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História Keeping Promises - Convencendo o Desconhecido


Escrita por: lizziefyts

Notas do Autor


Hey!
****Nesse capítulo teremos alguns links importantes para ajudar vocês a visualizarem melhor. Eles se encontram nas notas finais. ****

Capítulo 5 - Convencendo o Desconhecido


    Na manhã seguinte acordamos bem cedo e tomamos o café pelo caminho. Segundo o GPS, chegaríamos lá no final da tarde. Apesar de todo mundo estar nervoso, ninguém tocou no assunto. Enquanto eu colocava o sinto em Nessie, ela me olhou e sorriu, mas eu senti em seu olhar uma pontada de medo. Peguei o meu celular e digitei “Você quer conversar?” E ela assentiu com a cabeça, enquanto olhava pra Jake. Ela não queria que Jacob soubesse, o que é incomum. Apaguei e escrevi novamente “Vou encostar a cabeça em você e você finge me fazer carinho. Ele não irá perceber.” E ela assentiu novamente. Coloquei minha cabeça em seu colo, fingindo dormir e ela colocou as duas mãozinhas em meu rosto.
- Mamãe, eu estou com medo. Eu sei que tem a possibilidade de nem encontrarmos ele, mas e se encontrarmos e ele não quiser saber de mim? Eu ainda não entendo totalmente o porquê de ele ter feito isso com nós duas, mas ele fez... então isso significa que ele não nos quer. Ele vai nos mandar embora quando chegarmos? - Suspirei. O que eu poderia dizer a ela, se nossos medos eram iguais? Eu não queria iludi-la, mas também não podia esmagar sua mínima esperança. Peguei o celular e digitei “Filha, eu não sei o que te dizer porque eu tenho o mesmo medo, mas eu quero que você saiba de uma coisa: Você é o ser mais especial que existe, meu amor. Você salvou a minha vida e você é muito amada, então não se sinta menos importante nunca, ok?”
- Ok. Obrigada mamãe. – Ela sussurrou.
    Na parada para o almoço eu resolvi contar para Jacob a ideia que tive.
- Você está louca de ir numa casa cheia de vampiros sozinha?
- Eles não vão me ferir, Jake. Não são vampiros qualquer. Como eu vou com você e Nessie lá, de cara? Você vai aguentar ver o coração da sua garotinha se partindo ao meio caso o pai dela a rejeite?
- Bella... – Ele respirou fundo e amaçou a lata de refrigerante vazia em sua mão. – Se ele fizer metade disso, eu juro por Deus que eu o mato.
- É por isso que eu prefiro ir sozinha primeiro. Não quero nem pensar na possibilidade de isso tudo acabar em desgraça. – Eu vi a dúvida passar em seus olhos, mas ele concordou porque no fundo sabia que minha ideia era a mais sensata. Eu não contaria a ele o que Nessie me confessou de manhã, mas com certeza isso a protegeria. Ela sempre foi e sempre será minha prioridade.
- E você, Bella?
- Eu o que?
- Vai aguentar caso ele seja um babaca com você? – Respirei fundo.
- Eu não ligo, Jacob. – Menti. – Eu só quero que ele cumpra com o que me deve. – Ele não pareceu se convencer, mas não tocou mais no assunto. Talvez mais uma dose de mágoa seja boa para eu parar de amar Edward.
    Assim que chegamos, procurei um bom hotel para deixá-los enquanto eu ia aos lobos, ou melhor, vampiros.
- Mamãe, eu quero ir!
- Filha, eu preciso ir primeiro. Você está cansada, dorme um pouco e quando eu voltar te conto tudo.
- Não! Eu quero ir! – Nesses três anos, eu poderia contar nos dedos as vezes que Nessie foi desobediente. Não era um comportamento típico dela.
- Renesmee Carlie Swan! Eu não vou falar de novo! – Ralhei. Ela se encolheu na cama e automaticamente me arrependi, mas eu preciso ser firme pois é para o seu bem. Olhei para Jake e ele entendeu automaticamente.
- Nessie, vamos deixar essa parte chata com os adultos. Vamos ver um filme? Eu até te deixo escolher.
- Jacob! – Alertei.
- Está bem. Pode escolher, mas eu tenho que aprovar antes. – Ele disse, revirando os olhos e Nessie riu. Ela ficaria bem com ele.
   O lugar era bem simples de achar. Os Denali possuíam a melhor e maior casa dali, mas era a mais afastada da civilização também.
- Coração, não saia do lugar. – Falei, sozinha no carro. Eu acho que ele nunca bateu tão desesperado antes, eu não sabia o que sentir. Ao parar, notei vários carros estacionados na entrada. O último era o Volvo. Encostei a testa no volante e tentei não desmaiar, mas tudo girava e eu me sentia meio enjoada. Ao levantar a cabeça após uns minutos, notei que havia uma pessoa na janela mais alta da casa. Uma mulher loira me encarava. Todas elas são loiras pelo o que eu me lembre e eu não enxergo tão bem assim, o que não facilitou em nada reconhece-la. Peguei o meu celular e enviei uma mensagem ao Jake:
Estou na frente da casa e acho que vou vomitar.
Me deseje sorte. Te dou notícias assim que possível.
Beijos.

Assim que sai do carro e fechei a porta, avistei Carmen – a única que não era loira - parada na porta principal. Ela me olhava com um misto de espanto e curiosidade enquanto eu caminhava até ela.
- Isabella?
- É, sou eu. – Disse timidamente. Para minha surpresa, ela abriu um largo sorriso e me abraçou.
- Que surpresa! O que te traz tão longe? Vamos, entre, está muito frio! – Antes de entrar na casa eu dei uma última espiadinha no Volvo. Tinha que ser o dele.
    A casa deles era bem parecida com a dos Cullens em Forks. Muitas paredes de vidro, já que aqui eles também não precisavam se esconder. Olhei em volta novamente e percebi que ainda não tinha respondido a pergunta de Carmen, que me olhava com expectativa.
- Ah, claro. Desculpa aparecer sem avisar... eu nem saberia como avisar, na verdade. É que eu precisava muito falar com o Edward. – Ela fez uma cara de pena. Certamente deve estar pensando que estou correndo atrás dele porque não posso passar minha miserável vida humana sem ele. – É sobre os Volturi. – Completei. Sua expressão mudou abruptamente de pena para um misto de surpresa e desespero.
- Eles foram atrás de você? – Ela perguntou, um tanto apavorada.
- Não. Na verdade, eu não sei se eles estavam atrás de algo específico e não sei se realmente era um deles, mas quando ele viu minha filha...
- Espera. O que? Você tem uma filha? – Ela arregalou ainda mais os olhos.
- Sim. E quando ele a viu, falou algo como “a mais preciosa” em italiano. Sei que posso estar delirando, mas Edward me contou que eles gostam de demonstrar poder e de adquirir tudo o que é único. Eu preciso protege-la. – Sua expressão ficou mais confusa ainda.
- Eu não entendo... não faz sentido. O que os Volturi iriam querer com uma criança humana?
- Ela não é bem, digamos... humana. – E nesse momento eu achei que seus olhos saltariam das órbitas.
- Você está com uma criança vampira?! – Ela gritou.
- Não! – Gritei de volta.
- Então como assim ela não é humana? – Ela disse, quase sussurrando dessa vez.
- Ela é minha filha... com o Edward. – Esperei. Carmen começou a me olhar como se eu fosse louca, então continuei. – Olha, eu também não sabia que era possível, ok? E foi por isso que Edward me deixou. No mesmo dia que contei para ele, ele e sua família foram embora da cidade e eu juro por tudo o que é mais sagrado que eu não estaria aqui hoje se eu não estivesse muito desesperada. Ela é metade humana e metade vampira. Ela dorme, come comida normal, cresce normalmente e está com três anos agora, mas ela também precisa do meu sangue pelo menos uma vez por semana, é muito rápida, forte e inteligente para sua idade... e ela é inacreditavelmente bonita e tem seu próprio dom. Eu a amo mais do que qualquer coisa nesse mundo. Por favor, me ajude. – Quando terminei de falar, quase em lágrimas, percebi que as três loiras estavam paradas na escada e que seu marido estava encostado na porta de entrada. Todos olhando para mim com emoções variadas: surpresa, medo, pena e descrença.
A primeira a quebrar o silêncio foi Tanya, e o único motivo para me lembrar dela foi o fato de Edward ter me contado que ela era apaixonada por ele.
- Bella... – Ela disse, enquanto se aproximava. – Todos nós sabemos o quanto você ama o Edward, mas não adianta vir tão longe para chegar aqui inventando mentiras mirabolantes como essa. – Eu contraí todos os músculos do meu corpo e juro que se eu pudesse soca-la sem quebrar minha mão, eu faria. Fechei os olhos me arrependendo profundamente de não ter trago Renesmee.
- Onde a menina está, então? Deixou sua filha de três anos sozinha em Forks? – Disse uma outra loira.
- Ela está aqui, em um hotel. Ela está com Jacob.
- Porque não a trouxe? – Perguntou Carmen.
- Eu não sabia o que iria encontrar. Não queria expô-la, ela tem um entendimento muito grande para sua idade.
- Bella, querida...
- Tanya! – Repreendeu Carmen. – Bella, você entende o nosso lado? Nunca vimos isso em mais de duzentos anos. – Por um lado, eu entendia. Falar em voz alta também parecia meio absurdo.
- Eu entendo, mas... – Meu celular deu uma pequena vibrada e o tirei do bolso; era a resposta de Jacob. Percebi que o plano de fundo era uma foto de Nessie e não dava para negar o quanto ela é parecida com Edward. Abri a galeria de fotos e botei numa foto recente. – Essa é Renesmee. – Carmen arfou e como um vulto enorme, todos se posicionaram atrás dela para ver a foto.
- Podem mexer, tem um bilhão de fotos dela. – E Carmen passou para outra foto, onde todos suspiraram novamente.
- Quem é esse cara moreno? – Perguntou uma das loiras que eu não sabia o nome.
- É o Jacob. O lobo. – Ela fez uma cara de nojo que ignorei.
- É a criança mais linda que eu já vi em todos os meus muitos anos na terra. – Disse Eleazar.
- Sim. A semelhança com o Edward é inegável. – Disse Carmen.
- Como isso é possível? – Perguntou uma das loiras, olhando para mim.
- É, então, né... quando você tem relações...
- Eu sei como os bebês são feitos, Bella! Eu quis dizer, como isso é possível? Vampiro e humano? – Eu ignorei.
- Carmen, por favor, me ajuda. – Disse, ignorando todos os outros. Ela era a que parecia o mais perto de ser humana naquela casa.
- Os Cullen foram viajar semana passada, Bella.
- Todos eles? – Perguntei, sem querer deixar muito óbvio que queria saber sobre ele.
- Menos Edward. Veja bem, Bella, ele nunca nos contou que te deixou grávida. Nenhum outro Cullen jamais tocou nesse assunto, eles evitavam falar de você. Edward sofreu muito os primeiros anos que passou longe de você, ele só saia do quarto para caçar e quase não falava conosco. De uns meses para cá que ele começou a viajar por conta própria, as vezes ele fica três dias fora, mas da última vez ficou dez dias e ele ainda não fala direito conosco... sequer fala com a família dele. Eu não sei dizer quando ele volta, mas os Cullen já devem estar chegando. – Eu não sabia o que sentir. Ele sofreu... ele se importou todos esses anos! Então porque ele nunca voltou? Porque nenhum Cullen nunca voltou? O que Edward disse a eles?
    Quando dei por mim, estava deitada num quarto muito elegante, cheio de CD’S, DVD’S e livros.
- Bella? – Carmen apareceu na porta com uma pequena bandeja.
- Oi. O que aconteceu? Minha cabeça está estourando.
- Você desmaiou, querida. Eu pedi para que Eleazar comprasse algo para você comer. Espero que goste de sanduíche natural. – Ela sorriu. Me lembrava tanto a Esme que tive que me controlar para não chorar.
- Obrigada, você é muito gentil. Me lembra a Esme.
- Esme é uma grande e querida amiga. É uma honra ser comparada a ela. – Sua afeição por Esme transbordou a medida que ela falava e eu percebi que podia confiar nela.
- Desculpa jogar essa bomba do nada em cima de vocês, eu esperava que os Cullens estivessem aqui.
- Não precisa se desculpar, querida. Inclusive falei com Carlisle agora pouco.
- Você contou que eu estava aqui? – Perguntei, apavorada.
- Eu imaginei que você gostaria de fazer uma surpresa, então não, não falei nada e mandei todos daqui irem caçar. Assim que eles chegarem, também sairei. Isso é assunto de família.
- Não precisa, Carmen. O problema é...
- Minhas filhas, eu sei. Peço desculpa por elas, especialmente por Tanya. Ela tem uma fixação...
- Pelo Edward.
- Sim. Ele sempre a rejeitou e ela leva isso com uma ferida.
- Eu imagino, mas não se preocupe. – Ficamos caladas por um tempo enquanto eu comia meu sanduíche e observava o lugar, que não me parecia estranho.
- Acho que seu celular está tocando. – Disse Carmen.
- Eu não estou ouvin... – Antes que eu pudesse terminar ela voou e voltou 2 segundos depois com ele na mão. Jacob estava me ligando.
- Alô?
- Bella! Graças a Deus! Eu já estava ficando desesperado. E ai?
- Os Cullens não chegaram ainda, estou com Carmen.
- Quem é Carmen?
- Ela é a Esme dos Denali, digamos assim.
– Olhei para ela e ela estava na janela sorrindo por causa da observação, eu acho.
- Ah sim. Você vai esperar?
- Sim, eu estou bem, não se preocupe. Volto assim que possível, ok? Cuide dela. Beijos.
– Se bem conheço minha filha, ela deve estar enlouquecendo o Jacob.
- Bella?
- Sim?
- Os Cullens chegaram. – Fechei os olhos, apertando o meu celular com tanta força que poderia quebra-lo. Que Deus me ajude.

 


Notas Finais




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