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História Karma - Isso está parecendo mpreg


Escrita por: xbangster

Notas do Autor


Esse capítulo foi uma confusão kkkk, porém me desculpem o erro foi meu.
Eu tinha duas versões e acabou que a versão alternativa que foi betada e a final não. Mas a Julia unnie é um anjo e mesmo com os bugs do drive arrumou a outra versão e corrigiu meus erros escrotos kkkkk
Bom, gente to enrolada com as últimas semanas de aulas, mas prometo que Karma vai continuar. Desculpem a demora mesmo.
O capítulo esta sendo postado pela HoneyL minha marida e foi betado pela Julia unnie.
Espero que gostem, boa leitura.

Capítulo 9 - Isso está parecendo mpreg


 

  

A minha confusão diante dos fatos foi imediata. Como levaram Junior assim do nada? Engoli seco, Mark ainda estava agarrado em meu pescoço e sem que eu percebesse meus braços entrelaçaram sua cintura esguia. O ar ficou preso em minha garganta, não sabia o que fazer novamente e essa situação de impotência estava me irritando.

— O que houve? Quem o levou? — Perguntei baixo, realmente se minha voz ajudasse… Mark soluçou alto e prendeu os dedos no colarinho de minha camisa, suspirei tentando o desprender de mim, porém foi em vão. Encarei Daehyun esperando que pelo menos ele abrisse a maldita boca, só fiquei esperando mesmo porque o louro apenas deu meia volta indo se encontrar com os outros. — Mark! — Chamei-o tentando conseguir me soltar, em vão pois ele só se agarrava a mim ainda mais. — Yien, por favor. Hyung? — Tentei soar doce e finalmente consegui que ele levantasse a cabeça de meu pescoço. Fitou meu rosto choroso e seus olhos vermelhos transmitiam medo. E como eu podia compreender aquele medo. O “e se ?” estava me assombrando nesses minutos tão breves. E se Junior fosse maltratado? E se ele nunca mais voltasse ? O tão pouco tempo com o neném me fez tão apegado a ele que não sei do que sou capaz de fazer caso o fizerem mal.

— Jinyoung-ah, precisamos buscá-lo. Temos… Que ir até lá. Jinyoung-ah, por favor. — Mark se embolou com as palavras e lágrimas grossas escorriam por sua face. Meu coração se apertava por vê-lo assim e também pela aflição de não saber onde meu Junior estava. Agarrei-o pela mão arrastando-o até onde minhas mães estavam, todos ficaram assustados com a presença de Mark. Principalmente Bambam que engoliu seco e encarou Jackson desesperado. Tinha alguma coisa que eles estavam me escondendo, porém meu objetivo não era esse.

— Onde meu filho está? — Falei um tanto alterado sentindo minha garganta reclamar, Haneun arregalou os olhos e minha omma mordeu o lábio inferior. Todos eles pareciam não querer falar e eu gritei com raiva chamando a atenção de todos, assustando inclusive as enfermeiras e pessoas que passavam pelo local.

— A assistência social o levou. — Yugyeom disse pesaroso, abri a boca incrédulo. Como poderiam o levar ? — A mãe dele nos viu passeando, denunciou e chamou a polícia. O Junior não queria ir, hyung. Ele não queria.

Um nó se formou em minha garganta. Eu queria meu bebê com a gente o mais rápido possível.

— E vocês deixaram aquela mulher leva-lo?! Enlouqueceram? — Cada vez que eu gritava minha cabeça dava voltas junto e minha garganta era massacrada, porém essa não era a pior dor. A dúvida de que se Junior estava bem, com quem estava, onde estava e porque essa mulher foi atrás dele. Não fazia sentido! Quem abandona um bebê e simplesmente vai atrás dele do nada? A coisa mais bizarra de tudo isso é como ela o achou?! E, porra, como conseguiu que a assistência social viesse tão rápido? A raiva borbulhava em meu estômago, queria esmagar aquela infeliz e o incompetente que colaborou com isso. Serviço social minhas bolas!

— Vamos achá-lo. Vamos agora. — Ralhei inflando as bochechas. Essa maldita vai aprender a não mexer com meu Neném.

Minha mãe estava mais branca que o próprio Tuan e isso não era normal, mas também não é para menos, levaram o Junior.  LEVARAM O MEU JÚNIOR PORRA.

Nunca imaginei que iria ficar tão irado assim se ele sumisse, afinal no começo minha vontade era essa apesar de tudo. Mas ele é apenas um bebezinho inocente que não tem culpa de nada. Ele precisa de carinho, de cuidado e mesmo que eu seja o pior pai do mundo, Júnior precisa de mim.

— O senhor precisa manter a calma. Senhores isso é um hospital, por favor. — A senhora enfermeira disse, acenei com a cabeça e ainda puxando Mark fui para o balcão assinar a maldita alta. A omma abriu a boca para falar algo, mas minha mãe não deixou que ela completasse a abraçando.

— Por favor, a alta. Paciente Park Jinyoung. — Falei para a moça do balcão, ela sorriu amarelo e digitou algumas coisas no computador. Me voltei para Mark que chorava baixinho olhando para o chão, nossos dedos estavam entrelaçados com naturalidade e o estranhamento que tivemos não parecia nada naquele momento.

— Mark hyung? — Chamei baixo recebendo seu olhar em seguida. — Podemos conversar depois, mas vamos esquecer por hora. Tá bom? — Ele acenou positivamente e eu sorri sem humor. Ele chorava sem vergonha alguma, era até estranho vê-lo assim. Eu não sabia como eu não havia desabado, aliás pensei que seria o primeiro a ficar feito uma criança e não Mark. Um sentimento um tanto esquisito me atingiu, queria o consolar, o apertar entre meus braços e trazer o Neném para a gente.

O próximo passo era achar a mulher da assistência social e nem que precise ir até o inferno para isso, até o diabo deveria ter medo de mim agora porque eu vou fazer pedacinhos dessas idiotas e de quem ficar no meu caminho. Ou eu não me chamo Park Jinyoung.  

Julguei mal o Jaebum e o Jackson daquelas vezes, o barraqueiro dessa porra aqui sou eu. Ninguém mandou mexer com minha cria, agora eles vão provar do pior veneno, o meu.

— Assine aqui. — A balconista entregou a ficha e assinei onde ela pediu. — Seus pertences estão com sua mãe. — Concordei com a cabeça e sem esperar ninguém fui com Mark para a saída. O pobrezinho tropeçava nos pés, minha pressa era tanta que havia esquecido do estado deplorável dele. Parei de repente, eu precisava dar um banho nesse infeliz e trocar de roupa. Tenho que parecer decente em frente da assistência social para depois esculachar eles.

— Jinyoung-ah, vamos mesmo buscar o Neném? — Ele mordeu o lábio inferior, sorri fraco sem saber o que dizer porque na realidade eu não fazia ideia do que fazer. Só sabia que eu traria o Junior de volta por bem ou por mal.

Fomos para minha casa de táxi e assim que cheguei dei de cara com os brinquedos que compramos e a cadeirinha que Junior tanto gostava. Mark só faltou abrir o berreiro de novo, porém mesmo que eu tivesse a mesma vontade não tínhamos tempo para isso então o puxei até o banheiro de forma nada delicada.  Entrei com ele já arrancando sua camisa, Mark arregalou os olhos sem compreender a situação, mas quem mandou ele encher a cara com whisky barato? Quando levei minhas mãos no cós de sua calça congelei ficando com uma vergonha que veio do além, me senti um alienígena tentáculo estuprador, nada agradável, ainda mais vendo ele tão vulnerável assim. Mark estava me atiçando num momento indevido e o pior: sem consciência disso.

— Tira a roupa e toma um banho. Vou trocar a minha. — Falei pausadamente encarando seu lábio inferior preso por seus dentes. Não é hora para isso, balancei a cabeça e girei em meus calcanhares indo para meu quarto.

 

 

Eu não fazia ideia de onde ir, mas graças a Deus google existe para isso. Bastou uma simples pesquisa e eu já estava na porta de um dos centros de assistência social mais próximos de minha casa. Mark estava mais sóbrio e ajeitado caminhando no meu encalço e foi assim que entrei no local com sangue nos olhos.

Ignorei a fila e fui direto ao balcão sem me importar com protestos, bati a mão na madeira com força chocando os presentes e fazendo o segurança da porta se aproximar. A atendente arregalou os olhos assustada e desviou o olhar para o projeto de armário, mas assim que a encarei ela sorriu amarelo e engoliu seco.

— Não sei quem vai tomar providência, mas levaram meu filho e você queira ou não vai me ajudar a achar ele. — Ditei pausadamente para que ela entendesse sílaba por sílaba.

— Senhor, você deveria relatar a polícia primeiro. Sei que deve estar nervoso, mas é mais …

— É mais nada. Por culpa de pessoas irresponsáveis que meu bebê está em perigo! Como podem deixar que aquela mulher que o abandonou o levar?! Que caralho ‘tá acontecendo com este país!? — Gritei. O segurança tocou em meu ombro como se fosse um aviso.

— Senhor, você vai ter que se retirar ou vamos chamar a polícia. — Aquela mulher sem noção disse pausadamente, engoli a raiva e tentei ficar calmo porque senão eu iria voar na cara dela.

— Pode chamar a porra da polícia. Chama quem você quiser! Eu quero meu filho. — Gritei arrancando a mão do cara de mim e bati no balcão de novo. Eu iria tacar tudo no chão se não fosse Mark me puxando e tentando me conter. — Você ‘tá do lado deles,  seu imbecil?

O louro ignorou meus gritos continuando a me segurar com uma força sobrenatural. Eu já não tinha mais garganta nesse momento, não parei de gritar e xingar por um segundo e fui posto para fora com meu melhor amigo. Encarei Yien com ódio e parti pra cima dele. Que porra ele tava fazendo? Deveríamos achar o Neném logo!

— Jinyoungie, não podemos ser presos. Temos que achar outro jeito.

— Que outro jeito, seu idiota?! — Gritei, mas minha voz não saiu. Mark deu ombros e saiu andando na frente como sempre. Aquilo disparou ainda mais a raiva que sentia e logo as lágrimas de ódio mancharam meu rosto.

— Por enquanto não podemos fazer nada, Jinyoungie. Absolutamente nada.


 

O absolutamente nada tornou-se várias garrafas de soju vazias na mesa da casa dos Tuan. Não tinha ninguém além de nossas presenças mortas sentadas no chão aqui. Aparentemente os pais deles estavam na Tailândia de férias e o irmão na balada, ou seja eu podia chorar e gritar.

Já não sentia as pernas normalmente, meu corpo estava dormente pela bebida e eu mal conseguia formular algo decente para dizer.

— Maaark, nosso bebê deve estar bem, né? Foi melhor assim. Agora eu posso ficar com o Jaebum de qualquer jeito. — Zombei rindo e recebi um tapa. O clima era melancólico demais.

— Cala a boca. O Jaebum não vai ficar com você. — Ele falou com raiva. Me senti ofendido, por que não ficaria ?

— Ele só não ficaria como ficou e me fodeu gostoso naquele sofá. — Rebati sem pudor algum. O louro riu com escárnio e levei outro tapa.

— Jinyoung, até eu te foderia naquele sofá, ainda mais naquela situação.

— Não entendi nada, Mark. — O empurrei fazendo ele deitar no chão, deitei em cima dele sem me importar e mordi o lábio. — Pode me explicar o que houve? — As palavras saíam arrastadas e eu torcia para que ele compreendesse.

— Quer mesmo saber? Eu poderia fazer outra coisa, aí você esqueceria de uma vez por todas isso. — Murmurou enrolando a língua e eu levantei a cabeça de seu peito encarando suas bochechas coradas pela bebida.

— Fala logo antes que eu entre em coma alcoólico. Isso é pior que perder o primeiro amor, perder meu bebê.

— Isso ‘tá parecendo mpreg do jeito que você está dizendo. — Mark falou, bati nele de leve e deitei minha cabeça de novo sentindo ele respirar. — YoungJae traiu o Jaebum e ele transou com você por isso. Vingança, mas se arrependeu. Ao invés de contar pro YoungJae veio desabafar as mágoas comigo, logo depois você veio bêbado… — Ele fez uma pausa para virar a garrafa na boca derramando um pouco de soju pelos cantos dos lábios. Encarei as gotas de soju fazerem um caminho por seu queixo deslizando por seu pescoço até que sua voz chamou minha atenção para sua boca. — Falando que Jaebum havia te comido, que ele não lembrava e que você tava apaixonado. Fiquei puto, afinal que porra vocês tem na cabeça? Primeiro que você se esqueceu de mim naquela balada, me largou sozinho com o Yugyeom, outro que levou um fora. Vocês são os piores amigos do mundo nisso, tirando o Jackson que é o único inocente nisso tudo, por enquanto. — Acabou de dizer rindo no final, tentei achar graça e acabei rindo de sua risada estranha. Ajeitei-me em cima dele ficando próximo de seu rosto e sorri sem raciocinar direito. Jaebum havia trepado comigo por consolo e eu estava tão foda-se para isso que era bizarro. YoungJae botou um par de chifres nele bonitos. Gargalhei com a ideia do Jaebum parecendo um alce, mas nunca vi um alce na vida. O louro me acompanhou nas risadas e me perdi em seu sorriso bonito. Seus dentinhos caninos brilhantes, as risadas fofas ecoando, a forma que seus olhos se apertavam tudo era perfeito. Eu nem sabia por que estávamos rindo, só sei que ele parou de rir e suspirou fazendo seu hálito de puro álcool bater em meu rosto, me fazendo senti até mais embriagado por isto.

— Jaebum hyung tem um par de chifres e eu servi de consolo. Agora me da uma atualização melhor, Mark Yien Tuan. — Ditei brincando com as palavras, ele franziu o cenho surpreso. Acho que era uma situação na qual eu deveria chorar e não parar mais, porém meu estado de espírito estava melancólico e amargo demais para tal, fora que no momento tinha uma grande desordem mental acontecendo comigo, só podia relacionar os fatos com o Jaebum parecendo um alce e um YoungJae rindo que nem louco. Ah! Quase me esqueci, e eu trouxa como sempre.

— Você me beijou. — Mark sussurrou, olhei pra ele rindo. Havíamos chegado num ponto proibido de se conversar, o louro iria achar minha lógica horrível.

— Olha, Mark…. — Fiz uma pausa e respirei fundo. — eu queria testar se você estava sentindo outra coisa, foi mal cara eu não…

— Você me beijou nesse dia. E, Jinyoung, não consigo explicar. A gente... nós não somos amigos comuns. — Ele se empacou no meio da frase, franzi a testa não entendendo mais nada. Mark bufou e se levantou quase me dobrando no meio, cai para o lado no carpete cinza e encarei sua figura bagunçando os cabelos impaciente.

— Porra, você que esquece tudo! A culpa não é minha. — Gritou com raiva, me assustei de sua reação e mordi a boca. Achei um pouco de graça nisso, acabei por rir dele e o abracei encaixando meu queixo em seu ombro.

— Esqueci do que, hyung? — Zombei e ele me empurrou subindo em cima de mim. Engoli seco esperando um tapa, entretanto Mark se aproximou fazendo sua franja encostar na minha testa e nossos narizes se esbarrarem.  — Mark, sabe o que eu tive vontade esse tempo todo? — Perguntei entrelaçando meus braços em seu pescoço e sorrindo malicioso.

— Acho que tem sido na mesma coisa que eu. — Murmurou acabando com a distância de nossas bocas com violência. A sua boca tinha gosto de whisky e eu fiquei cada vez mais submerso na sensação dos lábios dele pressionando os meus. Seus dedos invadiram minha blusa apertando minha cintura causando um arrepio nada sutil, gemi contra sua língua porém Mark se afastou contra minha vontade.

— Jinyoungie, estou cansado disso. Eu tenho medo. Medo de nada voltar como era, medo de não conseguir o Neném de volta. — Sussurrou com a testa colada na minha, me sentei empurrando-o e Mark acabou por ficar em meu colo segurando firme na minha cintura.

— Vai dar tudo certo, tem que dar certo. — Falei baixo e depositei um selinho casto em seus lábios entreabertos. — Eu também tenho medo.

— Jinyoung, promete não deixar tudo estranho? Promete se lembrar dessa vez? — Disse meio arrastado, mordi o lábio inferior sem entender e ele me puxou para outro beijo com necessidade. Caí de costas novamente sem quebrar o beijo e só pude gemer quando Mark chupou minha língua sem pudor algum.

Agora minha maior preocupação era corresponder sua afobação e não perder o total controle, mas sinto que era isso o que ele queria. Já não ligava mais se ele era Mark, meu melhor amigo e aparentemente heterossexual. Agora éramos Mark e Jinyoung, amantes acima de tudo e de qualquer convicções. Agora eu lembrava da sensação que era amar e ser correspondido mesmo que seja errôneo por agora. Estávamos entregues.


Notas Finais


Notas finais
Então... Foi isso kkkkk. Eu queria realmente poder ter mais tempo e disposição para escrever, não que me falte vontade. Mas pessoas quando tenho a inspiração tudo parece querer me impedir de escrever. Esse capítulo na minha opinião não ficou bom, mas quero compensar nos próximos ao invés de deixar vocês esperando mais ainda. Sei que nas minhas condições não vai rolar algo melhor que isso no momento. Me desculpem mais uma vez.
Obrigada por lerem e até a próxima.
Biju !


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