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História Katsudon - Único


Escrita por: pixieprince

Notas do Autor


essa história toma lugar num futuro em que eu assumi que o yuri venceria a competição na rússia (episódio 8). é, portanto, DEPOIS do beijo do episódio 7, assumindo também que tenha sido o primeiro. EU SEI QUE ELES TECNICAMENTE NÃO PODERIAM GET FRISKY NO AUDITORIO MAS FOI LICENÇA POETICA, ME DEIXA.

aliás sugiro lerem ouvindo a música Weak - AJR

bora ler? :V

Capítulo 1 - Único


Katsuki Yuri acabara de vencer a competição na Rússia.

As últimas famílias dos patinadores finalmente deixavam o estádio, a área de patinação estando liberada por alguns minutos até que começasse a limpeza do gelo.

Yuri escolhera ser o último a sair, alegando ainda ter um bom tempo até ter de voltar ao hotel, e querendo “despedir-se” do gelo.

Victor Nikiforov o observava de longe enquanto patinava, suas lâminas cortando aquela fina superfície de água sobre o gelo sendo o único ruído a ecoar pelo grande auditório. Encostado sobre a mureta, o russo tinha os olhos cravados na forma graciosa de seu aprendiz, em cada movimento dos braços, em cada menear da cabeça.

Yuri não performava nenhuma coreografia. Não tinha sequer uma música de acompanhamento – limitava-se a patinar, livre e sozinho, tendo o gelo todo para si.

Um príncipe, pensou Victor. O foco de todos, a paixão de todos. Dono de tudo.

Por impulso, o homem tocou com a ponta dos dedos sobre os lábios dormentes de frio. Sentiu o rosto esquentar com a reminiscência dos lábios do próprio Yuri sobre os seus, aquele beijo no auditório, aquele beijo no final da competição, ah, dera o que falar.

Embora já estivesse acostumado a driblar perguntas invasivas da imprensa, Yuri não estava. E talvez aquele beijo tivesse acabado por causar mais estresse para o pobre patinador japonês do que ele pensou que causaria – ele vinha quieto ultimamente, não evitando seus toques e investidas, mas apenas nunca respondendo.

Victor não estava acostumado a ser ignorado.

Voltou à realidade com som dos patins de Yuri mais perto de si. O rapaz projetou meia circunferência em sua direção, e embora estivesse de costas para si, Victor poderia jurar que ele tinha lhe lançado um olhar por sobre o ombro.

E aquele olhar seria seu fim.

-Victor.

Ergueu a cabeça, as sobrancelhas erguendo junto, parecendo despertar de um transe ao encontrar a expressão dura de Yuri. Aquela mesma de quando ele começava sua performance em Eros. Aquele mesmo olhar que dirigia a si, antes de umedecer os lábios e as primeiras notas do instrumental começarem a tocar como um sinal de partida.

Victor sentiu um arrepio violento castigar a coluna. Respondeu um “Sim?” quase tímido, quase patético para uma lenda da patinação artística dirigir a seu aprendiz.

Arriscou um passo e dois na direção do gelo, sentindo um repuxo como se o olhar de Yuri tivesse uma corda. Puxando-o em sua direção.

A última coisa de que lembrava eram os patins de Yuri ruidosos contra o gelo, pegando velocidade, e uma mão em sua gravata.

Depois, já tinha o rapaz contra si, de costas para a amurada e, mesmo sendo aquele que realmente era encurralado, Victor quem se sentia sob seu controle, sob sua vontade. Poderia derreter ali na hora, mas talvez o olhar do outro fosse mantê-lo vivo ao mesmo tempo que o matava.

-Yuri...? -chamou baixo, como se perguntasse o que aquilo significava. Foi cortado pelo outro.

-Você disse que iria comer Katsudon comigo depois das competições -sua mão deslizou pelo peito do russo, um olhar oblíquo queimando sobre sua boca- Então? -mordeu o lábio inferior- Eu estou aqui.

Oh.

OH.

Victor sabia do que se tratava, apenas não esperava.

O sangue em suas veias não sabia se corria para cima ou para baixo. As mãos tremiam contra a amurada, o apoiando, uma vez que não tinha exatamente os sapatos certos para estar no gelo. O toque superficial de Yuri sobre seu peito mandava uma corrente elétrica por seu corpo, deixando-o sem ação.

Wow. Quando foi que Yuri aprendeu a desarmá-lo daquele jeito?

Victor não foi, portanto, capaz de contestar. A respiração de Yuri contra seu pescoço, tão quente que ele poderia jurar que fora visível contra o ar frio do auditório, era simplesmente tentação demais para ele. Tomou o rosto do aprendiz em uma das mãos, unindo seus lábios com uma calma que contrastava logo com a urgência do mesmo.

Yuri o beijava como se o devorasse. Uma das mãos ainda o puxando para baixo pela gravata, a outra em sua nuca, as pontas dos dedos frias. Houveram batidas dos dentes duas ou talvez três vezes – nada que fosse novo para um segundo beijo, ou que incomodasse Victor o bastante para parar.

Se Yuri não tinha experiência, ele iria de muita boa vontade ajuda-lo a praticar.

Yuri grunhia sempre que partiam o contato. Victor mesmo já sentia lentamente estar perdendo a sanidade, soltando sons sôfregos entre aqueles molhados do ósculo. A boca do aprendiz se encaixava na sua como se fosse seu destino beijá-la, e ainda assim sabia que não era a realidade das coisas. Yuri não o completava – o transbordava.

Quando o outro chamou seu nome, Victor se sentiu completamente fora do controle da situação. Uniu seus corpos, puxando o corpo de Yuri para cima pela coxa, e o outro agarrou-se em suas roupas, gemendo seu nome de novo e de novo. A fricção entre a parte inferior dos corpos dos dois deixava claro para Victor a situação de seu parceiro. Não que fosse um incômodo – se não tivesse as mãos em Yuri logo, Victor talvez morresse.

Foi o russo quem o puxou para o outro lado da amurada, temendo uma tragédia caso, digamos, seu equilíbrio o traísse sobre o gelo fino. Ajudou o outro a sentar sobre o muro baixo, mordendo o lábio inferior quando este prontamente separou as pernas, uma das mãos na nuca de Victor e o olhar enevoado o atraindo melhor que um ímã.

A expressão de Katsuki Yuri era simplesmente lasciva. Projetou com os lábios um “Por favor” sem som, mas nem precisava pedir. Victor colocou-se de joelhos, o ar parco nos pulmões e as mãos tremendo como nunca estiveram quando estava com alguém daquela forma.

Talvez Yuri fosse ser, realmente, seu fim.

A boca encontrou tecido e tule, afastou um ou outro e eventualmente conseguiu um espaço no figurino apertado de patinação para encontrar um mínimo de pele. Sua língua quente se chocando contra o baixo-ventre de Yuri garantiu ao japonês um arrepio que foi sentido por ele. Yuri passou a mão pelos cabelos, olhando para baixo, para Victor. O treinador ergueu os olhos bem na hora.

-Itadakimasu -brincou o aprendiz, com um sorriso de canto.

Escolheu manter contato visual. Quando as mãos correram pelas pernas do mais jovem, quando afastaram o tecido, quando encontraram seu sexo. Viu Yuri morder o lábio. Decidiu que queria ver mais.

Passou a se concentrar em seus próprios “trabalhos”. A língua provou a glande do outro por um tempo, prolongando o contato que vinha desejando já não há pouco tempo. Correu por todo seu comprimento, até a boca decidir parar de provoca-lo e finalmente envolver seu falo por completo.

Não era sua primeira vez. Victor sabia o que estava fazendo.

Engoliu-o totalmente, arrancando um “wow” dele, um adorável som de surpresa, um riso baixo de satisfação. Dedos longos encontraram seus cabelos brancos, e dessa vez não era uma provocação – mas um carinho, uma intimação a continuar.

Como sempre, mesmo em uma situação considerada “passiva”, Yuri mantinha o controle sobre si.

Victor ergueu os olhos em tom de sorriso, voltando todo o caminho até sua glande, deixando a língua brincar contra aquela parte tão sensível. Viu Yuri morder o lábio inferior mais uma vez, mas não esperava que chamasse seu nome quando sugou sua pele.

Sentiu o rosto esquentar. Queria mais sons. Mais contato.

Os gemidos de Yuri eram altos, longos e sôfregos. Respirava forte mais do que realmente gemia, mas quando o fazia, era mais um choque para Victor. A nuca arrepiada contra o frio do auditório, os sons molhados somados àqueles produzidos por Yuri ressoando em seus ouvidos com a mais alta qualidade, vindos do eco do enorme teto abobadado. Aquele contato era mais uma exploração, um conhecer o corpo do outro, seus pontos mais sensíveis, suas preferências. Era prestar atenção em seus sons, suas palavras, os dedos se afundando em seus cabelos e puxando quando acertava certo ponto.

-Victor -chamou-o daquele jeitinho, com o pesado sotaque japonês nos lábios, com dificuldades para pronunciar um nome ocidental- Mais...eu vou...

Usou a mão como suporte. Revezava-se entre fechar os olhos, aumentando a sensação do membro de Yuri entrando e saindo de sua cavidade oral, e mirá-los na direção do rapaz, de sua expressão criminosa, de sua boca entreaberta, de seu peito subindo e descendo com uma velocidade impressionante.

Falando em velocidade, aumentou a sua. Manteve os olhos fechados por mais que quisesse muito ver a expressão do mais jovem naquele momento, quando sua respiração se tornou ainda mais curta e ambas as mãos foram agarrar os cabelos em sua nuca, o puxando contra si.

Não esperava que fosse seu nome a sair dos lábios vermelhos de Yuri naquele momento. Mas ocupava-se demais lidando com aquele líquido denso que agora o preenchia e agora escorria pelo canto da boca, se afastando para tirá-lo com o polegar antes que pingasse na camisa.

Passou a língua pelos lábios, focando o olhar em Yuri. Yuri, que agora tremia da cabeça aos pés, um sorriso satisfeito dançando em sua expressão não menos lasciva do que antes, mas que agora era mais de prazer genuíno do que mesmo um desejo mal contido.

-Como você tinha dito? -perguntou, a voz um tanto quanto rouca, enquanto ajeitava as roupas e Victor se levantava com alguma dificuldade, como se houvesse se acostumado a ficar no chão- O Katsudon mais saboroso que você já viu no gelo?

Certo, agora o sangue definitivamente correra para o rosto. Victor poderia contestar, mas tudo que deixara seus lábios fora um sopro.

Oh. Katsuki Yuri definitivamente seria seu fim.


Notas Finais


[:3c INTENSIFIES]
mereço algum comentário, fandom br? ;;


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