História Kill-me - Um abraço para confortar

Depois de uma ótima noite de sono, sonhando com minha ruivinha, tomei um banho, comi e fui até o ponto de ônibus, ao chegar no ônibus vejo que minha ruivinha não está em seu lugar de origem, aí aí atrasada de novo? o que será dessa vez? tá, sento, e coloco meu fone de ouvido encarando a realidade porém torcendo para que ela só estivesse atrasada mesmo.

As aulas pareciam mais chatas sem sua presença, será que eu tô apaixonado? não, acho que não, faz pouco tempo que a conheço, interrompendo meu pensamento escuto um grupo de meninas falando sobre a ruivinha, dizeram que a mãe dela morreu ontem e que ela não veio por esta no enterro, e eu aqui pensando nela nua em cima da minha cama, sacanagem em minha parte, logo me aproximo delas e pergunto se elas sabem o endereço da ruivinha, elas me dão o endereço dela e depois da aula decidi ir visita - lá até porque agora é a hora de prestar meu ombro amigo, mas que barra em, eu acho que ficaria louco se perdesse minha mãe ou meu pai, como será que tá o pai da ruivinha? com a perda da mulher ele deve tá bem triste, coitada, tão nova e já perdeu a mãe, mas pelo menos ela ainda tem o pai, isso já é algo menos doloroso, tocou o sinal e eu corri para o ônibus, desci no ponto da ruivinha e segui reto, a casa dela é uma casa bem simples, porém está tudo apagado, será que ela tá dormindo ou algo do tipo? e esse silêncio é assustador, toco a campainha e a minha ruivinha abre, com a cara toda inchada ela me abraça, e ali eu fiquei com vontade de chorar também, coitada, abracei ainda mais forte, enquanto fazia um carinho em seu cabelo lindo, as palavras não conseguiam sair da minha boca, só ficava entalado a dor que ela estava sentindo, e enquanto eu a abraçava ela chorando dizia "eu não tenho mais ninguém..." e foi aí que doeu, como uma garota tão nova já sofreu tantas perdas na vida?! naquela hora eu queria arrancar a dor dela, mas infelizmente só pude sofrer junto sua perda, agora mais que nunca a ficha havia caído, ela não tem mais pai, mãe, porém ela não ficaria só, eu vou continuar aqui, se esse sentimento é paixão eu não sei, só sei que não consigo ve-lo chorar, dói, dói de mais, e ali ficamos abraçados por um tempo, enquanto eu a escutava chorar em meus braços e lamentava por não poder livra - lá dessa dor...