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História Karaoke Box - Loser


Escrita por: beuby_

Notas do Autor


Olá, leitores novos! Espero que estejam gostando! Não se esqueçam de deixar seus comentários para que essa que vos escreve fique beeeem feliz <3 AHUAUHAUH Aquelas
Bom, eu sei que estão todos curiosos para saber que diabos aconteceu para nosso casal favorito se divorciar, então hoje vou deixar aqui para vocês esse capítulo que mostra o começo do fim. Espero que gostem!
E para quem gosta de Marlett (ou sei lá como é o nome desse ship), próximo capítulo tem só um pouquinho, mas vai aparecer outro mozão da galera pra equilibrar as coisas!

Espero que gostem! Beijos

Capítulo 6 - Loser


14.11.12

Eu estava voltando pra casa quando me lembrei que o Mario tinha me pedido para passar no mercado. Entrei no primeiro PENNY que encontrei, eu estava exausto. Tinha que pagar uma porção de contas amanhã no horário de almoço, porque fora isso eu não teria outro momento pra fazer isso e o Mario está tão pressionado no trabalho que eu não quero pedir pra ele. Eu ia me arrastando pelas seções do mercado enquanto tentava me lembrar de tudo o que ele tinha me pedido pra comprar. Estava distraído comparando os preços do macarrão quando senti alguém tocando meu ombro. 

 

— Hey!

— Nossa, oi! Que surpresa! Se perdeu em Dortmund?, — Perguntei enquanto sorria para o homem loiro na minha frente

— To aqui a trabalho, — Jakub disse, — Inclusive eu estava pensando em você esses dias

— Sorry, — Mostrei a mão com a aliança e o polonês riu alto

— Nada disso, idiota. Me passa o seu celular, acho que você pode se interessar 

— Ah é? Do que se trata?

— Um projeto especial, — Jakub disse com certo mistério na voz, — A gente deveria marcar um almoço pra conversar melhor sobre isso

— Vai ficar na cidade até que dia?

— To voltando pra Polônia daqui a 7 dias

— Entro em contato sim!, — Peguei meu celular e procurei pelo nome dele na minha lista de contatos, — Esse aqui ainda é o seu número?, — Mostrei a tela para ele

— Não, tive que mudar. Me dá aqui que eu edito, — Ele então pegou meu celular e digitou os novos números, em seguida me devolveu o mesmo, — Me liga mesmo, ok? 

— Sim, sim, pode deixar!, — Sorri e logo voltei a guardar o aparelho no bolso da calça, — Ainda essa semana eu te mando uma mensagem

— Bom te ver, Marco!

— Igualmente, Kuba!

 

Ele então seguiu para o corredor de laticínios e eu fiquei observando o vazio por um tempo. Que proposta será essa? No mínimo essa conversa aleatória foi intrigante. Enfim, onde eu estava? Sim, o macarrão. Acabei pegando qualquer um, eu realmente estava cansado. Ainda peguei algumas frutas e um queijo branco, em seguida voltei a me arrastar em direção ao caixa. 

 

— Senhor, o cartão deu não autorizado, — Disse a moça do caixa 

— Não autorizado?, — Franzi minha testa em dúvida, — Hmm, tenta esse daqui, — Peguei outro cartão dentro da carteira e entreguei para a moça

— Também não autorizado, — Ela me disse e sua expressão era de completo tédio

— Algum problema, Marco?

 

Eu me virei e era Jakub novamente. Droga. Ele está se aproximando e eu não tenho outro cartão nem dinheiro em espécie. Que merda. 

 

— Deixa essa por minha conta, Reus

 

Eu tentei argumentar, mas ele já estava colocando as compras dele e a moça do caixa não tardou em juntar as contas. 

 

— Eu não sei nem o que dizer, eu sinto muito mesmo, eu vou pagar, ok? Não se preocupe

— Esqueça isso, Marco, — Jakub sorria enquanto colocava as compras dentro da sacola que ele havia trazido

— Já sei! O almoço então vai ser por minha conta. Fechado?, — Ergui minha mão direita para ele

— Não precisava disso, mas eu sei que você só vai descansar quando eu aceitar, então ok, — O polonês então apertou minha mão e sorriu, — Agora preciso ir, ok? — Ele fez um gesto de “me liga” com a mão e saiu do estabelecimento 

 

Não tive outra opção a não ser arrumar as minhas coisas e também ir em direção ao carro. Estava frio, eu estou exausto e ainda passei por essa vergonha imensa agora. O que aconteceu com os cartões? Mario tinha ficado de pagar as faturas… Sinceramente, eu agora não quero nem pensar sobre isso, tudo o que eu quero é deitar na minha cama, fechar os olhos e acordar semana que vem. Coloquei as compras no banco de trás e corri para entrar no carro. Liguei o aquecedor e em seguida o rádio; estava tocando alguma música que nunca ouvi na vida. Liguei o carro e dei ré para sair do estacionamento. Eu estava parado no sinal vermelho quando o instrumental começou. Rolei os olhos, mas logo eu comecei a rir. Que coincidência infeliz essa música agora… Obrigado, universo. Mas já que estou aqui na merda… 

 

In the time of chimpazees, I was a monkey. Butane in my veins, so I’m out to cut the junkie with the plastic eyeballs, spray-paint the vegetables, dog food stalls with the beefcake pantyhose kill the headlights and put it neutral, — Cantei baixinho enquanto batia com os polegares no volante

 

Eu não conhecia a letra toda da música, fiquei então esperando pelo refrão enquanto cantarolava. 

 

Soooy un perdedor, I’m a loser, baby, so why don’t you kill me? Soooy un perdedor, I’m a loser, baby, so why don’t you kill?, — Cantei enquanto mexia com o pescoço ao ritmo da música, o batuque com os polegares continuava

 

Agora eu já estava perto de casa e devo dizer que era um alívio. Esse dia foi imeeenso. 

 

Soy un perdedor, I’m a loser, baby, so why don’t you kill me?

 

O refrão continuava e continuava. Deu tempo de chegar até o prédio que morávamos e estacionar o carro. Peguei rapidamente as compras e corri para dentro do prédio. Odeio esse clima frio. Assim que eu abri a porta do apartamento, encontrei Mario sentado no chão com uma taça de vinho, algumas lágrimas corriam por seu rosto. O que estava acontecendo?! Bati a porta atrás de mim, larguei as compras no chão e corri até ele. Me ajoelhei ao lado dele e o abracei. Mario se permitiu chorar mais agora envolto em meus braços, ele logo começou a soluçar. Eu o apertei contra mim, meu coração estava pra sair pela boca: que porra estava acontecendo? Quando eu senti que ele começava a relaxar em meio ao abraço, eu me afastei um pouco, só o suficiente para ver seu rosto. 

 

— Amor, o que aconteceu?

 

Mario suspirou longamente. 

 

— Eu… Fui demitido, — Mario falou tão baixo que mais parecia um sussurro

— Mas… Como? 

— O Sr. Mann disse que foi corte de pessoal

— Mas você acha que tem algo por trás disso?

— Não sei, não sei de mais nada…, — Lágrimas insistentes voltaram a rolar pelo rosto de Mario e meu coração voltou a se apertar, — O que eu vou fazer? Eu trabalhava lá desde sempre! 

— Calma, tudo vai se ajeitar…, — Passei as costas de minha mão pela bochecha dele para secar as lágrimas

— Será, Marco? Quero dizer, você está se matando de trabalhar e já era difícil manter tudo isso com nós dois trabalhando, agora então…

— Ei… Não vamos pensar nisso agora, ok? Por que você não vai tomar um banho? Eu passei no mercado, comprei o que você pediu. Eu posso fazer um jantarzinho pra gente, o que acha?

— Eu não mereço você

— Pare com isso. Eu te amo! Mario, isso não é o fim do mundo, ok? Eu consigo segurar as pontas sozinho, não se preocupe com isso

— Vou entender se você quiser desistir do casamento…

— Shhh. Para de falar essas besteiras, ouviu bem?

 

Ele parecia tão sensível… Coloquei minha mão em seu rosto e o puxei para mais perto, nossos lábios se tocaram; os lábios de Mario estavam úmidos e salgados pelas lágrimas, o beijei gentilmente e logo o senti se entregar em meus braços, seus músculos relaxaram e seus olhos se fecharam. Eu voltei a beijá-lo e dessa vez pedi por passagem com a minha língua; quando elas se encontraram, dançaram em um ritmo melancólico, mas ainda assim envolvente. Mario interrompeu o beijo e escondeu o rosto na curva do meu pescoço. Ficamos naquele abraço desajeitado por alguns instantes, até que ele depositou um beijo no meu pescoço e se afastou. Mario me deu um meio sorriso, seus olhinhos ainda brilhantes e tristes, e então ele se levantou. Eu fiz o mesmo logo em seguida. 

 

— Por que a gente não se casa essa semana?

— O que?, — Mario me olhou com tamanha surpresa que eu quase ri

— Por que não? Já estamos juntos há o que? Um ano e 6 meses? Já moramos juntos, não vejo porque não oficializarmos logo

— Mas eu estou desempregado e…

— E se casarmos eu posso te colocar no plano de saúde da empresa

— Tudo pelo seguro-saúde

— Achei que o objetivo de tudo era isso, — Eu sorri e me aproximei dele; segurei em seu queixo, forçando-o inclinar a cabeça um pouco para cima, — O que? Desistiu de mim?

 

Mario mordeu o lábio inferior e eu sabia que aquilo era um sim para o meu pedido de adiantamento da cerimônia. Selei nossos lábios e quando me afastei ele enfim sorria. 

 

— Longe de mim dizer que agora você é desocupado, — Brinquei e ele rolou os olhos, — Mas você pode aproveitar a semana livre e organizar as coisas, que tal? Vai ser bom pra você se manter ocupado!

— Vou ter muito trabalho, estava tudo programado para o verão e agora mudar tudo para o inverno… 

— Aposto que não será um problema, — Pisquei pra ele e dei as costas, indo na direção das compras que estavam no chão, — Agora vou fazer nosso jantar, vá tomar um banho. Quero você bem cheiroso, — Me virei para olhá-lo e abri meu sorriso de canto

— Sim, senhor

 

Mario passou por mim e deu um tapinha na minha bunda, me virei pra olhá-lo e ele corria na direção do banheiro. Era um alívio vê-lo melhor. Assim que adentrei a cozinha o peso da notícia caiu sobre meus ombros e eu suspirei pesadamente. Como eu vou manter tudo isso sozinho? Peguei a panela e enchi a mesma com água, coloquei sobre o fogo aceso e quebrei um pouco de massa ali dentro. Coloquei as frutas na fruteira e fui até a sala pegar o vinho que Mario estava tomando. Voltei para a cozinha e me sentei no balcão, enchi a taça que já estava quase vazia e bebi um longo gole. Esse dia parecia não ter fim. 

Eu já estava terminando de fazer o macarrão quando Mario me abraçou por trás e deu uma fungada no meu pescoço; eu me arrepiei e sorri pra ele em seguida.

 

— Cheiroso o suficiente?, — Mario sussurrou próximo ao meu ouvido 

— A vistoria nem começou ainda… 

 

Eu desliguei o fogão e me virei para ele. Mario estava usando apenas uma calça moletom, seu cabelo estava molhado e ele cheirava a sabonete… Levei meu rosto até o seu pescoço e rocei meus lábios em sua pele; ele pendeu a cabeça para trás para me dar mais espaço. Minhas mãos estavam no final de suas costas e acariciavam sua pele nua com delicadeza enquanto eu distribuia beijinhos e mordiscadas agora por seu ombro. Mario me puxou pela cintura e o direcionei até o balcão no meio da cozinha. Levei meus lábios até o seu peitoral e fiz um caminho de beijos por toda sua extensão. Eu me afastei e ouvi Mario grunhir em desaprovação, o que me fez sorrir. Coloquei minhas mãos em sua cintura e ele logo entendeu o que eu queria fazer, assim me ajudando a colocá-lo em cima da peça. Mario enlaçou minha cintura com suas pernas, assim me prendendo ali. Eu o abracei e inclinei meu rosto para cima para poder olhá-lo. 

 

— Não está com frio? 

— Nunca estou com frio quando estou com você…

 

Mario disse e em seguida se inclinou para beijar meus lábios. O beijo dessa vez foi bem diferente do que o anterior: ele tomou as rédeas da ação e explorou minha boca com afinco, sua língua controlava a minha e eu realmente não me importava. As mãos de Mario começaram a desabotoar a minha camisa enquanto minhas mãos pressioanavam suas coxas. Mario afrouxou o enlace nas pernas para que eu pudesse me afastar um pouco e deixar minha camisa social cair no chão, mas logo em seguida ele voltou a apertar o laço e agora suas mãos corriam por minhas costas. Afastei um pouco meu rosto e olhei para ele; as respirações já um tanto alteradas, os lábios úmidos e avermelhados… 

 

— A comida vai esfriar… 

— Você só falar de frio, Marco, — Mario rolou os olhos e em seguida sorriu pra mim, — Você está com fome né?

— Desculpa, o dia foi longo… 

— Não, tudo bem, eu é quem me empolguei…, — Mario sorriu tímido, passou uma mão pelos cabelos e desfez o enlace que tinha em volta de minha cintura

— Você sabe que eu não te deixaria assim se eu não estivesse realmente exausto, não sabe?, — Acariciei seu rosto com meu polegar 

— Teremos todo o tempo do mundo pra isso… 

— Se eu não morrer de frio hoje, sim, teremos… 

— Meu deus!, — Mario riu, — Vai, me deixa descer, vou pegar um moletom pra você

— Isso, isso!, — Dei espaço para que ele descesse e assim ele o fez, — Vai lá enquanto eu arrumo aqui a mesa pra jantarmos

 

Ele então foi buscar o moletom pra mim e eu peguei dois pratos e mais uma taça de vinho. Mario voltou e resolveu arrumar o restante; fiquei de lado o olhando enquanto colocava a peça de roupa. Eu não sei como ele não estava congelando… Nos sentamos para comer; Mario serviu o vinho e eu o macarrão simples, só alho e óleo, que eu havia preparado. Mario já parecia ansioso com os preparativos para o casamento, tagarelava sem parar, vez ou outra pegava uma garfada de comida ou bebia um gole de vinho… Eu o escutava com atenção: estava feliz de vê-lo feliz e pelo menos por essa noite seria com esse pensamento que eu iria dormir.


Notas Finais


Loser - Beck: https://www.youtube.com/watch?v=YgSPaXgAdzE

Até a próxima!


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