História Keyless Heart - 10

Na manhã seguinte fomos chamados pelo Diretor, era como se o que tivéssemos feito noite passada, foi totalmente descoberto.

- David onde você passou a noite? - Michael falava no tom áspero de um pai preocupado e ao mesmo tempo de um ditador.

- No quarto de Charlie, Pai - Engoliu em seco, enquanto os olhos afiados de Michael o olhava e agora já estavam em mim.

- Isso é verdade, Senhorita Rosanne? - Nos olhamos, quão nervosa.

- Sim, Michael - Minhas mãos tremiam, mentir era algo que odiava, mas nesse caso.

- Preciso perguntar isso ao Charlie, estão dispensados - Essa vai ser a hora em que iremos correr, pra encontrar primeiro Charlie antes de seu Pai.

Os passos foram apressados para sairmos o quanto antes, agora seria a procura por Charlie, quem era ele na vida de David. Fomos ao campus, salas, refeitório e nada de encontrarmos, David ligava e nada das ligações serem retornadas, até que de novo fomos chamados pelo Diretor.

- Eu sei que dormiu no quarto de Rosanne, David - O rosto o entregava totalmente.

- Michael, não aconteceu nada, nós não... - Estendeu sua mão com sinal para que parassemos.

- Mesmo que tivesse ou não acontecido, estão namorando, somente não sejam pegos, na juventude temos que aproveitar essa só será uma de mais várias outras aventuras entre vocês - Tudo que fizemos foi rir, sem parar que tipo de afirmação seria aquela, e que Diretor diria aquilo.

- Pai, foi isso mesmo que acabei de escutar? - David parecia não crer.

- Por quê a surpresa? Cedo ou tarde você começaria a namorar e também a fazer, bem você sabe - Quando olhei o rosto de David, me parecia uma Maçãzinha todo vermelho.

- Eu não acredito que estamos tendo esse tipo de conversa - Desta vez que gargalhou foi Michael.

- Filho, isso é importante, à e outra questão soube que brigou com o aluno estrela que está a baixo de você no ranking, o senhor Christian, o que aconteceu?

- Somente um desentendimento - Pai e Filho passaram a ficar sérios.

- Sei que não foi isso, e não me faça de tolo, eu conheço meu Filho e este colégio, não é atoa que estou aqui há sete anos - David não queria falar sobre, falar de Christian era o mesmo que instiga-lo a raiva.

- Ele apenas gosta de Rosanne e não aceita que ela seja minha namorada - Michael cruzou suas mãos uma a outra.

- E a Senhorita o que tem a dizer? - O que queria ele dizer.

- Especifique sua pergunta, Michael - Gosto que as pessoas sejam diretas.

- O que sente por este rapaz, e que posição está nesse relacionamento com meu Filho? - Aquela pergunta me levou de jeito, de uma maneira que não queria revelar meus sentimentos, ainda estava muito confusa em relação ao dois, mas de algo tenho certeza meu relacionamento com David.

- Eu amo David, e Christian ele é um pouco insistente - A vergonha tomou conta de mim naquela sala, uma coisa é confessar a David, mas ele e seu Pai.

- Isso era tudo, estão dispensados

- Pai, como descobriu é, bem, como dormi no quarto de Rosanne - Michael se levantou em direção a David que já estava na porta de saída.

- Charlie, aquele garoto nunca iria mentir - A raiva se apossou de David.

- Não fique com raiva, tudo que ele faz é para seu bem - Tudo que ele precisou ouvir, mesmo que as pessoas que nos machucam estejam sempre ao nosso lado, essas coisas no final de tudo são melhores do que aquelas que nos mentem.

Saímos da sala, e quando já estava andando para minha sala, hoje seria a primeira aula de literatura, minha matéria preferida, David me puxou.

- O que você está fazendo? - Ele me segurava pela cintura, me olhando.

- Nada, apenas gosto de ver seu rosto de perto, mas não me atreveria a fazer nada que não lhe agradasse, nem mesmo uma carícia, ou um ato impensado, isso é o que eu sinto em relação a você, por que a cima do amor, primeiro vem o respeito - O que mais, poderia fazer a não ser atacar aqueles lábios a minha frente, sim ele tinha razão.

- Sabe, agora eu gostaria de te beijar tenho a permissão ? Eu sinto que tenho direito uma pessoa se declarou pra mim na frente do meu Pai, acho que ela me deve isso, minha causa está certa Darling? - Assenti, nossos lábios foram encontrados, a maciez pude sentir novamente, era um voto de confiança, precisávamos fazer nem que fosse uma vez, sempre era importante matar a saudade constante.