1. Spirit Fanfics >
  2. Kaiserkeller (INCOMPLETA) >
  3. Vendetta

História Kaiserkeller (INCOMPLETA) - Vendetta


Escrita por: HarrisonGuitar

Notas do Autor


Um cap depois de três séculos sem nada ... aeeeeeeeee
hahahaha espero q gostem




Aviso: cap q pode parecer um pouco mais pesado, mas n matem, faz parte u.u

Capítulo 19 - Vendetta


~~Lisa~~

 Bom, parte do plano está completa, consegui levar Carolina pra casa da Astrid sem que meu gerenciador soubesse. Com grande ajuda dos meus coleguinhas Beatles, claro – Stuart aproveitou que já ‘me deve’ por conta das antigas noites e deu um jeito de levar minha irmã pra casa da namorada. Durante aquela noite, a boate esteve tão movimentada que ninguém percebeu a falta da Carol, meu aliciador mal me viu.

 John fez como o prometido, conseguiu ser mais rápido que os outros caras e ficou comigo durante toda a noite. Pra falar a verdade, ficamos juntos mesmo por poucos minutos, já que ele estava ocupado com a banda. O bom daquilo era poder vê-lo tocando e, quando algum cliente nojento vinha pro meu lado, poder dizer que já estava arranjada. Infelizmente, eu não estava com cabeça nem pra ouvir a música dos Beatles; estava preocupada com Carol, com todo nosso futuro, com minha possível fuga.

 Eu ainda não tinha contado nada sobre meus planos pra John, a única coisa que ele sabia era que Astrid tinha acolhido minha irmã pra livrá-la do gerenciador da boate. Não sei se tenho coragem de contar, não sei nem se tenho coragem o suficiente pra fugir de volta pra Inglaterra – até porque tenho medo de reencontrar meu padrasto, de ser perseguida por algum alemão, ou de continuar tendo que viver desse ‘trabalho’ nojento por falta de opção. Enfim, John me deu um sinal pra indicar que o show deles já estava indo pra hora do intervalo, eu deveria espera-lo no meu quarto (assim, ficaríamos sozinhos e eu me livrava das tentativas de aproximação dos outros homens).

 Fui cumprir minha parte do combinado e, um pouco às escondias, fugi pro meu quarto pra esperar até que Johnny aparecesse. Mas, mal terminei de entrar no quarto e dei de cara com meu inimigo número um, o maldito alemão que me trouxe pra esse inferno. Com certeza ele estava procurando por Carolina, antes que perguntasse jurei a mim mesma que a protegeria, custasse o que custasse. Não tive tempo pra pensar muito, nem pra responder perguntas. Acho que ele não estava com muita paciência, não quis começar com as palavras. Assim que me viu no quarto, seu olhar mudou, eu podia ver quanta raiva estava guardando (provavelmente pra descontar em mim).

 Sim, era pra mim. Sem falar uma palavra, só senti meu corpo ser jogado com brutalidade pra cima da cama, bati a cabeça com tanta força que fiquei meio tonta por alguns segundos. Meu coração já estava acelerado, era óbvio que minha visitinha não me faria nenhum bem.

“Onde ela tá?” – gritou, me pressionando com uma força que me impedia de fazer qualquer movimento. Não respondi, claro, e dessa vez fui parar num canto do quarto. Meu medo estava crescente – “Fala, desgraçada, onde você enfiou a garota?”

“Eu não sei” – tentei fingir que não sabia de nada, não deu certo. Eu estava encolhida num canto, as lágrimas começaram a escorrer sem parar

 Meu corpo tremia, eu nunca tinha o visto daquele jeito, mais enraivecido que nunca. O gerenciador se irritou e esqueceu de todos seus limites (se é que ele tinha algum), eu mal via o que estava acontecendo, só sabia que ele estava em cima de mim; me batendo de novo – dessa vez, com ainda mais força e raiva. Comecei a sentir o sangue escorrendo em meu rosto, minha cabeça doía e recebia mais pancadas, o gosto horrível do sangue estava na minha boca. E tudo que eu ouvia eram xingamentos, ameaças e o nome da minha irmã, queria saber onde ela estava.

“Eu vou encontrar aquela garota de qualquer forma” – disse, me encarando e me obrigando a olhar pra sua cara – “Você pode facilitar o trabalho e continuar viva ou me desafiar e obrigar sua irmãzinha a te ver num funeral”

“Não vou te falar onde ela está” – retruquei, mesmo sabendo das consequências. Eu não entregaria Carol nem que tivesse que morrer por isso

 Eu podia sentir a força do meu corpo indo embora, não conseguia nem me movimentar direito, não podia sair do chão antes que levasse mais algum golpe. Um outro cara que me parecia desconhecido entrou no quarto, pensei que fosse tirar o gerenciador dali, rezei pra que me ajudasse de alguma forma. Quando pude ver seu rosto, numa visão meio turva, meu corpo congelou. Eu o conhecia, era o alemão que brigara com John naquela noite, o que gostava de me apelidar de ‘Anjo’. E ele não estava ali pra me ajudar, sim pra se vingar.

 Eu estava em pânico, em total desespero.

 Os dois iriam me matar.

 Não tinha forças pra me soltar de seus braços, nem voz pra gritar por ajuda, sequer mais lágrimas pra derramar. Me tiraram do meu quarto a força, me arrastaram pra um quartinho escuro e minúsculo que ficava escondido nos fundos – John nunca me encontraria ali, aliás, ninguém me encontraria. Ameaçaram colocar fogo em tudo, mas antes eles queriam brincar, queriam me provocar, me destruir, na verdade. Fizeram tudo que podiam, me machucaram de todas as formas, me amarraram, humilharam, torturaram, espancaram, arrancaram minhas roupas (e todo mundo sabe o que vem depois). Achei que fosse morrer a qualquer momento. Algumas vezes tudo ficava escuro, mas eu acabava acordando outra vez ainda naquele pesadelo infinito.

 Eu sentia meu corpo pesado, via sangue por todo lado; eles riam de mim. Mas eu prometi... Carol fica fora disso! E eles vão me matar, mas sem que eu tenha dito uma palavra sobre ela. Sei que faria a mesma coisa por mim. Não tenho muito a perder, John e Carolina são as únicas pessoas que eu tenho, não tenho mais nada além deles. E eu ficaria feliz só em saber que ficaram bem, que consegui protege-los mesmo que por poucos dias. Ninguém além dos dois sentira minha falta – e vai ser fácil pra superarem isso.

 É mesmo estranho ter sua vida passando na frente de seus olhos. Comecei a pensar em tudo que fiz ou deixei de fazer, tudo que senti ou deixei de sentir. Só me arrependo de ter me fechado tanto para o mundo, eu poderia ter aproveitado bem mais se tivesse me aberto com John desde o começo, se tivesse permitido que meus sentimentos aparecessem. Agora o resumo é ficamos juntos de verdade por menos de uma semana.

 As vozes se misturavam em minha cabeça, eu não conseguia entender nada que diziam, era como se fossem sumindo aos poucos. Podiam fazer o que quisessem comigo, eu não conseguiria esquivar, retrucar ou me proteger; nem ao menos tentar. Sentia dores em lugares que nem sabia que existiam. Não pensava em nada, só me passavam flashbacks pela cabeça. Achei que fosse terminar ali, sem chance de despedidas. Sabe, um desejo me ocorreu naquele minuto... Eu diria ao Johnny o quanto gosto dele de verdade, o quanto ele é genial, e o quanto se parece comigo se ele estivesse aqui. Confessaria que o amo, mesmo com pouco tempo de convivência. Diria a minha irmã que ela e George parecem um par perfeito; que deve estudar pra ser alguém na vida; que não deve seguir meus passos e que a amo mais que tudo nesse mundo.

 Não sei se falei todas essas coisas quando tive tempo.

 E não sei se vou ter mais tempo.

 Minha visão estava tão turva quanto meu pensamentos, mas juro que vi uma terceira pessoa aparecendo na porta do quartinho – com uma luz forte que me cegava. Uma luz, uma sombra, meu corpo querendo dar total apagão... Devo estar entrando no céu.

“Lisa?” – eu não conseguia ver quem era, nem conseguia abrir os olhos. Ouvia a voz como se viesse do nada, sussurrando no meu ouvido

 Mas parecia a voz do John



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...