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História Kagome e Inuyasha - Pertencentes um ao outro - Capitulo XXXVIII


Escrita por: Pifranco

Notas do Autor


Cheguei nessa jóçaaaaaa

Olá!!!!

Olha só!!! Quanto favoritos nessa semana!!! Muito obrigada, além de todos os comentários incríveis, agradeço o carinho de todos vocês para comigo, sério.
O capítulo de hoje, está muito tretosinho, mas ta fofo na maioria dele e nosso Inuyasha vai se arrepender do que fez, e vai ser de um jeito interessante.

No próximo, eles vão estar juntos novamente, depois que ele se redimir e deixar de ser besta, porque a Kagome merece ser tratada com amor e carinho!!!!!

E sim, eu tenho adoçado o Sesshy com suclarose (desvio da personalidade fria e cruel, para um pouco menos distante).

Sem mais,
Boa leitura!!!

Capítulo 38 - Capitulo XXXVIII


 

Depois que foi deixada sozinha no quarto, com o pequeno Raijin nos braços Kagome chorava copiosamente, beijava ao bebê que dormia com seus acalentos, imerso na inocência angelical e alheio ao sofrimento da pobre mulher, que balançava o corpo em notório sinal de perturbação psicológica. O desespero era tanto, que ela cogitou tirar a própria vida, porém, por amor aos filhos não o fez.

Olhou na direção da janela, seus olhos inchados e vermelhos só lhe permitiram ver o borrão verde, que representava a floresta pela qual seu marido foi visto pela última vez. Saiu irado sem saber o que falava, a ofendeu profundamente e dessa vez, foi longe demais, pois envolvera seu filho, o indefeso bebê que tinha cada gota do sangue do pai, o pai que o rejeitou por ele ter a aparência de um youkai completo. Quão irônica a vida poderia ser, justo ele que fora maltratado por ser um hanyou, rejeitou o próprio filho por não ter aparência esperada por ele.

Ela olhou amarga em sua volta, ouviu as gotas da chuva baterem no telhado da casa dos youkais-lobo, ela queria voltar para casa, para o próprio mundinho, seu aconchego, mas seu coração estava pesado e não queria encontrar com Inuyasha, pelo menos, não agora. Suaves batidas à porta, chamaram lhe a atenção.

- Entre...

- Kagome-Sama? – Rin entrou no quarto silenciosamente, sentando na beirada da cama. – Como se sente?

- Morta... – Uma lágrima escorreu de seu olho, e ela a secou com o dorso da mão.

- Não fique assim, por favor. – A jovem se aproximou, abraçando a Miko com ternura e beijando lhe a face.

- Obrigada Rin.

- Deixe-me ficar com ele, e vá tomar um banho. – A jovem estendeu os braços e pegou o pequeno Raijin no colo, levantando-se da cama para niná-lo.

A Miko ergueu-se do leito lentamente, apesar de estar bem, um parto normal mesmo que sendo mais saudável e a recuperação seja relativamente rápida, ainda assim o corpo fica muito sensível, por este motivo ela gatinhou para fora do colchão meticulosamente, e ao entrar na banheira, teve dificuldade para sentar. Vendo todo o sofrimento da Miko, Rin saiu do quarto ainda com o bebê nos braços, pediria a Sango que a auxiliasse.

A jovem encontrou a exterminadora sentada na varanda com Miroku, Shippou, Sesshoumaru, Kohaku, Nara e Noemi estavam ali também.

- Sango?! – Chamou a cunhada, recebendo um sorriso. – Por favor, ajude Kagome a se banhar, ela está com dor.

- Hai. – Levantou-se do banco rústico de madeira, e ao passar pela jovem gestante, deu um beijinho no topo da cabeça do bebê.

- Deixe-me ver esse rapaz. – O monge pediu, tomando o pequenino no colo, enquanto Rin se dirigia ao banheiro.

- É lindo mesmo... – Shippou disse, sorrido ao admirar o pequeno ser.

O filhote acabou acordando com toda a movimentação, e se pôs a chorar com todas as suas forças, a plenos pulmões Raijin reclamava por ter sido tirado do soninho.

- Faça ele parar Miroku! – Shippou exclamou olhando na direção do corredor. – Kagome não vai conseguir descansar desse jeito.

- Estou tentando, mas ele é teimoso. – O monge disse balançando o bebê no colo.

- Igual ao pai imbecil dele. – Sesshoumaru falou soltando o ar dos pulmões com força, se aproximando e pegando o filhote dos braços de Miroku. – Chega Chippokena, basta. – Sua voz grave e serena fez o pequeno Raijin abrir os olhinhos marejados, e encarar ao Lorde, os orbes castanhos presos aos âmbares do tio. – Assim está melhor, os ouvidos deste Sesshoumaru estavam irritados.

Miroku e Shippou trocaram um olhar admirado, o pequeno abria as mãozinhas e segurava as mechas dos cabelos prateados do tio, que pacientemente o acarinhava na barriga, segurando-o com o outro braço, percebeu que a criança parecia tristonha apesar da pouquíssima idade. Kouga e Ayame chegaram na varanda e trocaram um olhar cheio de significados, e isso incomodou a Sesshoumaru, que os lançou um olhar assassino, saindo da presença deles.

A porta do quarto da Miko estava aberta, e ela já estava deitada na cama e Sango penteava os seus cabelos.

- Sesshoumaru. – A Miko sorriu ao vê-lo entrar com o bebê nos braços, o entregando para ela com todo o cuidado do mundo, e ela o olhou com ternura mesmo ele parecendo ignorar, mas só ele sabia como o coração ardia ao tê-la tão próxima e dependente de seus cuidados. – Quero ir embora daqui...

- Este Sesshoumaru não acha sensato uma viagem agora, mas detesta esse lugar que fede a lobos intrometidos. – Arqueou uma sobrancelha aborrecido.

- Aconteceu alguma coisa? – Expôs o seio, e começou a amamentar o filho.

- Irrelevante. – Ele não se importou ao vê-la alimentar ao filhote, para ele era um momento divino e algo totalmente natural.

- Onde estará Inuyasha? – Ela disse magoada, olhando para o pequeno que mamava.

- Isso não importa agora. – Sango disse passando a mão no ombro da amiga, que lhe sorriu forçado. – Também quero ir embora.

- Sango... – A Miko mordeu o lábio inferior.

- O que foi?

- Não quero ir para casa, mas quero sair daqui... – Olhou para o cunhado que suspirou.

- Este Sesshoumaru não se importa com o que os outros digam, porém, vai alimentar a indiscrição dos seus conhecidos. – Franziu o cenho minimamente.

- Desculpem minha intromissão, mas eu acho que o baka do Inuyasha merece isso. – Sango cruzou os braços. – Eu fico com você na casa de Sesshoumaru. – Depois olhou para o Lorde. – Se ele permitir é claro.

- Façam como quiserem. – Virou as costas para sair do quarto.

- Sesshoumaru! – A Miko o chamou, e ele virou para encará-la. – Arigato.

Ele apenas assentiu, e se retirou com a intenção de ordenar os preparativos para a partida. Sango saiu logo em seguida para avisar ao marido da nova decisão, teria que convencê-lo de alguma maneira.

- Miroku querido...

- O que você está querendo Sango? – O monge volveu desconfiado.

- Vamos embora meu amor.

- Mas e Kagome-Sama?

- Eu vou com ela para a casa, castelo, ou sei lá o que, do Sesshoumaru...

- Você vai? – Ele coçou o queixo. – E por que ela não quer ir para casa?

- Não quer encontrar com o baka do shujin...

- Não tiro a razão de Kagome-Sama. – Coçou a cabeça. – Mas acho que devo procurá-lo e conversar com ele.

- Hum... – Ela estreitou os olhos desconfiada. – Olha só monge sem vergonha, pervertido, não esqueça que é um homem casado!

- Não se preocupe meu docinho, prometo que vou pensar em você sempre. – Piscou sedutor. – Quando eu voltar, você vai ter outro filho meu!

- Mas... – Ele não a deixou terminar, virou as costas e a deixou ali, com aboca aberta e totalmente indignada.

O grupo com Rin, Kohaku, Shippou, Miroku, Nara e Noemi, voltaram para as Terras do Leste. Já Sango, Kagome, Raijin, Tsunade, Kaede, Sesshoumaru, Satori e Doragon, se dirigiram às Terras do Oeste.

 

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O hanyou estava possesso, depois que saiu da casa de Kouga e Ayame, se embrenhou em uma floresta sem olhar para trás, seu sangue fervia e o ciúme o deixou totalmente cego. Depois de algumas horas ele já estava arrependido do que tinha feito, e pensou que se o bebê fosse realmente filho de Sesshoumaru, carregaria a meia-lua na testa, mas o pequeno Raijin tinha características de seu pai, ele não conhecia Touga, mas sua mãe Izayoi sempre o descrevia e falava dele, então ele chegou à conclusão de que seu filho tinha as características herdadas do avô.

Naquele momento o hanyou já estava agoniado com a falta que a Miko o fazia, o desejo de protegê-la e estar próximo dela gritava em seu ser, tudo como reflexo da marca que havia feito em sua tsuma. A deixara para trás, magoada e com um filhote nos braços, filhote esse que ele havia rejeitado pela fisionomia, e isso o tocou fundo no peito, justo ele que sempre fora maltratado pela aparência, agora havia feito o mesmo com a própria cria.

Sentiu o coração sangrar a cada batida, e pensava também em sua filha mais velha, como Tsunade o encarava agora, se perguntava se ela já sabia que o pai havia sido um ignorante para com o irmãozinho dela.

Coçou a cabeça impaciente sem saber o que fazer, em sua consciência o mesmo assunto martelava, e ele tinha que tomar uma atitude, mas não tinha coragem de voltar para lá, retornaria para seus domínios e esperaria até que os seus retornassem, então pediria perdão à sua família e amigos por sua atitude.

Chegou em sua casa depois de correr e saltar pelas árvores, encaminhou-se diretamente para o Ofurô, tomando um banho quente e relaxante. Em seguida se encaminhou até o quarto, onde deitou em sua cama macia e acabou adormecendo.

 

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Depois de algumas horas de viagem, o grupo da Miko chegou às Terras do Oeste, e todos foram devidamente alojados em quartos espaçosos, Kagome dividiu um quarto com Sango e os filhos, não queria ficar sozinha. Depois de um tempo Kaede também resolveu ficar com eles no mesmo cômodo. Satori e Doragon dormiriam sozinhos em outro aposento, e o Lorde passaria a noite acordado em sua sala de negócios como de costume.

- Menina, você precisa se alimentar por mais que não tenha fome, como vai amamentar seu filho? – Kaede disse enquanto ninava Raijin, colocando-o no futon.

No castelo de Sesshoumaru haviam camas, porém, ele gostava de futons. Por mais que ele não dormisse por não ter essa necessidade, quando ele raramente descansava, o fazia em confortáveis futons de pele, que eram enormes e macios, realmente leitos de luxo.

- Vovó, não estou com fome...

- Pare Kagome! Precisa comer, todas nós comemos. – Sango ralhou enquanto fazia uma trança nos cabelos de Tsunade.

- Hahaue, onde está Chichiue? – A hanyou questionou dando um bocejo.

- Em casa minha querida. – A Miko sentiu o coração arder com as palavras.

- Por que estamos aqui então?

- Ora querida, nós viemos fazer uma visita ao seu Oji-San. – Kagome disse tentando não deixar transparecer sua dor.

- Ele é tão sozinho, não é hahaue?

- Sim minha musume, ele é.

- Vá comer Kagome. – A exterminadora falou enquanto colocava Tsunade deitada ao seu lado. – Eu cuido das crianças, qualquer coisa a Vovó Kaede está aqui para ajudar.

- Vá criança. – A velha senhora sorriu.

- Está bem, vocês venceram.

 

A Miko ergueu-se do futon, e depois de vestir uma espécie de robe, saiu do quarto com a intenção de encontrar a cozinha, ou alguém que pudesse dar lhe essa informação. A jovem passava pelo corredor, quando ouviu a voz de Jaken enquanto ele saía de uma sala, que provavelmente era onde Sesshoumaru estava.

Ela continuou com sua caçada até a copa, e a encontrou depois de algumas voltas pelo castelo, estava deserta o que ela estranhou, o lugar era infestado de youkais e impressão que dava era de que todos haviam evaporado, mas ela deixou a desconfiança de lado quando encontrou frutas, pão, suco e carne posto na mesa coberto por lindas telinhas bordadas.

Pensou em comer sozinha, mas não lhe agradou a ideia. Voltou todo o caminho percorrido e bateu a porta da sala de negócios de Sesshoumaru, e depois de ter a permissão para entrar, abriu a porta lentamente e com um sorriso ao romper no cômodo, o encontrou imerso em vários pergaminhos, com o cenho franzido e levemente irritado.

- Estou atrapalhando? – Ela sussurrou sentando-se na poltrona em frente.

- Hai. – Respondeu sem tirar os olhos dos documentos.

- Vamos até a cozinha, assaltar a geladeira...

- Este Sesshoumaru está ocupado, e não faz a menor ideia do que seja uma geladeira. – Ele ergueu as vistas e a encarou.

- Você vai ver, no futuro. – Ela levantou da poltrona e delicadamente pousou sua mão sobre a dele. – Mas por enquanto, nós vamos assaltar a sua cozinha.

- Este Sesshoumaru está na própria morada, não faz sentido dizer que vou roubar alguma coisa.

- Tsc. – Revirou os olhos. – Vamos logo, vamos comer alguma coisa. – O puxou pela mão, porém, sem sucesso.

- Não preciso. – Arqueou uma sobrancelha.

- Pare de trabalhar um pouco, e fique comigo enquanto eu assalto sua cozinha.

- Pedisse companhia de uma vez, seria mais fácil compreender. – Ele levantou e parou diante dela, assim que ela se afastou ele começou a andar, totalmente desinteressado até a cozinha.

Ao chegarem naquele cômodo, o Lorde sentou num dos bancos de imbuia e ficou observando enquanto a Miko preparava sanduiches, colocou um prato na frente dele com o alimento vendo-o torcer o nariz, mas mesmo assim o ignorou ainda o servindo de suco em um copo.

- Eu disse que não preciso. – Falou pausadamente, como se explicasse algo a uma criança.

- E eu disse que não estou nem aí para o que você disse. – Ela falou repetindo o modo dele de falar.

Depois de um suspiro pesado, ele acabou por começar a comer o pão, franzindo o cenho ao vê-la sorrir triunfante, com um discreto revirar de olhos continuou a comer, quanto antes terminasse, mais rápido poderia voltar ao seu trabalho.

- Sesshoumaru? – Ela começou o olhando nos olhos, ele nada disse, apenas sustentou o olhar dela. – Arigato, por tudo. Por acolher a mim e aos meus filhos, e também meus amigos em sua casa.

- Fique o tempo que precisar, desde que não incomode a este Sesshoumaru, enquanto estou ocupado.

- Por um momento, eu achei que você seria carinhoso. – Ela terminou de comer e limpava a boca com um guardanapo.

- Achou errado, não sei ser carinhoso. – Falou friamente e estava distraído, não falou de si mesmo na terceira pessoa.

- Não sabe, ou não quer ser?

- Não sei. – Ficou um tempo em silêncio e depois continuou. – Não acho prudente ser....

- Não acha prudente? – Ela franziu o cenho e se aproximou um pouco. – Como assim?

- Assim... – Estendeu a mão e a tocou no rosto, depois defluiu os dedos pelo ombro dela, até alcançar uma mecha dos cabelos negros, levando-os ao nariz e aspirando o perfume.

O choro do bebê os chamou para a realidade, neste momento o Lorde soltou a mecha dos cabelos negros e virou as costas, ela o acompanhou nas passadas rápidas, até tocá-lo delicadamente no braço esquerdo.

- Espere! -  O chamou, ele estacou porém, não virou-se. – Você e eu somos amigos, não vejo mal algum em sermos carinhosos um com o outro.

- Este Sesshoumaru não deseja somente sua amizade. – Disse com um timbre de voz sereno, pausado e grave. – Prefiro não ficar dependente de você. – Virou-se olhando-a nos olhos. – Não demora e o hanyou estará aqui para buscá-la, ou você mesma irá ao encontro dele.

- Gomennasai Sesshoumaru... – Baixou os olhos, era verdade. Ela amava Inuyasha com todas as suas forças, sabia que ele se acalmaria e que se reconciliariam.

- Este Sesshoumaru compreende. – Tomou lhe uma mão beijando lhe a palma, virou as costas e seguiu para sua sala de negócios.

Ela ficou ali se sentindo mal, gostava muito da companhia desse youkai frio, calculista e aborrecido, porém, para ela, ele era o melhor amigo do mundo, e tinham faces dele que somente ela fora permitida conhecer. Ela detestava vê-lo magoado e sempre era ela que conseguia tal proeza, machucava o coração dele igual Inuyasha machucava o seu, mas não podia evitar, amava ao hanyou intensamente desde a primeira vez que o viu naquela árvore, e nesse momento percebeu o círculo vicioso em que estavam.

Kikyou magoou Inuyasha, que magoava Kagome, que magoa a Sesshoumaru que com certeza magoou alguém. Como quebraria aquele elo negativo? Estavam fadados a algum tipo de destino? Se Kikyou não tivesse morrido, Inuyasha e ela estariam casados e apaixonados, ou ela teria voltado para sua Era vivendo uma vida comum?

Infelizmente a morte sempre estava presente, e isso abria um novo ciclo de vida, agora estava na Era feudal casada com dois filhos lindos e perfeitos, sua filha já estava noiva e com 13 anos. Correu para o quarto onde Raijin ainda chorava, o pegando dos braços de Sango e dando lhe o leite que ele tanto queria, o pequeno segurava com uma mãozinha uma mecha dos cabelos negros da mãe, e os levava ao narizinho sentindo o cheiro das melenas caliginosas, uma lágrima fugiu de um dos olhos da Miko molhando a bochecha do filhote, que com aqueles olhinhos castanhos a encarava profundamente, também parecia triste o seu bebê.

- O que foi meu musuko? – Sussurrou ouvindo-o mamar e fazer os sons característicos infantis. – Está triste? Saudade do Chichiue?

Sango já havia dormido, abraçou-se à Tsunade que também dormia profundamente. Olhou para o lado e viu Kaede dormindo com a boca aberta, riu com a feição da velha senhora. Continuava sem sono e resolveu levar o bebê para um passeio no castelo.

- Raijin! Você irá passear com sua hahaue! – Levantou do futon, e saiu do aposento na pontinha dos pés, e quando encostou a porta olhou para os lados, tudo deserto.

Não pensou duas vezes e entrou na sala de negócios de Sesshoumaru, que revirou os olhos quando a viu sentando agora em um sofá.

- Não vou incomodá-lo, aliás, não vamos não é Raijin? – Ergueu o bebê para o Lorde, e o pequeno sorriu para ele.

Ele tentou resistir e ignorar, mas o filhote era muito bonito, e além de parecer muito com seu Chichiue Touga, também era filho dela. Estendeu uma mão e o pequeno segurou-lhe um dos dedos, ele arqueou as sobrancelhas, ele era forte e fazia uma expressão enfezada muito angelical.

- O que houve Chippokena? Está com ciúme? – Disse pausadamente, balançando o indicador mas o menor não o soltou.

- Por que com ciúme? – A Miko pegou na mãozinha do filho, soltando o dedo do Lorde.

- Não deixe que ele segure a mão de algum humano, ele pode quebrar os ossos de alguém sem querer.

- O quê? – Olhou-o indignada.

- Ele é um filhote youkai, não é frágil como os filhotes humanos. – Olhou em sua mesa, procurando alguma coisa, enfim levantou indo até uma estante e pegando um pergaminho, tirando o papel e ficando apenas a haste de madeira, balançou o objeto diante das vistas do filhote, que o agarrou com força, quebrando-o ao meio.

- Meu Kami! – Ela levou a mão livre à boca. – Tem razão, não posso deixá-lo sem supervisão.

- Vai precisar tirar lhe o leite Kagome. – Dessa vez ela ficou irritada.

- Não posso parar de amamentar meu filho!!!! – Ele revirou os olhos se aproximando e com a ponta dos dedos, abriu a boquinha do bebê expondo as gengivas onde os dentes que já estavam nascendo, logo os caninos estariam expostos. – Mas o que...

- Ele é um filhote youkai, cresce mais rápido e diferente do que você esperaria. – Deu a volta na mesa, sentando-se em sua cadeira novamente. – Vai lhe arrancar o seio se não parar de amamentá-lo.

- Coitadinho dele....

- Ele vai ficar bem. – Voltou novamente sua atenção aos documentos na mesa.

Ela ninou o pequeno até que o mesmo adormecesse, ela não percebeu nem soube quando isso aconteceu, mas o cansaço venceu seu corpo e ela caiu no sono com o filho nos braços. Depois de mais algum tempo Sesshoumaru a empurrou delicadamente sobre o sofá para que deitasse, saiu da sala e voltou com uma manta nas mãos, cobriu aos dois e voltou para as burocracias dos seus domínios.

 

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O hanyou acordou com o cheiro conhecido de seus amigos, mas haviam essências em especial as quais não estavam presentes, intrigado com essa assertiva levantou-se de imediato, e teve a pior certeza das suas desconfianças, sua esposa e filhos não voltaram para casa.

- Miroku, onde está Kagome e as crianças? – Questionou entrando na sala onde os amigos estavam.

Rin e Kohaku foram para casa deles, ela estava cansada da viagem e precisava repousar. Shippou e Miroku estavam sentados nas almofadas da sala, recebendo chá e alimentos dos servos da morada.

- Eles estão com Sango e Kaede. – O monge respondeu coçando a cabeça, gotas de suor escorriam pelas têmporas grisalhas, e não fazia calor.

- Estão na casa de Kaede? - O hanyou insistiu percebendo a ansiedade do amigo.

- Não, mas estão em total segurança...

- Estão na toca do lobo fedido? – Se aproximou deles.

- Você está de bom humor Inuyasha? – Shippou perguntou fazendo com que os dois olhassem para ele.

- Kéh! Sempre estou de bom humor. – Cruzou os braços fechando o semblante.

- Estamos vendo... – O ruivo continuou. – Como você é um idiota e imbecil, a Kagome não quis voltar pra casa.

- Onde ela está? – Insistiu e o monge não aguentava mais aquela conversa.

-Estão com Sesshoumaru. – Inuyasha trincou a mandíbula e cerrou os punhos. – Nos castelo dele, no Oeste...

- Espere seu baka!!! Está anoitecendo, onde pensa que vai? – Shippou tentou chamá-lo.

- Buscar a minha família das mãos daquele maldito!

- Mas, vamos chegar lá só amanhã... – O monge reclamou suspirando.

- Vamos seu pervertido, sua tsuma também está lá. – E sem olhar para trás, novamente eles partiram mas agora o Oeste era o destino.

 

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Sesshoumaru virou a noite lendo e estudando mapas, pela manhã, o barulhinho pueril de Raijin chamou sua atenção, ele movia os bracinhos e com um biquinho nos lábios, soprava o ar na tentativa de um assovio. O Lorde levantou-se da enorme cadeira de mogno, e aproximou-se do sofá onde Kagome dormia com o filhote nos braços. O pequeno estendeu os pequenos bracinhos para o Dai-Youkai, que o pegou no colo depois de alguns momentos, saindo da sala de negócios.

- Ohayou Sesshoumaru, oh! – Satori abriu a boca ao ver que o Lorde estava com Raijin no colo.

- Veja só, o pequeno Raijin! – Doragon tomou a criança dos braços do Lorde. – Ele gosta de mim, mas está triste.

- Sente falta do hanyou imprestável. – O Dai-Youkai replicou friamente.

- Onde está a hahaue dele? – A youkai questionou, olhando para o filhote.

- Está na sala do Sesshoumaru, passou a noite lá enquanto ele... – O youkai-dragão começou a falar, mas foi interrompido.

- Basta! – O Lorde falou seco olhando-o severamente. – Este Sesshoumaru já ordenou que parasse de ler meus pensamentos.

Raijin riu do jeito dele falar, levando os outros youkais a rirem também, exceto o Senhor do Oeste, que continuava com o semblante grave.

- Gomennasai Sesshoumaru. – Doragon começou. – Mas somos uma família tão linda, eu até esqueço do seu mau humor.

- Vamos Dogo. – Satori puxou ao companheiro pelo braço, delicadamente. – Vai se juntar a nós no desjejum? – Perguntou ao Lorde que negou com a cabeça. – Vamos levar Raijin conosco.

O casal saiu levando o filhote com eles, pouco tempo depois Kagome saía da sala do Lorde despenteada, e olhando para os lados a procura do filho, resolveu ignorar, provavelmente aquele anjinho estaria nos colos, aproveitando a delícia que é ser criança. Foi ao quarto em que estava hospedada e o mesmo estava vazio, todos já haviam levantado, ela aproveitou para banhar-se e usar o banheiro. Vestiu um kimono azul claro com algumas borboletas bordadas nas mangas, e penteou os cabelos colocando uma presilha de prata em formato de flor, para orná-los e prende-los parcialmente.

Chegando ao salão de refeições, o mesmo também estava vazio, o que a deixou preocupada. Onde estariam todos? Ela sentou e se alimentou rapidamente e seguindo o som das vozes de Sango e Tsunade, saiu para o imenso jardim que circundava o castelo. Estavam todos, até mesmo o Lorde Sesshoumaru tomando sol sentados na grama, ele estava em uma cadeira de dois lugares, feita de ferro fundido com lindas almofadas roxas.

- Dorminhoca! – A exterminadora disse sentada ao lado de Tsunade e Kaede, estavam em uma esteira forrada com tecido, bebendo chá. – É de hortelã, venha! – Estendeu uma xícara para ela.

- Ohayou hahaue. – A hanyou deu um beijo na mão da Miko, quando esta sentou ao seu lado.

- Ohayou meu amor.

Doragon estava com Raijin na sombra de uma árvore, dava a ele pedacinhos de um morango para que ele experimentasse, rindo com as caretas que o pequeno fazia com o sabor avesso em sua boca.

A Miko encheu duas xícaras de chá, levantando e entregando uma a Sesshoumaru.

- Não quero.

- Problema seu, vai beber. – Riu com o olhar fulminante que foi dirigido à ela. Sentou-se ao lado dele na confortável cadeira rústica com almofadas.

Tsunade levantou da esteira e foi até onde a Miko estava, sentando em seu colo, depois sentou seus pés para que a mesma, lhe fizesse uma trança nos longos cabelos prateados. Vendo toda aquela movimentação ao redor da mãe, o pequeno Raijin começou a chorar desesperadamente, e Doragon o levou para perto da Miko, mas Tsunade fez uma careta de desgosto, não queria dividir a mãe com o irmão, e mais uma vez Sesshoumaru o tomou nos braços, não queria que a sobrinha se magoasse com o sentimento venenoso que era o ciúme.

- Ele está enciumado. – Doragon disse antes de se afastar. – Todos estão. – Ria voltando para baixo da árvore onde estava Satori.

O Lorde olhou nos olhos do pequeno, que ficou mudo diante àquele contato severo, sentia que sua atenção tinha sido chamada apenas com os olhos âmbares do tio sobre si.

- Chega Chippokena. – Falou tranquilamente porém, sério.

Levou a xícara de chá, que já estava morno, aos lábios do bebê mostrando lhe um novo sabor, o pequeno bebia pondo a linguinha para fora vez ou outra, fazendo com que a Miko e a filha rissem das caretas que ele fazia.

E foi nesse contexto que Inuyasha, Miroku e Shippou chegaram aos domínios de Sesshoumaru, com Sango e Kaede deitadas na grama aproveitando a manhã de sol, Satori e Doragon trocando um beijo discreto à sombra de uma árvore, e Tsunade ganhando uma trança nos cabelos que era feita por Kagome, que estava sentada ao lado de Sesshoumaru, que tinha o bebê no colo e estava dando chá a ele, como uma perfeita família feliz, a sua família, não dele. Sua filha e esposa riam alto, o que fez o sangue do hanyou ferver.

Ele entrara passivamente, Jaken permitiu que eles fossem liberados, pois a Miko estava no castelo do Lorde com a família, e não lhe deram ordens para que o evitasse adentrar na propriedade.

- Kagome... – O sorriso morreu nos lábios da Miko, assim que ela levantou os olhos e viu que quem lhe chamava, estava tomado pelo ódio.

 

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Notas Finais


Chippokena: Pequenino.

EEEEPPPAAAA olha a treta, olha a treta!!! Eu acho que foi bem feito pro Inu ver, que ele tem que dar valor pra nossa Kagome linda! Mas relaxem, que no próximo capítulo ela vai colocar nosso hanyou no lugar dele, que é do ladinho dela S2.

Muito Obrigada por lerem mais um capítulo da Fic, que está no finalzinho e aguenta coração!!!


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