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História Keeping Promises - Oração


Escrita por: lizziefyts

Notas do Autor


Olá! Desculpem a demora... a vida adulta cobra. Faculdade, estágio e etc. Enfim, aqui está um capítulo fresquinho para vocês! :)

Capítulo 22 - Oração


 

    Três dias se passaram e ninguém descobriu nenhuma pista dos meus bebês. O cheiro de Victoria havia se perdido pela mata, mesclando-se com o de outro vampiro desconhecido. Toda família estava enraivecida e determinada a encontrá-la, mas eu não sei se poderia fazer isso porque eu havia perdido a mim mesma. Após perceber o que havia acontecido, eu fiquei naquele chão sem ter a capacidade de me mexer ou falar. A gravidade exercia o triplo de seu poder em meu corpo. Nunca achei que nada chegaria perto da dor de meu corpo sucumbindo ao veneno, mas essa parecia estar empenhada para isso. Achei que após me tornar vampira, nunca mais sentiria esse sentimento de impotência, mas ele era tão forte quanto antes. Edward era o meu oposto; ele estava enraivecido mais do que desesperado. Após me carregar até a mansão, ele passava o dia fora com os outros em busca de pistas enquanto eu ficava congelada no sofá.
- Bella? Você quer alguma coisa? – Perguntou Esme, se sentando ao meu lado. Abri os olhos e apenas neguei com a cabeça. – Querida, você não pode ficar assim, eles serão... – Um toque alto e exagerado a interrompeu. Os Cullen tinham telefone fixo apenas por uma eventual emergência, mas nunca vi ninguém usando desde que vim aqui pela primeira vez. Ela atravessou a sala e eu a segui com o olhar.
- Alô? – Foquei no som que vinha do outro lado.
- Poderia falar com Edward? Ou Isabella? – Perguntou uma voz feminina do outro lado. Não reconheci.
- Quem é?
- Eles estão? – Insistiu a voz feminina. Esme olhou para mim e eu estendi o braço. Peguei o pequeno aparelho e coloquei no ouvido.
- Isabella falando.
- Mamãe! – Ouvi o grito estridente de Renesmee do outro lado da linha. Me pus de pé em um segundo.
- Renesmee? Onde vocês estão? Vocês estão bem? – Gritei desesperada, mas ao mesmo tempo aliviada. Eles não estavam mortos.
- Por enquanto eles estão, Isabella, mas isso não durará muito tempo. – Só poderia ser ela.
- Victoria. O que você quer? – Rosnei.
- Você quer seus filhos de volta? Venha me encontrar onde tudo começou. Venha sozinha ou eles pagarão o preço e eu prometo que será bastante doloroso. – E o telefone ficou mudo. Esme me olhava desesperada, suas mãos estavam no rosto e seus olhos quase pulando das órbitas. De repente, toda a depressão que eu sentia havia sumido, dando espaço para o ódio. Minha boca estava cheia de veneno e minha visão com um leve tom de carmim.
- Querida, não vá sozinha. – Pediu Esme.
- Não conte a ninguém, Esme. – Cuspi. Ela se encolheu. Nunca achei que seria grossa com ela, mas eu não tinha tempo para delicadezas. Atravessei a porta com um furacão e segui até o local onde tudo começou.
    Eu não precisei pensar para saber que o lugar onde tudo começou seria o local da fatídica partida de beisebol onde os conheci. Corri como nunca e cheguei lá em poucos minutos. Respirei fundo, mas não conseguia sentir nenhum cheiro familiar.
- Renesmee? – Gritei, enquanto saia do meio das árvores. Um vampiro apareceu do outro lado do campo, me fitando com curiosidade.
- Isabella? – Ele perguntou.
- Bella. – Corrigi, automaticamente.
- Está sozinha?
- Estou. – Ele sorriu e fiz sinal com os dedos para que eu avançasse. Pulei uns seis metros à frente e ele fez sinal para parar. – Ela está só. – Disse o vampiro, para um pequeno celular.
- Onde eles estão? – Eu tentava manter minha voz controlada, mas minha visão estava cada vez mais vermelha.
- Estão chegando. – Provavelmente o telefonema era para Victoria. Ela não era burra e não se arriscaria assim. Vinte minutos se passaram e comecei a ouvir os corações de meus filhos batendo. Um cabelo ruivo começou a brilhar no fundo da floresta e ela logo apareceu. Ela carregava Renesmee em um braço e Thomas no outro. Um rosnado furioso estourou em meu peito. Vê-los ali com ela me deixou cega e eu avancei em sua direção. O vampiro foi mais rápido, chegando até mim primeiro. O barulho foi ensurdecedor, como duas rochas se encontrando em alta velocidade. Suas mãos bateram de encontro ao meu peito, me jogando metros longe. Renesmee e Thomas choravam em conjunto.
- Devagar, Isabella. Esmagar o crânio deles será como amassar gelatina. – Disse Victoria, sorrindo.
- O que você quer? – Respondi entredentes, ainda no chão.
- Você acha mesmo que pode ter o seu final feliz assim? Depois de tudo o que o seu companheiro fez?
- Do que você está falando?  
- Ele matou James. – Sua voz soou dolorida.
- Não, James se matou. Ele decidiu vir atrás de mim mesmo sabendo que eu tinha uma família de sete vampiros. Você que não deveria ter deixado ele continuar com isso. – Eu disse, tentando parecer calma. Tentei imaginar a situação inversa e sei que também iria querer me vingar, mas jamais colocaria crianças em perigo.
- Você era só uma humana estúpida! – Ela gritou.
- E agora que não sou mais, o que você vai fazer? – Perguntei, me levantando cautelosamente.
- Te matar ainda não seria difícil. Eu observei vocês por todo esse tempo. Eu vi seu companheiro indo embora e achei que matá-la seria inútil naquele momento. Acompanhei sua gravidez na esperança que ele voltasse e nada, então um belo dia você sumiu e quando voltou, trazia os Cullen, menos o outro. Continue observando e vi quando ele apareceu, vi quando vocês se acertaram e vi a luta, torcendo para que vocês perdessem. Acompanhei sua segunda gravidez. Estava prestes a atacar, mas você se transformou e estava muito forte, então esperei. Eu sei que te matar vai feri-lo, mas matar esses dois aqui vai ferir muito mais e, como bônus, irá ferir todos os Cullen. – O choque me atingiu, me fazendo cair de joelhos. Ela arquitetava essa vingança há anos. Isso não era uma troca; eu não me entregaria e ela libertaria meus filhos... todos nós iríamos morrer.
- Por que não os matou então?
- Eu tinha que te atrair de algum jeito, Isabella.
- São só crianças! Me mate, me mate por favor, mas deixe-os em paz. – Implorei. Um sorriso brotou em seus lábios e o vampiro caminhou até mim, me imobilizando. Ele parecia ser forte como Emmett.
- Quem vai primeiro? – Ele perguntou. Ela suspirou e colocou minhas crianças em pé no chão.
- Nem tentem correr, isso só vai piorar a situação da mamãezinha de vocês. – Disse ela. – Quem você escolhe, Bella?
- Você é louca! Eles são inocentes, deixe-os em paz! – Gritei, me debatendo debilmente contra o vampiro. A ruiva sorriu e se virou para meus filhos. Renesmee puxou Thomas, colocando-o atrás dela protetoramente. Minha menininha, tão corajosa... Um pequeno e embaçado filme começou a rodar em minha cabeça: Eu me descobrindo grávida dela, a primeira vez ouvindo seu coraçãozinho bater, a descoberta de seu sexo, seu parto, seu primeiro sorriso, suas primeiras palavras, seu encontro com Edward e então veio Thomas. Ele fora a minha cereja do bolo, uma surpresa tão grande quanto Renesmee foi. Ele era meu mini Edward e, apesar do meu medo bobo de ser mãe de menino, ele era muito mais apegado a mim do que Renesmee; ela havia se tornado o grude do pai. A luta contra os Volturi rodava em minha mente e era tão ridículo pensar em comemorar aquela vitória agora, pois tudo havia sido em vão. A morte me queria e por mais que eu escapasse dela por um tempo, ela sempre voltaria para tentar me buscar. Tudo o que eu passei era uma forma de punição do destino, pois eu deveria ter morrido esmagada por aquela van. Eu trapaceei e meus filhos pagarão por isso também... todos que eu amo irão. Edward irá.
- Já escolheu? – Perguntou a ruiva.
- Renesmee? Thomas? – Chamei. Eles olharam para mim com uma carinha que partiu o meu coração. – Eu amo vocês e sempre vou amar. Me desculpe se não fui capaz de proteger vocês. Fechem os olhos e pensem em coisas boas. – Eu disse, quase sufocando. De repente eu me vi torcendo para realmente haver vida após a morte para poder encontra-los, mas provavelmente iríamos para lugares diferentes. Eles eram puros, eu não.
- Vamos acabar logo com isso, Victoria. -  Disse o vampiro. Ela suspirou e olhou para mim.
- É uma pena que isso tenha que acabar assim.
- Vá para o inferno. – Eu disse, entredentes. Fechei os olhos com toda a força que eu tinha. Eu não poderia ver aquilo. - Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o Vosso nome. Venha a nós o Vosso Reino. Seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém. – Sussurrei. Ouvi o vampiro explodir em risadas.
- Você está rezando? – Antes que eu pudesse responder, uma sequência de uivos explodiu a nossa volta. Não estávamos mais sozinhos.
    Tudo aconteceu muito rápido, até para os meus sentidos vampíricos. Dois lobos enormes surgiram atrás de Victoria, puxando-a pelo pé quando ela pulou numa tentativa falha de escapar. Renesmee pegou Thomas nos braços e correu em direção a Jake e eu me senti imensamente aliviada.
- Pelo menos essa eu levo. – Disse o vampiro, em meu ouvido. Ele puxava meu pescoço para cima enquanto empurrava o meu corpo para baixo e uma dor dilacerante me atingiu. Eu conseguia ouvir minha pele se esticando, como algo pontiagudo riscando o metal bruscamente. Olhei para Renesmee e Thomas e eles gritavam desesperadamente, mas tudo daria certo. Eu morreria, mas meus filhos ficariam a salvo. Eu cumpri a minha promessa. Eu te amo Edward pensei, e então a escuridão se abateu sobre mim. 


 


Notas Finais


E aí, o que acharam? Lamento dizer que só faltam mais dois capítulos para o fim da história ~ todos choram ~ )))))))):
Fiquem com o teaser da minha próxima fanfic https://www.youtube.com/watch?v=33HoMcdy3PQ e não esqueçam o feedback do capítulo. Beijinho <3


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