História Kéfemi - Capitulo - thirty five

POV’S LAÍS

Já marcava 19h no relógio e eu ainda estava na minha mesa, que estava cheia de papéis, de trabalhos? Não, bem! Sim, mas no caso trabalhos da faculdade, eu sabia que ao aceitar esse plano de meus tios, eu me atrapalharia e acabaria assim, bufo me sentando na cadeira, já vi que não saio tão cedo daqui! Mas que merda! Eu estou ocupada e esta merda tocando...

–Ligação on–

 – O que foi?

 – Alguma movimentação estranha por ai Laís? - bufo ao saber de quem se trata.

 – Não, ela apenas chegou com pressa, nada relacionado ao envelope eu acho que ela nem teve conhecimento do conteúdo ainda, Julio não acha que deveríamos desistir?

– Você sabe que depende disso não sabe? Desistir? Até parece seu pai, eu vou com isso até o fim, e você vai ter que ir também, não pode mais sair, você esta em um barco, ou segue dentro ou morre afogada

– Não fale do meu pai, ele é muito mais homem do que você! E eu falei que não estou? Só estou cansada, acha que não tenho nada para fazer? Estou com uma pilha de trabalhos aqui pra fazer

– Está cansada? Eu quem estou cansado, sua tia me garantiu que você seria útil, mas não esta sendo bem assim, não tenho resultados, não tenho respostas, esta me cansando Laís

– Você cansado? Poupe-me Julio, você coça o dia todo, e eu tenho que trabalhar aqui e mais estudar, acha que é fácil? Eu estou fazendo o que posso

– Mas não está sendo o suficiente, no passado eu fui seu pior pesadelo, não quer que eu seja de novo não é?

 – Como está minha tia? - digo mudando a conversa, esse assunto me machuca muito ainda

– Ela está bem, o bebe também, porem o medico pediu para que nós ficássemos até o parto, por isso terá um descanso de mim, mas não espere que eu esqueça o que você tem que fazer ai

– Eu não estou, eu sei o que devo fazer, tenho que desligar, se pegarem-me no telefone podem me demitir, tchau - disse finalizando a ligação e desligando na cara dele

–Ligação of–

– Eu só queria sair disso tudo - abaixo minha cabeça apoiando em meus braços que estão entrelaçados em cima de minha mesa.

– Tudo bem?  - a voz da secretaria de Zeiva invade minha cabeça, fazendo me levantar meu rosto pra poder vê-la.

 – Não te interessa! - saiu automático, eu estava tão cansada, não queria ter que dar explicações.

– Ok - sua expressão era indecifrável, bufo por minha falta de educação.

– Desculpe-me, é Taylor né?

– Sim prazer, esta tudo bem, não precisa falar, afinal nem nos conhecemos - ela começa a organizar alguns papeis na mesa de Karen, como a mesma foi viajar ela usa as duas mesas agora.

– Eu só estou com um problema muito grande - disse querendo desabafar, mas o que eu tenho na cabeça? Todos me odeiam aqui.

– Faculdade?  - ela pergunta de costas, ok como ela sabe? – Você faz advocacia não é?

– Sim, mas como sabe?

 – Eu li seu currículo, eu faço isso, esse é meu trabalho também - ela ainda estava de costas, mexia em papéis parecia procurar algum especifico, sua bunda esta bem marcada pela saia, sua calcinha se ela estiver usando uma, deve ser bem pequena, nego com a cabeça.

 – Ah - ri sem humor. – Você trabalha aqui faz tempo?

 – Um pouco, você pretende trabalhar aqui depois que se formar?

 – Acho que nem vou chegar a me formar se quer saber - abaixo minha cabeça olhando todos aqueles trabalhos espalhados.

– Qual é o problema? Quem sabe eu não possa ajudar - ela disse sugestiva, estava de frente agora.

– Ninguém pode, me enfiei nisso sozinha, mas eu posso te contar algo que ajuda bastante pra eu estar assim

 – Que seria? - ela não podia estar realmente querendo me ajudar, Podia?

– Trabalhos atrasados, eu não tenho tempo para eles, eu até pediria ajuda a alguém, mas eu sou odiada aqui dentro, ninguém me ajudaria - as palavras saem sem eu perceber, sinto uma coisa ruim dentro de mim, quando foi que eu decidi ser odiada assim?

– Eu posso te ajudar se quiser - ela sobe seu olhar, que até então estava preso ao documento que ela tinha em mãos, para mim. – Se quiser é claro

– Por que faria isso? - digo querendo realmente saber, qual é? Todos me odeiam aqui, por que ela seria diferente?

– Bem, eu posso ajudar e você precisa de ajuda.

 – Mas você sabe algo de advocacia? - se ela quer me ajudar é lógico que ela sabe, mas eu queria conversar mais com ela, eu tenho passado tanto tempo sozinha.

– Está em qual ano?

– 4° - digo abaixando minha cabeça, afinal chegar até aqui e repetir, não seria uma coisa muito inteligente.

– Ah então posso, eu sou formada em advocacia e tenho o certificado da OAB - ela diz simples, simples de mais, ela tem o certificado mais cobiçado pelos advogados, e fala assim? E espera um pouco o que ela faz aqui?

– Serio?  - minha boca abre em um perfeito “O”.

 – Eu ganho mais trabalhando para Zeiva, então eu deixei isso de lado, na verdade era algo que meu pai queria que eu fizesse, mas então, eu posso te ajudar.

– Nossa eu nem sei como agradecer - um sorriso nasce em meus lábios.

– Aceite meu convite pra jantar, gosta de macarrão? Sei fazer um ótimo, com molho de alho poro, é do Brasil.

– Ok eu aceito - digo sorrindo mais ainda.

– Pelo que vejo, podemos começar com essa bagunça ai - ela me olha sugestiva e eu concordo com um aceno, ela deixa o documento em cima da mesa onde ela estava e vem até mim.

– Mas você não tem que chegar logo em casa? Ou não sei, seus pais ou seu namorado podem ficar preocupados - digo me importando de verdade com ela.

– Ah, Não eu moro sozinho em meu apartamento e eu não tenho namorado, na verdade nunca tive - ela solta um riso nasal, mas eu não acredito, ela é linda, é magra, mas tem bunda, tem seios, médios, mas não menos chamativos, pele limpíssima, olhos verdes.

– Não minta, você é linda, como nunca namorou?

– Eu disse que nunca tive namorado! Não disse que nunca namorei - ela disse enquanto organizávamos os papeis, um sorriso nasceu em seus lábios.

– Ah, me desculpe! Eu não tinha entendido - fico meio sem graça, ela é lésbica, bem que ela podia sentir atração por mim, estou precisando tanto transar, mas o que estou pensando?

– Não peça, mas eu estou solteira há um tempo já, o trabalho ocupa tempo de mim, ok esse não é o real sentido, mas eu estou interessado em uma pessoa.

– Ela tem sorte! - disse em um tom baixo, mas ela ouviu e soltou uma risada, terminamos de organizar os papeis e saímos da empresa direto para o estacionamento, eu fui para meu carro, que eu havia comprado, e ela foi para o dela, trocamos telefone e endereço antes de partimos cada uma para sua casa.

POV’S Selena

Hoje o dia estava muito quente, uma coisa muito rara nessa época do ano aqui em Paris, eu estava impressionada, pois o local onde eu morava em Los Angeles era frio a maior parte do tempo, do ano, e em New York com Demi também, estava tão quente que Miley chupava um picolé a cada 5min, eu estava ficando preocupada e pra ajudar! O ar-condicionado esta quebrado, pois meu marido, adulto que é, estava jogando bola com a irmã dentro de casa, e acabaram o quebrando, pelo menos achamos um clube, pois, imaginem só, uma cidade que vive com neve, onde haveria um clube? Bem aqui tem, só que as piscinas eram térmicas, então era só desligar os motores, parece que não tem muito gente, e eu agradeço, ninguém merece ficar em um lugar cheio de gente, e nesse calor.

– Meu amor? - Justin diz abrindo a porta de nossa quarto.

– Estou sim, onde está Miley? Preciso passar o hidratante nela.

– Sel? Nem está sol... Você é exagerada amor, só esta um pouco calor- ele diz e beija meu ombro.

– Não é protetor Jus é hidratante, cadê ela? - assim que faço a pergunta um ser pequeno entra correndo no quarto, ela pula em cima da cama e começa a pular, posso ver a careta que jus fez pelo espelho a minha frente

– Desça já daí Miley Bieber- falo com voz firme e ela cai sentada na cama, me levanto da penteadeira, e vou até ela com o vidro de hidratante em mãos. – Fique quieta pra eu passar em você, isso, prontinho, podemos ir- guardo o hidratante na bolsa e olho pelo quarto para ver se não esquecemos de nada.

[...]

Já estamos no clube há um tempo, Miley até já saiu da água, ela aproveitou bastante, estava deitada ao meu lado em uma cadeira de descanso, Justin estava dando mortais cada vez mais perigosos, eu fechava os olhos a cada mergulho que ele dava, eu estava realmente ficando preocupada!

– O que foi amor? - ele perguntou se aproximando de mim, todo molhado, alguns pingos gélidos, me causavam arrepios ao entrar em contato com minha pele quente.

– Já mandei parar Jus, seus pulos estão me dando medo, você pode bater a cabeça na borda, e é de vidro, já pensou? Meu Deus! Por favor, pare! Coloco minha mão em seu rosto e lhe dou um beijo, sinto algo ruim, mas deve ser só por causa desse nervoso todo.

– O último então? Pode ser? Prometo parar, ai nós iremos pra casa, e faremos uma coisa que eu quero muito- ele sussurrou em meu ouvido me fazendo arrepiar

– Ok, mas será o último­- ele me deu um selinho e foi correndo, meu celular toca, é Demi, atendo a mesma e quando subo meu olhar...