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História Key To Your Heart - (Suga - BTS) - Histórias


Escrita por: Anonima6

Notas do Autor


Heyyyyyyyyyyy Everybody, sumi né? hehehehe se quiserem me matar eu deixo, sério. Bom… eu atrasei por quatro motivos. Por a escola está exigindo bastante de mim, falta de criatividade, o pc dando “trem”e não querendo ligar e um coração partido ehhhh, batem palmas. Não, não é do jeito que vocês devem está pensando hehehehe e sim por causa que terminei o ensino médio, e seman9a passada tive que despedir de todas as minhas amigas </3 e triste. Bem, quero desculpar do atraso. E vim AGRADECER AOS 644 FAVORITOS <3 MANO, OBRIGADA A TODOS, AOS COMENTÁRIOS ( Eu realmente li todos só não respondo porque tenho que sair agora =( ) OBRIGADA PELO APOIO QUE ME DERAM, APARECEU GENTE QUE NUNCA TINHA COMENTADO PARA ME DEFENDER, GENTE SÉRIO, FIQUEI EMOCIONADA <3 (Vou responder a questão da garota nas notas finais. ) OBRIGADA DE CORAÇÃO PESSOAL <3 FIQUEM COM MAIS UM CAPÍTULO, ESPERO QUE GOSTEM <3

Ps: VOU PEDIR UM FAVORZINHO PARA VOCÊS (Na verdade é mais um spoiler -nem tanto ) ME OBSERVEM, SÉRIO PESSOAL, VOU POSTAR UM CAPÍTULO ESPECIAL, QUE É NARRADO PELO SUGA ( Ainda estou escrevendo) E VAI SER REFERENTE À ESSE CAPÍTULO. Se quiserem receber a notificação quando eu postar, me OBSERVEM.

Capítulo 8 - Histórias


Fanfic / Fanfiction Key To Your Heart - (Suga - BTS) - Histórias

MEU PASSADO DEFINE QUEM SOU HOJE - B - KEY TO YOUR HEART

Fechei os olhos, mas lutei com unhas e dentes para permanecer ativa, mas a névoa me carregou em seus abraços, transportando minha essência para um local longe, na qual, não conseguiria chegar acordada. De frente a uma casa branca, os degraus que levava para a porta da frente estava sobre meus pés, as janelas estavam todas iluminadas, virei-me para olhar ao redor, consegui enxergar outras casas, com modelos diferentes estampava o outro lado da rua, fileiras de carros eram visíveis estacionados perto da calçada, fazia uma fila enorme até o fim do quarteirão. Duas cerejeiras médias foram plantadas na entrada onde eu me encontrava parada, elas balançavam de acordo com a música que o vento tocava, assim fazendo os vestígios da chuva que havia caído há um tempo cair em meus ombros sob o tecido da minha roupa. Um banco de madeira foi colocado debaixo de uma delas para dar melhor conforto e visão a quem quisesse se sentar. Conhecia bem o lugar apesar de não ir a muito tempo. Fiquei observando as janelas transparentes, podia ver a movimentação do lado de dentro, a alegria e as risadas dadas podiam ser escutadas de onde estava.


Como se uma força me empurrasse para continuar andando, sem tirar meus olhos do lugar segui para frente da casa. Quando já estava poucos centímetros da grande porta, levei minha mão até a campainha, mas a puxei antes de apertar, olhando para a maçaneta resolvi entrar sem pedir permissão. Empurrei a porta e entrei na grande sala. Os quadros de fotos se destacavam nas paredes brancas, a lareira estava acesa deixando o ambiente quente e confortável, as pessoas conversam e riam animadas, algumas das empregadas estavam servindo petisco e vinho tinto aos convidados. A grande escada a direita levava aos quartos, sem saber o porque resolvi me aproximar da escada. As pessoas não me olhavam, era como se fosse invisível a seus olhos, elas simplesmente passavam por mim sem ao menos lançar um olhar de reconhecimento ou reprovação por está ali.

Olhando ao redor, percebi que já tinha passado por isso como um dejavu, reconhecia todas pessoas da sala, observando tudo um pouco assustada, girava em torno da sala a procura de uma solução, mas, dei de cara com um par de olhos azuis que sempre procurava em meus sonhos ou gritava quando a dor estava insuportável.

- T - Sussurrei seu apelido, eu o chamava assim, seu nome tinha dois T's, que fazia seu nome ser impactante.

O observei mais, seu cabelo negro estava puxado para trás com gel fazendo os pequenos cachos se comportarem. Mexia ansiosamente em sua gravata azul escura, ele odiava gravata, o smoking escuro que usava caia bem nele, apesar de odiá-los. Seus bíceps se destacavam na peça. Seu pai, Phillipe conversava com ele, não parecia que estava gostando dos conselhos do pai, mas mesmo assim, se dispunha escutar sem reclamar.

 

Uma música doce começou ao longe no piano, no canto leste da sala, uma mulher tocava calorosamente, para os convidados, todos se puseram a disposição de pararem o que estavam fazendo inicialmente e se voltaram para o topo da escada. Olhei para ele novamente e o vi empurrando Phillipe com cuidado para o lado, sua atenção voltou se para o topo das escadas.

Segui seu olhar e vi a garota de cabelos loiros, olhos inocentes descendo a escada assustada por todos estarem a observando. O vestido branco com mangas, estava um palmo de encostar em seu joelho, destacava suas curvas da cintura, o salto alto a fazia parecer uma princesa letal, com uma das mãos se apoiava no corrimão a manga comprida cobria os músculos em formação, o sorriso de vergonha marcava seu rosto vermelho de constrangimento. Ela descia os degraus glamurosamente.

Quando ela estava quase chegando ao fim, ele passou por mim, sem me reconhecer  e estendeu as mãos para ela se apoiar nele ao invés do corrimão.

- Você está linda - Ele a elogiou, e as bochechas dela se tornaram um vermelho mais brilhante, ela baixou a cabeça para esconder um pouco o constrangimento, mas já era tarde demais ele tinha percebido, seu sorriso se alargou pela timidez da garota.

Um lágrima escapou em meus olhos, eu reconhecia esse dia, é a lembrança mais dolorosos de ser lembrado por mim, revive-lo nunca foi meu objetivo, queria me mover e sair, mas meus pés se prenderam no chão como se tivesse os colado com uma cola super resistente.

 

A pianista mudou de música assim que eles chegaram no centro da sala, a anterior foi substituido por uma canção romântica que se juntou com sua bela voz, ela cantava baixo para não atrapalhar a todos de escutarem o que ele tinha a dizer. A garota com as mãos ainda na do rapaz olhou para o piano depois voltou sua atenção ao homem. Ela sabia o que estava prestes a acontecer, mas ainda não acreditava nesse momento.

Com as mãos tampei meus ouvidos, para não escutar, eu não queria que tudo se repetisse. Não escutei as palavras que ele dizia para a garota que um dia fui, agora eu não era merecedora dessas palavras, apenas observava a cena estática sem poder me mover, seria mais fácil fechar os olhos, mas, merecia ser torturada. Merecia conviver com meus erros, merecia viver miserável o resto da vida.

Ele tirou um anel de dentro do bolso esquerdo da calça e se ajoelhou, todos olhavam silenciosos e com expectativa a pequena caixa macia de veludo vermelho escuro, inclusive a garota. Hoje o par de alianças se encontrava trancado dentro de uma gaveta do meu quarto, mesmo eu não conseguindo usar, ainda a guardava. Ela levou a mão na boca e uma lágrima de felicidade ameaçava desmoronar em seu rosto, mas segurou e escutou mais a declaração de amor que recebia sem acreditar.

Quando escutei a resposta sim, essa pequena e curta palavra se ecoou por toda casa e principalmente em minha mente. Meus joelhos senderam no chão. O mais dolorido saber que essa felicidade não duraria muito, e eles nem chegariam a unir seus votos. Minhas lagrimas caiam no chão, e meus soluços eram audíveis para qualquer um, mas ninguém me via ou me escutava era como um fantasma, apenas estava ali para assistir mais uma vezes como foi feliz. Fiquei no chão até não escutar mais ninguém, nem ver o chão ao meus pés.

 

A cenas se estilhaçou como vidro e me jogou em um chão cinza frio, vozes, choros e gritos eram escutados em todas as direções, levantei minha cabeça e vi através das lágrimas um corredor largo, pessoas de jaleco branco passeava pelos quartos com suas pranchetas na mãos cheias de anotação. Me levantei quando percebi que estava sentada no chão, eles agiam como se não tivesse uma garota jogada no chão olhando para todo lugar como se não fosse louca. Mas porque culpá-los, não era a culpa deles.

A mesma força que me puxou para andar rumo a porta da casa, me vez entrar em um quarto a direita. Sem hesitação abri a porta e entrei, o quarto era iluminado pela luz do sol que entrava pela grande janela, ao lado, estava uma cama com uma paciente deitada, a pequena mangueira que continha soro chegava em seu braço direito e entrava em seu corpo através da agulha. Seus sinais vitais fortes se exibiam na pequena tela, o som que fazia era a única canção de ninar da paciente. Sem ter medo, aproximei da pessoa ferida. Seu lábio estavam cortado no canto, e a palidez mostrava que havia perdido sangue, o que chamava a atenção era as gases enroladas em volta de sua cabeça. O ferimento, com reflexo levei meus dedos na parte de trás o meu crânio, chequei se não teria nada, mas tudo se encontrava normal.

No canto do quarto, alguém que não tinha reparado quando entrei se mexeu na cadeira dos visitantes. Era um homem, eu o conhecia. Sam, eu o odiava com toda minha força, fechei minhas mãos e as apertei, minhas unhas cravaram em minha pele. Ele se levantou cuidadosamente, sua camisa preta estava amarrotada, mostrava o quanto estava deitando na cadeira desconfortável. Seus olhos tinham círculos negros, que os dias sem dormir não perdoava, o cabelo loiro bagunçado era sua marca registrada, mas naquele momento não era a bagunça que ele mesmo fazia quando acordava, era o tempo que passou desleixado consigo mesmo. Ele se aproximou da garota deitada na cama inconsciente. Ele apoiou suas duas mãos nos pés da cama e a observou por longos minutos. Não conseguia mais ver essa cena, dei as costas para os dois, fechei meus olhos, coloquei as mãos em meu ouvidos e cai no chão como uma garotinha que não sabia o que fazer.

Quando abri os olhos novamente a luz tinha ido e sido substituído pelas lâmpadas fluorescentes artificiais. Olhei envolta e vi a garota já acordada, duas pessoas estava com ela, uma mulher ruiva alta estava se segurando o máximo para não cair no choro, eu a chamaria de mamãe, mas por algum motivo, que me esqueci, decidi deixá-la sem nome,  ela descansava ao lado da garota juntas estavam sentadas na cama. Phillipe estava quieto mais afastado da garota, ele tinha medo de suas emoções aparecessem antes mesmo que desce a notícia da tragédia, seus olhos mostravam a felicidade sendo sugada a cada dia. A paciente ficou quieta por um tempo, quando perceberam os olhares tristes, no fundo ela sabia do que se tratava, mas se recusava a pensar pelo lado negativo.

-Onde está T ? - Perguntou ela se voltando para Phillipe. Ele negou com a cabeça e abaixou tentando manter as lágrimas para si. Quando percebeu que não obteria resposta olhou para o lado onde sua mãe estava, ela alcançou a mão magra da filha e a apertou.

- Ele se foi querida - A mãe respondeu, e apertou mais a mão da garota tentando passar conforto. Sua expressão mudou, sua boca ficou entreaberta, uma lágrima começou a cair. Ela a limpou rapidamente e deu um sorriso, assim negando com a cabeça ela descartava a possibilidade de seu noivo está morto.

- É mentira - Sussurrou fraco, ela temia que se disse alto se quebraria na frente de todos - Vocês estão mentindo - Ela disse um pouco mais alto, e com os olhos embaçados pelos cristais transparente de sentimentos ela se controlava para não chorar, ela não acreditava na possibilidade - Não é verdade - Ela se mexeu na cama, tirando os lençóis brancos que a cobria e empurrando sua mãe que ainda segurava sua mão, desfazendo seus laços. Com um salto da cama ela se pôs de pé fazendo sua vestimenta branca do hospital acompanhar seus movimentos bruscos repentinos, mas só por uns instantes antes de sentir a tontura devido ao corte em sua cabeça e cair sentada na cama novamente.

Me encostei na parede para reviver a cena, as lágrimas ganharam seu espaço em meu rosto que desciam descontroladas, apertei a palma da mão em minha boca tentando abafar os soluços que vinham acompanhados com a sessão de desespero. Enquanto a garota sentada na cama fazia o mesmo junto com seus familiares ao lado. A mãe se sentou ao seu lado e puxou a filha para um abraço ela aceitou, marcando sua roupa com lágrimas de tristeza. Phillipe se sentou na cadeira dos visitantes e mesmo com a cabeça baixa e em silêncio as lágrimas vieram.

Por um tempo todos ficaram assim até a porta ser aberta e o garoto de cabelos loiros invadir a sala. A menina se levantou a cabeça do ombro da mãe e olhou com expectativa a porta esperando que ele entrasse em vez de Sam, mas se decepcionou quando viu quem entrava. Ele olhou para o pai ainda com a cabeça baixa, depois para a garota com o rosto manchado e olhos vermelhos ainda inchado. Ele aproximou dela., por um momento as palavras fugiu dele, ficou apenas a olhando vendo seu amor se transformar em dor.


- Eu sinto muito - Ele disse chegando perto da garota que o olhava - Eu só consegui salva-la - Ela abaixou a cabeça se negando olhar nos olhos dela. E assim que as palavras de Sam fazia sentido em sua cabeça, ela se afastou da mãe e ainda tonta se levantou e ficou a sua frente.

Me levantei do chão e me pus de pé limpando todas as lágrimas em meus olhos, a mesma raiva que instalou nos olhos da garota anos atrás, cintilou em meus olhos agora.

- SEU ESTÚPIDO - Ela gritou e bateu com os punhos fechados no peito do garoto - VOCÊ TINHA QUE TER O SALVADO, NÃO A MIM - Ela bateu de novo em seu peito, e as lágrimas vieram de seus olhos e espalhou por seu rosto - VOCÊ ACHA QUE VOU TE AMAR DEPOIS DISSO? - Ela se descontrolou e continuou batendo dele com o máximo de força que conseguia - EU VOU É TE MATAR, ESTÚPIDO - Ele agarrou os pulsos da garota fazendo parar de esmurra-lo, ela lutou para se libertar. Mas por um tempo ela percebeu que era uma luta sem sucesso. Todos na sala estavam voltados para ela. Não poderia fazer nada, a única coisa que conseguiu fazer quando parou de tentar se soltar foi encostar a cabeça no peito de Sam que era mais alta que a garota e descarregar totalmente sua tristeza.


Com passos largos, me aproximei de Sam, queria desfazer os laços, mas não consegui tocá-los, antes de chegar até eles, meus pés se derreteram no chão acinzentado ficando presos pelo material como areia movediça. Tentei me soltar, mas isso me fez atolar mais na massa e com meu desequilíbrio minhas mãos desapareceram no cinza. Eu estava sendo sugada pelo chão desesperada por ajuda, tentei olhar para as pessoas que não me enxergavam, tudo rodou, não consegui ver nada além do cinza escuro e o peso da massa que se juntava para me manter imóvel.

Minutos se passaram, parecia horas, mesmo com os olhos fechados parecia que enxergava a cor sem vida me engolindo cada vez mais, recusava em lutar contra tudo apenas iria desistir, já tinha parado de respirar há tempos, mas a morte não me acolhia em seus braços, mesmo me entregando.

 

...

O som do choro desesperado me despertou do meu torpor, abri meus olhos e a luz branca veio, me fazendo fechar os meus olhos por reflexo. Sem muita ação me sentei e observei a cena que acontecia a pouco metros de onde estava jogada.

Em um corredor completamente branco. Um casal se abraçavam enquanto a garota liberava sua frustração pelos olhos. Pessoas de jaleco ainda passeavam entre eles e os olhavam, mesmo a garota chorando, não tinham o olhar curioso, como todos deveriam, mas sim de tristeza, e alguns estavam tão entediados com esses acontecimentos, que ocorrem quase todos os dias, que nem se davam ao trabalho de olhar e continuavam suas tarefas como se fossem robôs automatizado. Observei mais e consegui reconhecê-los, era o Sam e a parte de mim que conseguiu morrer mais um pouco depois dessa notícia.

Os braços dele davam a volta na cintura da garota, agora tinha perdido massa muscular e seu peso tinha se dissipado. Ela o apertava forte em uma busca desesperada de conforto e menos dor que podia sentir. Ele passou a mão nos cabelos agora crescido e natural da garota tentando dar o máximo de apoio que conseguia.

- Eu sinto muito - Disse ele, com lágrimas nos olhos, os ombros dela estremeciam com o choro descontrolado e alto. O soluço era audível para quem passasse. Poucos médicos e alguns enfermeiros observava, não se aproximavam, um deles veio na direção deles. Mas Sam que percebeu a aproximação o parou com apenas um olhar de desaprovação - Sinto muito por ter perdidos os dois.

- Como posso sobreviver depois disso? A minha única chance de ser feliz de novo eu perdi a única chance que tinha de preencher o vazio que ele me deixou - Ela disse com certa dificuldade entre os soluços e a blusa verde claro dele começou a mudar para um verde escuro nos círculos de lágrimas da garota deixava.

Eu me lembrava desse dia, foi quando Sam tinha me levado ao médico as presas por fortes dores abdominais. Meu estômago parecia se embrulhar, e me levantei do chão onde estava, cheguei aos tropeços ainda tonta consegui me apoiar na parede branca sem me jogar no chão.

Olhei para os dois, a garota havia parado de soluçar, parecia mais calma agora. Ela soltou do aperto de Sam e olhou para o garoto, e deu um sorriso para ele, o mesmo a olhou confuso, assim soltando o aperto da garota.

Observei com mais atenção os dois, não me lembrava dessa cena, não tinha acontecido, a única coisa que acontecia em seguida era um dos médicos se aproximar e me colocar para dormir.

Ele foi se dissipando no ar e ficando mais claro, parecia que o vento estava o tocando para longe. Ele ergueu suas mãos e as olhou, estavam quase transparente. A garota o olhou nos olhos e deu mais um sorriso largo para ele, antes de desaparecer junto com o ar. Depois de vê-lo sumir ela se virou para mim e encontrou meus olhos.

- Apenas mais uma chance - Disse me olhando no fundo dos olhos - Apenas mais uma - Ela ergueu um dos dedos mostrando a quantidade de número, depois apontou para mim.

Assim não consegui ver mais nada, todo começou a girar,a parede que me segurava se entornou em cima do meu corpo e não senti, nem vi e muito menos ouvi algo. Apenas a paz que senti anos atrás tocou meu corpo e me agarrou em seus braços me mantendo segura.

 

 

Abri os olhos rapidamentes como se tivesse sido empurrada a realidade por algo que me queria acordada, demorou alguns segundos até minha visão se focar na meia luz. Ainda atormentada com a lembrança do sonho, permaneci deitada em uma cama macia com um cobertor verde claro me cobrindo, a única coisa que vi foi teto branco que se parecia cinza pela falta da luminosidade.

 

Esses tipo de sonhos sempre me incomodavam quando fechava meus olhos, mas não era qualquer sonho, eram vestígios do passado no qual vivi há anos atrás, aquelas memórias e lembranças que deveria esquecer, mas não conseguia. Sempre me via quando era mais jovens e sociável, quando era uma pessoa que valia o tempo das outras, na qual qualquer um perderia seu tempo na terra e construiria memórias felizes comigo. Agora estava solitária se lamentando pelas duas perdas que marcou minha alma, minha vida e meu mundo, interferindo no meu modo de viver e ver o mundo no qual nunca girou depois que se foram.

 

Apoiando meus cotovelos na cama, explorei o quarto em que me encontrava, um guarda roupa branco com combinações de uma cor que se parecia com azul, escorado na parede oposta a grande cama, olhei ao redor vi a porta de madeira para suite fechada do lado esquerdo do quarto, perto da cama estava um criado mudo combinando com o guarda roupa, em cima um jarro de flores, as flores amarelas me parecia reais e acabado de ser colocadas na água. Do lado direito, a janela estava meia aberta, a cortina era clara parecia um bege ou um castanho, nunca conseguiu decompor a cor duas cores, para mim tudo parecia diferentes tonalidades de marrom. O sol através do vidro se punhã na imensidão, enquanto a cidade acendia suas luzes coloridas para não ficarem na completa escuridão. Não tinha visto antes, nenhum desses móveis. Voltei me para a porta de saída e vi  o pequeno vão da porta, estava marcado com  tinta, uma tinta que eu havia testado anos atrás para ver qual seria a cor do quarto de hóspedes. Mas acabou ficando na cor branca simples mesmo, porque não tive coragem de mudá- la.

 

Me levantei rapidamente jogando um travesseiro que estava em cima de mim no chão, assim com a coberta grossa que me cobria. Um pontada na cabeça veio, mas me recusei a me sentar novamente. Algo estava terrivelmente errado. Sem meus chinelos ou algo para proteger contra a friagem do chão, andei até a porta. Assim que me aproximava da porta as lembranças do que havia acontecido antes de cair no sono profundo me atingiu, minha mãe finalmente tinha feito o que queria há anos. Coloquei uma mão na cabeça na esperança que a dor de cabeça passasse, causada possivelmente pelo remédio que ela me deu sem meu consentimento. Eu estava perdida, ela me tirou tudo, me afastei da porta, eu não estava pronta para enfrentá- la agora, porque a realidade ainda não estava fazendo sentido no meu cérebro, além de me recusar a acreditar no que estava ocorrendo, assim minha raiva ainda não estava em alta para retrucar com dignidade toda a desculpa que arranjaria.

 

Sentei na cama em busca de apoio, finalmente ela tem o que quer. Olhei para o quarto novamente, sentia raiva pela mudança, sentia que devia jogar tudo pela janela depois jogar minha mãe junto, isso era a gota d'água.

 

Com as mãos no cabelo que descreveria com um ninho de passarinho, puxei os fios embaraçados e altos com força, começaria a acumular raiva agora. Porque quando vê la iria explodir e ela seria atingida.

 

Passos vieram do outro lado da porta, sem erguer meu olhar a porta se abriu delicadamente, o barulho era minino e os passos cuidadosos quando a pessoa entrou para o cômodo. Com certeza estava analisando como eu estaria primeiro antes de dizer qualquer coisa, o interruptor da luz foi ligada, fazendo o quarto ser banhado pela luminosidade da lâmpada fluorescente. Não ousei a olhar para quem tinha a acendido, era minha mãe com certeza, depois de fazer a burrada agora estava com medo, eu não queria conversar com ela, queria está realmente irritada e com raiva para fazer. Os passos vieram em minha direção, cessaram quando a cama ao meu lado se afundou um pouco. Ela teve a ousadia em sentar ao meu lado.

 

- Você está bem? - Perguntou uma voz profunda, que eu odiaria escutar nesse momento, surpresa passava pelo corpo, mas recusava a erguer meu olhar para ele saber minhas emoções em primeira mão. Seu tom era de preocupação e doce ao mesmo tempo, ele temia em me machucar, mas ele não sabe que eu já tinha sido ferida a anos.

 

Sem pensar duas vezes levantei meu rosto e o encarei, eu devo estar parecendo uma noiva de um filme de terror, cabelo estava mais embaraçado que os fios e cabos na minha gaveta, meu rosto deve estar do tamanho de um balão surpresa, e minhas roupas devem está mais amarrotadas que nunca, mas o ponto positivo disso tudo, que minhas olheiras devem ter sumido junto a minha insônia nesse tempo que permaneci dormindo. Enquanto ele, estava impecável, fora as olheiras que se acumulava embaixo de seus olhos castalho escuro. A camisa preta por baixo da jaqueta jeans estava bem passada. A calça com lavagem escura definia bem suas coxas. O cabelo loiro parecia úmido, assim, ficando a cor de um castanho mais claro. Pela primeira vez não vi seu rosto o sorriso doce enquanto eu o observava, ele estava sério e me olhando atentamente como se eu estivesse muito doente.

 

- Porque está aqui ? - Minha voz saiu rouca por não usá la por um tempo, minha garganta estava também seca, tudo isso gerou para minha voz saísse falha e ruim.

 

- Você me pediu para ficar - Disse desviando sua atenção de mim e se arrumou na cama - Não iria te deixar com sua mãe, não depois de te dopar - Ele suspirou cansado e voltou sua atenção a mim - Também fiquei com medo dela te levar para algum lugar - Ele demonstrava fraqueza e sua voz saiu carregada de emoções que me fez perceber que ele sabia algo, de mim que não contei a ele.

 

- O ela te contou ? - Perguntei e não consegui diminuir a raiva em minha voz, ele desviou seus olhos do meu, ele estava tentando achar uma forma de escapar da pergunta, mas não iria conseguir - O que você sabe? - Me levantei da cama novamente e fiquei de pé, a dor de cabeça veio intensificada, mas a ignorei e foquei no homem sentado na cama.

 

- Ela não me disse nada - Respondeu e procurou meus olhos para provar que ele dizia a verdade - Mas não pode fechar os olhos quando a porta do quarto principal foi aberta.

 

- Você viu ? - Perguntei o olhando, ele acenou com a cabeça positivamente, o gesto foi delicado, logo em seguida ele desviou sua atenção de mim se focando no quarto que era estranho para mim. Passei a mão no cabelo novamente tentando me acalmar, ele não poderia ter visto - Porque ainda não saiu correndo?

 

- Sempre soube que tinha algo no seu passado, eu não poderia me assustar com isso - Ele olhou para o teto e suspirou novamente - Mas infelizmente, eu nunca imaginei que iria se casar e muito menos que não deu tempo - Ele parou quando falou e veio checar minhas emoções, tentei não vacilar, mas esse era um assunto delicado. Instantaneamente meus olhos se encheram de lágrimas salgadas e a ardência em segurá-las começou a incomodar - E nem em sonho iria imaginar que iria ter um filho - Abaixei minha cabeça em escutar essas últimas frases que me arrebatava completamente, tentei ao máximo não deixar nenhuma lágrima escorrer livres, então me virei e olhei a janela, as estrelas ganharam vida assim que a luz fraca no horizonte se apagava, foquei o máximo na vista e tentei deixar as emoções de lado - Conhecendo sua personalidade não se abalaria com qualquer coisa, não deveria esperar pouco. Esse jeito de ser durona fingindo não se abalar e seu modo de defesa, isso foi você tentando ser forte se livrando das coisas ruins, e tudo que faz, apenas me faz, te admirar e me apaixonar ainda mais por você - Ele chegou ao meu lado perto da janela se virando para mim, não ousei encará-lo, porque as lágrimas iriam dar seu show - E não importa o quanto tente me afastar, porque sei que você sente algo por mim, então vou ficar, irei ajudar a superar suas perdas, vou respeitar seu tempo e sua dor, mas não irei dar um passo longe de você depois disso -  Ele chegou mais perto de mim e com a ponta de seu indicador levantou meu queixo me obrigando a ver suas órbitas castanho escuro brilhando cheia de emoção - Você entendeu?

 

- Eu matei os dois, como pode gostar de uma pessoa assim? - Falei e minha voz saiu embaçada, tirei seu indicador do meu quiexo - Como pode? - Sussurrei e meu rosto se tornou humido. Ele me chegou mais perto de mim agarrando minha cintura me trazendo para um abraço que precisava.

 

- Você não os matou, eu não conheço a história fora dos noticiários, mas tenho certeza que não - Respondeu passando a mão em meus cabelos.

 

- Você não sabe de nada - Disse colocando a mão em seu peito e empurrei para ele soltar seus braços da minha cintura, ele deixou sair de seu abraço caloroso sem pestanejar.

 

Afastando um pouco coloquei a mão na nuca e olhei para o teto branco esperando ajuda para poder sair dessa situação, com um suspiro frustrado olhei para seus olhos, que observava cada reação que tinha, agora minha vida era um livro aberto para ele, não tinha segredos.

 

- Eu escuto gritos, choros e pedidos de socorro quando crio meus pensamentos para um lado do meu cérebro - Eu tentei o máximo não me descontrolar, tinha que convencê -lo a mudar de opinião, não poderia ficar - Eu não posso me livrar dessas alucinações. Não sou a pessoa certa para você, então, apenas se livre de mim - Apontei meu dedo indicador em meu peito para dar ênfase na questão.

- Também escuto vozes - Ele disse e tirou sua mão do bolso da frente da calça e levou até uma mecha de cabelo que bloqueiava sua visão levemente - Toda vezes que leio em minha mente. Não é estranho? - Um sorriso apareceu em seus lábios, ele se aproximou de mim o suficiente de querer me afastar para manter a distância segura.

- Não brinque em uma situação dessas - Disse com firmeza fiquei perto da cama bagunçada, a coberta estava a metade em cima da cama e a outra se encontrava no chão, um dos travesseiros estavam se decidindo se ficava na cama ou ia direto para o chão.

- Não estou brincando - Ele passou por mim e decidiu se sentar na cama para escutar mais minhas reclamações.

- Eu ainda o amo - Confessei, observei bem sua reação, suas feição mudou, mas ele continuou pronto para rebater cada questão ruim de mim que abordava - Mesmo ele estando morto, o amo, iria ter um filho com ele. Construiria uma família. Eu ainda o amo e mesmo você mexendo comigo de um jeito estranho ainda vou amá-lo. Vou te machucar e no final você será o único machucado. Se isso não é motivos suficientes para você ficar longe de mim. Você é um completo idiota.

- Eu sou um idiota. Ainda não percebeu ? - Disse e se levantou da cama - Não importa o quanto tente se afastar, eu não vou sair daqui, do seu lado, e e você o ama, para mim não tem problema, vou conseguir seu amor, como ele conseguiu - Ele se aproximou de mim e colocou a mão no seu bolso e tirou a pequena e metálica chave - O seu passado que define o que você é hoje, e adivinha, sou apaixonado por você hoje - Disse, as emoções apareceram em seus olhos, dei um passo para trás desviando minha atenção dele, eu não poderia deixar meu coração pular uma batida por conta dessas palavras - Aqui, a protegi como me pediu - Ele estendeu a chave para pegá-la, olhei para chave em sua mão e lembrei do nosso primeiro beijo na frente da minha porta, eu estava procurando uma chave na minha bolsa quando ele saiu e me encontrou ali, apaguei essa lembrança da minha memória e peguei a chave de sua mão - Apesar de não conseguir impedir ele de tirar suas outras lembranças consegui preservar as que você guarda no escritório. Me desculpe por não ajudar mais que isso. Mas de agora para frente cuidarei de você. - Um sorriso apareceu em seu rosto, meu coração em meu peito pulou uma batida constante, fazendo minhas defesas se dissipar, ele não deveria falar isso, fiquei um tempo só o observando, até ele tocar em um assunto mais delicado - Sua mãe saiu, acho que tem muita coisa que deve falar para ela. Então se arrume e tente pegar leve com ela estava apenas fazendo o que achava certo - Ele um tapinha brincalhão em meus ombros para livrar minha tenção - Vou esperar no meu apartamento.

 

Sem mais palavras ele me deu as costas se afastando, me deixando com a chave na mão. Ele abriu a porta e o olhei, foi quando o sorriso doce apareceu em seus lábios antes da porta ser fechada e o silêncio cair no quarto, enquanto o ódio e a vingança passavam como propostas tentadoras em minha mente.

 

Continua...


Notas Finais


Hey, eu aqui de novo.
Sobre Key To Your Heart: Hehehe quem diria que B era pra ter um filho. Infelizmente ela perdeu, mas como eu ainda não expliquei. Bem... Como prometido, contei o porque de 'B' ser desse jeito, ainda vou contar sobre as vozes, como 'T' morreu,vou revelar o nome dele no próximo capítulo, e também um pouco sobre o acidente. E nos próximos capítulos vou apresentar um personagem que tá no meu cory <3 se preparem pra ironias (Mano, sério só de pensar nele <3 pena que é só um fruto da minha imaginação).

Agora vou contar o que aconteceu com a garota que me mandou a mensagem e tals, bem… ela me pediu desculpas, achei bem digno da parte dela, então desculpei e está tudo resolvido. E avisando, que muitas devem achar, EU NÃO POSTEI ESSE TEMPO TODO POR CAUSA DELA, EU NÃO POSTEI POR CAUSA DOS 4 MOTIVOS LÁ EM CIMA. Bom… é isso, agradeço a todos que leram, e leram e gostaram deixe um comentário, falando se gostou ou não. Então valew pessoas. VOLTO SEMANA QUE VEM SE DEUS QUISER <3


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