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História Keyless Heart - 25


Escrita por: Luhbin

Capítulo 25 - 25


Por um momento vi alguém possuído por um fervor que eu não conhecia, alguém que sem dó mataria.

- Pietro, pare! Olhe para mim! - Seu corpo se mexia e seus músculos se contraiam, o rosto do homem desconhecido estava entrando em processo de deformação, até que ele se levantou, ele não me olhava, seus olhos só davam atenção aos meus pulsos que estavam sendo desamarrados.

- Consegue se levantar? - Sua voz foi ríspida, não reconhecia.

- Si-im - Tentei, mas minhas pernas falharam e não pude andar. Pietro me pega, me sinto uma miniatura, ele me leva sem nenhuma preocupação, nosso destino, não sei.

Saímos a fora, não imaginei que estivesse com uma Rider, uma moto de corrida preta, a dificuldade maior era como conseguiria juntar forças para poder me agarrar a ele, seus olhos percorriam uma adrenalina, seu corpo preocupação e mesmo assim suas ações condiziam totalmente diferente do que sentia.

- Me desculpe, não imaginei que encontraria você assim - Dizia com sua voz fraca com mistura medo.

- Pra tudo dar-se um jeito, pra essa situação é o mesmo, portanto reunirei minhas forças - Me desvencilhei de seus braços, cambaleei no começo, me recompôs aos poucos, meu corpo sentia algo estranho. Pietro subiu na pressa, a única coisa em que me agarrei foi suas costas, elas eram a única coisa confortável, quentes, macias, meus braços o rodeava, tudo que ouvi foi a aceleração, breve percorriamos as ruas.

- Está tudo bem? - Sua voz se ia junto ao vento, parecia doce.

- Por agora sim, mas sinto que preciso de uma boa noite de sono - Meus olhos vacilavam querendo e não querendo fechá-los.

- Me desculpe - Diferente do seu tom usado antes, dessa vez sua voz foi piedosa, como se inteirasse de toda a culpa do ocorrido.

- Eu sou sua Mulher, esqueceu? - Meus ouvidos se esquentaram com seu sorriso.

- Então, querida nunca me deixe esquecer desse detalhe - Desta vez o motor cessou.

- Chegamos?

- Sim, essa é minha casa - Não estava acreditando no que estava vendo, tudo tinha de ser mentira, mas nem em sonhos ou meus desejos poderiam realizar que tudo fosse um engano de minha parte.

- Por quê e o que, estamos fazendo na casa de David? - Pietro já abrirá a porta.

- Creio que esqueci de mencionar que ele é meu irmão - Não isso é um absurdo, virei de costas e era momento para sair dali.

- Onde pensa que vai?

- Embora daqui, sabe eu namorava seu irmão, como poderia entrar e ser apresentada como sua Mulher? - Sua mão largou a maçaneta, ele vinha em minha direção.

- Acha que me importo? Pelo que você disse "era" namorada, somente termine as coisas que restaram com ele, essa é uma noite perfeita - Bufou, parecia estar chateado. Pegou-me pelo pulso, como poderia ser tão bruto e protetor, romântico e prepotente. Ao adentrar, o primeiro rosto que vi, foi o que menos queria ver, e o mencionado em nossa questão.

- Irmão? - Seu rosto estava perplexo, surpreso. Virei meu rosto, em vão sua vista me alcançaram.

- Rosanne? O que faz aqui? - Pietro tomou minha frente, de alguma forma naquele momento me senti salva, mas pela personalidade dele, sei que isso não ficaria sem uma resposta.

- Isso não te interessa, mas ela dormirá aqui essa noite - Pietro disse sem pestanejar.

- E que direito acha que tem pra levá-la dessa maneira para seu quarto? - David dizia ríspido, estava claro que sim, tínhamos algo que ainda não estava terminado.

- Hubby, pode ir, eu preciso resolver as pendências - Soltei sua mão, ele me respondeu com um olhar me deixou ali e subiu.

- Por que está estranha comigo? E por que chamar, meu irmão de marido? - O que não fazemos para proteger quem amamos, mesmo nos sacrificando, mesmo que isso acabe com nós mesmos.

- Eu e Pietro, nós... - Não era hora das palavras fugirem, não era hora de tremer e desistir.

- Vocês o que? Você é minha namorada, é a garota por quem me apaixonei e ainda sou apaixonado, que faz me sentir inseguro, mas amado, faz ter pensamentos e sentimentos inexplicáveis, e que só consigo transmitir te beijando, acariciando, te amando - David se aproxima, sua mão tocava meu rosto, sua respiração, seu toque.

- David, não - Minha voz saia falha, eu queria que ele continuasse e parasse.

- Você tem que estar ao meu lado, não de Pietro - Nossos olhos se encontravam, já estava vendo a dor neles.

- Eu preciso esquecer você, e entregar meu coração a Pietro - Lágrimas, de fato, conter não poderia, meu coração estava sendo dilacerado, rasgado, o vazio estava voltando a me consumir e mesmo assim só pensava nele.

- VOCÊ QUER QUE EU TE ODEIE?! COMO VOCÊ PODE AMAR ALGUÉM, E QUERER ESQUECÊ-LO E AMAR OUTRO DA NOITE PARA O DIA? - Sua voz se exaltou, seu corpo estava tenso, e se movia com nervosismo incomum.

- Isso não importa, deixe-me ir - Sua mão tentava me impedir.

- David, não torne isso mais difícil - Ele me puxou de repente, seus lábios se aproximaram dos meus,nossa despedida, seu gosto, pela última vez.

- Não, posso fazer isso! - Tentei se dura.

- Como pode estar tão calma, não vê meu desespero? - David, exalava desespero, medo de me perder, algo que estava sendo mais difícil para mim e ele nem se quer fazia a mínima idéia.

- Eu sinto muito

- Não sinta! Mas guarde minhas palavras, eu juro que não desistirei de você - Suas palavras finais, seus passos seguiram apressados.

Segui para as escadas onde encontrei Pietro, sentado.

- Você ouviu?

- Sim - Disse com a mão sobre o rosto.

- Só não gostei da maneira como ele intensificou o amor por você - Seus olhos brilhavam perante um pequeno escuro.

- E de que maneira você acha correto, acha que somente ti conhece esse sentimento? - Se levantou, subiu as escadas o segui. Paramos em frente à uma porta, e um denso corredor ao lado de outras portas, deveriam ser o quarto do seu Pai e David, ele abriu sua porta devagar entrou e sentou-se na cama.

- Sabe, nunca conheci nenhuma Mulher como você, se fosse outra nesse momento estaria longe daqui, eu me tornaria um verdadeiro monstro para tal, mas você continua comigo, em nenhum instante quis fugir, e sim permanecer - Ele estava calmo, seu quarto, seu ambiente era muito simples, ao mesmo tempo sofisticado e cuidado.

- Eu não poderia esquecer nossa promessa, além do quê, necessito de você Hubby - Soltei um pequeno sorriso, suas mãos passaram sobre meu rosto, limpando as recentes lágrimas.

- Amar, só não significa dizer " Eu te amo", mas acredito provar todos os dias, com simples palavras, eu farei isso, não chore mais, pelo menos não em minha presença, odeio ver uma Mulher chorar, durma aqui essa noite, dormirei na sala - Eu não queria dar falsas ilusões, mas também precisava mostrar para David algo entre mim e Pietro.

- Não me importaria de dividir a cama - Ele deu meia volta, tirou a blusa, seus músculos, pequenas cicatrizes que davam um ar ainda mais sexy e jovial.

- Por que retirou sua camiseta? - Se aproximou de mim, mais e mais.

- Me desculpe, estava com um pouco de sangue, preciso tomar um banho, me espera, Wife



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