Assim que saímos de dentro do bosque Taylor e eu seguimos até o ponto de taxi mais próximo. Assim que entramos no taxi Taylor se fechou, voltou sua atenção para a janela, porém a mão dela segurava a minha com força. O caminho foi em um completo silencio.
Já conseguia escutar a música alta, os carros estacionados encima do gramado da casa e também ao lado da rua, um atrás do outro como se seguisse uma fila indiana. Paguei o taxi e em seguida Taylor e eu saltamos. Conheci de imediato alguns garotos que bebiam e jogavam carteado do lado de fora da casa.
— Tem certeza que não tem problema eu vir? — perguntou Taylor me olhando agora um pouco arrependida.
— Tay, relaxa, você esta comigo, além do mais eles disseram que podia trazer mais gente. — respondi tentando conforta - lá.
A festa realmente parecia animada, o povo estava bebendo e dançando, todo os móveis aparentemente foram tirados do local, algumas cadeiras e um sofá grande e preto no canto da sala serviam para aqueles que já estavam bêbados, queriam descansar um pouco, ou aqueles que queriam se amassar em algum lugar, caso os quartos ou banheiros não estejam disponíveis.
— Quer beber alguma coisa? — perguntei perto do ouvido de Taylor.
— Eu quero. — respondeu ela.
— Vou pegar. — falei um pouco antes de sair de perto dela.
— Você veio. — disse alguém ao meu lado.
Olhei rapidamente para o lado encontrando minha amiga Virgine, ela havia me convidado para a festa.
— Claro, você me convidou. — falei a abraçando.
— Estou feliz de estarmos juntas de novo. — disse ela assim que separamos o abraço.
— Eu trouxe uma amiga, espero que a dona da festa não se importe. — falei pegando duas cervejas.
— Sua amiga é minha amiga, fica tudo certo. — disse ela enquanto passava um braço por cima dos meus ombros.
Conheço Virgine e posso afirmar com certeza de que ela já esta meio bêbada, o que pode ser bem engraçado levando em conta as outras vezes que eu a vi embriagada.
Caminhei lado a lado de Virgine em direção a onde havia deixado Taylor, mas ela estava acompanhada, um garoto que eu conhecia de vista estava conversando com ela. Taylor voltou sua atenção para mim e sorriu, vi ela falar algo para o garoto e sair de perto, vindo em nossa direção.
— Virgine. — chamei sua atenção fazendo ela me olhar. — Deixa eu te apresentar, essa é a minha amiga, Taylor. — falei apontando para Taylor que já estava próxima de nós.
— Muito prazer, Taylor. — disse Virgine um pouco enrolada, ela abraçou Taylor e depositou um beijo em sua bochecha.
— O prazer é meu. — respondeu Taylor segurando Virgine pelos braços para que a mesma não caísse.
Taylor olhava para mim enquanto ria da situação.
— Me desculpem, acho que eu exagerei. — disse Virgine tentando se recompor.
— Tenho certeza. — respondi ajudando Virgine a se escorar no sofá.
— Eu pego água para você se quiser. — disse Taylor.
— Você é um amor. — respondeu Virgine olhando diretamente para Taylor.
— Acho que estão perto das bebidas. — falei apontando para a cozinha.
Taylor acenou com a cabeça e seguiu em direção a cozinha.
— Eu não conhecia essa menina. — disse Virgine me olhando.
— É, ela não estuda na nossa escola.
— Deve ser por isso.
— Você ainda esta brava pelo que aconteceu no fim do ano passado? — perguntei também me escorando no sofá, ao lado de Virgine.
— Na verdade não, sabe, era uma competição, você venceu porque mereceu, somos amigas e seria muita idiotice se eu continuasse chateada por isso. — respondeu Virgine enquanto soltava suspiros de frustração.
— Virgine, é séri... — eu tentei fala, porém ruim interrompida.
— Avril, relaxa, ok? Passou! — disse ela me abraçando novamente por cima dos ombros.
— Aqui. — disse Taylor enquanto estendia a garrafa de água em direção a Virgine.
— Obrigada. — agradeceu ela.
Virgine separou o abraço e sorriu para a gente.
— Vocês ficariam bem fofas juntas. — disse ela um pouco antes de beber um gole de água.
Sorri com aquilo e vi que Taylor sorriu também. Virgine se afastou de nós e entrou em uma roda onde uma galera dançava.
— Então, Tay, você acha que ficamos fofas juntas? — perguntei soltando uma risada.
— A gente sabe... — respondeu Taylor enquanto se escorava no lugar onde antes estava Virgine.
— Quer dar uma volta lá fora, ou conhecer a casa? — perguntei enquanto bebia um gole da minha cerveja.
— Tanto faz. — respondeu ela.
— Ok, então faremos os dois. — falei a puxando pela mão.
Demos algumas voltas pela casa e depois seguimos para a parte do jardim, havia uma grande arvore e nele um único balanço.
— Sério? — perguntou Taylor em tom de brincadeira quando sentei no balanço.
— Empurra. — pedi e a vi sorrir.
Taylor foi para trás de mim e começou a me empurrar em suaves toques sobre meus ombros.
— Você esta melhor? — perguntei
— Estou bem, Avril. — respondeu ela.
— Você não vai mesmo me contar o que aconteceu?
— Melhor não, eu não quero que se preocupe com isso, por favor. — pediu ela, porém dessa vez com uma voz mais grave.
Soltei um suspiro de frustração e fechei meus olhos, conseguia sentir a brisa leve que batia em meu rosto. O balanço já não precisava mais dos impulsos de Taylor, ele se movia sozinho.
Senti o balanço parar bruscamente, abri os olhos encontrando o lindo rosto de Taylor em minha frente, ela sorriu e em seguida grudou nossos lábios, abri minha boca dando passagem para a sua língua, seus lábios macios estavam gelados, porém não mudando o gosto do seu beijo.
Pousei minhas duas mãos em seu rosto e dei uma pequena pausa no beijo, separando nossas bocas alguns centímetros.
— Você quer ir para outro lugar? — sussurrei para ela.
— Melhor não, mas eu quero te beijar. — disse ela antes de voltar a me beijar.
Estamos no meio de uma festa com várias pessoas que estudam na mesma escola que eu, a probabilidade de que me peguem beijando uma garota é enorme, porém não ligo, não gosto de rótulos e nem que me digam quem eu posso ou não beijar.
Levantei do balanço e passei minhas duas mãos em volta do pescoço dela, puxei seu lábio inferior com os dentes e aos poucos Taylor foi parando o beijo.
— Esta festa não esta como eu imaginei. — falei a soltando do meu abraço.
— O que você quer fazer então? — perguntou ela um pouco curiosa.
— Vamos para casa. — respondi bebendo o ultimo gole da minha cerveja.
— Tem certeza? — perguntou Taylor mais uma vez, porem dessa vez parecia chateada.
— Você não quer ir?
— Se a gente for agora eu vou ter que ir pra casa. — respondeu ela soltando um suspiro.
— Você pode dormir lá em casa essa noite. — falei a puxando pela mão.
— Sua mãe não vai gostar nada disso.
— A gente diz que ficou tarde de mais para você ir para casa. — falei observando ela balançar a cabeça de forma negativa, porém com um sorriso de lado no rosto.
— Você não vai se despedir dos seus amigos? — perguntou Taylor apontando para a casa.
— Não, eu falo com eles na escola. — respondi enquanto deslisava minha mão pelo braço de Taylor.
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