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História O Oculto Sobre Os Deuses: Alpha 01 - Capítulo 4


Escrita por: VGTal

Capítulo 5 - Capítulo 4


4

 

Eu não sabia exatamente o que pensar, estava muito confuso sobre para onde seguir, só sabia que queria encontrar uma saída, então caminhamos, caminhamos muito, por muito tempo, pelos cantos, e debaixo das ruínas de locais que um dia serviram de moradia ou fonte de renta para alguém, fizemos isso pois correr só chamaria mais atenção em meio às ruas destruídas. A cidade já estava deserta, e os poucos corpos que ali estavam já não tinham vida há algum, eu sentia uma dor avassaladora toda vez que pensava na angustia do garoto e de todos aqueles que vira mortos, não tiveram um fim pacífico, muito menos rápido, todos aparentavam ter sofrido muito antes de morrer, as expressões de dor e agonia em seus olhares, e seus membros esmagados ou arrancados indicavam isso, mas eu não podia mais fazer nada por aquelas pessoas, apenas sentir pena de quem fora enganado por seu governante e morrera em vão pelas mãos de quem apenas queria ajudar.

Não vou dizer que aquela cena de guerra é algo que podemos fazer vista-grossa, mas, os culpados por isso não tiveram escolha ao invés de atacar, eu sabia que fora proposta que a cidade se rendesse e nada lhe aconteceria, nem mesmo seria invadida, mas, os moradores não sabiam de nada e aqueles que os um dia juraram protege-los, os levaram a um fim que não desejo nem ao pior dos meus inimigos, digo isso pois passei por um corpo quando entramos em uma grande construção, de uma velha senhora, a morte ainda não a havia levado, não entendo o porquê, ela estava com uma parte do corpo sob uma parede que ali havia caído, chorando dissera que seu corpo doía e que o corpo de sua neta estava embaixo da parede, lamentara-se por não ter conseguido salvá-la e que nunca mais veria o rosto dela, nem da própria filha, não houvera ódio em seu olhar, apenas uma profunda e aguda tristeza, e então me pedira para que eu acabasse com seu sofrimento.

À cada passo que eu dava eu me xingava e me odiava, por não conseguir fazer nada além do que fiz, por não poder salvar a vida dela, da neta, e de todos os outros, eu, apenas me sentia impotente, eu era impotente, não poderia fazer nada, apenas fugir, sair dali, antes de ser o próximo, antes de ver mais pessoas mortas e me culpar ainda mais.

Então saímos daquele prédio, até aquele momento, por mais que eu não tenha citado, não ficamos calados, tínhamos conversado um pouco, bom, bastante, mas à partir desse ponto, eu apenas escutava, por mais que eu tentasse falar, as palavras não saíam e minha garganta doía, dor, fora tudo o que eu vira e sentira, então, um longo silêncio perpetuou-se durante o resto do nosso caminho. O dia já havia se tornado noite e não havíamos conseguido sair da cidade, e não aparentava haver, mas ainda sim ir pelo meio da rua não parecia uma boa ideia, então continuamos indo pelos cantos e pelos prédios destruídos, por mais desagradável que fosse andar em meio à pessoas mortas, era o caminho mais seguro, até que as patrulhas começaram.

Se eles tivessem mandado soldados comuns teríamos continuado normalmente a nossa travessia até a saída, mas eles haviam enviado hunters para nos procurar, e eles não estavam nem um pouco afim de nos deixar ir embora, dava pra sentir vários alphas diferentes se movendo pela cidade, em uma velocidade bem alta, por mais que estivessem sozinhos e afastados um dos outros, seria difícil derrubar um deles sem que todo o resto do exército ficasse sabendo, o que os deixaria em alerta, então não podíamos atacar, e não podíamos nos esconder, porque eles são treinados para sentir o mais leve resquício de um alpha à curta distância e sentir o resquício de uma utilização de um à 500 metros de distância, então não podíamos nos aproximar nem um pouco deles, nem utilizar nossos poderes, tínhamos que sair dali e encontrar a saída o mais rápido possível.

Desacelerei um pouco meus passos, eu não sabia onde era a saída da cidade, talvez o garoto soubesse, e ele mantivera-se a andar rápido e as vezes olhando para algum lugar ao leste, indepentemente de haver ou não construções bloqueando a visão de onde realmente estaria olhando, provavelmente para saber de alguma forma se estava mais perto, talvez fosse nessa direção que ela estivesse, então comecei a segui-lo, infelizmente ainda não sabia o nome dele, mas ele percebeu que deveria tomar a frente, e tomou, começou à correr e traçar o caminho para a nossa saída.



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