História Kaisexuality - Introdução de como tudo ficou fodidamente fodido

Não foi como eu esperei. Não foi mesmo como eu esperei. 

Eu sempre quis ter aquele sentimento de amor que as pessoas tanto falavam sobre, sabe? 

Aquela leveza, a felicidade extrema, a vontade de estar somente com aquela pessoa, e essas baboseiras clichês que a gente vive ouvindo por aí. 

Até aí tudo bem né. Quem não quer se apaixonar? 

E eu até tinha essa namorada, a Naomi, ela era dos Estados Unidos. Ela devia ser especial pra mim, só que eu não conseguia sentir nada de maravilhoso como as pessoas falavam, mas eu seguia firme com o namoro. Pelo menos eu tinha beijos e sexo quando eu quisesse. Porém, aconteceu o inesperado (ou  esperado, não sei) a gente terminou. Por que ela me traía. Constantemente.

E tá aí. Se tem alguma coisa que eu posso culpar por toda essa bagunça na minha vida, é esse término de namoro. 

Quando eu terminei com ela, eu comecei a passar muito mais tempo junto com os meus amigos. A gente era tipo o grupinho gay descolado da escola. (tirando um breve fato: eu não sou gay; ou pelo menos eu achava que não era) 

Uma breve pausa na narração da minha vida pra te falar sobre meus amigos. 

Eles são 7.

Um deles é o meu melhor amigo do mundo todo, que é o Chanyeol. Ele não costuma se dar bem com meus outros amigos, eles até brigam várias vezes, por qualquer coisa. Mas aí, o grandalhão se apaixonou pelo Baekhyun, que é um outro amigo meu. E ele tentou a todo custo de aproximar do Byun, então eles se dão bem. Mas o Baek ainda não sabe dos sentimentos do Park. (E o Chanyeol também não sabe dos sentimentos do Baek)

Além deles dois, tem o Junmyeon, que é meu primo, e ele namora com o Lay, que é chinês, e veio pra cá quando tinha 10 anos. Aí tem também o Jongdae, que namora o Minseok, desde antes de Cristo. E por fim, mas não menos importante, temos o Jongin.

Ah, Kim Jongin. O que eu, um mero mortal, poderia falar sobre ele? 

Voltando pra narração sobre a minha vida, todos nós tínhamos alguém, e o Jongin não. Quando eu terminei com a Naomi, ele simplesmente começou a passar muito tempo como comigo. 

Muito tempo mesmo. 

Tanto tempo que eu não sabia mais se meu nome era Kyungsoo ou se era Jongin. 

Mas aí, um belo dia, ele, sentado no meu maldito sofá, assistindo Meninas malvadas, pausou o filme na minha parte preferida, olhou para mim com os olhos marejados e disse:

- Kyungsoo hyung, eu preciso te contar uma coisa muito séria.- Sabe, quando ele pausou na minha parte favorita do meu filme favorito, eu já sabia que tinha algo errado. 

- Muito séria Jongin? O que foi? Tem alguém fazendo algo ruim com você? - indaguei preocupado. Ele deu um sorrisinho e abaixou a cabeça, negando. 

- Não hyung, não é nada disso. - respirou  fundo - É que, eu sei que eu deveria contar pra algum dos meninos primeiro, porque, com certeza eles sabem mais sobre isso do que você, mas é em você que eu confio, e eu sei que isso é confu...

- Jongin, desembucha. - falei alto o interrompendo, já perdendo a paciência de curiosidade. Se tem uma coisa que vocês precisam saber sobre mim, é que eu sou curiosíssimo.

Ele colocou as pernas em cima do sofá, olhou para a tela da televisão, pigarreou, e começou a falar com cautela: 

- Ok... Hum... Eu... Eu meio que...é, eu meio que sou gay. - ESPERA, O QUE??????  

Depois da minha crise interna de choque e quase morte, eu o encarei. Olhei para os olhos brilhantes de lágrimas e suplicantes para que eu falasse alguma coisa, olhei prós lábios desenhados, e fiquei sem palavras. 

Foi naquele exato momento que eu soube que estava fodido porque, porra! Como alguém pode ter Kim Jongin se assumindo gay na sua frente e não se apaixonar? 

Foi isso mesmo que aconteceu naquele momento.

 Eu me apaixonei.