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História Key To Your Heart - (Suga - BTS) - Estrelas


Escrita por: Anonima6

Notas do Autor


Heyyyyy pessoinhas do mal, como estão? Quero desejar um bom ANO NOVO para todos e que esse ano seja muito produtivo a todos hehehe

Bem, vou me desculpar pela enrolação, mas, essas festas e minha formatura acabou comigo, realmente fiquei sem criatividade e só terminei de escrever hoje. DESCULPEM. E peço aqueles que tem a fanfic apenas adicionado a biblioteca, que por favor favoritem, e muito importante para mim a fanfic e o projeto da minha vida fazer isso eu agradeceria <3 Sem mais prolongação, fiquem com mais um capítulo.

Capítulo 9 - Estrelas


Fanfic / Fanfiction Key To Your Heart - (Suga - BTS) - Estrelas

      - Apenas quando as estrelas pararem de brilhar e decaírem, será quando meu amor por você acabará.

- “B” - Key To Your Heart.


 

A taça de vidro ao lado da garrafa escura de vinho me olhava com deboche, em cima da extensa mesa de madeira, a decoração tosca, vintage que mamãe fez deixava o lugar menos acolhedor em minha visão. Sentada na mesa, esperava minha mãe. Tinha pegado a garrafa na nova geladeira, ela poderia ter se livrado de todos os móveis, mas ainda os preencheu com o que tinha nos moveis anteriores, aproveitei e peguei uma taça em meio a raiva que florescia em meu coração, ela tinha colocado tanto a solução sonífera no copo de suco que acabei acordando mais de vinte quatro horas depois de ter bebido o remédio. Encarei a garrafa de modo crítico, tinha jurado não beber nada que continha álcool, mas a situação pedia um brinde, ela tinha conseguido o que falhou no passado.

Na última vez ela não conseguiu tirar todas as coisas que guardava do meu futuro marido e do bebê que não cheguei a segurar no colo, do quarto principal que mantinha tudo  trancado a sete chaves. Ela não levou nada, na época que tentou colocar seus planos em prática. Michael, meu primeiro padrasto e segundo marido dela havia chegado a tempo antes de consiguir complir suas metas, nessa chance ela me trancou no quarto, não foi muito esperta, quanto essa vez que conseguiu me dopar, apesar de todo o esforço que fiz para sair do quarto não obtive sucesso. Ela invadiu os cômodos, com ajuda de contratados para remover cada móvel do lugar, Michael foi contra tudo me tirando do quatro e ameaçando mamãe com um processo. Ela por outro lado, debateu com ele, mas não adiantou muita coisa, porque acabou indo embora, mas depois de tudo eu a perdoei, porque no fundo eu sabia, que ela me amava. Eu guardei tudo do meu passado nesse quarto, porque toda vez que pensava em me livrar delas, sentia que estava tentando apagar meu passado e quebrando a promessa que sempre o amaria independente do que acontecesse que fiz durante o nosso relacionamento.

Peguei a taça a apertando em meus dedos, despejei o líquido alcoólico dentro do vidro transparente e olhei bem a louça assumir a cor vinho da fruta.
 

- Um brinde a minha idiotice - Ergui a taça em meio a uma luz do corredor acesa que cobria apenas a parte da mesa que eu tava sentada, quando acendi a luz da copa e vi toda decoração fajuta, e uma prateleira de vidro fixada na parede com fotos do meu passado, contive o desejo de jogar tudo no chão, respirei fundo e desliguei as luzes, para não fazer nada antes de ter uma boa conversa com ela. Olhei para os móveis desconhecidos que me cercavam, mesmo vendo-os pouco, a frustração chegou em meus olhos, quando imaginei vendo todos os meus móveis, objetos e lembranças queimando em um terreno qualquer, enquanto mamãe olhava tudo virar cinza.

A mulher que dizia ser minha mãe, arrancou uma parte de mim, segundo ela, eu mudaria se tivesse toda a razão de está fixada no passado, fora da minha vista. Eu me lembro quando "T" e eu olhamos juntos a compra de cada móvel e planejamos onde colocar cada um antes de sair da casa dos nossos pais e vivemos por nossa conta, foi empolgante e nunca tinha sentido tanta felicidade por achar um tinta perfeita para a parede do nosso quatro. Quando ele se foi, apenas restou todos os objetos e sua lembrança em minha memória, saber que agora ele não está aqui e dolorido ao ponto da angústia bater em meu peito e dilacerar qualquer esperança de viver novamente.


Com essa imagem em minha mente levei a taça em minha boca, antes de tocar meus lábios  senti o cheiro doce da fruta e o forte do álcool invadindo meu olfato. Quando a bebida entrou em meu corpo tocando em minha língua, espalhando a sensação pela minha boca, senti o gosto da fruta cítrica e do álcool que não experimentava há muito tempo. O sabor embriagante fez virar o taça cheia toda em menos de alguns segundos. Larguei a taça sentindo a sala rodar, parece que eu não estava muito tolerante a bebida, depois de anos. Sorri e imaginei uma briga com minha mãe, não seria muito difícil debater suas observações do meu modo de vida. Enchi a taça novamente e virei o conteúdo todo, até esquecer completamente de Trenton, “T” como eu o chamava. A bebida passou raspando em minha garganta, mas não parei até a taça ser apenas um objeto cristalizado.

No fundo escutei a porta sendo aberta, não demorou muito para a luz da sala se acender, os passos dados em um salto estalavam no chão e percorria  a casa silenciosa. Sem muita demora o som chegou de mansinho no corredor que ligava a sala e copa. Ela estava com medo do que encontraria, ela estava com medo da minha reação, não era surpresas para mim, mas me surpreendeu ela vir sem ninguém para ajudá-la.


O interruptor foi acionado no mesmo instante a escuridão que tomava uma boa parte do cômodo se foi.

- Você está aqui - Disse minha mãe, vi o receio em sua voz, hesitação, ótimo jeito de começar uma conversa, mostrar ao seu oponente que o teme. Ainda de costas para ela não respondi, enchi a taça de vinho e a descartei na mesa - Você está bebendo - Continuou, não dei muita atenção a suas palavras, porque o que eu tinha para falar não seguia esse caminho.


Seus passos vieram ao meu rumo passando ao meu lado, apenas parou quando estava do outro lado da mesa. Levantei meu olhar para encontrar um par de íris verdes me observando, seus cabelos ruivos estavam apertados e amarrados em um rabo de cavalo alto.

- Parece que você teve muito trabalho nessas últimas horas - Disse colocando um sorriso perverso em meu lábios, logo os cobri com a taça cheia pela metade, sem desviar meus olhos dos dela a ameacei com o olhar. Desconfortável ela mudou o peso de seu corpo para outra perna, mas se recusou a se sentar, deduzi que ela estava pronta para enfrentar o que estava por vir.

- Fiz o que uma qualquer mãe preocupada faria - Disse ela, suas palavras pareciam ter sido ditas anteriormente por alguém, agora ela só parecia um robô sem vida às repetindo.

- Não - A parei com essa palavra cortante dita em voz baixa, mas, em um tom ameaçador - Você está apenas tentando corrigir seus erros que fez no passado - A taça cobria boa parte da minha mão, mesmo com uma certa dificuldade apertei o vidro em minha palma e apontei com meu dedo indicador para ela.

Ela observou o gesto, tentando de toda maneira não se mostrar abalada com a situação, mas no fundo eu a via claramente, estava com medo do que iria acontecer, no que eu iria dizer ou fazer, seu peito subiu prendendo o ar nos pulmões, ela esperava a minha última frase com cautela.

- Você me abandonou quando soube que eu perdi o bebê, me largou como se eu não tivesse sofrendo, como se fosse minha escolha ter o perdido, você me culpa por não ter de dado um neto, mas… - Respirei para me manter lúcida e calma ao mesmo tempo - Não é minha culpa se você não pode engravidar e a única filha que você tem está danificada - Sua expressão se agravou quando mencionei a sua habilidade de ter se tornado estéril. A sua mandíbula se pressionou ainda mais e tentava o máximo não demonstrar nenhuma emoção que eu poderia pegar no ar e a machucar com isso.

- Isso não tem nada haver - Respondeu avançando um passo para meu lado, ela queria me consolar eu podia ver em seus olhos - Você continua sendo a minha filha e a amo do mesmo modo - Olhei com mais firmeza, colocando a taça de modo bruto em cima da mesa, ela parou imediatamente com o baque da colisão da mesa e do vidro, o conteúdo que ainda tinha dentro da taça se balançou e derramou um pouco na madeira clara grosseira e um pouco em minha mão a abracei tentando tirar o excesso do líquido, mas só foi todo absorvido quando o limpei em minha blusa. Cruzei minhas pernas embaixo da mesa e a olhando desafiei continuar avançando em minha direção.   

- Você me abandonou, fugiu com Phillipe, enquanto me largava com uma bomba na mão e deixava Hank e Michael cuidar de mim como se eles fossem obrigados, esse foi seu primeiro erro - Respirei e mantive a postura, eu não poderia chorar agora - Seu segundo erro foi achar que Phillipe sentia mais dor que qualquer um - Desviei meu olhar para a taça com um pouco de vinho no fundo e em seus pés o líquido roxo formando uma pequena poça e me perguntei se era uma boa hora para beber mais - Mas, Sam o irmão de “T”, Finn seu melhor amigo de infância, Thomas, até mesmo a Melyss, além de mim estavam arrasados enquanto vocês tiravam férias, eu não sinto raiva por isso, porque sei que você ficou sem chão também - Peguei com fúria a taça de vidro e peguei a garrafa que estava quase ao seu fim e despejei o resto dentro do vidro logo virando sem pensar duas vezes em minha garganta, queimou quando trilhou seu caminho até meu esofôgo - Eu sei que todos me culpam pela morte do Trenton. Eu sei que se eu não tivesse escolhido a Melyss, nós três teríamos sobrevivido e Melyss estaria morta - Parei de falar quando no fundo de minha mente escutei os gritos pedindo ajuda, mas os ignorei e tentei terminar essa conversa - Mas eu tive que ficar porque você me incentivou a ser como o papai. Eu não sou o papai - Gritei a última parte para ela que se afastou um pouco devido minha explosão repentina. Senti que tudo que fazia acabava mal, senti que muitas pessoas me oprimia e me julgava com o olhar, senti a mágoa e a observei de perto enquanto ela zombava de mim e da minha vida miserável, mas não soltei nenhuma lágrima ou demonstrei nada porque não queria que ela soubesse - Eu não sou uma heroína como você queria, eu não posso salvar vidas mamãe, eu não posso nem me salvar e não vejo nenhum motivo para salvar as outras pessoas - Parei de forma bruta hesitando em falar a última frase - Eu não pude salvá-lo, eu não consegui me levantar, você, eu, e o mundo sabemos, que se tivesse recebido cuidados médicos a tempo ele estaria vivo -  Desviei meus olhos dos dela e olhei para as fotos minhas na prateleira no qual sorria, mamãe ficou em silêncio desde que abri minha boca para fazer acusações - E sabe qual é seu último erro? - Depositei meu cotovelo na mesa e me inclinei para dar ênfase em minhas palavras - Não perceber que mesmo você tirando tudo de mim eu irei continuar no mesmo jeito, me escondendo, porque isso é a única coisa que me mantém em sã consciência.

- Isso irá mudar em breve - Disse repentinamente cortando minhas palavras sem esperança.

-  Eu não vou mudar, não está na casa, ou nos móveis, e sim no meu coração, você não entende? - Levantei da cadeira e com minha mão bati com força na mesa expressando minha indignação, a mesa fez um barulho que ecoou na casa inteira, fazendo minha mãe olhar para mim com mais intensificação, sua surpresa veio em um estalo em seus olhos e do mesmo jeito sumiu se mascarando na indiferença.

- Fiz o que é certo, você não pode ficar remoendo o passado. Já passou já foi. - Ela disse por fim chegando um pouco mais perto. Meu coração se despedaçou naquele instante, como uma pessoa pode falar assim?

- Eu amava Trenton e você seria avó. Como pode dizer “Já foi” com tanta frieza? - Fechei meus olhos e tomei uma decisão - Vou perguntar só uma vez, onde estão minhas coisas? - Aproximei dela de modo ameaçador, eu não queria mais discutir, só queria meus pertences de volta, tirar tudo do quarto principal era um exagero, agora invadir minha casa e mudá-la completamente quando eu estava dopada, era uma medida fora dos limites de qualquer relação.

- Não irei dizer , quero que entenda que é tudo para seu bem - Respondeu, estávamos olho a olho, ela me desafiou e eu aceitei o desafio sem pestanejar - Logo irá esquecer tudo.

- Eu quero que saia da minha casa, quero que saia da minha vida, quero que deixe de me chamar de filha, de agora em diante sua filha morreu naquele acidente, haja dessa forma - Disse friamente olhando em seus olhos para não restar nenhuma dúvida - Porque já a desconsiderei como mãe, Angeline - Joguei seu nome com desprezo e me afastei, passei a cadeira fora do seu lugar e parei apenas na porta do corredor - Pegue suas coisas e saia em meia hora ou vou chamar a polícia - Disse ainda de costas e sai da copa.

 

[...]

 

Assim que a porta ao longe se fechou, eu soube que era ela indo embora para não voltar, no fim não foi uma decisão difícil de ser tomada, já que quase não a via, mas mesmo com todo o ódio flamejando em meu coração e a mágoa quase transbordando em meus olhos, senti a dor de mais uma perda, mesmo não sendo definitiva, que poderia encontrá-la com  uma viagem ou ouvir sua voz por meio de um telefonema, eu senti meu coração sendo sufocado e apertado. Levando a mão no peito, apertei com mais força possível meu coração, sentir ele batendo mais forte e percebi, que agora, eu não tinha mais ninguém além de mim mesma, não tinha nem as recordações que me mantinha intacta.

Levantei da cama desarrumada do quarto em que eu acordei e caminhei com receio até a porta, eu não deveria me torturar a esse ponto, mas precisava checar o que restava do meu passado, mesmo não encontrado nada lá, a necessidade e a curiosidade me consumia. Levei a mão na maçaneta e sem demora abri a porta para o corredor que um dia foi meu lar, agora não se passava de algo estranho e nebuloso no qual me deixava mais solitária que me sentia.

Passei pela sala e outro corredor todos iluminado e parei em frente a grande porta de madeira escura, sua textura não era diferente das demais, mas ela se tornou a guardadora do meu esconderijo onde eu poderia quebrar meu coração um e outra vez, apenas passando por ela,  então isso a fez especial e temida por mim. Peguei no metal gelado e a pressionei para baixo empurrando  a madeira em seguida até abri uma fenda, contive minha angústia respirando fundo diversas vezes, fechando os olhos para sentir minha respiração me acalmar, eu sabia que não teria respirações fundas que iria conter minhas lágrimas dentro dos olhos quando perceber que todo o meu pequeno mundo do passado teria desaparecido.

Abri meus olhos e empurrando a porta aberta entrei olhando para o chão, virei para fechar a porta com cuidado e com calma virei para encarar a nova realidade. A cama king size se destacava no centro do quarto, onde originalmente se encontrava o berço que Trenton havia comprado com minha ajuda para o bebê, a parede que destacava algumas fotos de “T” e eu se encontrava vazias, a grande prateleira de três estágios que estava fixada na parede tinha os  prêmios que “T” havia ganhado no MMA e também no futebol quando era mais novo deixaram apenas marcas de uso, um jarro e algumas fotos estampando minha felicidade havia sido espalhadas em intervalos nelas para encobrir qualquer vestígio do passado. A cortina da mesma coloração bege ou marrom do outro quarto se encontrava cobrindo a janela de vidro. O coração se apertou em meu peito, a respiração travou em meu tórax, a voz não saia da garganta, tudo que pode fazer foi ver e sentir a dor novamente da perda, senti que quebrei  uma promessa simples, feita para a pessoa que mais amava mais que minha própria sanidade.

As lágrimas vieram junto com um par de gritos e lamentações que chegavam apenas para mim, os pedidos de ajuda sussurravam perto da minha orelha, o calafrio instalava em minha espinha. No momento não ligava, não me importava em sair dessa realidade, quanto mais longe mais fácil se tornava minha e inextinguível dor.  Sentei no chão enquanto tinhas forças para fazer, escorei minhas costas na parede ao lado da estúpida cama e deixei as lágrimas tomarem de conta de mim, assim, as vozes aumentaram e tentavam de todo modo me arrastar da realidade, um trovão fez seu solo, e mesmo sabendo que não era real eu me assustei, escutei a chuva caindo no chão e o frio causado pelas mesmas gotas tomavam minha pele, a fazendo-a ficar pálida com uma vela sem as chamas para extinguir sua cor branca.  Sem demora abri meus olhos e percebi a grama molhada sobre meu corpo jogado sem muita utilidade, as lágrimas caíram rumo ao chão verde, fiquei apenas assim, eu sabia que os gritos iriam piorar, um raio viria acompanhado com um trovão barulhento, deixando o desespero aumentar entre todos que estavam ali, tentando abafar o medo deixando aqueles que não medem as consequências de suas ações, dominar o pedaço, se achando um “Deus” de decidir quem seria o próximo a morrer dolorosamente e lentamente. Senti a sola do sapato tocar minha mão direita  tomada pelo frio continuo.

- Deixe a bonitinha por último, quero brincar com ela - Sua voz se ergueu em meio ao caos, logo em seguida o raio iluminou toda a superfície terrestre do lugar, logo em seguida o trovão fez sua parte que deixaria mais pessoas apavoradas - Sem testemunhas, vamos acabar logo com isso, levem os que sobraram para trás, vamos dificultar o trabalho da perícia - Ele gritou junto ao som alto da natureza exigindo seu espaço.

- Você está bem? - Uma voz doce e distante perguntou, em seguida no fundo senti uma mão tocar em meu ombro. Sabia que todo esse acontecimento era real que o dono dessa voz era real, mas, eu não queria ir para esse mundo, apesar de todo o sofrimento aqui acontecido, era o que merecia.

Livrei de todo o indício da voz que levaria de volta para o mundo que estava dilacerado, e foquei na chuva que havia diminuído, no verde húmido que estava deitada, sabia que em breve o veria, não se passou muito tempo até os gritos ao longe ir diminuindo de acordo com o afastamento daqueles que ainda tinham esperança de ficarem vivos, com o tempo passando, não restava muitas pessoas vivas eu sabia, e isso diminuía minha vida, mas não ligava eu o veria em breve, antes de tornar apenas uma boneca de sangue e osso sem vida, ele me salvaria.

- Ela está sangrando Sam - A voz de Trenton foi como um sussurro, suas mão vieram para meu pulso tentando checar minha pulsão, tentei levantar e o ver pela última vez, mas não consegui minha mente ainda se lembrava dos ferimentos que sofreu nesse incidente - Pegue ela, que vou atrás da Melyss, e de modo algum volte até ela está segura - Ele tocou minha mão - Vocês vão ficar bem eu prometo - Sussurrou e depositou um selinho em minha testa, impossibilidade de abrir meus olhos tentei agarrar sua mão, mas consegui apenas fisgar um porcentagem de grama úmida, a lama cravou fundo em minhas unhas deixando o desconforto ainda maior.

Não demorou muito até ser suspensa do chão, quando consegui finalmente abrir meus olhos uma gota de sangue se desprendeu de meus dedos e caiu rumo ao chão em câmera lenta junto com as gotas de chuva que caía do céu, levantei mais minha visão e o vi pela última vez, sua camisa branca estava grudada em seu corpo a tornando quase transparente, onde podia ver os círculos cruzados de sua tatuagem de infinito em cima do seu coração, seu cabelo escuro molhado grudou em sua testa e seu sorriso que sempre me acalmava antes de um luta apareceu, mas seus olhos era preocupação aparente, ele acenou para Sam ir embora e começamos nos afastar rumo a quantidade de árvores que tinha ao redor.

A única coisa que consegui me lembrar depois de vê-lo era a promessa que fiz a ele, que o amaria até que as estrelas cedecem do céu, mas não é isso que está acontecendo.

- Não faça isso comigo - A voz real repetiu em meio as alucinações, assim que senti o calor de pele contra pele se pressionar em minha mão esquerda - Por favor, eu não sei o que fazer - Repetiu a voz que conhecia bem. Suga, ele estava ao meu lado.

Sabia que tinha que lutar para sair da tempestade, mas ficar era o caminho mais fácil e independente quem eu mostre ser, sou uma pessoa covarde, que tem medo de sua própria sombra, do seu passado e principalmente de amar novamente, porque estaria quebrando uma promessa que valia mais que qualquer joia valiosa perdida no mar. A promessa não significava palavras e sim o amor que sinto por Trenton, e esse amor significaria e explicaria toda minha miserável existência. Fechei meus olhos e concentrei o máximo no pequeno toque que pressionava firme minha mão, a névoa e todos os gritos foram sumindo aos poucos até o sólido chão do quarto aparecer e a parede azul claro suportar minhas costas escoradas nela.

Encarei o homem ajoelhado diante a mim, seus olhos escuros estavam vidrados, a sua preocupação era evidente em sua testa e nas marcas de expressão. O sorriso doce foi substituído por uma linha reta, ficamos nos encarando por alguns segundo até ele puxar minha mão que estava segurando e abrir meus braços para conseguir se encaixar perfeitamente no abraço, ela apertou minhas costas com seus dois braços.

- Nunca mais faça isso comigo - Sua voz saiu abafada por seu rosto está enterrado em meu pescoço, com uma pequena hesitação retribui o abraço e me segurei para não chorar, as lágrimas que antes soltei secaram e eu esperava não mostrar esse lado a ele, já viu o suficiente por hoje.

O empurrei de leve para me livrar da demonstração de afeto que era um pouco repentina para mim e o encarei novamente. Sua camisa branca com mangas complicadas estavam enroladas e ajustadas para ficar apertada nos bíceps e impedi-la de descer e voltar para o tamanho original. Ele se encontrava sentado em seus pés em minha frente, enquanto eu era sustentada pela parede, analisei seus olhos e percebi que agora ganhava um tom provocador.

- Não finja, você gostou do abraço, sentiu meus músculos por debaixo do pano? - Perguntou, quase sorri, eu sabia que isso era apenas para tirar a tensão que permanecia em mim depois de perder tudo, expulsar minha mãe e reviver tudo novamente.

- Por que ainda não saiu correndo? - Ignorei sua pergunta inicial e foi direto ao ponto.

- Já te disse que não irei sair do seu lado, não importa o que aconteça, ficarei aqui e não me moverei, não ligo se você não quiser, vou está aqui para você - Respondeu olhando fixamente para mim, seus olhos brilharam com a sinceridade e a preocupação, as duas brigavam tentando uma mascarar a outra.

- Você é um idiota - Apenas respondi desviando de seu olhar penetrante, ele se levantou e estendeu uma de suas mãos para mim, fiquei analisando seus dedos, ele não sabia o grande burraco que isso gerava em meu peito, o grande significado que tinha por trás de uma simples ajuda, significava esperança, fim dos dias frios e solitários, olhei para o quarto e percebi, apenas agora, que as estrelas já eram, segurei firme em sua mão e deixei ele me ajudar a me levantar e prometi que seria apenas por hoje, até recuperar minhas estrelas, deixaria ele me guiar no mundo escuro e sombrio que se encontrava agora sem as estrelas no céu para conduzir meus passos.


CONTINUA...


Notas Finais


Heyyyyyy eu aqui novamente, quero dar dois avisos super importantes para vocês, primeiro, para quem ainda não sabe tem uma versão do SUGA dessa história e se quiserem ler, esse é o link: https://spiritfanfics.com/historia/key-to-your-heart-spin-off--versao-suga--bts-7389960

E segundo, para quem está de bobeira e quer ler uma história da hora, vou apresentar para vocês SHIVER. Vamos ler pessoal, favoritar e comentar bastante lá, as meninas que escrevem a história estão fazendo um ótimo trabalho, confiram.
Link: https://spiritfanfics.com/historia/shiver-7188482

Outra coisinha muito importante, me observem, porque no próximo capítulo, estarei postando nos meus jornais, frases do décimo capítulo antes de postá-lo, se quiserem conferir antes do capítulo ser postado em definitivo me observem hehehe

Bom, já vou indo, até porque está muito tarde, obrigada por lerem e comentem o que acharam do capítulo. OBRIGADA PESSOINHAS DO MEU CORAÇÃO <3


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