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História Keeping Promises - Pequeno Milagre (POV EDWARD)


Escrita por: lizziefyts

Notas do Autor


Olá! Resolvi escrever uma parte do capítulo anterior na versão do Edward e achei que ficou muito interessante. Espero que gostem!

Capítulo 9 - Pequeno Milagre (POV EDWARD)


   Ao chegar na casa dos Denali, percebi uma atmosfera estranha. Resolvi investigar, mas todos estavam extremamente cuidadosos com seus pensamentos e logo resolveram caçar, me deixando sozinho com Camren.
- Onde está a minha família?
- Eles decidiram voltar para Forks, Edward. – Disse Camren, calmamente. O QUE?!
- Sabe o porquê? – Perguntei, tentando parecer calmo.
- Não, Edward, mas sei que eles querem a sua companhia. – Tentei vasculhar sua mente, mas após pronunciar as palavras, ela começou a pensar propositalmente em uma receita de macarronada que viu na TV. Eles sequer comem!
- Obrigado. – Gritei, voando para fora, em direção ao aeroporto.
 

    Enquanto corria para a minha antiga casa, apenas uma pergunta rondava a minha mente: Qual era o motivo? O que aconteceu? E claro, imagens de Bella. Será que havia acontecido algo com ela? Eu deixei claro que só voltaríamos para lá quando ela... morresse.
A ideia de Bella não estar mais corando, nem com o seu coração batendo e nem tropeçando nos próprios pés me fez, praticamente, voar pela floresta. Eu quase não conseguia sentir os meus pés tocando a relva molhada.
    Atingi a área da grande mansão em poucos minutos e reconheci o cheiro de toda a minha família e mais alguns. Um deles era desconhecido para mim; parecia ser humano, eu não tinha certeza. O outro era Jacob.
- O que diabos ele faz aqui? – Esbravejei. Me concentrei e foquei no último cheiro: Bella. Uma onda de alívio me inundou, afinal, ela não estava morta. Conseguia ouvir seu coração com perfeição, mas mesmo assim, o que está acontecendo?
Me aproximei da pequena trilha de pedras até a porta de entrada e vi Carlisle me olhar da janela de seu escritório, completamente alarmado. Eu poderia me esforçar para ouvir sua mente, mas sabia que se eu abrisse brecha para ouvir a dele, todos os outros me acertariam em cheio. Não trapaceie, Edward. Ao abrir a porta, a primeira pessoa que consegui ver foi Bella.
Oh, minha Bella! Eu queria correr para abraça-la, beija-la... Ela havia mudado um pouco. Suas curvas estavam mais acentuadas e ela perdera um pouco a cara de menina, estava mais para mulher agora. Ela me fitava da mesma maneira, mas obviamente eu não havia mudado em nada. Seu olhar beirava dor e... pânico (?)
- Edward! – Gritou Rosalie, mas me permiti ignora-la.– Como você pôde fazer isso? – Antes que eu pudesse virar-me para olha-la, ela se jogou contra mim, nos fazendo rolar no chão enquanto ela me estapeava.
- Jasper e Emmett, façam alguma coisa! – Ouvi Carlisle gritar e em um segundo, Rosalie havia sido levada por Emmett. Eu estava completamente confuso. O que eu fiz? Ela não ligava para Bella o suficiente para se importar com os sentimentos dela.
- O que está acontecendo? – Perguntei, ainda incrédulo.
- O que você sabe? – Perguntou Carlisle.
- Só me falaram que vocês resolveram voltar para Forks. – Eu disse, dando de ombros.
- Qual a surpresa? – Disse Jacob, se aproximando de Bella. Vê-lo ali, perto dela me faz imaginar que... será que eles... estão juntos? Não consegui evitar a enxurrada de veneno que atingiu minha boca, fazendo minha língua pinicar.
- O que você está fazendo aqui, cachorro? – Perguntei, entredentes.
- Fazendo o que você deveria ter feito... covarde. – Rosnou Jacob. Senti todo o meu corpo se contrair. Eu não podia brigar com ele, não era justo. Eu os uni, indiretamente. Alice parou de ver o seu futuro porque, provavelmente, ela estava sempre com ele. Quando ela captava breve momentos de Bella fazendo compras sozinha, ou com Charlie, ela parecia perfeitamente feliz. Eu não tinha motivo para voltar. Ela estava bem.
- Jasper, eu não vou mata-lo. – Eu disse, assim que senti uma onda de calma me atingir. Ainda não.
A sala ficou silenciosa novamente – eu tenho muito que agradecer a Jonathan, um amigo da América do Sul, por me ensinar esse botão de ligar e desligar a leitura de pensamentos – e eu me permiti dar alguns passos até Bella. Seu coração imediatamente pulou e perdeu uma batida enquanto ela me observava. Suas bochechas arderam. Ela ainda era tão... Bella!
- Bella? – Sussurrei, tentando manter o controle. Ela prendeu a respiração por um breve momento e a soltou.
- Oi. – E com uma enorme má vontade, mas uma gratidão verdadeira, me virei para Jacob.
- Obrigado. – Eu disse. Ele começou a rir exageradamente.
- De nada. – Disse Jake, ironicamente.
- É sério, Jacob. Eu não tenho direito de ficar com raiva ou ciúmes. Eu sempre quis o melhor para a Bella e sabia que perto de mim ela sempre se machucaria. Embora pareça o contrário, eu a amo. Então obrigado por ter cuidado dela durante esse tempo. – Eu disse, realmente sincero e comovido. Eu tinha que ser altruísta por ela.
- Não vem com essa de “quis o melhor”. Você a abandonou. – Disse Jacob. A palavra “abandono” me atingiu como um soco. Embora eu tentasse mudar isso em minha cabeça e me convencer que era o melhor, era justamente o que eu tinha feito. Eu a abandonei.
- Eu sabia que ela ficaria a salvo com você.
- Nenhuma criança merece crescer sem pai, mesmo que eu exerça essa função melhor do que você. – Disse Jacob. Olhei confuso para ele. O que ele quis dizer? Será que eles... Olhei de soslaio para Bella. Seu corpo não parecia que havia carregado uma criança recentemente. Meu coração doeu com a ideia de Bella grávida dele. Isso significaria que ele a tocou. E ele pode dar a ela algo que eu nunca poderei.
- Jacob, eu não estou lendo a sua mente e nem a de ninguém daqui. Eu treinei muito esse meu botão de on e off nesses anos, então, por favor, me explique porque eu não entendi o que você quis dizer. – Eu disse, exercendo muito esforço para manter meu controle e minha sanidade.
- Então leia a minha. – Disse Jacob, rindo. Suspirei. Eu não queria ter que me concentrar nisso, mas o fiz. Aos poucos abri minha mente e me conectei com as batidas de seu coração.
Bella com uma barriga enorme, deitada no sofá, fitando o teto.
- Você está parecendo uma montanha, eu juro.
- Ah, cala a boca, Jacob! – Disse Bella, rindo e tacando um travesseiro em seu rosto.
Ela era a grávida mais linda e radiante que eu já vi em toda a minha vida.
- Jacob? Jacob! Eu preciso de ajuda, por favor!
- O que houve? Vocês estão bem?
- Jacob... ela nasceu.
– Agonia. Nervoso. Felicidade. Jacob correndo que nem um louco para se transformar e parando na porta de uma casinha na estrada. Ele entrara sem nenhuma cerimônia.
- ISABELLA! – Gritou ele, desesperado. Ele correu até a porta do banheiro da pequena casa e lá estava Bella; sentada no chão, muito sangue e água para todos os lados e um pequeno bebê em seus braços. Ela sorria gloriosamente. Um pedaço de meu coração se despedaçou com aquilo... eu estava certo, ele havia dado um filho a ela.
Jacob observava uma menininha linda brincando no chão, mas parecia errado. Será que era o mesmo bebê? Ela possuía pele de porcelana, longos cachos cor de bronze e parecia possuir cerca de 9 meses. Ela não parecia ser de Jacob. Mas, com aqueles olhos, com certeza ela era de Bella.
- Ei, jogue isso para mim! – Gritou Jacob. A bebê olhou para ele, parecendo entende-lo completamente. Ela pegou um bloco de madeira e o atirou longe, muito mais longe do que a força de um bebê permitiria; o bloco quebrou o vidro e atravessou a janela.
- O que foi isso? – Bella apareceu correndo, apavorada.
- Renesmee decidiu que o bloco não poderia mais morar aqui! – E todos riram. Como se fosse a coisa mais comum do mundo, a bebê se levantou e correu para Bella, que a pegou no colo institivamente.
- Ual! Como você aprendeu a andar? – Vibrou Bella.
Renesmee? Renee... Esme? Não, isso não faz o menor sentido!
Jacob observando Bella terminar de decorar um bolo.
- Você é péssima nisso, sabia? – Zombou Jacob.
- Óbvio que sou, mas não posso deixar seu primeiro aninho de vida passar em branco. Anda, me ajuda! Logo Charlie estará aqui e eu quero que ele veja que eu vivo perfeitamente bem morando sozinha.
- Ele já parou de perguntar por Edward?
- Não. Ele acha que temos que acha-lo e obriga-lo a pagar uma pensão. – Disse Bella, rindo, mas sua voz tinha um toque de tristeza.
- Não posso discordar. Afinal, ele é o pai.  

Pareceu uma eternidade, mas as memórias de Jacob só duraram segundos. E então eu desabei. Aquela bebê extremamente linda de seus pensamentos era minha. Olhando-a melhor, ela parece comigo... seu sorriso é idêntico ao meu. Oh, meu Deus. Deuses. O que eu fiz? Senti Carlisle ao meu lado, mas não conseguia ouvir ninguém, eu sequer conseguia me sentir. Parecia que haviam enfiado ferros em brasa por todo o meu corpo. Uma bola se formou na minha garganta, proveniente de um choro sem lágrimas. Eu não só abandonei a mulher da minha vida, como deixei minha filha para trás. Como era possível?
- E-eu n-não s-s-abia. – Solucei, apoiando a cabeça em minhas mãos. Como isso poderia doer mais do que deixar a Bella? Minha filha. Renesmee. Minha, não de Jacob. Minha com... Ela.
- Do que você não sabia? – Perguntou Carlisle, mas não conseguia responde-lo. Eu só conseguia pensar no rosto da menininha das memórias de Jacob e sentir algo crescendo exponencialmente em meu peito. A princípio, achei que era um rosnado, mas não... era um sentimento forte, muito mais forte do que tudo que eu já senti.
- Jacob, o que você disse a ele? – Ouvi Bella perguntar, audivelmente angustiada.
- Eu só mostrei os momentos cruciais nesses anos. Você grávida, Renesmee bebê... essas coisas. – Respondeu Jacob, com um tom inocente. Senti um baque ao meu lado e o cheiro de Bella se aproximou. Ela colocou as duas mãos em meu rosto e o levantou.
- Edward... você sabia que eu estava grávida, não sabia? – Ela me fitava com uma evidente surpresa. Porque ela está surpresa? Ela não me contou! Apenas neguei com a cabeça. - Como não? Eu mandei uma mensagem para o seu celular antes de você ir embora! Mandei para Alice também! – Ela gritou, desesperada. Ah Edward, você estragou tudo.
- Provavelmente já havíamos destruído os aparelhos. Eu sabia que você ia tentar nos ligar. – Sussurrei, mal acreditando em todas as merdas que eu havia feito. - Me desculpa, Bella. Me desculpa, eu não sei como posso... – Antes de conseguir terminar, Bella se jogou abruptamente em meus braços. Fiquei petrificado por um momento. Ela estava tentando me bater?
- Eu senti tanto a sua falta. – Ela disse, entre lágrimas. Bella! Eu a abracei com toda a força que pude, tentando não a machucar, mas a saudade e o remorso eram sufocantes. – Eu te amo!
- Como você pode me amar? Eu abandonei você e... Nossa filha. – Sussurrei em seu pescoço.
- Eu não sei, eu só amo, Edward. – Ela disse. Sem conseguir pensar, eu a pus de pé e esmaguei meus lábios nos dela. Eu precisava daquilo como precisaria de ar, se fosse humano.
- Eu te amo, eu sempre amei e sempre vou amar! – Sussurrei, ainda em seus lábios. Uma parte de mim estava feliz e plena por tê-la ali e perceber que nada mudou, mas a outra gritava violentamente o nome de minha filha.
    Poucos minutos após esse desastre, consegui cumprimentar Carlisle e abraçar Alice, mas eu estava inquieto. Conseguia ouvir o seu coração batendo no segundo andar. O coração da minha filha.
- Edward, você quer conhece-la? – Indagou Bella. Finalmente!
- É claro! Ela está lá em cima, não é? Eu consigo ouvir seu estranho batimento. – Eu disse, me controlando para não correr até ela. Esme apareceu no alto da escada com ela no colo e eu agarrei os cotovelos de Bella, levando-a comigo para ficar frente-a-frente com minha mãe e minha... filha.
Renesmee me fitava com um misto de curiosidade e de outro sentimento que eu não conseguia captar. Instintivamente estiquei meus braços para ela. Ela olhou para Bella e eu vi a hesitação em seus olhos, mas Bella a encorajou e ela veio. Não consegui evitar sorrir e ela sorriu de volta. Minha pele fria não parecia incomoda-la. Há quanto tempo ela estava convivendo com minha família?
- Oi Renesmee. – Eu disse, me assustando com tamanho fervor que saiu de mim ao pronunciar seu nome.
- Oi papai. O senhor vai me querer? – Disse ela, com sua vozinha infantil. Engasguei. Que diabos de perguntar era aquela? Ela entendia TUDO o que estava acontecendo? Ela... acha que eu fui embora porque não a quero? Uma dor aguda cutucou o meu estômago.
- Ela só tem três anos? – Eu perguntei, virando-me para Bella, tentando disfarçar a careta de dor. Nem a conheço direito, mas já a magoei o suficiente.
- Renesmee é muito especial. – Disse Bella. Seus olhos estavam marejados, embora ela sorrisse.
- É claro que é. – Não consegui tirar os olhos de seu rosto naquele momento. Mesmo depois de tudo que fiz com ela, ela ainda me deu o maior presente que eu poderia receber! Algo que eu julgava perdido para sempre. Sangue do meu sangue. Eu achava impossível, mas meu amor por Bella conseguiu aumentar em 200%.
– Óbvio que eu quero você, meu amor. Me desculpe pela ausência, eu jamais iria embora se soubesse que você estava vindo. – Eu disse, o mais verdadeiro possível. Ela sorriu novamente e deliberadamente esticou sua mãozinha para tocar o meu rosto. De primeira achei que era um carinho, mas imagens começaram a vir em minha mente... Suas memórias, mas eu não estava lendo seus pensamentos.
- O que é isso? – Eu disse, sobressaltado.
- O que ela te mostrou? – Perguntou Bella, chegando perto o suficiente para encostar seu ombro no meu.
- Ela... me mostrou?
- Ela tem um dom contrário ao seu. Ela consegue mostrar seus pensamentos num simples toque. – Disse Bella, claramente orgulhosa. Não há nenhuma dúvida que esse serzinho é meu. Eu a abracei delicadamente e ela retribuiu, ainda com sua mãozinha em meu rosto. Seus pensamentos eram de alívio e amor, tão puros que fez com que eu quisesse me bater por ficar tanto tempo longe dela. Um sentimento devastador me atingiu, junto com o de carinho, amor, remorso, dor, felicidade... Eu era um coquetel de emoções. Ela era especial. Ela não era uma humana comum, isso ficou claro em suas lembranças e nas de Jacob. Como eu nunca ouvi falar disso? Como eu nunca soube que era possível? E pior: Como eu vou conseguir me desculpar com elas? Com... As mulheres da minha vida. Minha família. Minha própria família, verdadeiramente. Eu não sei o motivo, mas com certeza eu era abençoado.

 


Notas Finais


Pobre Edward... o que vocês acharam?
Até o próximo!


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