História Killer Ties - Capítulo 12

  Fico ali parada, olhando pra eles de queixo caído. Eu achava que ele gostava de mim, de verdade. Um bolo começa a se formar em minha garganta e sinto uma lágrima escorrer pela minha a bochecha. Como pode me trocar por uma qualquer? Pela primeira que aparecesse em sua frente? Eles param o beijo e a Melissa olha na minha direção e da um sorriso voltando a olhar pro Harvey. O mesmo percebe minha presença e olha na minha direção com os olhos arregalados. Limpo a lágrima e começo a andar o mais longe possível dali. Em alguns segundos já estou correndo pra dentro da floresta. Aí vocês me perguntam: como consegue correr de vestido e salto no meio da mata? A verdade é que nem eu sei como estou conseguindo fazer isso. Torço o tornozelo caindo no chão e mais lágrimas aparecem, tento ao máximo ser forte e não deixa-las cair, mas não consigo. A floresta escura fica na coloração avermelhada e o vejo se aproximando. Me seguro pra não levantar e tentar espanca-lo.

- Me deixa sozinha. – Digo fria. 

- Não. Você precisa saber o que realmente aconteceu la. – Ele responde. 

- Foda-se, não quero saber. Agora suma da minha frente antes que eu perca a paciência. – Digo me irritando, mas ele me ignora. Jogo um de meus saltos em sua direção, mas ele pega. Jogo o outro e o faço ficar em chamas, mas ele desvia. Que droga! Ele continua se aproximando e eu crio um tipo de barreira de fogo entre nós. Se ele me tocar vou querer esquecer o que aconteceu e abraça-lo. – Sei que você está confusa, mas eu preciso esclarecer que aquela não era a intenção. – Ele diz. 

- E qual era então? Beijar uma garota escondido? Uma a garota que não sou eu? Se cansou de mim e pegou a primeira que apareceu? É isso? – Pergunto com a voz embriagada. 

P.O.V    Harvey

- Claro que não. Nunca me cansaria de você. Eu estava te procurando, perguntei pra ela se tinha te visto por aí, ela olhou pro lado e quando fui olhar ela me beijou. Fiquei paralisado e sem reação. Quando ela me soltou e olhou pro mesmo lugar com um sorriso percebi que era você que ela estava olhando. Fiquei assustado, não sabia o que fazer, perguntei pra ela por que fez isso e ela disse que você pegou algo dela então ela pegaria algo seu. 

Flashback On.

Meu coração parou quando olhei pro lado e vi a Kyara nos olhando. Tinha uma lágrima descendo por sua bochecha, mas ela logo a limpou e saiu andando, ou melhor, correndo. Não sabia o que dizer ou fazer, então fiz a primeira coisa que me veio a cabeça. Dei um tapa na cara da Melissa. 

- Por que fez isso sua vagabunda? – Pergunto gritando. 

- Ela não é digna de alguém como você e ela também mereceu. – Ela responde baixinho com uma mão no rosto onde a bati. 

- Por que? – Pergunto. 

- Ela pegou algo meu, então achei justo pegar algo dela. Se bem que.... eu peguei só um beijo, já ela... –  Deixo ela falando sozinha e vou atrás da Kyara. 

Flashback off. 

- Peguei algo dela? – Ela pergunta se levantando e da uma gargalhada. – Espero que esteja falando do irmão, que no momento está deitado na própria cama sem vida. – Ela diz. 

- Eu só quero que saiba que nunca senti nada igual por outra garota o que eu sinto por você. Não posso descrever por que não existem palavras. Não sei se é amor, mas sei que não é só uma paixãozinha boba de adolescente.  – Digo e a barreira de fogo que havia entre nós desaparece. 

- E-Eu... – Ela começa a falar mas eu a interrompo indo em sua direção e a beijo. Sinto um gosto metálico na boca dela, mas ignoro. Não foi um beijo desesperado nem calmo. Foi um beijo apaixonado, senti o que ela sentia por mim através do beijo e aposto que ela também sentiu. Nossas línguas brigavam por espaço e o ar estava começando a faltar. 

- Saiba que eu nunca te trocaria por outra garota. – Digo baixinho com a respiração acelerada. Ela sorri e eu faço o mesmo. – Amo quando sorri. Principalmente quando sei que sou o motivo dele. – Digo e ela da um soco no meu ombro de brincadeira. 

P.O.V.    Narradora 

Depois de a garota pegar seus saltos de volta eles voltam pra festa. O restante da noite foi repleto de risada, beijos, dança, brincadeiras e algumas briguinhas bobas de ciúme. 

Já na casa estavam a Alli maratonando uma série qualquer, sentado na poltrona estava o Slender e ao lado da poltrona estava a Lia. 

- “Você entende o que estou propondo, não entende?” – Pergunta o homem alto e sem rosto pra garota. 

- Sim. Até gostei dessa sua proposta, mas... Ela aceitaria isso? – A garota pergunta. 

- “Terá que aceitar.” – Ele diz.