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História Killing for Love - Interrogatório


Escrita por: Mack_Z

Notas do Autor


Pessoal, só para avisar, a fanfic - após o término - vai entrar em correção, e pode ser que algumas coisas mudem e que eu adicione outras. Então, assim que eu o fazer, avisarei a vocês.

Ah, já estou em casa, com meu lindo computador e agora sim poderei escrever capítulos maiores.

Beijos
Boa leitura *-*

Capítulo 22 - Interrogatório


Fanfic / Fanfiction Killing for Love - Interrogatório

​Vigésimo segundo capítulo

​Interrogatório

​Um barulho forte ecoou pela sala vazia. Os olhos azuis, assustados e cansados de Margot se abriram abruptamente. Seu quadril se moveu, num movimento involuntário. Um cheiro forte de cigarro invadiu suas narinas, e fortes dores apareceram em suas costas e nuca. Sua cabeça latejou ao mover seus olhos, na tentativa de identificar em que lugar estava, mas uma forte luz vinda da janela a cegou. Os raios de sol chegavam a esquentar sua pele.

Seus cabelos estavam bagunçados. Sua pele mais pálida do que o normal, e seus olhos mais vibrantes do que nunca. Ela não entendia nada do que acontecia, e suas lembranças pareciam borrões em sua mente, como se tivesse perdido a memória. Mas, havia apenas uma coisa de que ela se lembrava.... Ele. Jared. Onde ele poderia estar ? Ela precisava saber.

Passos pesados foram ouvidos se aproximando. Margot ajeitou sua postura, e assim, pode perceber os pontos que tinha na coxa direita, e sua mão enfaixada. Além de alguns arranhões, haviam hematomas arroxeados pelo seus braços e pernas. Parecia que havia sido espancada. Ao tentar mover os braços para frente, percebeu pela primeira vez que seus punhos estavam presos á um par de algemas parafusadas nos braços da cadeira, assim como seus pés, que tinham correntes parafusadas ao chão. Ela chacoalhou as correntes, mesmo sabendo que assim não conseguiria se libertar.

- Ora, ora, ora... A famosa Srta. Robbie em minha sala ! - A voz grossa de Will fez Margot se estremecer. O tom de deboche era sutilmente  presente.

Assim que o homem entrou em seu campo de visão, Margot pôde analisar a pele morena e a barba rala. Os olhos castanhos de Will estavam cansados mas ainda assim continuavam sérios e autoritários. A loira não deixou-se intimidar na presença do policial.

- Sabe ... você realmente me surpreendeu. Pelo o que ouvia da boca de muitos, você já esteve em condições melhores.- Will se referia á aparência de Margot.

Ela não iria ficar quieta.

- Você também me surpreendeu, pensei que você fosse um daqueles policiais dos filmes, onde eles apenas ficam comendo rosquinhas e enchendo o saco dos outros. Mas estava errada na questão da rosquinha.- O deboche foi retrucado e Margot finalizou a frase com um sorriso.

Will estreitou os olhos para Margot, que desmanchou o sorriso e o fitou com um olhar desafiador. Will se sentou na cadeira em frente a ela, e colocou as mãos com os dedos entrelaçados sobre a mesa.

- É bom ver que você tem senso de humor. - Will disse sério - Mesmo depois das coisas horríveis que fez.

- Ás vezes o senso de humor me ajuda a esquecer - Margot sorriu amargamente, mas seus olhos denunciavam que seu sentimento era outro.

Will suspirou e se endireitou na cadeira, se aproximando um pouco mais de Margot, que se mantinha imóvel, um pouco afastada da mesa.

- Eu não vou te perguntar muita coisa. Não vou te perguntar sobre a jovem na banheira, não vou te perguntar sobre os inúmeros roubos, nem mesmo sobre onde o corpo de Jessica Lange está. Mas vou te perguntar, quantas pessoas você assassinou ? Porque, nos dizendo isso, você facilita as coisas para você e seu namorado.

O estômago de Margot ferveu, ela sentia um ódio por lembrar de tudo, e um ódio maior ainda pelo policial que a estava fazendo se lembrar.

- O bastante para impressionar - Ela sorriu levemente - Há algumas pessoas que precisam ser tiradas de seu caminho.

- Assim como você fez com a garotinha do Michigan, não foi ?

- Aquela menina era uma pedra no meu sapato. É assim que as coisas funcionam. As pessoas que atrapalham devem ser retiradas do jogo. - Margot gesticulou, mesmo com a mão acorrentada no braço da cadeira. Ela sentia sua garganta arder ao falar daquela menina.

- Você não pode simplesmente matar as pessoas. - Will se sentiu levemente espantado com a naturalidade que Margot falava coisas tão terríveis e cruéis.

- Sinto muito, policial, eu já fiz. - Ela riu, uma risada aguda, e evidentemente real.

Aquilo era doentio, e Will sabia. Ele sabia que nada mais poderia salvar a mente de Margot, que já estava totalmente louca. Tomada pela insanidade. Mas nada custava tentar.

-  Eu acho que não deveria tratar com tanta naturalidade as coisas que fez. Você matou pessoas, destruiu vidas, destruiu famílias ...

- Olha, se você está aqui para me dizer coisas que já sei e achar que vou cair aos seus joelhos e implorar por perdão, saiba que está se iludindo. Então, pode sair pegar seu casaco, e ir correndo de volta para sua pequena casinha, sua linda esposa e seus filhos maravilhosos. - Sua mandíbula tremia, mas ela ainda assim sorriu enquanto proferiu suas palavras. Um sorriso debochado, repleto de ódio -  Você acha que eu não estou cansada dessa merda de vida ? Você acha que eu queria estar aqui, me esclarecendo para um policial ? Mas agora não existe mais volta, a única coisa que eu posso fazer é aceitar. Aceitar que eu perdi e que mereço queimar no inferno.

Ela lutava contra as lágrimas. Margot odiava parecer frágil.

- Srta. Robbie ...

- Pode me chamar de Margot, querido. - Margot respondeu com um sorriso irônico e doentio. Ela estava tendo mudanças de humor repentinas. Ela o fitou com os olhos azuis e apenas o esperava concluir a frase.

- Margot. Minha vida está repleta de pessoas como você. E eu sei como a história de todas elas termina, incluindo você. Você irá envelhecer e morrer em uma caixa de concreto com barras. Em alguns anos eu não vou nem mesmo me lembrar de seu nome. Você será apenas um caso concluído, fechado, resolvido. Mas você teve a oportunidade de ajudar alguém... Si mesma. Não é muito, realmente, considerando o que fez. Seria a única coisa decente que você faria na sua vida triste e patética. Você ainda tem essa chance, então, eu te peço ... me conte tudo.

Margot piscou e respirou fundo, engolindo seco.

- Nós esquartejamos o corpo dela com uma serra manual. Após uma crise de ciúmes, dei um tiro nela.  Jared só percebera o que fizemos após termos feito tudo.Jared jogou o corpo dela no lago, não muito distante da casa. Eu não estou tentando passar a culpa toda para ele. Nós dois fizemos isso. Foi somente aquela vadia não ter morrido, que nós estaríamos bem, agora, nesse momento. Isso é tudo.

- Se era somente ela não ter morrido, por que a matou ?

- Ela mereceu. Simplesmente isso. Mas agora é apenas uma lembrança, já virou cinzas.

Will suspirou. A crueldade de Margot passava dos limites, assim como sua rebeldia . Will sabia que por dentro, Margot estava desesperada e implorando por ajuda, para que a tirassem daquele inferno.

- As coisas que fez sempre irão ficar em sua mente até o último dia da sua vida, até seu último suspiro. Sempre irão ficar ali, esperando você na escuridão.

- Eu não tenho medo da escuridão. Não mais.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado
Desculpem-me se ficou ruim, tentei fazer o mais detalhado possível.
Comentem !

Beijos de purpurina *-*


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