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História Killer Love - Capítulo 1


Escrita por: navykaty

Notas do Autor


Hey pessoal, eu espero que gostem do primeiro capitulo
Boa leitura

Capítulo 1 - Capítulo 1


– Katheryn eu espero que compreenda que seu caso melhorou muito, mas você ainda precisa de acompanhamento médico.

– Sim, eu compreendo Doutor.

– Perfeito. Nos vemos na próxima semana.

– Até semana que vem Doutor.

Mais um médico idiota na minha lista. Estava saindo do vigésimo sexto consultório de psiquiatria que já visitei na minha vida. Esse era o sexto que me enquadrava como “maníaca depressiva”. Nunca imaginei maníacos depressivos arrancando cabeças, mas meu pai dizia que não se deve contrariar os médicos... Isso foi um minuto antes de eu cortar a jugular dele e da minha mãe, mas Keith me disse algo marcante, isso eu não posso negar.

Enfim, deixe eu me apresentar, sou Katheryn Hudson, tenho 26 anos, morena, estatura média e sociopata não diagnosticada. Eu gosto de dizer que criei um novo nível para as psicopatias existentes, porque eu não me considero sociopata. Eu gosto de pessoas, de conviver com pessoas. Eu acho que se poderia dizer que eu sou extrema demais. Só porque eu arranquei os olhos do meu namorado com um garfo eu sou psicopata? Os seres humanos de hoje em dia são bem hipócritas. Se eu fizesse o que faço com um gato, ninguém iria ligar!

Mas eu estou me regenerando. Depois do Justin e do triste episódio de seus olhos em meu carpete, decidi que eu ia ser uma pessoa aceitavelmente normal. Voltei a procurar um psiquiatra, o Doutor James é um completo imbecil, mas ele me dá os remédios e o diagnóstico que eu quero ter, isso é o que importa. Arrumei um trabalho em um pequeno teatro no centro da cidade e o mais importante, arrumei um namorado legal. John Mayer, filho do Doutor Richard Mayer.

A propósito o Richard é dono da clínica onde o Jesse me atende. A família Mayer é a família mais conhecida e respeitada no ramo da Medicina em Los Angeles. Richard é viúvo, sua esposa faleceu no parto do irmão caçula de John. Uma família de três filhos, três médicos e três sucessos. Jessica Mayer, a filha mais velha, era ortopedista pediátrica, John, o filho do meio, era cardiologista e o Harry, o filho mais novo, neurocirurgião, assim como o pai.

Uma família bem reservada, Richard tinha um lema: “O que acontece dentro da casa dos Mayer’s, morre dentro da casa dos Mayer’s”. Depois eu que sou a sociopata.

Eu odeio essa palavra: sociopata! Definitivamente isso é algo que eu não sou.

Viver com os Mayer’s tem me feito bem. Eu me entendo perfeitamente com o Richard e com a Jessica. A John é um cavalheiro em todos os sentidos e até um brinquedinho eu arrumei. O Harry é muito observador e iria ser psiquiatra se não fosse à insistência do pai em ter alguém na família que seguisse seus passos.

Dirigir em Los Angeles era bem melhor que em Nova York, onde eu morava com o Justin. Cheguei à funerária em trinta minutos e John estava a minha espera juntamente com meu Harry.

– Bom dia amor. Como a Jessica está? – perguntei abraçando carinhosamente John.

– Péssima, mas ela vai ficar melhor. – John me deu um breve beijo e entrou na agência.

Eu adorava quando ela inocentemente deixava Harry sozinho comigo. Tão frágil e tão impetuoso. Mas eu não podia abrir mais brechas. Eu já tinha me arriscado muito afogando o Nick na piscina da casa de verão. Não podia me arriscar mais, eu queria uma vida nova afinal.

– Como você está Harry? – lhe dei um sorriso simpático e ele se afastou de mim.

– Fique longe de mim. – ele deu um passo para trás e caiu sobre alguns vasos que enfeitavam a entrada.

– Vou ficar se você guardar meu segredinho sobre o Nick... digo, nosso segredinho. – ele me olhou apavorado e se recusou a segurar a mão que eu lhe oferecia para se levantar.

– Você matou o Nick. – eu adorava quando ele se desesperava. Harry tinha um brilho impetuoso no olhar. Um brilho que eu amava apagar.

– Sim. E vou matar o Louis, mas antes eu vou arrancar todos os dentes e dedos dele na sua frente e você vai ter que olhar. Depois que eu terminar de brincar com ele, eu vou abrir aquele lindo pescocinho e vou deixar você bem amarradinho assistindo o amor da sua vida secar até a última gota de sangue. – o brilho não se apagou, mas o terror tomou conta da sua face.

Enquanto eu falava com ele, John acenou para mim de dentro da agência, e eu lhe dei um sorriso meigo, mas mantendo meu olhar sempre sereno e fixo em Harry.

– Fica longe do Louis. Eu não vou falar nada. – o pobrezinho tremia.

– Calma Harry! Agora nós temos um segredo em comum. Isso faz de nós melhores amigos. - Segurei em seu braço e a cor sumiu de seu rosto. Se ele soubesse como a sensação de poder que eu tenho sobre ele, alimenta meu ego.

Enquanto ele ainda estava congelado segurando meu braço, John saiu da funerária com tudo organizado para o funeral do Nick. Jessica e Nick eram casados há dois anos. Ela não gostava tanto de Nick assim para a morte dele fazer diferença à vida dela.

Eu odiava suas imitações, as piadas idiotas que ele ficava fazendo e os comentários cretinos sobre a minha vida sexual com  John. Eu simplesmente dei fim a um problema. E eu tenho as minhas desconfianças de que se o Richard soubesse o que eu fiz, iria me agradecer.

O Nick foi um boxeador, péssimo, diga-se de passagem, tinha apenas tamanho, o John vivia batendo nele. A Jessica era encantada em seu peitoral e não na pessoa que ele era. Ela mesma se irritava com suas piadas inapropriadas.

Se você entra na piscina da casa de verão do seu namorado e seu cunhado tarado te olha de cima a baixo e te chama você de gostosa, o que você faz? Qualquer mulher decente bateria nele. Eu apenas me excedi um pouco, batendo com a cabeça dele 15 vezes na beira da piscina até que ele desmaiasse e se afogasse. A polícia tem dúvidas se ele morreu afogado no sangue ou na agua da piscina, mas o Richard deu fim às investigações, então minha curiosidade nunca seria saciada.

(...)

Segui no meu carro até a casa dos Mayer’s em Beverly Hills onde iríamos almoçar antes de enterrar Nick no cemitério da família. Quando chegamos à mansão, um carro de polícia estava estacionado na porta. Eu sabia que era ela só pelo cheiro. Eu odiava seu perfume, odiava ela e o fato de eu não poder matá-la. Não sem ter que mudar de novo. E eu não ia deixar  John para ela, não mesmo.

Taylor Swift, agente do FBI, casada há poucos meses do o Agente Tom, e ex-noiva de John Mayer. O término do noivado deles foi capa de todos os jornais, como uma mulher larga um Mayer por um agentezinho de nada? Como eu digo sempre. Eu não sou a louca!

Assim que chegamos à sala de jantar, vimos que Richard já estava à mesa e ao que aparentava, Taylor também ia almoçar conosco. Eu poderia colocar veneno na comida dela. Sim... veneno era uma boa ideia!

– Boa tarde. – ela desejou a todos quando chegamos.

Harry sumiu do meu lado e sentou do lado dela mesmo não tendo lugar posto ali. A reação dele foi tão desconfortável que todos notaram e John como sempre, tentou amenizar.

– Harry eu sei que você sente falta da Taylor, mas não precisa correr até ela como um filhote adestrado. – todos riram menos Harry e Taylor.

– John o Harry é meu melhor amigo e eu também sinto falta de estar com ele. Não o chame de filhote. – Taylor estreitou os olhos, mas logo riu também.

Eu sentia um frio na espinha quando ela fazia esse tipo de coisa. O Harry se sentia protegido com essazinha e eu sabia que John ainda se arrepiava quando Taylor falava com ele. Vaca! O clima foi ameno para todos durante o almoço, mas minha mente não parava de calcular um meio de matar a vagabunda federal sem ser pega ou ter que abrir mão da minha família.

Depois do almoço, fomos todos ao cemitério e houve uma cerimônia reservada para o enterro do Nick. Jessica apareceu apenas na hora de descer o caixão e não conseguiu olhar quando o fizeram. Ela chorava desconsolada no ombro do pai e Harry ainda se escondia atrás da Taylor. Essa intrusa foi à única pessoa que não era nem da família do Nick e nem da nossa e participou do funeral.

Depois do funeral e do enterro, voltamos para a mansão dos Mayer’s, e Taylor ficou velando a tristeza de Harry até que Louis chegasse. Já era noite quando essa vagabunda saiu da minha casa, e eu parei de pegar os olhares traiçoeiros que John às vezes lançava para ela.

Eu não vou arrancar os olhos do John!

Eu não vou!...

...Por enquanto!

– Eu vou subir. O Harry parece bem abalado. – Louis beijou a cabeça de Harry e depois de se despedir de mim, do John e de Richard.

– Devíamos ir também. – John sussurrou no meu ouvido com segundas intenções.

Dei um breve sorriso a Richard e subi as escadas da mansão com John em meu encalço. Entrei na suíte antes de John e ele trancou a porta atrás de si depois que entrou. Ele sempre deixava uma espécie de faca, eu nunca entendi bem o que era, em cima da sua escrivaninha. Foi presente da mãe dele e ele usava para abrir envelopes. A lâmina era pequena e o cabo era talhado a ouro e prata. Meus olhos reluziam naquele metal.

John entrou no banheiro sem se aproximar de mim. Quando ouvi o chuveiro ligar, peguei o pequeno objeto que reluzia em minha mão e fui ao banheiro. John estava em um banho quente apesar do calor que fazia hoje. A fumaça tomava conta do banheiro e deixava a visão embaçada, mas mesmo assim ela sentiu meus passos.

– Vai se juntar a mim? – John perguntou virada para parede e eu me aproximei com a lâmina entre os dedos e cabo estrategicamente colocado na palma da minha mão.

– Não. – respondi sem emoção, mas mesmo assim ele não se virou.

Analisando as costas nuas de John e o tamanho da lamina, eu sabia que eu só teria chance de fazer isso silenciosamente, se eu acertasse o espaço certo que inundaria seu pulmão de sangue.

– Katheryn eu sei que você tem ciúmes da Taylor. Não se preocupe amor, pois desde o dia em que eu te conheci não existe nenhuma mulher no mundo para mim. – eu congelei com suas palavras, perdendo o foco de onde eu ia golpear.

– Eu vi você olhando para ela. – disse friamente e dessa vez ele se virou para mim.

Eu rapidamente escondi a lamina na palma da mão e encostei-me a pia onde coloquei minha singela arma.

– Não seja boba. – ele me puxou, mesmo vestida para debaixo d’água.

–Eu não sou. – tentei me desvencilhar, mas ele me segurou presa ao seu corpo.

– Eu te amo sua tola. – John olhava para mim com intensidade. Impossível duvidar.

– Jura? – eu perguntei querendo apenas afirmar o poder que tinha sobre ele.

– Pela minha vida. – John selou sua promessa com um beijo e com suas mãos ousadas explorando meu corpo.

Nada me aborreceria na casa dos Mayer’s. A única coisinha que sabia sobre mim vivia sob meus pés e o John eu dominava pelo coração. Eu finalmente tinha uma família e me encaixava nela.

Não! Definitivamente eu não sou uma sociopata.
 


Notas Finais


o que acharam?


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