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História Kill Me - Acusações indevidas.


Escrita por: Anagassen e Mayu-chu

Notas do Autor


Mari: Oi pessoal! Desculpem pela demora, Ana e eu estávamos em semana de prova e nos esquecemos completamente da fanfics s2 Mas como diz o ditado antes tarde do que nunca! Cá estamos com mais um capitulo emocionante! Boa leitura s2

Ana: ALOOOOOO! Pessoas, nos perdoem pela demora! Infelizmente acabamos esquecendo de atualizar ): que bom que nos lembraram hoje (OBRIGADA BWNNY POR NOS LEMBRAR AUHEAHUEAHUAE)
Espero que gostem! Tenham uma boa leitura! <3

Capítulo 4 - Acusações indevidas.


Trincou o maxilar com força ao se ver diante daquela porta. Cerrou os punhos com força sentindo a fúria dominar seu corpo. Tentava ser racional, afinal não queria fazer nenhuma besteira ainda mais com tanta raiva. Contudo, por mais que tentava conter aquele sentimento, não conseguia.

Só de pensar na sua amada nos braços de outra, trocando carícias e beijo tinha vontade de abrir aquela portar com um ponta pé.

Sem mais delongar abriu a porta com força, dando de cara com a mulher que era o motivo de tanta raiva. Agindo inteiramente por impulso empurrou a mulher contra a parede com força, sem se importar se a machucava ou não.

– Sua puta! – Disse entredentes. – Você vai pagar por ter se envolvido com ela! – Quase gritou.

– VOCÊ TÁ LOUCA? – Hyeri gritou de volta e tentando inutilmente se soltar. A mulher a sua frente não era só mais alta, também era bem mais forte! Tentou colocar os dedos nos olhos da outra. – ME SOLTA!

Jihyun empurrou Hyeri para o lado fazendo com que caísse no chão.

– Louca? Você vai ver o que é louca quando eu arrebentar essa sua cara de sonsa! – A Puxou pela gola da blusa. – Tinha que se envolver com minha namorada?

– Vai ver eu coloquei uma arma contra a cabeça dela e forcei ela a ficar comigo! Rá! – Rira desdenhosamente da face de Jihyun. – Vamos, ME BATE! Me bate agora mesmo que eu vou na sua delegacia te denunciar! Quer problema comigo? – Hyeri sorriu de canto com desdém. – Quer arrumar problemas com a Hyomin? Porque eu tenho certeza que ela vai me ajudar se você me bater... – Dissera como quem nada quer.

– Você acha que eu tenho medo da sua amiguinha? – Indagou com indiferença. – Se toca garota! – Empurrou Hyeri mais uma vez. – Se eu tivesse medo dela não estaria aqui agora. Aquela mosca morta da Hyomin não pode fazer nada contra mim! E eu só quero saber por que você quis se envolver com ela com tantas outras pessoas nessa cidade? ME DIZ!

– Tenho os meus motivos. – Respondera com grande naturalidade e forçando um sorriso para Jihyun. – Assim como a sua namorada deve ter tido os dela para vir a trair a sua pessoa comigo. Pouco me importo se você está achando ruim. Tire as satisfações com ela e não com a minha pessoa. – Empurrou Jihyun de leve. – Agora fora daqui. E... É melhor não falar da Hyomin se você não quiser me encontrar nua na sua cama. – Piscou para a mais alta. – Dê o fora daqui, Lee.

– Você está me afrontando de mais garota. – Agarrou os cabelos de Hyeri e a levou até a cozinha. Hyeri se debatia tentando se livrar, mas era em vão. – Eu vou te dar uma liçãozinha! – Virou o rosto da mais nova para si e mais uma vez a jogou contar a parede prensando-a com força e colocando a ponta de uma faça em seu queixo. – Se você ousar se aproximar dela de novo eu juro… Eu juro Hyeri que não serei tão boazinha com você! – Passou a lâmina no pescoço da garota. – Até por que seria uma pena eu degolar esse pescocinho lindo que você tem! – Disse com desdém. Afastou-se e apontou a faca para ela. – Está avisada Hyeri! – Jogou o objeto no chão e saiu do apartamento. Hyeri engoliu em seco ofegante pelo medo. Arrastou as costas pela parede até sentar no chão, olhando para a porta de olhos arregalados.

--

Jihyun e Hyomin entravam na delegacia lado a lado. A mais nova desconfiava cada vez mais da parceira, contudo, não poderia negar a ótima companhia que mais velha lhe fazia. Ainda mais esses dias em que se sentia tão só. Entretanto, se Jihyun tiver algo haver com a morte de Hyeri, Hyomin faria ela pagar por isso.

As duas pararam subitamente ao ver Eunjung e Siwon conversando. Eunjung parecia irritada enquanto ele parecia se divertir as custas da mulher.

– Eunjung? – Ambos olharam para Jihyun. – O que faz aqui? – Questionou desconfiada.

– Vim te ver! – A morena abrira um lindo e largo sorriso e ignorando o Delegado. Fora até a mais alta e lhe dera um abraço apertado. Nem repararam muito que Hyomin já se retirara prontamente. E novamente a cara da Detetive foi de grande "recalque" e certa desconfiança.

– Que surpresa! – Correspondeu ao abraço. – Você nunca vem aqui… – Desfez o abraço e olhou para Eunjung. – Você sempre detestou esse lugar…

– É, mas melhor vir aqui e ver você do que só falar por telefone. – Colocou as mãos nos ombros de Jihyun. – Quer ir lá fora tomar um café? – Indagara gentilmente.

– Claro! – Segurou as mãos de Eunjung e sorriu para a mesma. – Sinto falta da sua companhia.

– Vamos! – Eunjung puxou a mão da moça e foram caminhando para fora da Delegacia. – Eu também sinto muito a falta da sua companhia, Jihyun... O que tem feito de bom?

– Ah... Muitas coisas... – Respondeu sem graça olhando de soslaio para Hyomin, que apenas virou a cara. – E você?

– Trabalhando, trabalhando e tralhando. – Rolou os olhos lentamente. – Mas... Eu fiquei com saudades de você. Quer jantar comigo outro dia? – Fizera um bico pedinte.

– Claro! – Sorriu. – Você fica tão fofa fazendo esse biquinho... – Apertou a bochecha de Eunjung.

--

Entrou na delegacia com um sorriso no rosto. Apesar de tudo adorava conversar com Eunjung, pois sempre falavam de coisas alegres e leves. Avistou Hyomin mexendo no computador com uma feição séria, como se estivesse irritada com algo. Jihyun franziu o cenho preocupada.

– Que cara é essa Hyomin? Aconteceu alguma coisa? – Perguntou preocupada.

– Nada não. – Hyomin respondera com um sorriso forçado e cruzando as pernas. – Que deja vu...

– Como assim deja vu? – Coçou a cabeça confusa.

– Nada não. – Rira pela respiração. – Olha... Eu vou dar uma saída, vou pra casa ver algumas coisas. – Levantou-se e pegou as chaves em cima da mesa.

– Por que está sendo sarcástica? – Jihyun indagou segurando a mais nova pelo braço. – O que aconteceu? – Tornou a pergunta.

– Não sei! Diga-me você! – Hyomin respondera friamente e com um olhar sério.

– Como assim? – Estava cada vez mais confusa. – Não aconteceu nada!

– Mas claramente vai acontecer no jantar do outro dia! – Forçou um sorriso para mais velha. – Existem hábitos que a gente simplesmente não consegue largar, não é?

Jihyun suspirou sem querer questionar como ela havia descoberto sobre o jantar.

– É só um jantar entre amigas, Hyomin. – Passou a mão pelo cabelo. – Eu nem sei por que estou me justificando com você. Nós não temos nada sério! Quando a gente tiver, você pode fazer a ceninha de ciúmes que quiser!

Hyomin assentira e puxara o braço, arrumando suas roupas e balançando a cabeça em negação. Sentou-se novamente em sua cadeira e voltou ao trabalho, ignorando totalmente a presença de Jihyun ali e o corte que recebera.

– Pode relaxar, querida. Quando eu faço cena de ciúmes não é colocando a faca na garganta de alguém. – Dissera ironicamente.

– O que quer dizer com isso? – Disse com seriedade e cruzou o braços, trincando o maxilar.

– Nada... – Passou a língua lentamente sobre os lábios, ainda sem olhar para Jihyun. – Só comentando algo que um passarinho me disse. – Murmurou como quem nada quer.

– Claro… – Rira pela respiração. – Hyeri te contou?

– Se ela tivesse me contado certamente que você receberia um belo de um processo nas costas. – Hyomin girou a cadeira e forçou um sorriso para Jihyun. – Porque eu teria o maior prazer de foder com a sua vida, mas não. Não foi ela quem me contou.

– Então quem te contou? – Bateu a não na mesa se inclinado para ficar de frente para Hyomin. – Isso era um assunto meu com aquela puta!

– Não importa quem me contou, isso não é da sua conta. – Cruzou as pernas e pendeu a cabeça para o lado. – Acho realmente interessante o jeito que você sempre se refere a ela, esquecendo-se completamente que foi a Eunjung quem quis dormir com ela e se esquecendo também que essa "puta" em questão é a minha ex-namorada morta. Morta por uma faca de cozinha no mesmo estilo de faca que certa pessoa usou para ameaçá-la. – Dissera suavemente. – Se eu dormisse com Eunjung... Quem você ameaçaria? A atual ou a ex? – Indagara como quem nada quer. – Provavelmente eu, já que não temos nada sério. Então já que não temos nada sério eu também posso sair com outras pessoas? – Tinha um sorriso irritante nos lábios.

– Sabe… – Sorriu ironicamente. – Não me arrependo de ter ameaçado a Hyeri… Apenas sinto por não ter sido efetivo. – Recuperou a postura. – Agora o que você e Eunjung fazem da vida de vocês não me importa. Se você quer ficar com ela… Fique! – Deu de ombros. – Pelo menos assim você vai saber o motivo da sua ex ter lhe traído com ela. – Sorriu triunfante.

– Se ela é tão melhor de cama do que eu... Por que não volta pra ela? – Hyomin indagara seriamente. – Hyeri me traiu com muita gente... Acho que ela traía porque gostava de trair e não tinha essa coisa de ser fiel, como eu tenho e provavelmente você deve ter. Se você acha ela tão melhor do que a minha pessoa e se só sou um ponto de transa fácil pra você... Então eu acho melhor você dar o fora, porque eu estou cansada de pessoas me menosprezando e colocando outras em pedestais. Não fui eu quem te dei um par de chifres enormes na cabeça. Pare de me rebaixar.

– Não acho que a Eunjung seja melhor do que você em nada! Cada uma tem sua própria qualidade, cada uma faz de uma maneira diferente, é impossível fazer comparações. Mas você fala que eu a coloco em um pedestal e você não acha que faz isso com Hyeri? Você acha que eu nunca briguei com Eunjung por ela ter me traído? A questão que você deve entender é que meu relacionamento com Eunjung vai muito além do namoro, é uma amizade muito forte. Não a defendo por ela ser minha ex, a defendo por ela ser minha amiga, por tudo o que já fez por mim como amiga. E a Hyeri? Me diz o que ela fez por você além de te chifrar com várias pessoas aleatórias?

– Quando eu estava perto de fazer dezesseis anos... Meus pais descobriram da minha orientação sexual. – Hyomin dissera com um tom de voz calmo. – E na minha escola tinha essa professora que basicamente ninguém gostava. – Suspirou pesadamente. – Mas ela foi a única que se pronunciou quando os meus pais me expulsaram de casa. – Explicava tudo com um tom de voz baixo. – Eu não tinha pra onde ir e não tinha ninguém pra contar. Essa professora me deu teto, comida, me deu conforto e cuidou de mim. – Fitava Jihyun nos olhos. – Essa Professora era a Hyeri... E ela nunca deu em cima de mim ou me beijou. Aconteceu com o tempo, quando eu já era de maior. Ela estava por mim quando eu precisei dela... Quando eu não tinha mais ninguém. Eu não gosto quando você a ofende dessa forma... Hyeri fez coisas erradas, mas... – Engolira em seco. – Todos nós fazemos, não é? Talvez eu não fosse o suficiente ou talvez ela simplesmente fosse assim e que não conseguisse mudar. Eu não a coloco em um pedestal, mas... Ela morreu, Jihyun. Você não tem o direito de ofender alguém que se foi e ainda mais da forma que se foi. Eu não gosto da Eunjung, não escondo isso. Ela está viva, pode vir quebrar a minha cara a qualquer momento e pode se defender.

Jihyun suspirou, não tinha nada o que dizer apenas virou o rosto de Hyomin para si e se inclinou fazendo com que seus lábios se juntassem em um beijo calmo e doloroso.

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Após um a tarde inteira de trabalho, eis que perto da saída Jihyun avistou algo que em sua opinião era inapropriado. Tinha a completa consciência de que Hyomin era uma mulher bela, jovem e deveras chamativa para qualquer gênero. Já havia percebido que alguns oficiais jogavam alguns charmes para a detetive, mas antes aquilo não incomodava tanto a loira. Nitidamente Hyomin não os correspondia, nem antes e nem agora, mas ainda sim nada poderia tirar a feição séria do rosto de Jihyun. Adentraram o carro tendo a mais velha a dirigi-lo quieta. Tal silêncio não passou despercebido pela morena, que lhe fitava com a testa franzida.

– Está tudo bem? – Hyomin indagou confusa.

– Em casa a gente conversa! – Respondera de maneira ríspida, fazendo a jovem detetive enrugar a testa confusa.

– E por que não agora? Qual diferença fará agora ou depois se estaremos sozinhas de qualquer forma? – Tentou tocar a mão da mais velha, mas Jihyun afastou-a.

– Eu não quero causar um acidente me distraindo, enquanto conversamos! – Apertou o volante com força, aumentando um pouco a velocidade do carro.

– Mas nós costumamos conversar no carro e você nunca bateu. – Encostou-se no banco e fitou-a com o canto dos olhos. – Eu posso dirigir se quiser.

Jihyun parou o carro repentinamente, e olhou para Hyomin. – Se você quer tanto assim conversar, tudo bem! Por que aquele descarado do policial Cho estava todo animadinho falando de você?

– Como? – Hyomin rira pela respiração. – Se ele estava animado em falar da minha pessoa ou falar comigo, bem isso é problema dele! – Rolou os olhos lentamente sem muita paciência. – Sério que esse show todo é por conta de um policial falando comigo sobre trabalho?

– Não é apenas o fato dele fala com você é ele falar sobre você! E eu não estou fazendo show! Só estou dizendo que não teria motivos para ele ficar assim se você não desse!

– Mas eu não fiz nada! – Respondera incrédula. – Eu não vou corda alguma, não faço nada! Se ele fala ou deixa de falar, isso é problema unicamente dele. – Cruzou os braços. – Isso é coisa da sua cabeça.

– Coisa da minha cabeça? Ele não ficaria assim todo feliz atoa né! Olha Hyomin eu já fui feita de idiota uma vez não quero ser de novo! Podemos não ter nada sério, mas isso já é sacanagem! – Bateu com a mão no volante. – Você está tendo algo com ele? Espero que seja sincera comigo. – Perguntou seriamente, olhando para Hyomin.

– OI? – Hyomin fitou-a de cima para baixo. – Você tem certeza que está perguntando uma merda dessas pra pessoa mais traída dessa cidade? Tu achas mesmo que eu iria lhe incomodar com a Eunjung caso estivesse tendo caso com outra pessoa? Tome vergonha na cara, Lee! Está precisando! – Rira com desdém. – Isso é coisa da sua cabeça. Então devo pressupor que você está dando mole pra babaca da Eunjung? Já que ela sempre fica animadinha quando está do seu lado. – Dissera a última parte com um nojo nítido.

– Eunjung não conta! Ela é igual um cachorrinho e fica feliz com qualquer coisa que dão a ela. E estou me referindo ao sorriso. – Dera de ombros. – E é por você ter sido tão chifruda que eu estou lhe perguntando isso, vai que agora você quer ter o gostinho de ficar com mais de uma pessoa ao mesmo tempo?

– Tão... Chifruda? – Hyomin fitou-a friamente e forçou uma risada. Ficou reta sobre o banco e apenas olhava para frente. – Você é tão grosseira que eu realmente não sei o motivo de estar saindo contigo. Gosta de ofender atoa? De acusar sem provas? Tudo bem, Lee. Tudo ótimo! Quer continuar a me acusar? Tá bom. – Fechou os olhos e se acomodou melhor.

– Se me acha tão grosseira assim tá fazendo o que ainda no meu carro? – Inclinou o corpo para o lado de Hyomin. – Se não sabe o motivo de estar comigo, por que você simplesmente não vai embora? – Usará um tom de voz frio.

– Por que estamos brigando mesmo? – Indagara emburrada e fitando o chão do carro. – Eu não sei o que fiz, mas me desculpe por seja lá o que for. Esses rapazes ficam fazendo isso desde sempre, não é como se desse bola, mas é simples. Eles acham que eu sou solteira, sempre acharam. Só porque eles sorriem, não quer dizer que eu vá fazer alguma coisa.

 

--

Alguns dias se passaram na pequena bem movimentada cidade. Jihyun se encontrava estacionando na frente da casa de Hyomin, tendo de um semblante estranho. Sentia-se culpada pelo o que fizera, mas não tinha como voltar atrás. Se ela aceitou de outra pessoa... Podia aceitar dela, certo? É o que Jihyun pensava no momento. Saiu do carro e pegou a chave que recebera logo na primeira semana.

Abrira a porta e rapidamente a fechou com cuidado. Eram quase seis da manhã, mas sabia que o despertador da Detetive só tocava perto das oito. Retirou os saltos dos pés e virou-se na pretensão de não fazer um ruído sequer. Não era necessário aquele cuidado todo... A loira quase dera um salto para trás de tamanho susto que recebera. Hyomin estava sentada em uma poltrona virada para a porta, tendo as pernas cruzadas e olheiras em seus olhos. Tinha um semblante frio e certamente inquiridor.

– É só um jantar, Hyomin... – A castanha dissera ironicamente para a moça parada na porta. – Não vai acontecer nada, Hyomin... – Rira desdenhosamente. – Não tem porque se preocupar, Hyomin... – Colocou a xícara com café frio em cima da mesinha e se acomodou melhor sobre a poltrona.

– Desculpe-me, Hyomin… – Fitou o chão envergonhada. – Aconteceu…

– Você é parecida com ela, sabe? – Dera de ombros. – Mas você consegue ser pior. Consegue ser mais profunda e pisar na ferida... Consegue fazer comigo algo que eu nunca conseguiria fazer com você. – Hyomin dissera grosseiramente. – Olha pra mim enquanto eu falo contigo, porque se teve a cara de pau de fazer isso, tenha no mínimo coragem de olhar na minha cara e dizer na minha cara.

– É que... Eu não tenho justificativas Hyomin... Sinceramente. Mas é que a Eunjung tem um carinho comigo... Com a gente é algo mais bruto. Eu sei que o que fiz foi errado. Peço desculpas por isso e não espero que você me perdoe. Mas mesmo assim eu te peço perdão! – A olhou nos olhos.

– Se você tem boca pra me trair, então você deveria ter boca para vir me pedir mais carinho. Achei que você não quisesse carinho, já que jogou na minha cara que supostamente não tínhamos nada sério. Achei engraçado... Você vivendo na minha casa, agindo na maior naturalidade e na sua cabecinha não termos nada sério. Você é engraçada, Jihyun. Pena que o sarro que você tira é justamente da minha cara. – Hyomin molhou os lábios. – Devo ter alguma plaquinha na testa que diga: Me traia! – Rira incredulamente e balançava a cabeça em negação. – Bem, agora você não pode falar nem da Hyeri e nem da Eunjung, certo? Acho que vocês se merecem... Você e Eunjung. Fazem um lindo casal chifradoras.

– Tudo bem! – Levantou as mãos em rendição. – Você está completamente certa! Eu estou errada… Vou lá em cima pegar minhas coisas e ir embora. Ficar em um hotel, tirar umas férias e ficar longe da sua vida por um tempo! – Virou-se para ir até o quarto.

– COVARDE! – Hyomin se limitou em gritar enquanto a seguia, empurrando-a com força. Jihyun segurou-se para não cair, fitando-a com um olhar ameno. – Sabe... Eu sempre achei que você tivesse uma espécie de amor platônico por mim, pois nunca realmente entendi o porquê você fazia da minha vida um inferno naquela delegacia. Agora eu entendi que a sua pessoa sempre esteve disposta a passar dos limites pra foder com a minha vida!

– Hyomin… – Abaixou o olhar. – Você foi quem fodeu com a minha vida! Você faz com que tudo fique tão confuso pra mim. Eu sempre tive certeza de tudo o que eu faço, mas com você é diferente, com você eu trabalho com as incertezas. É conflitante pensar no que eu sinto por você e o que eu sinto por ela. E pra mim você não se importava comigo, com o que eu faço ou deixo de fazer. – Deu de ombros. – Só achei que queria ficar livre de mim.

– Ahhh, claro que eu não me importava! Agora eu sou a errada, não é? – Cruzou os braços. – Puta que pariu também! Eu dei duas crises de ciúmes, te deixei ficar na minha casa, fiquei muito, MUITO incomodada com essa história de amizade e de jantarzinho pra lá e pra cá... E eu não me importo? Eu não me importo, Jihyun? – Dera tapa forte no ombro da mulher. – Já que a culpa é minha, então volta pra sua certeza com Eunjung, mas não vá tão certa que tudo vai ser igual, querida... Porque eu duvido. – Dissera com grande desdém. – Não se preocupe em ter que ver a minha cara todo dia, depois que eu resolver e prender quem fez aquela merda com a Hyeri... Eu vou me demitir e vou me mandar. PRONTO! Não vai mais precisar me ver nunca mais! – Dera as costas para a mulher e caminhou com passos duros até o escritório, trancando-se ali dentro.

--

Olhava para o rosto sereno deitado naquele leito do hospital. Qualquer um que a visse ali agora, diria que estava dormindo tranquilamente. Mas Jihyun sabia que não era isso, ela estava sedada e com fios colados ao corpo que marcavam seus batimentos. Fechou os olhos com força, tentando evitar as lágrimas. Se não tivessem chegado a tempo ela teria morrido.

Aproximou-se da cama e passou a mão lentamente pelo rosto de Eunjung. Quem poderia tê-la esfaqueado? Hyomin? Ela tinha um ótimo motivo para isso. Pegou a mão de Eunjung e acariciou delicadamente.

– Eu vou descobrir quem foi e vingá-la! – Sussurrou, já deixando que as lágrimas escorressem livremente por sua face.

– Eu não morri... – Eunjung sussurrou de volta e abrira um dos olhos, fitando-a com um leve sorriso. – Eu só não levei a melhor dessa vez.

– Sua boba… – Riu entre um soluço de choro. – Nunca mais me assuste desse jeito. – Passou a mão de Eunjung na própria bochecha. – Quem fez isso com você?

– Não sei te responder isso. – Engolira em seco e fitou-a serenamente. – Você tá bem? Pensei que estaria investigando com a Hyomin... Vocês parecem tão próximas, isso é assustador.

– Hyomin e eu brigamos... Pra variar. – Suspirou. – E por que acha isso assustador? Mas o melhor é esquecermos essa investigação e pensar apenas na sua recuperação. – Tipo uma mecha de cabelo do rosto dela.

– Eu não sei... Pensei que a gente ia voltar depois daquele outro dia, mas... – Dera de ombros. – Isso não aconteceu. Eu ficava brincando que você na verdade tinha era uma paixão não correspondida por ela por trás daquele ódio todo, só que... Eu não sei dizer. De um dia para o outro vocês viraram amiguinhas... Isso é estranho. – Eunjung suspirou pesadamente. – Quem você acha que fez isso comigo?

– Hyomin! – Decidiu ser sincera. – Nós... Estávamos tendo um... Lance. Aí contei a ela sobre o que aconteceu entre nós e pouco tempo depois te acharam ensanguentada em um beco. – Respirou fundo e mais uma vez fechou os olhos com força. – Você quase morreu, tiveram que fazer transfusão de sangue em você.

– É, mas eu vou ficar bem... Então pode ficar calma, por favor? – Eunjung pedira e sorriu de leve para Jihyun. – Por que você não me contou? – A loira piscou em confusão. – Sobre Hyomin e você... – Olhou para o canto onde tinha uma poltrona. – Que estranho... Se ela passou a faca em mim... – Virou o rosto novamente para a loira. – Por que exatamente ela não terminou o trabalho sujo aqui mais cedo? Ela... Ela esteve aqui... Não aparentava se sentir culpada, só parecia cansada mesmo.

– Ela esteve aqui? – Perguntou confusa. – E o que ela veio fazer aqui?

– Foi ela quem me achou no beco e chamou a ambulância. – Respondera com a voz fraca. – Mas eu tenho certeza que não foi ela quem me atacou... Ela é baixa comparada com a pessoa que me esfaqueou.

– Você acha que pode ter sido um homem? – Perguntou um pouco mais tranquila por saber que não foi Hyomin. – E ela te falou alguma coisa?

– Eu tenho quase certeza que foi um homem. – Fizera um leve biquinho. – Hyomin parece ser muito imparcial... Foi corna duas vezes e finge que não é com ela... Não entendo como ela conseguiu me olhar nos olhos e conversar comigo sem alterar e voz ou me acusar. Se fosse você... Acho que você ainda terminava de acabar comigo... – Rira baixinho e divertidamente.

– Como consegue fazer piada nessas horas? – Sorriu de lado. – E Hyomin é apenas profissional.

– Não acho que seja... Ela avisou você? – Jihyun negou com a cabeça. – Então... Ah! Eu lembrei de uma coisa! A gente conversou sobre a Hyeri e a Hyomin se mandou correndo em seguida. Eu não tinha reparado que ela estava armada até a hora que eu falei algo que agora não lembro...

– Aí Eunjung... – Bateu na própria testa. – Como pôde se esquecer? Obviamente foi importante pra ela ter saído tão apresada!

– Eu não me lembro! Não tenho culpa de ter memória ruim e mereço um desconto... Eu quase morri hoje... – Dissera com manha.

– Tudo bem! – Respirou fundo. – Vou ligar para Hyomin. – Pegou o celular do bolso e discou o numero da colega, que logo caiu na caixa postal. – Ela não atende… – Disse preocupada e olhou para Eunjung. – O que você pode ter dito a ela sobre Hyeri?

– Eu acho que posso ter dito algo que fez ela se lembrar de algo ou chegar a conclusão de algo, mas... Tá foda, viu? – Coçou o queixo. – Ela disse que ia voltar logo, mas até agora nem sinal de vida deu...

– Estou preocupada com ela, mas não quero deixá-la sozinha… – Passou a mão pelo cabelo. – Vou ligar para o delegado. – Discou o número dele e como o de Hyomin caiu na caixa postal. – Que porcaria! – Jogou as mãos para o alto. – Caixa postal também!

– LEMBREI! – Gritou exaltada e com os olhos arregalados. – Agora eu lembrei! Eu não te disse e também lembrei porque... – Suspirou em alívio por sua descoberta, vendo Jihyun arquear as sobrancelhas. – Hyeri tava chantageando um cara! Ela disse pra ele que estava grávida e queria dinheiro!

– Ela fez isso? – Eunjung assentiu. – E ela te contou isso por quê? Ou melhor, quem é esse cara?

– Eu não sei quem é o cara, mas eu vi ela conversando com ele... E ele não parecia nada feliz. Eu não perguntei pra ela, até porque eu não estava conversando e vendo mais ela na época, entende? Eu não consegui ver o rosto dele, mas o tom de voz não era nada bom... – Comentara abismada. – Acho que Hyomin também não sabia disso, porque ela parecia muito surpresa quando eu comentei sobre.

– E porquê não disse isso antes? – Questionou. – Você sabe como isso é importante pra investigação? Teria evitado muita coisa, Eunjung! – Disse exasperada, andando de um lado para o outro.

– Olha, eu acho que sim... Porque eu sinceramente não acho que faria sentido alguém vir terminar o trabalho sujo comigo sem forças, sendo que tem a Hyomin que é toda em forma, né? – Eunjung falara com grande naturalidade e recebera um olhar sério de Jihyun. – O que? Eu hein... Só falei a verdade, a mulher é encorpada e tá em dia nos exercícios...

– Não é hora para isso Eunjung! Você não deveria se quer pensar no corpo dela! Eu vou indo. – Se abaixou para beijar a testa de Eunjung e saiu correndo do quarto.


Notas Finais


ATÉ A PRÓXIMA!


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