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História Kick me or love me - The Request


Escrita por: Miss_Myung-Dae

Notas do Autor


Oi pessoas! <3

Vim trazer esse humilde e ultimo capítulo a vocês... Mesmo que não seja o melhor final, o melhor plot eu fiz de coração.
Meu Pc desligou e eu pedi o capítulo inteiro, mas não quis desistir. Reescrevi praticamente tudo e enviei no ultimo minuto que poderia enviar, veja só.
Me desculpem pelos erros, prometo que irei arruma-los no futuro.

Boa leitura~~

Capítulo 3 - The Request


 Havia se passado uma semana desde o dia das fitas que eu encontrei na caixa do meu pai. Enquanto eu dançava, enquanto estudava, enquanto fazia qualquer coisa eu pensava na semelhança entre aqueles dois lutadores. Passei a semana toda quieto, pensativo. Nem as provocações de Jongdae surtiam efeito. A propósito, pensei que ele iria me chantagear ou algo assim, mas ele não o fez. Continuou me tratando como se nada houvesse acontecido durante as aulas. No final das mesmas, não me via porque claro, eu dava um jeito de fugir antes que ele pudesse cogitar me barrar num corredor. Sendo sincero talvez ele nem estivesse com pensando nisso, mas como meu pai uma vez me disse "é melhor prevenir do que remediar". O problema era que, no momento, quem queria falar com ele era eu.

Parece que o jogo virou, não é mesmo?

*

Bolei um plano incrível de como abordar alguém que está, muito provavelmente, me procurando. Eu sou um gênio, (sinta a ironia).

Enfim, depois de procurar em todos os clubes da universidade no dia anterior e não encontrar nenhum sinal de Jongdae (olha que eu procurei em todos os clubes de lutas possíveis), conclui que a abordagem mais inteligente seria no final da aula do dia seguinte, palmas para mim.

Passei a aula inteira quieto e quando a mesma terminou, saí da sala e esperei que o moreno saísse também. Estava escondido em uma das ramificações do corredor, num cantinho onde não poderia ser visto facilmente, sei que ele passa no horário da saída. Nem me pergunte, eu só sei.

Quando meu meu alvo passou perto o suficiente de mim, não me percebendo, o puxei pelo pulso. Ele se assustou, num movimento rápido me virou e me prensou na parede, agora sendo ele que empurrava as minhas costas com uma mão e com a outra puxava meu pulso direito para trás, forçando-o. 

–  Ai, ai, ai! Me larga Jongdae! 

– Min? – ele parecia muito surpreso.  – Desculpa min, eu só... Droga, te machucou? 

Massageei meu pulso que estava um pouco avermelhado por conta do aperto que ele deu e olhei para Jongdae. Ele parecia se sentir culpado, como não soubesse o que fazer, era a primeira vez que o via daquela maneira então era de certa forma... engraçado. Resolvi inverter os papeis e brincar com ele, da mesma forma que ele faz comigo.

–  Ai, Jongdae. Meu braço... droga, pra quê usar tanta força?

– Nossa, desculpa Min. Foi o braço que você machucou daquela vez, não é? – disse colocandoo uma de suas mãos em meu ombro, o massageando num tipo de carinho, logo após pegando meu pulso e repetindo o processo. –  Melhorou?

– Bem... melhor.

Fiquei sem reação ao o ver daquela forma, com aquele sorriso doce direcionado para mim, algo tão incomum. Pensei que ele não iria ligar e dar risada, mas ele não o fez. Droga Jongdae, por que você nunca segue o roteiro?

– Vem Min, vou te pagar uma bebida pra você ficar melhor.

Ele disse Min, disse meu apelido mais íntimo e eu não liguei, porque quando ele sorria daquele jeito que me deixava com um frio na barriga e minhas mãos gélidas. Isso é maldade. 

Enquanto estava olhando para o seu rosto, nem percebi quando ele pegou na minha mão e entrelaçou nossos dedos, caminhando em direção a o jardim da faculdade. Não sei o porquê, mas me deixei ser guiado enquanto apenas conseguindo pensar em o quanto os nossos dedos pareciam se encaixar perfeitamente. Por algum motivo eu não queria que aquele momento acabasse... 

– Chegamos Min, espera aqui que eu já volto – ele disse quando chegamos a uma área no meio dos jardins, que ficava próxima a praça de alimentação. 

– O quê?  – foi a única coisa que consegui dizer.

– Nada – disse ele, rinsonho. –  Só espera aqui rapidinho,  já volto – soltou nossas mãos e me indicou uma cadeira vazia junto a uma mesa para que eu sentasse, enquanto se afastava. 

O que será que deu em mim? O que será esse sentimento estranho? Foco Minseok, foco. Você precisa perguntar pra ele se ele sabem quem é seu mascarado, se ele sabe quem é essa pessoa que você observou por tanto tempo, o seu amor platônico. Pergunte a ele sabem quem é o Chen. Pare de pensar no passado, isso não te leva a nada.

Pouco tempo ele voltou com duas bebidas quentes, pois estava frio e pelo cheiro enquanto se aproximava pude perceber que era café. Como ele sabia qual era a minha bebida favorita?

— Aqui, beba enquanto está quente — disse, enquanto me entregava um copinho de isopor.

– Obrigado – disse mesmo que ainda um pouco sem jeito.

– De nada... Sobre aquela hora, me desculpe. Ultimamente estou mais alerta do que nunca.

– Tudo bem. É causa do seu clube, não é? Ouvi dizer que você participa de um clube de luta ou algo assim.  

– É... Mais ou menos isso... – mexeu-se desconfortável na cadeira e coçou a nuca. –  Nossa, deixa eu te contar, você não sabe o mico que eu vi quando fui buscar o café –  disse mudando de assunto.

–  Sério? O que aconteceu? 

–  Uma menina baixinha estava com um garoto mais alto, acho que eles estavam num encontro. Os dois estavam cada um com um copo de café, mas ai a pequena estava tão nervosa que quando o grandão foi beija-la você não sabe o que aconteceu...

– O que aconteceu? – Perguntei. Essa história me parece divertida.

–  Ela virou o café na calça dele e o pior não foi isso...

–  Nossa! O que foi o pior?

–  O pior foi que quando o café caiu nele, ele deu um grito e ela preocupada, pegou um pano e abaixou, começando a tentar secar. O problema foi que o café caiu perto da virilha do grandão. Quando todo mundo começou a olhar e rir ela se tocou do que estava fazendo e levantou, deu o pano pro grandão e saiu correndo toda vermelhinha, tadinha –  Jongdae contou, rindo.

–  Coitada Jongdae! Que feio dar risada dos micões dos outros –  disse tentando não rir, mas foi meio impossível com ele rindo daquela forma. Já disse que a risada dele me contagia? Quer dizer, contagia a todos?

Sem que eu percebesse começamos a conversar sobre tudo. Sobre micos da vida, músicas preferidas e outras coisas, parecíamos grandes amigos desse jeito, nem parece que o garoto na minha frente era uma peste. Talvez a gente possa se acertar e parar de se odiar desse jeito...

– Então Minseok, deixa eu te perguntar... Porque você estava tão estranho essa semana?

– Como? – quase engasguei com com o segundo café que havíamos comprado quando o primeiro acabou.

– Você sabe... Todo estranho, como se estivesse pensativo. Tipo ignorando tudo e a todos, até o Sehun você ignorou um dia desses e nem percebeu.

Então quer dizer que ele estava me observando?

–  Ah... sobre isso... foi por esse motivo que eu vim procurar você – bebi um ultimo gole de café e o coloquei sobre a mesa.

– O que foi? Pode me falar.

–  Então... eu estava assistindo algumas fitas antigas do meu pai e nelas tinham competições do seu pai... — percebi ele ficar mais sério. — Tem uma pessoa que eu sempre vejo competir e eu percebi que os estilos entre seu pai e o dessa pessoa são muito parecidos. Preciso saber quem o Chen é – Jongdae me observava, tenso. – Ele é o heroi do esgrima, sabe? Acho que você conhece. Eu queria te perguntar se por acaso seu pai ja teve um aluno secreto ou algo assim, sei que você não gosta de esgrima, mas imagino que conheça as pessoas que seu pai treina.

– Desde o dia que seu pai o traiu, meu pai nunca mais teve nenhum patrocinio, como ele podeira ter algum aluno? Óbvio que não.

– Espera... Como assim meu pai traiu o seu? Seu pai trapaceou e trapaceiros são pegos. Meu pai apenas ficou com a vaga e a transformou em uma carreira de sucesso, isso você acha que é traição? 

Praticamente cuspi as palavras, sei que não devo o julgar pelo o que Kim Jung hwan fez no passado, mas falar mal do meu pai já é demais. Ele olhou nos meus olhos com um olhar e sorriso triste.

– Você tem toda a razão, Kim Jonghyun é bem bonzinho. Você é o filho da estrela, e eu, o filho de um traidor da pátria. Porque justamente eu teria algum direito de chamar seu pai de traidor, não é mesmo? 

Ele se levantou e saiu, me deixando sozinho naquele jardim... Quando eu pensei que finalmente iríamos nos acertar...

*

Estávamos suados, ofegantes, jogados no chão da sala. Olhei para Baekhyun e Sehun, meus dois amigos que estavam igualmente ofegantes. Mesmo que eu tentasse ao máximo, não conseguia esquecer do acontecimento de dois dias atrás.

"Você tem toda a razão, Kim Jonghyun é bem bonzinho. Você é o filho da estrela e eu, o filho de um traidor da pátria. Porque justamente eu teria algum direito de chamar seu pai de traidor, não é mesmo?"

– Gente... eu tô ficando maluco... – disse, ainda olhando para o teto como se o fato do ventilador rodar, fosse algo muito interessante.

– Deixa eu adivinhar... o seu  encontro com o Jongdae? Parece que ele não é tão Kim Demônio assim, não é mesmo? 

–  Espera aí Sehun , como é que você sabe sobre isso ? –  olhei surpreso pra ele.

– Olha, não negou que foi encontro... Por acaso existe alguma coisa que Oh Sehun não saiba ? - ele me olha com um sorriso irônico. –  Todo mundo sabe, pra ser sincero, viram vocês dois comprando café juntos e as notícias correm rápido.

–  Mas então...  diz como foi - Baek acrescenta.

– Nossa, esse povo é fofoqueiro mesmo, hein? –  disse, ainda encarando o teto. Contei a historia das fitas e o porquê de eu ter ido atrás de Jongdae.

– ... dai a gente brigou e eu não consegui descobrir quem é o mascarado. Ele colocou a culpa no meu pai, disse que ele traiu o pai dele e que por isso ninguém quis mais treinar com ele – disse terminando minha história.

–  Hyung, você é cego ou só se faz? 

–  Como assim Sehun ? 

–  É óbvio que o Zorro é o Jongdae ! –  arregalei meus olhos espantados com a declaração de Byun 

– Byun Baekhyun entende de dança e não de esgrima , mas se o Chen usa a mesma técnica do pai do Jongdae e o mesmo não teve nenhum aluno, logo o Chen deve ser o filho dele não é ? Pensa bem, você não encontrou Jongdae em nenhum outro clube, mesmo sabendo que ele luta alguma cois. Você só deixou de procurar no clube de esgrima!

Comecei a juntar os pontos. Jongdae tinha um corpo muito bom, como se fizesse algum esporte ou exercício físico, quando ele me prensou na parede percebi demonstrou sua agilidade. Ele era delicado, sempre via leveza em suas ações. O dia que ele estava com pressa pra me entregar o livro, era o mesmo dia que tinha treino de esgrima. Ele ficou desconfortável quando eu perguntei se ele era de algum clube de luta. Eu não acredito, será possível?

– Olhe só hyung, no final das contas o cara que você gosta e o que você odeia são a mesma pessoa! Pense nisso como um 2 em 1 –  Sehun disse dando uma risada como quem estivesse se divertindo muito com as minhas custas e a cara de palhaço que eu estava fazendo.  

– Não... Não pode ser. 

– Se você não acredita, porque não o segue amanhã depois da aula?

— É isso o que eu vou fazer, Sehun. É isso o que eu vou fazer.

*

Naquele dia quando cheguei em casa mal consegui dormir, não parar de pensar em tudo então no dia seguinte eu segui Jongdae no final da aula. Enquanto ele seguia em caminho que dava para o clube, apenas me dava mais certeza de quem eu pensava que ele era.

Uma hora ele desapareceu, como mágica, entre uma das curvas, mas eu não desisti. Entrei devagarinho pela quadra e sem que ninguém me  vesse, entrei no vestiário, me escondi em um dos banheiros e esperei que eles terminassem o treino.

Depois de todos os garotos entraram, pegaram suas coisas e sairam, ouvi mais uma pessoa entrar, bem devar. Respirei fundo, tomei coragem e sai da cabine.

Quando ele entrou pelas portas daquele clube, suado, tirando a máscara vi alí apens Kim Jongdae, o idiota, e Chen, meu mascarado. Um tempo depois descobri que muitos sabiam quem era Kim Jongdae, eu era um dos poucos que não sabia.

Nós dois ficamos estáticos, nos encarando. Ele, sem palavras e eu, totalmente sem relação. A figura a minha frente personificava o meu amor e meu ódio. a vontade de chutar esse desgraçado era a mesma que eu tinha de beijá-lo. 

— Min eu...

— Não precisa falar nada Jongdae, eu já entendi que você estava me fazendo de idiota — tentei sair dali, mas ele colocou uma das mãos na porta, me barrando.

— Não! Longe disso!

— Por que, Jongdae? Por que você me iludiu por tanto tempo? — disse em voz fraca enquanto sentia meus olhos arderem.

— Eu não te iludi, ok? — disse ele se aproximando enquanto a cada passo que ele dava, eu dava dois passos para trás. — Min, lembra daquele pedido? Eu preciso dele agora. Quero que você me ouça. Só espere eu me trocar e a gente conversa, tá? Não foge de mim.

Eu poderia ter fugido, ter saído ou pouco me importado com seu pedido. Naquela altura eu não me importava com mais nada, mas fiquei ali, parado, próximo a porta esperando ele voltar.

Quando ele voltou, me olhou como num pedido mudo que eu o acompanha-se e assim o fiz. Voltamos para aquele jardim que tínhamos tido nossa primeira conversa. Eu totalmente mudo e sem palavras, ele à minha frente, respirando fundo antes de começar.

— Vou te contar uma história, Ok? — disse e eu apenas concordei em silêncio. Era uma vez um garotinho, todos eles chamaram seu pai de corrupto, todos eles diziam que aquela criança eria ser corrupta como o pai, nem mesmo a mãe desse garotinho suportou a pressão de ser mulher desse homem e fugiu com outro cara, deixando o garotinho e seu pai sozinhos. O pai desse garotinho tentou, tentou o seu máximo conseguir emprego, já que a sua antiga carreira estava destruida, mas sabe de uma coisa? Ele nunca conseguia um bom o suficiente —  ele respirava fundo entre as pausas, como se fosse algo muito difícil de contar.

— Então — ele continuou a história como se estivesse prestes a chorar. — Quando o garotinho cresceu mais um pouco o suficiente para ter idade de ir para a escola ele descobriu que além dos adultos, as crianças também não gostavam dele. "O garoto que é filho daquele que é corrupto". "Filho, não se aproxime dele, esse garoto é maldoso e com certeza ele vai querer fazer maldades com você", "esse garoto é filho daquele que trái o seu próprio amigo", os pais diziam para as suas crianças. Então, esse garoto creceu sem amigos. Cresceu sozinho, pois seu pai tinha que trabalhar  em trabalhos chulos e mal tinha tempo pra cuidar dele. Passava os intervalos sozinho, comia sozinho, brincava sozinho. Tudo esse garoto que tinha acabado de entrar na escola já fazia sozinho — fungou um pouco e eu pude ver que mesmo de cabeça baixa ele limpava suas lágrimas. Nesse ponto eu já havia começado a entender, meus olhos começavam a arder e Jongdae tinha seus olhos vermelhos, já começando a chorar.

— Então esse garoto resolveu mudar, resolveu mostrar pra todos aqueles adultos e suas crianças que ele era uma boa pessoa. Começou a praticar o esporte que seu pai praticava, escondido. Treinava todos os dias, para que pudesse ser o melhor. Um dia seu pai o pegou com uma espada de esgrima e o surrou —  nessa parte ele soluçava e chorava muito e minhas lágrimas começavam a cair. — Quebrou a espada que o garoto, agora com uns oito anos,  tinha comprado com suas economias. Disse que aquele esporte não levava a nada. Era a época que o pai desse menino tinha se entregado ao alcolismo, então apesar de tudo, ele perdoou o pai com o passar do tempo, mas não desistiu daquele esporte.

— Jongdae eu...

— Calma, eu não terminei — ele disse secando as lágrimas e controlando a respiração. — Você nem chegou na parte boa dessa história, seu apressado — ele riu enquanto eu secava as lágrimas que teimavam a cair sobre a minha face. 

— O pai dele chorou e pediu perdão, mudou de vida, finalmente arranjou um emprego decente. Depois de um tempo resolveu treinar o garoto, o treinou com seu estilo, com a sua prática e o garoto que já não era tão garoto assim, dominava a arte da esgrima com a espada com seus onze anos. Eles conseguiram se mudar para uma casa melhor e o garoto para um colégio melhor. Quando tinha 15 anos, esse garoto que agora já era um adolescente entrou num colégio... No primeiro dia desse adolescente ele foi tão bem recebido, inclusive por um menino bonito, de olhos bem puxados, bochechas fofas e boca desenhada. Ele nunca se sentiu tão feliz! Com o tempo aquele adolescente passou a sentir digamos... que coisas à mais  por esse menino. Ele tinha o que tinha o apelido de Xiumin, mas nos pensamentos mais íntimos desse garoto, era o seu Min.

— Você está dizendo que... sentia coisas por mim? — disse quando  finalmente seco a última lágrima e paro de chorar.

— Eu disse aquele adolescente, não citei meu nome — disse dando uma pequena risada. — Enfim, o problema se deu no terceiro colegial, quando ao finalmente ter coragem de contar ao que iria chamar um colega de classe para sair, mas os planos desse garoto foram frustados quando seu pai contou de quem esse garoto era filho e ainda algo pior. Contou, depois de anos, que na verdade ele não rinha feito nada de errado para seu amigo, nunca o traíra. Contou Minseok, que um dia após a competição que perderá,  Kim Jonghyun trazia certos de vitaminas para que meu pai ficasse forte para as competições. "Fique forte meu amigo, retorne com um troféu para nós" — disse Jongdae com ironia, nas partes entre aspas. — Então Min,  meu pai foi denunciado. Foi denunciado por seu melhor amigo, para o Comitê da Coréia. Fizeram um exame, meu é meu pai foi pego no exame antidopping. Foi naquela época que eu comecei a te tratar estranho.

— Não diga mentiras sobre o meu pai!

— Ah Minseok, infelizmente essa não é uma mentira. Chegue no seu pai e pergunte, você verá na reação dele e saberá essa história não é uma mentira.

Meu mundo, tudo o que havia em baixo dos meus pés parecia desmoronar, pouco a pouco.

— Então Minseok, o que eu poderia fazer naquela época? Estava confuso porque gostava do filho do inimigo do inimigo do meu pai e ainda teria que dividir o quarto com a pessoa que ocupava todos os meus pensamentos? Como eu iria dormir com você tão perto de mim? Nossa... Foi difícil convencer o professor me trocar de quarto porque, não haviam motivos nenhum para isso. O único motivo que eu pensei ser convincente foi dizer que eu te odiava e não suportava, mesmo sendo totalmente o contrário. Meu pai não tinha perdoado o seu naquela época e demorou. Nossa, demorou muito, mas ele perdoou e perdoou não pelo seu pai, mas sim por você. Porque por mais que eu tentasse eu não conseguia te esquecer e não me sentia bem longe de você. Eu iria cursar Educação Física, quando descobri que você queria o mesmo vim pra essa faculdade. Nunca desisti de você, mesmo sendo ingorado. Te irritar, foi a única forma que consegui chamar a sua atenção, mesmo que fossem piadinhas sem graça e não me julgue, mas você fica lindo irritado.  Eu uso uma máscara para que todos saibam, no dia que eu a tirar, que eu não sou uma criança ruim, que eu sou bom. Que eu não sou meu pai, que eu sou Kim Jongdae. Não queria que eles me jugassem antes de saberem que eu sou bom, queria que você soubesse.

Por mais que eu quisesse, por mais que tentasse, não conseguia dizer uma palavra a o menino de cabelos escuros e pele morena que estava a minha frete.

— Me desculpe por ficar atrás de uma máscara, sabia que você me observa há muito tempo, mas também sabia que se você descobrisse quem eu sou, você me evitaria e não iria mais lá. Você não tem ideia de como eu gostava de te ver por lá, no meio de um monte de gente com seus sorrisos que eram para mim, mesmo que em sua mente fossem para outra pessoa.Esse tempo que passou eu sempre, sempre gostei de você, Minseok. É por isso que eu não me arrependo disso.

Então ele virou para mim e me beijou, me beijou e eu correspondi. Porque ele era a pessoa que eu gostava, por mais que negasse. Aquela pessoa irritante era a pessoa que eu amava no final das contas e agora estávamos ali, naquele jardim, apenas Kim Minseok e Kim Jongdae. Os dois que mesmo entre chutes e pontapés, se gostavam o suficiente para depois daquele dia darem beijinhos depois das aulas da faculdade.

Poderia narrar a você sobre como eu fiquei irritado com meu pai  e a discussão que eu tive com ele quando cheguei em casa. Contar sobre o quanto meu pai chorou e me me disse que arrependia amargamente por ter feito aquilo, e sabia o quão errado aquilo era mesmo que estivesse em pânico por perder a vaga e que tentaria falar com seu ex- amigo.

Poderia narrar a surpresa que meus amigos Baekhyun e SeHun tiveram quando eu disse que  não sairia do clube de dança, que gostava mais de dançar do que lutar e que estava "de bem" com Jongdae e que nós iriamos ter um encontro.

Poderia narrar também que contrariando a minha história clichê com Jongdae eu estou saindo com ele, sim, você não ouviu errado. Estou saindo com esse ser irritante,  que nas horas vagas é meu namorado, mas agora não tenho tempo pra contar sobre isso, porque ele está lutando novamente e mais um touché foi ouvido pela platéia.

Ele não se esconde mais, ele assumiu quem é. Sendo Chen ou simplesmente Dae, como eu o apelidei, ele ainda é o garoto que faz minhas mãos suarem e meu coração palpitar. Aquele que quando pega em uma espada todos sabem que a vitória era certa.

Termino essa história aqui, do mesmo jeito que comecei. Porque 3, 2,1 e touché. Mais um assalto que ele ganha com facilidade, porque o oponente não teve tempo de se defender de tão veloz que foi o ataque, porque Chen era ninguém mais, ninguém menos que Kim Jongdae.

O meu e irritante Kim Jongdae.


Notas Finais


Espero que tenham gostado <3
Obrigada a cada um que leu minha KOLM, eu agradeço de coração, sério.
Como sempre, fiquem à vontade para comentar, criticar (com carinho, gente), dar um olar kkk vocês decidem.
Um beijo no coração de vocês, até mais! :3


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