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História Keep Holding (Tavril) - Capítulo 3


Escrita por: ForeverEvril

Capítulo 3 - Capítulo 3


Fanfic / Fanfiction Keep Holding (Tavril) - Capítulo 3

 

Minha irmã era uma boa garota, as vezes eu ficava com raiva dela, porém, não por culpa dela mesma, mas sim por culpa dos nossos pais, principalmente da minha mãe, mas para mim ela sempre foi uma boa irmã, o único erro dela é namorar um idiota feito o Owen, não sei como uma garota bonita e inteligente feito ela, viu em um cara ordinário, babaca e superficial tipo ele.

— Obrigada, — eu disse olhando para as fotos na parede do meu quarto.

— Pelo que? — perguntou Giulia confusa.

— Por não ter falado sobre a Taylor entrar no meu quarto, de madrugada. — respondi abrindo um sorriso de lado.

— Não tem problema. Vocês estão ficando? — perguntou ela.

— Não, claro que não, da onde você tirou isso? — perguntei um pouco alto de mais, enquanto levantava da cama.

— Sei lá, o que ela vem fazer de madrugada no seu quarto? — Giulia perguntou arqueando uma sobrancelha.

— A gente conversa, brinca, mas, não, a gente não esta ficando! — afirmei.

— Ok, maninha, não esta mais aqui quem falou. — disse ela levantando as mãos em sinal de rendição.

Sentei novamente na cama e encarei Giulia, a mesma olhava para a parede do meu quarto, mais precisamente para as fotos.

— Já disse que você tem talento? — perguntou ela fascinada.

— Não. — respondi surpresa.

— Sim, você tem. — disse ela com um sorriso.

Eu apenas sorri em resposta. Giulia levantou de minha cama, bagunçou o meu cabelo e saiu do quarto.

 

(...)

Eu não tinha o que fazer, nem para onde ir, acabei ficando dentro do meu quarto, sai dele apenas para jantar. Não tem muita ação sem a escola, a maioria dos meus amigos estão viajando. Eu até sai da cidade, por exatas duas semanas, passar na casa da vovó poderia ser um programa de férias, por que não?

Abri a porta do meu quarto e olhei ao redor, como faço todas as segundas, quartas e sextas. Após checar que meus pais já estavam no quarto, voltei para dentro do meu e tranquei a porta com chave, troquei de roupa, peguei meu celular e minha mochila, que, aliás, esta sempre preparada. Sai pela janela, tentando fazer o mínimo de barulho possível, passei pelo telhado e enfim desci a escada. Já passava das 21h30min, o que significava que provavelmente a Taylor já havia chego. Caminhei com um pouco mais de rapidez, pelo menos até chegar à entrada do bosque.

Bem, esse bosque se tornou meu refugio, na verdade, meu e da Tay, ninguém nunca entra em um bosque de noite, Taylor me trouxe para cá, uma noite, depois de que eu havia brigado com a minha mãe, foi uma noite ótima, ela me ensinou muitas coisas, como por exemplo, reverenciar o pequeno lago.

O lugar é grande, cercado de arvores, antigamente era uma praça onde as pessoas vinham passar o final de semana em família, por isso os bancos e até uma fonte abandonada, o nosso lugar preferido é em frente ao lago. Também tinha pouca iluminação, uma ou duas luzes publicas, parece ser um lugar perigoso para duas garotas no meio da noite, porém, não é. Taylor e eu conhecemos cada canto do bosque e, nós sabemos onde nos esconder caso nos metermos em problemas, sinceramente, eu gosto de passar as minhas noites aqui, com a Taylor.

Suspirei e sorri ao escutar a voz de Taylor, ela estava cantando, sentada de frente para o lago. Soltei a minha mochila e sentei ao seu lado, passando meu braço por cima dos seus ombros, comecei a cantar junto a ela. Sim, é assim que a gente reverencia o lago, quem chegar primeiro, começa a cantar uma música quando vê que a outra esta chegando, então sempre cantamos duas músicas para o lago. Eu não sei dizer de fato para o que isso serve, mas eu gosto.

— Boa noite. — disse ela com um grande sorriso.

— Boa noite. — eu disse depositando um beijo em sua bochecha.

Taylor sorriu para mim em resposta. Levantei do chão e estendi a mão para ela, que segurou na mesma para levantar. Abri a minha mochila e tirei de dentro a manta, a estendi no chão e sentei sobre ela. Observei Taylor tirar uma garrafa térmica pequena de sua bolsa e junto a ela uma caixa de biscoito de uva, sim, eu tenho gostos estranhos, porém, era o meu preferido e Taylor sabia disso.

— O que acha? — perguntou ela de forma orgulhosa enquanto sentava ao meu lado.

— Por isso que eu te amo. — falei sorrindo.

Bem, Taylor e eu basicamente passamos as noites nesse lugar conversando, brincando, as vezes tocando violão e cantando, as vezes apenas ficamos em silencio, observando o lago, as estrelas, as vezes apenas ficamos nos encarando sem dizer nada uma para a outra.

— Me desculpa se eu fui meio grossa com você hoje. — disse ela quebrando o silencio.

— Tudo bem, Tay. — falei sorrindo. — Eu não deveria ter me metido, mas eu fiquei preocupada com você naquele lugar. 

— Avril, eu sei me virar, você não precisa se preocupar. — disse ela olhando para o lago.

— Vem cá. — eu disse e a puxei para um abraço.

Taylor se encaixou em meus braços, colocando a sua cabeça em meu ombro, o que deveria ser ruim para ela, por ter que ficar um pouco curvada, eu sorri da situação e ela riu também. Taylor deitou sobre a manta e deu dois tapinhas sobre suas coxas, me indicando para deitar, fiz o que ela pediu, deitei minha cabeça sobre suas coxas e fiquei fitando o céu, enquanto sentia a mão dela acariciar a minha cabeça.

— Por que nunca ninguém vem aqui? É tão bonito. — dizia Taylor pensativa.

— Sim, eu concordo, mas olha pelo lado bom, se as pessoas viessem aqui, não seria o nosso canto especial. — respondi e ela sorriu.

— É, verdade, eu prefiro ficar aqui apenas com o lago, as arvores, os bichos e você. — disse ela me fazendo rir.

— Não tem bichos. — eu disse levantando a cabeça e olhando ao redor.

— Verdade, você já espantou todos eles. — disse ela gargalhando, e como punição eu a besliquei na barriga.

— Tay? — chamei agora a olhando.

Taylor parou de rir, respirou fundo e me olhou nos olhos.

— Oi. 

— A gente nunca vai perder isso, não é? — perguntei ainda a olhando.

Taylor sentou e ajeitou minha cabeça em suas pernas.

— Depende ao que você se refere. — disse ela olhando para meu rosto.

— Isso tudo, esse lugar, a gente. — falei suspirando.

Seus longos cabelos caíram sobre o meu rosto me fazendo cócegas, Taylor mordeu o lábio e olhou ao redor, como se estivesse fotografando cada pedaço daquilo com os seus olhos.

— Nada se perde, tudo fica registrado, você mais do que ninguém deveria saber disso. — disse ela com um sorriso sem mostrar os dentes.

Suspirei e levantei de onde estava deitada, observando o lago atentamente.

— Verdade. — falei enquanto comia mais um biscoito.

— Você esta bem? — perguntou Taylor, voltando a sentar ao meu lado.

— Estou ótima. E você? — perguntei a observando.

— É bom estar aqui com você. — respondeu ela. 



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