim que a menina o viu, desabrochou em seu rosto inocente, o mais sincero sorriso.

- Oji-San Sesshoumaru! – Pulou do galho e correu até alcançá-lo, surpreendendo-o com o abraço em sua cintura.

Levou um tempo até ele esboçar alguma reação, não estava acostumado com isso e a única que já fez isso com ele, foi a pequena Rin, que hoje era uma mulher. Levou a mão alva aos cabelos prateados da jovem hanyou, que sorriu com o carinho inesperado.

- O que faz aqui shōjo? – Abrandou o tom de voz, olhando para baixo e seus olhos se encontraram com os dela.

- Estou pensando Oji-San. – Suspirou soltando-se dele e sentando na grama, já era uma mocinha, estava com 13 anos e sua mente fervilhava com perguntas que ninguém queria responder.

- No que pensaria tão jovem criatura? – Sentou ao seu lado, e ambos observaram a lua.

- No meu casamento, vai acontecer daqui 7 anos... Mas eu tenho tantas dúvidas...

- É normal uma fêmea inocente ter dúvidas. Já falou com sua hahaue?

- Já... Mas ela ficou constrangida e não soube me explicar sobre sentimentos, a vida de um casal e de onde os bebes surgem. – Era curioso ela ser uma pré-adolescente cheia de dúvidas assim, sinal que em sua casa não aconteciam escândalos.

- Quais as dúvidas desta pequena Hime? – Deu toda a sua atenção à jovem.

- Vai esclarecê-las para mim Oji-San? – Ele assentiu. – Eu queria saber, por que os casais dormem no mesmo quarto, e Chichiue disse que é porque se amam. – Ele balançou as cabeça para os lados, como alguém que concorda em partes. – E eu disse que se amar alguém é a única maneira, por que o Senhor não dormia com eles?

- Você perguntou isso à sua hahaue? – Ele ficou realmente surpreso, mas não constrangido, sabia que estava mais do que estampado em sua face o interesse por Kagome.

- Hai. – Ele ficou em silêncio para que ela continuasse. – Ela disse apenas que não podia.

- De fato. – Começou pacientemente, explicaria da melhor forma possível, para que não restassem dúvidas no interior da jovem hanyou. – Inuyasha e Kagome são companheiros, ela carrega a marca de seu Chichiue e isso significa que ela só pode ter um macho, e ele apenas uma fêmea teoricamente.

- Ah... para... – Ela enrubesceu, mas as suas questões precisavam ser elucidadas. – Para acasalar?

- Hai. – Não esboçou emoção, o que deixou a hanyou mais à vontade. – Você sabe o que é isso?

- Não... quer dizer, não exatamente... sei que os animais fazem isso, humanos, youkais, hanyous. Perguntei para hahaue se era igual aos cavalos, mas ela ficou vermelha e deu a mim uma resposta evasiva.

- Este Sesshoumaru vai lhe explicar, preste atenção. – Pensou em qual teria sido a dificuldade que Kagome teve, para responder a uma questão tão simples. – A maneira é muito semelhante na prática, o macho e a fêmea se ligam em seus corpos, como consequência disso pode haver uma gestação de uma cria.

- Mas... era muito... horrível... aquilo que... – Ficou envergonhada e não pode continuar.

- Os órgãos são diferentes entre as espécies. – Falou tranquilo, transmitindo confiança para a jovem. – Humanos, youkais e hanyous são compatíveis para o acasalamento, não tem o que temer.

- Arigato Oji-San... - Ela suspirou aliviada.

- Mais algum questionamento?

- Não.

- Então vá para o seu quarto, e não saia sozinha novamente. – Agora proferiu as palavras em tom de ordem, vendo-a endireitar o corpo e levantar rapidamente do chão.

- Hai. – Respondeu virando as costas e correndo para a morada.

O Lorde ainda ficou sentado na grama, olhando para a lua. Não achou nenhum inconveniente nas questões da sobrinha, não entendia porque foi tão difícil para seu meio-irmão e Kagome respondem à perguntas tão simples.

 

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Foi um amanhecer agitado, muito barulho para os preparativos da festa de noivado, diferente da cultura ocidental, o casamento envolve apenas os parentes mais próximos e amigos de longa data, todo o clã Otsuka dos youkais-lobo estaria presente, assim como os mais chegados da família da noiva.

A Miko arrumou os cabelos prateados de Tsunade, num perfeito penteado cheio de enfeites de ouro, maquiou o rosto da filha minimamente, ela parecia uma atriz de tão linda e perfeita. O kimono branquíssimo denotava pureza, e ela parecia uma fada com os cabelos e vestes pálidos.

A Miko vestiu um kimono rosa claro, e deixou os longos cabelos negros soltos parcialmente, e a parte superior que ficou presa, fez um coque que parecia uma rosa aberta quando visto de trás.

- Estão simplesmente maravilhosas. – O hanyou entrou no aposento já vestido. Estava com uma zubon azul marinho, e vestia uma yukata num tom de azul mais suave, os cabelos prateados estavam soltos, o deixando mais descontraído em seu visual.

- Você também está maravilhoso. – A Miko levantou-se da poltrona que estava sentada, e se aproximou do hanyou, tocando-o no rosto. Olhou cada detalhe daquela expressão, até a pequena cicatriz na sobrancelha que ele conseguiu durante o treinamento com Wu Fa.

- Kéh! Eu sei. – Riu a abraçando.

- Convencido esse meu amigo. – O monge e aproximou da porta, em sua face um sorriso matreiro.

- Eu não sou convencido, minhas princesas estão aqui para dizer!

- Verdade Chichiue. – Tsunade aproximou-se do hanyou o abraçando.

- Viu? Seu pervertido! – O hanyou o provocou.

- Hum, estou na vantagem, pois tenho três princesas, e você apenas duas!

- Kéh!

- Vamos Inuyasha? – A Miko pediu, e eles entraram no salão, onde ficaram surpresos com a enorme reunião familiar.

Até mesmo Shouro o avô de Ayame estava ali em sua forma humanoide, uma infinidade de youkais-lobo, os humanos eram apenas do lado da noiva, Inu-youkais e um youkai-dragão.

- Doragon! – A Miko sorriu assim que cruzou o olhar com ele, que desfez a distância que os separava a abraçando suavemente, Satori e Sesshoumaru rosnaram, e depois trocaram um olhar sem graça.

- Kagome-Chan! – Soltou dela e a olhou preocupado. – Não devia ter viajado! Inuyasha! – Chamou ao hanyou que estava ao lado de Tsunade.

- Hum, esse lugar já foi melhor frequentado. – Deram as mãos e se puxaram um contra o outro em um abraço.

- Verdade, e as moças bonitas sabiam escolher bons maridos, mas tá aqui Kagome pra provar que isso não é regra. – O louro brincou fazendo a Miko rir.

- Kéh! Eu que o diga, olha a minha musume. – Ambos riram e a Miko deu um beliscão no braço do hanyou.

- Inuyasha! Não fale uma coisa dessas, ainda mais hoje no noivado de Tsunade. – Ralhou com o marido, que apenas ergueu as mãos rendido. – Doragon, minha marca sumiu faz uns 5 meses.

- Eu fui marcado. – Contou com um sorriso na face.

- O quê? – O hanyou deu uns tapinhas nas costas do youkai-dragão. – Meus parabéns, aposto que deve ser uma fêmea simpática e amável...

- É Satori.

- A hahaue do Sesshoumaru? – Kagome perguntou sussurrando, e depois olhou na direção de Satori e do filho dela, dando um sorriso sem graça.

- Hai. – Ele respondeu divertido com a situação.

- Somos uma linda família feliz agora. – Inuyasha balbuciou próximo ao ouvido do louro, que gargalhou e assentiu com a cabeça. – Eles estão vindo, problema, problema, problema. – Pegou um copo com saquê de uma das bandejas, levando o copo aos lábios e sorvendo o líquido.

- Sesshoumaru, Satori-Sama. – A Miko fez uma leve reverência, o Lorde meneou com a cabeça, e Inuyasha a abraçou.

- Kagome não é? – A Inu-youkai a olhou dos pés à cabeça.

- Hai. – Ela respondeu sentindo-se intimidada, quando a outra olhou fixamente para seu ventre, pousou a mão em cima instintivamente como forma de proteção.

- Um macho... Já escolheu o nome do seu herdeiro? – Ela rodeou Kagome, como se a estudasse.

- Será Raijin.

- Curioso isso, tem cheiro de humana, aparência de humana, mas algo diz a mim que não é humana. – Tocou suavemente o rosto da Miko, o analisando. – Quantos anos sua musume tem?

- Tsunade tem 13 anos. – A jovem não entendia onde a youkai queria chegar.

- Quantos anos você tem Sacerdotisa?

- Kagome. – Sesshoumaru a corrigiu.

- Quantos anos você tem Kagome? – A Inu-youkai reformulou a pergunta, olhando para o filho, depois para a Miko.

- 35 anos. – Estreitou os olhos confusa.

- Ora... Pelos deuses, por mais vaidosa que uma fêmea humana possa ser, com sua idade seria comum ter pelo menos algumas linhas de expressão.

- Satori, por favor. – Doragon interveio, percebendo que Sesshoumaru tomaria uma providencia.

- Está tudo bem Doragon. – A Miko olhou novamente para Satori. – Eu ganhei um presente, meus filhos ganharam presentes, e todos os meus descendentes usufruirão disso.

- Um presente? Fale mais sobre isso... – Sorriu mostrando os caninos salientes e pontiagudos.

- Vamos viver pra sempre. – A resposta fez a youkai olhar para o parceiro e para o filho.

- Sabe Kagome, a eternidade pode ser uma grande presente como você disse, mas também pode ser uma terrível maldição.

- Do que está falando? – Inuyasha se aborreceu com as palavras de Satori.

- O hanyou... Você cresceu bastante Inuyasha, conquistou territórios, encontrou o amor em uma bela fêmea, formou uma família. Touga ficaria orgulhoso, aliás, de vocês dois. – Olhou para Sesshoumaru e depois para o hanyou novamente.

- Arigato Satori-Sama. – Ele respondeu surpreso, olhou para o meio-irmão, mas o mesmo continuou impassível como de costume.

- Vamos? Está na hora da troca dos presentes. – Ayame se aproximou deles.

- Hai, estamos indo. – Kagome respondeu sorrindo, enlaçou o braço ao do hanyou. – Com licença. – Disse para a Inu-youkai, dando lhe um leve sorriso.

Assim que se afastaram, Doragon olhou de forma acusatória para Satori, que o ignorou totalmente pegando Sesshoumaru pelo braço, e se afastando com ele até um lugar vazio.

- Já sabia que ela viveria para sempre?

- Não interessa. – Tentou se afastar mas ela o segurou pelo braço. – Solte a este Sesshoumaru Satori.

- Oji-San? Vamos trocar os presentes, senhor não vai assistir? – Tsunade o chamou e ele aproveitou a deixa, seguindo a jovem hanyou.

- Oji-san? – A Inu-youkai estranhou o bom relacionamento, que seu filho tinha com a família do meio-irmão.

 

A troca de presentes em um noivado japonês, consiste na troca de nove objetos de sorte para simbolizar a sua felicidade, também, o noivo presenteia a prometida com um anel de noivado.

‘São eles o awabi (abalone) para trazer a paz entre o casal, o Kinpo-Zutsumi para desejar dinheiro, o Katsuabushi e o surume, que são conservas que simbolizam felicidade duradoura, o Yanagidaru que pede dinheiro especificamente para a compra de saquê, o suehiro para simbolizar a felicidade, o Konbu, uma alga marinha para assegurar a fertilidade e uma família saudável, o tomoshiraga, que é um fio de linho para desejar fortes laços na vida conjugal e o mokuroku para desejar boa sorte ao casal.’

Kento deu a Tsunade um anel delicadíssimo para a jovem, todo de ouro com um diamante solitário, que ficou perfeito na mão delicada da hanyou.

Após os costumes e apresentação da futura união dos clãs, Inuyasha e Kagome se aproximaram de Tsunade.

- Minha pequena Hime. – Inuyasha se ajoelhou na frente da jovem. – Sua hahaue e eu temos um presente para você. – Tirou do bolso, uma linda corrente de ouro com um pingente de meia lua e uma estrela.

- Oh Chichiue... Hahaue, é lindo. – Falou emocionada, erguendo os cabelos para que o pai colocasse o presente nela.

- Lindo como você minha musume. – O hanyou estava emocionado. – Eu as amo.

- Nós também amamos você. – Disseram ao mesmo tempo, e foram abraçá-lo.

Kagome moveu-se rápido demais, e a dor lancinante em seu ventre anunciou a prematura chegada do filho do casal. Ela tentou ser forte, tentou não deixar transparecer, mas dor foi tão grande que ameaçou tirá-la a lucidez.

- Ahhhh. – Gemeu chorosa, alto atraindo todos os olhares. Inuyasha a amparou imediatamente. – Está na hora...

- Mas ainda faltava um mês! – O hanyou disse a erguendo nos braços.

- Será hoje, chame Sango e Kaede por favor. – Ele assentiu.

- Tsunade, chame Sango e a Velhota, diga a elas que Raijin está nascendo e que levei sua hahaue para o quarto.

- Hai Chichiue. – A jovem hanyou se pôs a correr para avisar às duas que auxiliariam no parto.

Inuyasha depositou Kagome na cama, como já tinha experiência com isso, forrou um lençol limpo antes de deitá-la, tirou-lhe o kimono e a vestiu com uma camisola mais leve, e prendeu os cabelos dela, afofou travesseiros e os arrumou confortavelmente às suas costas.

- Eu o amo... – Ela suava e ofegava, a pele do rosto muito vermelha. – Ahhhh! – Mais um grito de dor, a dor da vida, o trabalho de parto havia começado.

- Kagome! – Sango entrava no quarto, acompanhada de Kaede e Ayame. – Mas está cedo para o nascimento.

- A criança quer nascer, então comecemos com nosso trabalho. – Kaede disse séria. – Vamos, providenciem água quente e toalhas limpas. Inuyasha saia!

- Kéh! Velhota chata.

- Querido, vá ficar com Tsunade. – A Miko disse em um murmúrio.

- Está bem, mas se precisar de qualquer coisa, chame a mim.

- Hai, Ahhhhhh. – Mais uma contração, e a Miko chegou a revirar os olhos de dor.

 

O trabalho de parto já estava acontecendo há 8 horas, e ainda não havia sinal de dilatação, o bebê estava querendo vir ao mundo um mês antes do previsto, e a Miko sofria por essa ansiedade do filhote, sua pele estava brilhando pelo suor, e suas roupas encharcadas, estava fraca sentindo suas forças sendo drenadas de seu corpo, seus partos eram tão difíceis.

- Vovó, ela está sentindo muita dor e ainda não teve dilatação, a criança também está sofrendo. – Sango disse preocupada, enquanto Ayame estava com a Miko, trocando as compressas de sua testa.

- É um híbrido Sango, e não temos como saber como serão as gestações. – A velha senhora dizia olhando preocupada para a jovem exausta no leito.

- Eu vou falar com o Sesshoumaru!

- Mas por que Sango?

- Porque a mãe dele sabe como fazer para o parto fluir normalmente, não diga a ela com que eu fui falar.

A exterminadora saiu do quarto sem que Kaede pudesse protestar mais, apena viu a jovem sair, tinha um pouco de sangue no kimono, sangue de Kagome. Ela caminhou com passos decididos até que conseguiu ver o Lorde sozinho, encostado em uma coluna de madeira de imbuia da varanda.

- Sesshoumaru-Sama? – Ela o chamou, recebendo dele apenas o olhar frio. – Preciso da ajuda de sua hahaue. – Ele estreitou os olhos. – Kagome não está conseguindo dar à luz seu filho, está um mês adiantado.

- Este Sesshoumaru sabe, posso ouvir os gritos dela daqui, e sentir o cheiro do sangue dela também.

- Por favor, se existir alguma coisa que possa ajudá-la, tenho certeza que Satori-Hime é quem sabe.

 

Ele não a respondeu, apenas passou por ela em passos tranquilos, mas Sango sabia que ele com certeza estava indo ao encontro de Satori, e se tivesse alguma coisa a ser feita para ajudar a Miko no parto, com certeza ela saberia o que era. Voltou ao quarto onde o trabalho de parto estava acontecendo, e sentou na cama ao lado da Miko, ficando no lugar de Ayame e trocando as compressas da jovem mãe.

- Sango... – Ela abriu os olhos cansada, o suor escorria da testa dela e tinha mais sangue na cama.

- Olá minha irmã. – Sorriu erguendo o corpo da Miko parcialmente e tirando lhe a camisola ensopada. – Vamos trocar de roupa? Seu bebê vai nascer logo.

- Verdade? – Olho-a esperançosa, o que cortou o coração da exterminadora.

- Hai, já faz horas que está aqui, e a qualquer momento o pequeno Raijin estará em seus braços. – Torceu uma toalha e passou nos braços, costas e seios da Miko, tirando o excesso de suor, depois a secou com uma toalha limpa e a vestiu com uma camisola de algodão, deixando-a mais confortável.

Nesse momento Satori entrou no quarto sem bater, tirando o kimono caro e ficando com a yukata comprida que usava por baixo, aproximando-se da cama e se posicionando entre as pernas da Miko.

- Humana Kagome? – A voz dela fez com que ela se sobressaltasse, não esperava encontrar a mãe de Sesshoumaru ali.

- Hai. – Olhou-a com algum esforço.

- Vou dar lhe uma erva amarga que você deverá mastigar e não engolir, depois vou fazer uma corte em você para que seu bebê saia, quero que mantenha-se acordada para se curar depois, senão fizer isso, uma cicatriz horrível vai ficar em sua intimidade. – Falou pausadamente. – Você entendeu?

- Hai. – Respondeu abrindo a boca, e recendo a erva com sabor desagradável, obedeceu e começou a mascá-la.

A erva fez com que se iniciasse a dilatação, e também com que as contrações do parto aumentassem, logo a Miko já estava com os 10 cm de dilatação e forçava a expulsão do bebê, entre fortes gritos de dor e força.

- Cuspa a erva humana. – Satori pediu e quando a Miko o fez, com suas garras fez uma pequena incisão no períneo da jovem, com a intenção de alargar o canal para o parto. – Force, vamos. Seu filhote não vai sobreviver se demorar mais. Ajudem aqui!

Sango e Ayame fizeram pressão sobre o ventre de Kagome, que via literalmente estrelas de dor para trazer seu filho ao mundo, e aos poucos sentia descendo do seu cerne, seu filho.

- Ahhh! – Gritava de dor, forçando o nascimento mais uma vez.

- Força Kagome, você vai conseguir! – Kaede dizia já com o lençol limpo, pronto para abrigar o bebê.

- Vamos humana, já estou vendo a cabecinha do seu filhote, força! – Satori não queria deixar transparecer, mas estava emocionada em fazer o parto daquela humana em especial.

Finalmente o choro forte do pequeno Raijin pôde ser ouvido, e Inuyasha que estava na sala com Kouga, Doragon, Miroku, Shippou e Sesshoumaru, deu um grito, que foi acompanhado de abraços dos presentes, exceto do Lorde que mantinha-se encostado em uma parede, mas a expressão de alívio em sua face, foi transparecida.

 

No quarto, Sango e Ayame limpavam o bebê, que também tinha lindos cabelos prateados mas não possuía orelhas de cachorro, e em sua face duas estrias azuis iguais às do pai de Inuyasha. Os olhos eram castanhos, e a pele não tão branca, com as sobrancelhas bem negras e os lábios mais cheios iguais aos do pai hanyou.

- Kagome, seu filho não tem orelhinhas de cachorro! – Kaede falou ao entregar o bebê já limpo nos braços da Miko, que tinha se curado do corte e já havia sido lavada também, estando em uma cama com os lençóis limpos, e outra camisola mais confortável.

- Pelos deuses... – Satori disse ao olhar para o filhote nos braços de Kagome, que não possuía a meia-lua na testa, poderiam dizer que o bebê era a própria encarnação de Inu no Thaishou. – Sua cria parece um youkai completo.

- O quê? – Kagome olhou para o bebê com mais atenção, e sim, realmente ele parecia um youkai completo, com as orelhas levemente pontudas, as estrias nas zigomas e os cabelos prateados, ela estranhou essas mudanças pois Tsunade era uma cópia exata do pai. – Não entendo isso...

- Eu também não entendo. – A Inu-youkai levantou da cama. – Vou tomar um banho e mais tarde eu venho vê-la.

- Arigato Satori-Sama.

- Satori, agora descanse Kagome. – Dito isso saiu do quarto.

 

Sango foi chamar Inuyasha para conhecer o filhote, e ele muito feliz entrou no quarto, mas ficou estático ao olhar para o pequeno Raijin nos braços da Miko. Estranhou a aparência da criança mestiça, que parecia em muito com seu pai, mas ele teve a pior das ideias, desconfiou de Kagome.

- Kagome. – Ele se aproximou muito sério do leito, vendo o sorriso da Miko murchar nos lábios rosados. – O que significa isso?

- Como assim? – Ela expôs o seio e começou a dar de mamar para o bebê.

- Esse menino não é meu filho.

- O quê? Você está louco? – Ela ficou alterada, seu rosto ficou corado e uma forte ira nasceu em seu coração. – Como ousa falar isso de Raijin?

- Olhe para ele! – Apontou para o pequeno filhote nos braços de Kagome, como se fosse um monstro. – Não parece comigo, eu sou um híbrido, não poderia gerar uma cria assim, e você é uma humana.

- Você não pode estar falando sério... – Lágrimas de raiva escorreram de seus olhos magoados.

- Eu só tenho uma maldita ideia, você dormiu com o meu meio-irmão, e ainda ficou grávida dele! – Começou a gritar com ela, que não sabia o que fazer diante aquela acusação horrível, ela nunca traíra o marido.

- Cale essa boca Inuyasha! Ele é o nosso filho...

- Nosso? – Ele ria nitidamente perturbado. – Por isso ele se joga de precipícios pra salvar você, se envolve em guerras que ele nunca se envolveria, está sempre por perto aquele maldito!

- EU NUNCA TRAÍ VOCÊ! – A jovem disparou entre um grito, Sango, Miroku, Shippou apareceram na porta, chocados com a atitude do amigo.

Inuyasha saiu do quarto, sem ao menos pegar o filho nos braços, sua baixa estima o fez acreditar que aquele bebê não poderia ser dele, ele nem ao menos ponderou o fato de que Kagome agora era imortal, e isso afetou a descendência dela, que agora herdaria a eternidade, e a mistura de raças não acontecia mais, o gene mais forte dominaria na miscigenação, a natureza achou melhor, dar prioridade aos laços youkais do pai mesmo ela sendo uma humana.

O hanyou chegou na sala onde Sesshoumaru estava, e o empurrou de forma que o Lorde se desequilibrou quase caindo.

- Por mil demônios seu imbecil! – O Dai-Youkai bradou. – O que está fazendo?

- Maldito! – O hanyou falou entre dentes. – Como pôde? Herdou terras, ouro, duas espadas e ainda o que me pertencia me tomou?

- Do que está falando seu miserável?

- Vá ver o filho que você fez em Kagome seu desgraçado! – Apontou para a direção do quarto, Kouga e Ayame que estavam na sala ficaram mudos, a acusação era absurda, mas para eles que não sabiam de toda a mudança na Miko, e sabiam dos sentimentos transparentes de Sesshoumaru por ela, ficaram duvidosos também da conduta dela.

- Este Sesshoumaru nunca tocou em sua fêmea. – Falou levemente irritado, se controlando para não matá-lo por duvidar assim da esposa.

- Ah não? – Falou cheio de sarcasmo. – Não é o que aquele filhote youkai nos braços dela está me dizendo.

- Filhote youkai?

- Pare de fingir seu desgraçado, pare... – Inuyasha virou as costas e saiu da casa, sumindo na floresta em seguida.

O Lorde olhou para o casal de youkais-lobo, e viu neles dúvida como se ele, Sesshoumaru, fosse ter coragem de fazer um absurdo desses, ele nunca aceitaria ser o outro de ninguém, nem mesmo da mulher que ele amava, e Kagome sempre foi bem clara com ele em relação aos sentimentos dela, não dando a ele nem mesmo esperanças. Saiu dali tranquilamente, tentando se acalmar antes de ver Kagome, foi diretamente para o aposento, onde o cheiro salgado das lagrimas da Miko e o barulho do choro, enchiam ao lugar.

 

- Kagome? – A voz grave e tão conhecida e fez erguer os olhos, magoada e ferida. – O que está acontecendo?

- Eu não sei Sesshoumaru... – Ela gemeu chorosa, enquanto ele se aproximava do leito, sentando em sua beira em seguida. – Ele disse que meu filho não era dele, e que você era o pai.

- Isso é um absurdo. – Foi apenas o que ele pôde dizer diante aquela situação delicada.

- Olhe para ele, o que tem de errado com o meu bebê?

O Lorde se inclinou para ver o filhote e abriu mais os olhos, realmente surpreso com a aparência de Raijin. Ele era perfeito, com os cabelos prateados, as estrias azuis nas bochechas e braços, sobrancelhas negras, mas a criança tinha a pele próxima à cor do hanyou, e os lábios eram iguais aos dele. O bebê abriu os olhos e olhou para ele por um tempo, e olhando dentro daqueles olhinhos castanhos, alguma coisa se aqueceu no coração daquele youkai frio.

- Diga-me Sesshoumaru! O que tem de errado com o meu filho?

- Nada. – Ergueu os olhos para encará-la. – Ele só é incrivelmente parecido com o Chichiue deste Sesshoumaru. – Ela sorriu com a afirmativa de que seu filho era parecido com o avô. – Se não fossem os olhos castanhos, seria exatamente igual a ele.

- Quer segurá-lo? – Ela perguntou comovida, já entregando o bebê para ele, que tentou se desviar mas ela já havia colocado a criança em seus braços. – Seu Oi-san é tão bonito.

- É perfeito. – O Lorde segurou a criança em seus braços, meio desajeitado pois nunca o haviam dado um bebê para ficar em seu colo.

Olhou ao menino com admiração, era perfeitamente a figura de seu pai, até o jeito austero de olhar ele tinha, e naquele momento Kagome o viu sorrir mais uma vez, foi quando Satori entrou no quarto acompanhada por Doragon, e a Inu-youkai ficou emocionada com a cena. Seu filho sempre tão frio e distante, com um filhote nos braços e um sorriso na face inexpressiva. Ela olhou para a jovem na cama, e em seu íntimo lamentou por seu filho não tê-la tomado antes do irmão, com certeza ela o faria feliz e ela entendeu porque ele nutria sentimentos por ela.

- Está melhor Kagome? – Doragon falou, enquanto Sesshoumaru devolvia o bebê para a Miko, e saía do quarto.

- Hai, mas o que deu nele? – Ela perguntou confusa com a saída repentina do Lorde.

- Ele só está emocionado, e não quer que vejamos...

- Dogo! – Satori o repreendeu. – Não fique contando o que os outros pensam!

- Gomennasai. – Falou sem graça.

- Satori, Inuyasha disse que meu filho não é dele.

- O quê? – O youkai-dragão se meteu na conversa. – Isso é loucura!

- Dogo, deixe-a contar, pelos deuses!

- Ele disse que era impossível ele ser o pai de um filhote com aparência de youkai completo. – Falou tristonha.

- Que atitude ridícula... – Satori falou, mas depois olhou de canto para a jovem. – Ele está errado não está?

- Claro! Eu nunca traí o Inuyasha!!! – Ficou chateada, novamente estavam insinuando coisas.

- Está bem. – Disse levantando da cama. – Dogo, fique aqui vou pedir para que encontrem seu shujin.

- Doragon, por que todos desconfiam de mim?

- Eu não desconfio, sei exatamente o que se passa em seu coração, e é limpo e puro o que tem aí. – Apontou para o coração da jovem. – Mas o Sesshoumaru está apaixonado, e o seu shujin tem ciúme dele e a aparência do bebê é estranha mesmo... Mas tenho certeza que existe uma explicação.

- Eu sei que há, tem que haver. Eu amo o Inuyasha mais do a minha vida e, eu não quero que ele despreze nosso filho por uma desconfiança.

- Não se preocupe Kagome, sei exatamente onde podemos conseguir sua resposta.

- Onde?

- No templo de Kwan Yin, em Shangai. Vamos perguntar diretamente para quem lhe deu a eternidade, o que aconteceu com você.

- Hai. – Ela sorriu esperançosa, mas em seu coração a mágoa pela desconfiança de Inuyasha, fazia seu coração sangrar, mas ela seria forte ao extremo, e não deixaria que isso afetasse ao seu filho.

 

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Notas Finais


https://meucasamento.org/tipos-de-casamento/casamento-japones/ Fonte citação tradições japonesas.

Sobre o parto, quem tiver curiosidade:

https://www.maemequer.pt/estou-gravida/parto/trabalho-de-parto/quanto-tempo-demora-o-parto-normal/

Shoujo / Shōjo: Garota pequena (garotinha, menininha), jeito carinhoso de chamar uma criança;

Raijin: deus trovão. Nome do filho do meio de Kagome e Inuyasha.

Oi-San: sobrinho.


Pessoal, não se preocupem, vou soltar o spoiler de que esse ciúme besta vai passar, e ele vai ver a cagada que fez, mas vai sofrer um cadim!
Muitas tretas que virão, muitas emoções que virão!!!! Não tem só açúcar aqui não!!!!

Muito Obrigada por lerem mais um capítulo da Fic!!!!
Estamos chegando ao final!!!! Aguenta coração!!!!!!


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