Detetive Hayden
Décimo quinto capítulo
Avanços na investigação
Jared e Margot foram até o Rivoli Ballrom, que por incrível coincidência, era o mesmo clube que Jared levara Adele, quando ainda viva. Aquele lugar remetia-o lembranças terríveis. O lugar estava cheio, todos lá tinham algum motivo para celebrar. Somente as pessoas mais ricas poderiam frequentar o clube, e Jared já virara cliente veterano. Alguns homens jogavam no cassino, enquanto eram assediados por dançarinas pagas por eles. Margot sentia-se uma estranha naquele lugar. Ela não possuía nenhuma riqueza até então, e mesmo praticamente estando rica, ela ainda se sentia como uma intrusa. Sua vida foi sempre muito simples, e luxo para ela era ter o que comer, assim foram por muitos anos; já submetera-se a trabalho de garçonete, num cabaré famosíssimo da cidade. Ela era assedia por quase todo o tipo de homem, e foi uma época da sua vida que ela gostaria de esquecer.
Assim que adentraram o local, o garçom, Owen, grande amigo de Jared, se dirigiu a eles com um sorriso de orelha á orelha.
— Sr. Leto, que maravilha vê-lo aqui! — Owen abraça-o calorosamente, e afasta-se com alguns tapinhas nas costas.
— É bom te ver também Owen. Essa é a Margot — Jared instigou a Margot dar um passo a frente, e ela o fez.
— Muito prazer em te conhecer, bela dama. — Owen beijou o dorso da mão de Margot, que sentiu-se sem graça com tamanha formalidade.
— O prazer é todo meu. — Foi tudo o que ela conseguiu responder.
— O que deseja para essa noite, Sr. Leto?
— Bom, me traga uma garrafa de whisky, e... — Jared olhou para Margot.
— Tequila, por favor. — Respondeu, num piscar de olhos bem engraçado.
Jared arregalou os olhos, ficou surpreso com a escolha de Margot, imaginou que pediria refrigerante sem açúcar. Owen não se surpreendeu, as mulheres que frequentavam o clube normalmente faziam pedidos "fortes". Os dois se sentaram na bancada do bar, enquanto Owen preparava os pedidos.
—Tequila? — Jared ergueu as sobrancelhas e deu um sorriso.
— Ora, viemos aqui para comemorar, não é? Então vamos comemorar. Podemos ver quem cai primeiro. — Ela sorriu, sugestiva.— Mas, para falar a verdade, essa será a primeira vez que tomo tequila — riu.
Owen colocou os copos na bancada, e eles pegaram respectivamente. Margot estendeu o pequeno copo de vidro e virou-o por completo. Fez uma careta com o gosto, e Jared quase cuspiu seu whisky de tanto rir.
— Ok, tudo bem... acho que tequila tem um gosto peculiar. — Ela recuperou-se das risadas e respirou fundo.
— Coitada. — Jared deu um gole em seu whisky provocando-a. Margot pediu a Owen mais uma dose, que chegou rapidamente e ela virou sem hesitar. Forçou não fazer careta.
Logo, ambos estavam vermelhos e riam por tudo. Margot tinha um sorriso bobo no rosto, e Jared ria pelo simples piscar de olhos dela. Eles estavam animados demais, embriagados demais.
Jailhouse Rock foi ouvida na pista de dança. Margot levantou-se do banco repentinamente, tentando equilibrar-se no salto.
— Jay, nós precisamos dançar essa música. Vem! — Ela pegou sua mão e arrastou-o até a pista de dança. Aparentemente todos naquela pista estavam embriagados, então eles não viram problema
Enquanto isso, agente Hayden adentrou o local com o semblante sério, fazendo jus ao seu cargo. Ele fitava tudo e todos, e procurava não se incomodar com todos os delitos cometidos no estabelecimento, como uso de drogas e porte ilegal de armas. Seu objetivo era outro naquela noite. Ele se senta na bancada, ainda atento. Owen, que secava alguns copos atrás do balcão, percebeu a forma estranha de Hayden agir, e ficou de olho nele a noite toda. Mal sabia Hayden que aquele lugar era simplesmente lotado de ladrões, golpistas e toda a escória da sociedade; não todos necessariamente, mas estavam em maioria, e essa maioria incluía Jared e Margot.
Os olhos de Hayden encontraram Jared e Margot, que dançavam juntos, e não notaram em momento algum a sua presença. Ele sabia que já havia visto os dois em algum lugar, ambos. Margot na perseguição após o roubo do banco, e Jared no velório de Adele, onde ele e Will compareceram para interrogar os membros da família e acabaram por encontrar com Jared. Assim que ele tirou todas as conclusões possíveis, ele foi até o telefone do bar, numa área afastada de todos e ligou para Will, que estava na delegacia, esperando por suas informações.
—Alô, Will? — Hayden disse breve, assim que o telefone deu linha. Colocou as mãos nos bolsos do terno e esperou a resposta do amigo.
— Hayden... — Will respondeu, parecendo cansado.
— Achei-os. O que faço agora?
— Me espere aí. Vamos fazer nosso trabalho. — Will suspirou ao telefone.
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