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História Kaos - L.S.B: Saindo do vício.


Escrita por: LexGuerra

Notas do Autor


Quero lembrar o dia em que eu finalmente descobrir que estava me matando e devia esquecer os que eu já tinha perdido. Agora era hora de olhar para frente.

Capítulo 53 - L.S.B: Saindo do vício.


REPUBLICA NICO/ DIA 05/ MAIO/ 2016

 

Marcos - Ei desgraçado. Acorda.

Paul - Hmmm... Ham? Caralho !! Quem é você??

Marcos - Como assim? Sou eu retardado.

Paul - Palalario? Cacete! Você é praticamente outra pessoa. Aquela maquiagem e fantásia te transforma mesmo. Até subiu respeito.

Marcos - Rum.. Foda-se. Você pretende ficar quanto tempo?

Paul - O quanto der.

Marcos - Então vai arranjar trabalho. Quer ficar, então mantenha o maldito lugar.

Paul - Ah, ok, senhor matador.

Marcos - Hm..? Matador? Isso.. me lembra certas coisas.

Paul - Cara, se não for você quem é? É você.

 

Agora que me lembrei.. fazia muito tempo em que ficava sóbrio.. até tinha esquecido da minha aparência. Me chamam de Palalario quando to de maquiagem e me chamavam de Santo Demônio sem ela, quando claro, eu não era viciado. Características: Cabelo castanho, grande bagunçado, cruzes tatuadas abaixo dos olhos cobrindo as bochechas, pele parda, olhos castanhos e puxados.. não ao nível japonês mas com seu próprio estilo. Um cara de musculatura média e definida pra um viciado, afinal eu só havia ficado assim louco por drogas à um mês e não tinha sido ainda o suficiente pra acabar totalmente com minha fisionomia.

Lembrando quem eu sou, eu sou o "Saint Devil", o santo demônio, o cara que ganhou tudo mas jogou fora. Incrível esse cara saber quem eu sou, afinal, eu sou uma história de 4 anos atrás, uma moda ultrapassada, uma lenda e uma vergonha. Tanto faz. Se você achou que eu era gordo, barbudo, feio e pedófilo estava enganado. Eu sou cara de fisionomia normal, 1,72 de altura, 61 quilos, rosto de adolescente com olheiras, espinhas e etc.. 

Agora eu ficava imaginando o que as pessoas imaginavam o que eu era sem me ver sem fantásia. No momento eu era um palhaço sem graça, animador de festas idiotas e feito pra sofrer como um zé ninguém na minha minha vida. Agora eu tinha que seguir em frente nesse inferno que ia se tornar a vida em que passei a ter.

No que exatamente eu estava pensando quando tudo começou? Em que tudo ia se resolver? Que tudo ia dar certo depois? Naah.. que se foda. Hora de fazer o Paul arranjar um emprego.

Marcos - Ei idiota. Vamos arrumar um emprego temporário pra você.

Paul - Onde?

Marcos - Vamos dar uma volta na cidade e procurar.

Paul - Ok, "Saint Devil". 

Marcos - Não me chame assim garoto.

Paul - Não me chame de garoto. Você só deve ser 3 anos mais velho.

Marcos - Você tem 18?

Paul - 17.

Marcos - Então são 4 anos. Eu tenho 21.

Paul - Que merda heim. Você foi salvo por um cara mais novo.

Marcos - Eu deveria ficar com vergonha? Vamos logo, hora de irmos. Aquele tiro na perna não se curou. Me ajude a andar, começou a doer muito depois que o efeito das drogas passaram.

Paul - Virei seu empregado foi? Mas vou fazer isso porque está me deixando passar esses dias na sua casa.

Ele me ajudou a chegar até a frente do prédio onde tinha o nosso carro roubado que tínhamos que dar um jeito depois. Mas por enquanto não tínhamos dinheiro pra pagar o aluguel atrasado que eu deixei pra trás, ou seriamos despejados.

Paul - Tem certeza? Sua perna ainda tá fodida. Me deixa dirigir.

Marcos - Cala a boca, idiota. Você ainda é um menor de idade. Eu dirijo, fica tranquilo aí. Minha perna nem tá tão- AI CARALHO..! AI.. AI..ai.. Problemas técnicos.

Paul - O que você tava falando da sua perna? HAHAHA!

Marcos - Ham, muito engraçado. To rindo muito. Vamos logo atrás desse trabalho pra você, eu tenho que fazer algumas coisas depois.

Paul - Ah, de boa.

 

Demos algumas voltas nos quarteirões em busca de ofertas de trabalhos, mas a maioria dos lugares estavam fechados por causa dos tumultos e incidentes que tem ocorrido nos dias passados. Por sorte havíamos encontrado o único lugar contratando aberto que era.. uma livraria que precisava de ajudantes para organizar os livros.

Paul - Poh, cara.. uma livraria? Sério mesmo? 

Marcos - Ou é aqui ou você tá na rua. E eles tão pagando bem pra você montar só alguns livros nas estantes. Só isso cara.

Paul - E você? O que vai fazer pra ganhar dinheiro?

Marcos - Vender esse carro. Vai ser fácil. Conheço um cara que compra carros roubados.

Paul - E como vou fazer pra voltar? Melhor dizendo, como você vai voltar com essa perna?

Marcos - Simples. Táxis.

 

Paul me olhou com cara de quem tava olhando pra um imbecil, e ele tava mesmo, mas estávamos sem opção. Eu fui até um velho amigo que podia me ajudar a vender o carro.

Marcos - Minha nossa.. você não mudou nem um pouquinho.. fiu fiu..

- Coelho? O que faz aqui?

Marcos - Preciso de uma ajudinha Raposa.. ou melhor.. Lorena.

Raposa - Me chame de Raposa por favor. E... vem cá..

 

Ela me abraça com força me dando um beijo em seguida de língua que durou uma vida de arrependimentos. 

Raposa - Deixa eu ver essa lata velha... Eu acho que a gente consegue no minímo uns 2 mil.

Marcos - Avaliou assim tão rápido?

Raposa - Olha pra essa coisa. Só de olhar dá pra ver que vale menos. Vamos ver dentro do capô.... Wow.. Você achou uma coisa bem interessante. Subiu pra uns 10 mil.

Marcos - Caramba.. eu nem tinha visto isso aí.

Um bem dito V-8. Aquela coisa era muito bem vista aos olhos dos corredores clandestinos. E eu sabia muito bem disso. 10 mil era pouco para aquela coisa.

Raposa - Você sabe a oportunidade que tem aqui, não é?

Marcos - É roubado. Por isso quero me livrar dele. Mas sim, eu sei. O problema é que eu não corro mais.

Raposa - Hm... Tem certeza? Sabia que mudaram os trajetos e os horarios? Agora as corridas são a meia noite e pela cidade Mariana. Ah, não tem mais plateias. Agora usam câmeras e a galera fica em um galpão em Mariana. As corridas são pelas ruas de Mariana.

Marcos - Por que?

Raposa - Porque é mais perigoso. Agora tem monstros rondando por lá de noite. Ficou sabendo?

Marcos - Tsc.. Eu soube da pior maneira. Olha minha perna.

Raposa - Nossa seu idiota! Temos que ir pro hospital!! 

Marcos - Calma, calma. Eu sei, mas primeiro o dinheiro. Eu não vou correr nem a pau.

Raposa - Argh!! Pense em si mesmo de vez em quando. Você sempre se preocupou mais com outro e bens materiais do que si mesmo. Que coisa heim! Bora, eu te levo pro hospital no meu carro. Deixa o carro aí e eu passo o dinheiro pra sua conta bancaria.

Marcos - Ok.. ok. Mas antes me dá um pouco de carinho.

Raposa - Ei!.. Idiota calma aí.. ! Aaai hahaha idiota.

 

Depois de uma diversãozinha fomos para o hospital onde retiraram a bala que tinha na minha perna. Queriam me manter lá pelo alto nível de droga correndo nas minhas veias que podiam desencadear uma overdose. Fugi sem pensar duas vezes, peguei o primeiro táxi e fui pra casa. Chegando lá paguei o aluguel atrasado e encontrei com Paul dormindo igual uma pedra no sofá. Infeliz.. me lembra um outro velho amigo.

Fui ao quarto ao lado falar com minha vizinha alvo de pedófilos ocultos do prédio. Claro.. só na zoeira.

Marcos - Valeu por me deixar entrar..

Coraline - De boa. Eu sei que você não vai me estuprar nem nada.

Marcos - Eu não me dou bem com essas coisas... 

Coraline - Ah, foi mal. Eu tinha esquecido.

Marcos - Tudo bem. Ei, o que você falou ontem sobre seu amigo ter te comido é verdade?

Coraline - De um assunto delicado para outro.. ai, ai.. Mas sim. É verdade.

Marcos - Quantos anos ele tem?

Coraline - Você tem que parar de se importar comigo sobre essa coisas.

Marcos - Eu estou preocupado, só isso. Você pode se arrepender do que fez.

Coraline - Calma, ele tem quase minha idade. E eu queria, não se preocupa. Você não é meu pai nem meu irmão mais velho.

Marcos - Ah... ok... Sou sua mãe. Hehhehe..

Coraline - Ah vá se foder idiota. Hahaha. Mas sério. Eu to bem. Ele vai voltar.

Marcos - Qual é o nome dele? 

Coraline - Se não me engano é Kyle.

Marcos - Hmm.. Kyle. Ok. Eu tava só preocupado com você. Da última vez eu tive que bater em uns 4 caras pra te proteger.

Coraline - Olha, você mais apanhou do que bateu,  mas obrigado por se preocupar.

Marcos - Eu te trouxe uma coisa.

Coraline - O que?

Marcos - Aqui. Toma.

Coraline - Nossa! Isso é..

Marcos - Sim. Pode ficar, eu trouxe pra você. Um All-Star azul Converse.

Coraline - É aquele que eu vi na vitrine quando a gente foi comprar comida juntos no shopping. VALEU CARA!!

Ela me abraça como se abraçasse o irmão mais velho que nunca teve, eu gosto muito dessa garota, não com segunda intenções, mas como minha irmãzinha mesmo. Desde que ela veio morar sozinha nesse prédio à 3 anos atrás eu venho cuidando dela pra que ela não se machucasse. Ela vem crescendo e eu vejo que em breve ela vai poder tomar conta de si mesma. Eu vejo muito de mim nela, talvez seja por isso que tomei conta dela por tanto tempo.

Voltando pro meu quarto eu penso no passado e todas as coisas ruins que aconteceram e ainda vão acontecer.. agora eu penso comigo mesmo que se eu tivesse mudado as coisas no passado, agora eu poderia estar em um desespero bem maior do que estava antes.

É bom estar sóbrio as vezes... me faz lembrar que não odeio tanto o mundo assim.. me faz lembrar que ainda me importo com algumad pessoas que não quero que tudo queime... mas as vozes... tsc.. Essas drogas são necessárias.

 

Continua..


Notas Finais


Nem tudo está condenado. Ainda pode haver uma luz.. https://spiritfanfics.com/historia/caotica-a-mente-dos-34-7095342


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