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História Kenna. - "Você me conhece bem, Sheriff!"


Escrita por: lauhgonca

Notas do Autor


Essa é uma história minha meio particular que resolvi compartilhar aqui. Gosto bastante dela, espero que vocês também gostem. Vão ter vários capítulos ainda.

Capítulo 1 - "Você me conhece bem, Sheriff!"


Fanfic / Fanfiction Kenna. - "Você me conhece bem, Sheriff!"

- Tome seus remédios, Kenna.

 - Sabe, Jude, - peguei os remédios de sua mão, o copo d' água da outra e os virei em minha boca - eu já não sei distinguir o que é real e o que não é. É até engraçado. - eu disse dando um sorriso torto.

 - Se tomar todos os seus remédios direitinho, irá melhorar. - ela disse se virando a porta.

-Jude, espera! Acabou meu giz, você tem mais?

-Kenna, você realmente precisa? Tudo que você desenha é esse mesmo macaco, repetidas vezes! Ache algo mais importante para fazer! Jude se virou, abriu a porta, saiu e a trancou. Cuspi as pílulas em minha mão e escondi embaixo do colchão. Eu não estava mal por estar sem giz, eu iria consegui- los. Levantei de minha cama e fui até a porta. Encostei minha face nela, pregando meus ouvidos ao metal gelado, para tentar ouvir os outros pacientes, igual eu fazia toda manhã. Ouvir os gritos da mulher de cabelos claros era reconfortante. Pois significava que ela estava viva. E ao longo dos anos no hospício, aprendi a fazer amigos. Ela na verdade, nunca disse ser minha amiga, mas sempre divide sua ração comigo, eu nunca as como, deixo debaixo da cama para os ratos, pobre ratos, os matam sem piedade, só por viverem em um ambiente tão triste! Eles sim, são meus amigos. Sempre me escutam, e não me chamam de louca ou esquisofrênica, eles ficam quietos, pois me entendem. Ouvi a porta se destrancar, e corri para a cama, sentei e observei ela se abrir, dali, saiu Doug e um cara diferente, nunca tinha o visto antes.

- Doug! - corri até ele e o abraçei.

- Não fique tão animada, Kenna, vim te levar para uma checagem.

- Mas, Doug, fiz uma á quatros dia! Porque outra tão rápido?

- Acharam novas pistas sobre o caso de Antoine, e você pode ajudar em alguma.

 Abri um sorriso malicioso.

 - Pistas, certo? Vamos então! - Rodopiei para trás e juntei minhas mãos para Doug prendê- las. Já era de costume. Ele as prendeu e saímos de meu quarto em direção ao covil do bruxo, como prefiro chamar a sala de checagem.

 - O corredor ainda tem cheiro de morte. - eu comentei olhando em volta.

- Sempre teve esse cheiro, Kenna.

 - Eu sei. É reconfortante. - abri um sorriso. Chegamos a sala e sentei na mesma e velha cadeira azul. A sala não continha nada além da cadeira azul e um banquinho em frente. Onde o bruxo, Carson, se encontrava. Me sentei na cadeira e fiz um sinal como se estivesse saudando um monge

. - Sheriff! A que devo a honra?

 - Kenna, sei que essa checagem era inesperada, mas temos algumas pistas do..

Antes que pudesse terminar, o interrompi.

 - Assassinato de Antoine, meu irmão, eu sei. Pergunte logo o que deseja, pois vou perder a minha hora da TV.

 - Muito bem então. O cara novo ligou uma câmera que mirava bem em mim. Acenei a ela.

- Kenna, onde estava no dia doze de maio de dois mil e quatro?

- Vamos pensar, vamos pensar. Anhh. Dois dias antes do assassinato de meu irmão, certo?

 - Certo.

 - Eu provavelmente estava pensando "nossa, daqui dois dias meu irmão vai morrer! Trágico!".- abri um sorriso irônico - Sheriff, você realmente acha que eu vou saber onde eu estava á onze anos?

- Sim, Kenna.

Dei gargalhadas altas. - Eu realmente sei! - ri novamente - você me conhece bem, Sheriff!

O bruxo logicamente impaciente, entrelaçou olhares com o outro policial e o cara novo.

 - Bom, Sheriff, no dia onze de maio de dois mil e quatro eu estava na casa de minha tia, Clarisse, com meus primos e Antoine. Eu me lembro bem, todos estavam se divertindo abeça na piscina, fizeram até um churrasco! E eu claro, presa no banheiro pelo meu tio. Ele sempre me detestou. - eu ri - Quem da minha familia que não me detesta? - ri mais alto - Nós nunca saberemos.

Carson se virou ao outro policial e disse algo em seu ouvido, logo pediu ao cara novo para me levar de volta ao quarto.

- Não! - resmunguei - Está na minha hora de ver televisão! Doug olhou para Carson.

 - Ela tem razão. – disse Doug.

Carson fez um sinal de que tanto faz. Realmente acho que ele não se importa com o que faço. Levantei alegremente da cadeira e corri para o corredor, Doug correu logo atrás.

- Kenna! Pare!

Começei a rir, e continuei correndo até a sala da TV. Ao chegar, abri a porta e corri para sentar no pequeno e úmido sofá amarelo, uma cor um tanto desagradável, pois me lembra vômito. Doug apareceu logo em seguida, tentando recuperar o fôlego da corrida, e mesmo nervoso, começou a rir.

- Kenna, não gaste suas forças correndo. O comprimido vermelho tira muito de sua energia. Pobre Doug! Queria conta- lo que não os tomo, pois vermelho é a cor da morte, e eu prefiro manter distância dela.

 - Doug, correr me faz sentir livre, livre desse lugar, livre dos problemas e livre de Carson! - nós dois rimos.

- Ele não é tão ruim! - Doug me acalmava, enquanto pegava o controle da TV.

 - Ele tem pistas do assassino. Ele disse que talvez sua tia...

O interrompi.

 - Não quero ouvir. - tampei meus ouvidos e começei a cantarolar.

 - Kenna, pare de fazer birra e assista a TV. Ele me deu o controle, um beijo na testa e saiu. Doug me tratava como uma filha, e eu o amava como um pai. Ninguém de lá era tão bom comigo quanto ele. E eu nunca tive amor algum pelo meu pai. Então era bom ter alguém para amar.


Notas Finais


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