Pov's Daniely
Eu estava me preparando para interrogar Wilmer, bater naquela cara linda, ok, não era para eu estar pensando nessas coisas, ele é um criminoso, mas é tão gato, argh, essas pessoas bonitas tem um hábito tão feio de serem foras da lei, digo isso para não generalizar, pois tem pessoas lindíssimas que andam dentro da lei, por exemplo, eu.
Eu nunca me entreguei a um caso como estou entregue a esse, eu mal dormi, isso é ruim, mas eu tenho que aproveitar o máximo de tempo possível - a rua estava tranquila nada de trânsito, resolvi ir devagar e respeitando a sinalização, eu tenho que estar bem psicologicamente para poder fazer bem feito meu trabalho, o caso de Demetria é muito eu diria que, comum, mas isso não significa que eu não esteja chocada, como assim uma mãe pode ficar contra as filhas? E como pode desconfiar delas? Por para fora? Elas poderiam ter morrido, uma pena, nem todos tem a sorte de ter uma mãe como eu, e ela ter partido será uma ferida cicatrizada, pois eu sei que mesmo longe ela esta comigo.
Eu não preciso te olhar pra te ter em meu mundo, porque aonde quer quer que eu vá você esta em tudo, tudo, tudo que eu preciso, te vivo
Estacionei o carro em frente ao departamento e entrei no mesmo, cumprimentei os porteiros de ronda, e fui as pressas para o elevador, peguei meu radio no bolso.
-Radio on-
– Nick? Escuta? - aproximei o radio do meu ouvido
– Delegada? - disse sereno
– Estou indo a sala de Adalberto, prepare Wilmer Valderrama para meu interrogatório - fico em silêncio
– Mas agora? Eu estou cansado Dany, vamos fazer isso amanhã? - ele praticamente implora, como sou uma boa pessoa
– Não interessa prepare-o agora - disse um pouco alto
– Tudo bem - diz derrotado
– Depois pode ir embora! Viado rabugento - disse divertida
– Ele não vai falar!
– Quer apostar? - falo em tom de aposta
– O que eu ganho?
– Pago um dia de spar para você naquele hotel que eu amo ir
– E se você ganhar?
– Vai ter que sair com aquele meu amigo que fica me perturbando - ergo um sobrancelha
– Fechado! Desliga
– Desliga
-Rádio off-
A porta do elevador se abre e eu vou até a sala do meu chefe, bato três vezes, ouvindo um "entre" forço a maçaneta e adentro a sala
– O que deu em você Delegada? - ele diz assim que me sento na cadeira a sua frente, aparência de sempre
– Chefe eu só estava fazendo meu trabalho! Avisei o departamento, eu só peguei o caso, pois senti que deveria - eu estava nevorsa
– Nada justifica! Sabe que posso tirar esse caso de você estralando meu dedos não sabe? - disse abrindo a caixa de charutos, francesa, muito boa marca, eu comprei
– Eu sei, mas... Poxa, eu quero muito esse caso, estou dando 100% de mim para ele, compreenda Chefe
– Daniely você não podia ter agido assim, todos do departamento sabem de seu erro, isso não pode passar batido, você sabe - disse olhando meu decote com uma expressão nada boa, ajeito o mesmo
– Eu sei, mas... ninguém vai se dedicar como eu, sei que os casos são dados as cegas, eu só quero fazer meu trabalho por amor e não por obrigação - suspiro pesado
– Sua mãe estaria orgulhosa de você, quando olho para você lembro-me dela - ele se debruça na mesa – Eu quero que todo mundo aqui dentro saiba o orgulho que tenho de você - sussurrou
– E eu de você pai ! - puis minha mão por cima da sua e fiz um carinho com o polegar – Sinto falta da mamãe
– Eu também, agora vai e resolva esse caso ! - disse colocando-se na posição de antes – E olha esse decote mocinha - bato continência e saio da sala - adentro o elevador e aperto para o andar da sala que tanto desejo entrar, ouço o barulho do mesmo e caminho até a porta
– Como é ser a filhinha do chefe e fazer tudo o que quiser em Daniely? - me viro para ver de quem se trata
– É o máximo Ivone ! Agora se me der licença tenho um caso para cuidar -ela tira o sorriso do rosto e entra novamente em sua sala, forço a maçaneta e respiro fundo
– Boa noite Wilmer - ando até o mesmo, ele esta sentado apenas de cueca (estilo short) em uma cadeira suas mãos algemadas para trás, e pés também algemados
– Você não vai conseguir tirar nada de mim - ele sorri de lado
– Sabe Wilmer eu andei pesquisando sobre você, mentira, tudo que preciso saber estão naquele envelope, fizeram uma pesquisa bem detalhada sobre você, devo avisar, tudo mesmo - prendo meu cabelo em um rabo frouxo, caminho até a mesa e pego o pacote abrindo-o
– Você pode desistir, não vou falar
– Você vai sim - passo o olho pelas fixas memorizando o necessário, o que leva alguns minutos – Sua mãe mora longe não é Wilmer?
– Sim, deve saber que ela esta em asilo também, velha chata - disse virando o rosto
É assim que chama aquela mansão? - ergo uma sobrancelha
– Do que está falando? - ele parece confuso
– Nem todos são burros Wilmer, acha mesmo que os funcionários iriam mentir para a policia? Não importa o dinheiro que deu a eles, ele sempre acaba e como não deu mais...
– Deixe minha mãe fora dessa, ela não faz ideia do que está acontecendo - ele diz alterado
– Colabore comigo e eu não toco mais no nome da sua mãe - digo me aproximando dele – Quem é o chefe?
– Não posso falar, ele me mata se eu abrir a boca
– Gostaria de falar com sua mãe? eu tenho o número dela aqui, quer contar onde esta? Ou eu conto?
– Não, eu... É Eddie o padrasto de Demetria - ele diz me encarando
– Como posso falar isso? eu sei que não é Eddie, os telefones estão grampeados, então pronto pra falar com a senhora Valderrama? - pego o celular de meu bolso
– Não, minha mãe esta doente, uma notícia dessas a mataria, já aconteceu antes, ela infartou, morreu por 3min, você não sabe como é perder a pessoa que mais ama, agora que ela esta bem, não posso
– Hoje faz 5 anos que minha mãe morreu - balanço a cabeça e volto ao presente
– Eu não queria fazer isso, mas é um dinheiro bom, eu poderia comprar um aparelho para minha mãe, e eu não precisaria trabalhar mais, sem contar que transar com Demetria não seria nenhum sacrifício, minha mãe acha que eu continuo atuando, fazendo séries
– O nome do chefe!
Precisei ter muita paciência com Wilmer e aos poucos ele disse tudo o que precisei, mas eu não podia ir buscar Demetria, eu tinha que passar escrito tudo o que descobri informar todos do departamento, falar com meu pai, e eu preciso descansar, tenho três semanas pelo que Wilmer disse.
Por incrível que pareça tudo que Wilmer disse era verdade, eu não o manti preso, precisa dele, e ele se prontificou a ajudar, não de graça é claro, assinamos um acordo feito por meu pai, onde esta detalhado que Wilmer ficará preso em domicilio, e também ganhará um aparelho de oxigênio para a mãe, aquilo me tocou, a senhora Valderrama se parecia muito com minha mãe, só que mais velha, Wilmer fez quatro visitas até o cativeiro de Demetria nessas duas semanas, estava tudo andando bem, eles não tinham tocado nela, mas ela estava com duas costelas quebradas e passava o tempo todo dormindo para evitar a dor.
Wilmer está no cativeiro nesse exato momento parece que todos irão sair e ele tomara conta de Demetria uma hora excelente para irmos, avisei todo o departamento e mandei viaturas para o local, peguei meu carro, liguei a sirene e fui para a empresa de Kefera.
Entrei rapido, sai do elevador mostrando meu distintivo para a secretaria dela e adentrei a sala fechando a porta atrás de mim, indo direto ao ponto disse que havia descoberto o local do cativeiro.
– Mas então? Onde é? - ela disse pegando sua bolsa
– É um pouco afastado, em um sítio, ela esta no sótão, Wilmer esta lá - disse olhando-a
– Que?
– Calma eu explico no caminho, precisamos ir, todos sairam, temos pouco tempo
– Quem esta nisso tudo? - disse assim que saimos pela porta – Lais avise minha mãe que fui buscar Demetria - ela sorri largo assim como a secretaria que assenti com a cabeça
– Eddie, Dianna e...
– E? Quem é o chefe? Ande Daniely quem é o chefe? - ela me pressiona dentro do elevador
– É seu ex Kefera, Gustavo, ele é o chefe disso tudo
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