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História Killing for Love - Uma tempestade irá ocorrer.


Escrita por: Mack_Z

Capítulo 3 - Uma tempestade irá ocorrer.


Fanfic / Fanfiction Killing for Love - Uma tempestade irá ocorrer.

​Terceiro capítulo

Uma tempestade irá ocorrer

​Will entreolhou Hayden. Eles já ouviram falar de Jared Leto, algumas pessoas já o denunciaram por roubo, mas nunca houve nenhuma evidência que realmente provara que ele havia feito alguma coisa. Will voltou a atenção para Nancy, que estava com seu lencinho na boca, chorando mais ainda.

— Nancy, como eles se conheceram? — Will pergunta.

— Por que não perguntam a ele? — Nancy diz, ingênua.

— Tem número, endereço? — Hayden perguntou, já com a caneta em mãos.

— Oh meu Deus, ele não sabe que Adele está morta? — Ela deixa mais lágrimas escaparem. Will e Hayden se entreolham novamente, com uma expressão estranha. — Ele é da Flórida, é a única coisa que eu sei.

— Como ele era? Era amigo da família?

—  Jared? Sim, ele era muito gentil. - Ela sorri, mas com os olhos ainda brilhante com as lágrimas brotando em seus olhos. Possuía um olhar distante, como se tentasse lembrar de Jared. — Ele era bonito, muito bonito. Escrevia cartas e poemas  para Ádele quase todos os dias. Até que eles se viram pela primeira vez. Muito gentil e alegre, foi amor primeira à vista entre eles, sabe? Nunca tinha visto Ádele tão feliz. Tive até certa inveja do relacionamento dos dois. Eram lindos juntos.

—  Cartas e poemas... — Hayden murmurou enquanto escreveu na agenda que sempre trazia consigo.

—  Ele nunca quis nada em troca pelo que ele fazia por nós. Adorava ir dançar. Ele levou todos nós para o Rivoli Ballrom um dia. Sabe, um amor de pessoa...

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O relacionamento de Jared com Margot não ia muito bem. Depois que ele se engraçou com Jessica, atenção para Margot não havia. Ela finalmente iria ficar na casa de Jared. Antes eles dormiam em algum hotel até onde seu dinheiro aguentava, mas naquele dia, eles finalmente se acertaram com as datas e os problemas com a polícia. Eles não permaneceriam lá por muito tempo, mas pelo menos teriam um lugar para ficar, enquanto o plano não entrava em andamento.

A frente tinha um lindo jardim. A casa era toda de madeira de carvalho. As portas de madeira e as janelas de vidro com lindos arabescos de ferro. Margot nunca conseguiria ter aquela casa com o salário que ganhava, antes trabalhando como garçonete. Por um certo momento, Margot pensou que não foi uma boa ideia ela ter se juntado com Jared. Tanto pela diferença social deles, quanto pela falta de tempo de Jared. De certa forma, ela já sabia que ele não daria atenção para si, era o trabalho dele. Ficar com outras mulheres era inevitável.

—  Bonito, não é? — Jared parou ao lado de Margot, fazendo a mesma olhar para ele. Jared acendeu um cigarro, e Margot forçou um sorriso.

— É. Claro. — Respondeu dando um falso sorriso.

Eles adentraram o lugar, que era tão bonito por dentro quanto por fora. A sala, cor bege, possuía um grande sofá, e uma televisão de tamanho médio, que para época, era o luxo que poucos podiam ter. Uma mesinha de centro de madeira, onde alguns livros estavam distribuídos e o telefone fixo da casa.

— Venha, vou mostrar seu quarto. — Ele disse, falando com certo tom de indiferença. Margot apenas o seguiu, enquanto ele subia as escadas. — Você pode decorar ele se quiser, nunca fui bom com decoração. Principalmente quando é para uma mulher. — Ele abriu a porta, revelando um quarto bem grande. As paredes eram brancas. Uma grande cama de casal, com um edredom branco, ao centro do quarto. Uma cômoda, e bem à frente a cama, um armário na parede. Margot deixou suas malas no canto do quarto, e foi até a cama. Passou levemente a mão pelo edredom macio e recém lavado.

Seu olhar voltou-se para Jared.

— Está ótimo, obrigado. — Sorriu, mesmo não estando completamente feliz.

— Ótimo.— Ele disse parecendo frio.

Jared virou as costas e desceu as escadas. Margot sentiu um aperto no coração. Queria voltar para casa, mas não havia volta. Ela estava sozinha e a única pessoa que tinha era Jared . Mas ela sentia que nem ele, ela tinha mais. As coisas não pareciam ir como o esperado, na época em que se conheceram e trocaram cartas. Sentiu as lágrimas vindo, mas não as impediu de cair, deixou aquele sentimento tomar conta dela, por completo. Ela tinha que superar, tinha que fingir estar bem, para assim fazer seu trabalho e não causar problemas para ninguém. Secou as poucas lágrimas que caíram, respirou fundo e sorriu.

Ela desceu, as escadas, indo para a cozinha. Paredes com tons escuros de um verde-musgo, uma ilha ao centro da cozinha e em frente a pia e fogão, uma geladeira enorme. Abriu a geladeira, estava com fome. Sentiu-se um pouco desconfortável por não ter pedido permissão para Jared , mas ignorou e observou todo conteúdo da geladeira, que estava abarrotada. 

—  Oi, moça — ela ouviu

Virou-se assustada com a mão no peito. A porta da geladeira fechou-se  sozinha, tamanho o susto de Margot. Um rapaz de cabelos castanhos e olhos da mesma cor estava parado, apoiado na ilha da cozinha, comendo uma maçã. Vestia uma camisa social, e o que parecia a parte debaixo de um terno de cor pastel, com suspensórios.

-— Ah, oi. — Margot respondeu, ofegante, ainda se recuperando do susto.

— Quem é você? — Soou rude, mesmo que aquela não fosse sua intenção.

—  Desculpe-me, Margot. — Estendeu a sua mão para o homem à sua frente, e ele a apertou.

— Me chamo Tomo. — sorriu— Sou amigo do Jared.

Por um momento, eles ficaram em silêncio, o que foi um pouco constrangedor para os dois.

— Então... Como conhece o Jared?

Será que tenho que dizer que sou irmã dele? Ele é amigo, Jared deve confiar, ela pensou.

— Sou irmã dele. — Mentiu. Mas, pelo menos fez como o combinado.

— Nossa, Jared nunca me disse que tinha uma irmã. —  Tomo arqueou uma das sobrancelhas, claramente confuso.

Jared entrou na cozinha, aparentemente apressado.

— É, mas tenho. — respondeu Tomo, sem ao menos olhar para ele. Parou ao lado de Margot passando a mão sobre seu ombro e logo piscou. Margot entendeu o recado e sorriu de canto.

Tomo os olhou, desconfiado.

—  Estranho... por que sua irmã só apareceu agora? - Novamente, soou rude. Sua petulância era característica, e aquilo era o que mais incomodava Jared.

— Por que ela não poderia aparecer agora? - Jared deu de ombros, não entendendo o que o amigo queria realmente dizer.

— Não sei, apenas achei estranho. — Se levantou da bancada e caminhou alguns passos. — Preciso ir. Tenho que resolver algumas coisas. — Disse com um olhar sugestivo, como se quisesse dizer outra coisa, nas entrelinhas.

Jared olhou para Tomo, como se entendesse o que estava acontecendo. Algo interno.

— Foi um prazer... Margot. — Ele disse, indo para a porta. E logo ouviram a porta ser fechada.

—  Ele está desconfiado. — Margot se sentou em um dos bancos da cozinha, suspirando fundo.

—  Foda-se ele. Tomo é tonto demais para desconfiar de algo. — Respondeu rude

—  Mas, se nem ele, sendo tonto acredita totalmente, imagine alguém mais esperto?— Margot se preocupou.

— Relaxa, ninguém nunca vai suspeitar de nada.—  Jared disse, enchendo um copo com água, e tomando ele todo em um só gole.

— Certeza?

— Certeza absoluta. — Ele se aproximou de Margot, lhe dando um selinho rápido. — Mas, enquanto estivermos sozinhos, não precisamos fingir ser irmãos.

Roubou-lhe um beijo quente, cheio de desejo. Margot não resistiu, e se entregou totalmente a ele. Os dois se beijavam ferozmente quando o telefone toca na sala.

— Não vá atender. — Margot sussurrou entre beijos.

—  Desculpa, eu realmente preciso atender. — Jared se afastou de Margot, fazendo a mesma revirar os olhos. Eles ajeitou suas roupas, que estavam um pouco amassadas e foi até o telefone.

—  Alô...— Disse, num fio de voz. — Ah, sim... que bom... nos vemos em breve! — Ele fez como se estivesse feliz ao telefone. — Ok, até. — Despediu-se e logo sua suposta alegria sumiu.

— Quem era? —Margot perguntou apoiando na batente da cozinha.

— Lily. Ela disse que está nos aguardando, dia 10 de março na casa dela, juntamente com sua filha Maddie — Respondeu, colocando as mãos no bolso e balançando o corpo para frente e para trás.

—  Que dia é hoje? — Margot perguntou, pensativa.

— 21 de fevereiro.

— Temos menos de 1 mês para encerrarmos o caso com a Jessica. Depois disso, Lily. - Respondeu com indiferença. Mas esse realmente era seu sentimento pelas mulheres com que Jared ficava, indiferença.

—  E depois podemos ficar, só eu e você... — Ele caminhou até Margot, com os braços abertos, como quem pede um abraço. Abraçaram-se forte. 

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Jessica estava de volta, para total desgosto de Margot. Jared inventou de levar Jessica para uma de suas casas de campo, falariam para Jessica que aquela seria sua casa, na verdade, tudo para que ela não identificasse nada. Passariam três dias lá, depois voltariam e eles já tinha tudo planejado para conseguir um "pequeno" extrato bancário de Jessica. Jared e Jessica estavam planejando casar, o que poderia ser considerado algo muito precipitado, mas Jessica estava cega de amores por Jared, ao ponto de praticamente dar toda sua fortuna de bandeja a um desconhecido. Por sorte, Jared convenceu Jessica a fazerem uma conta conjunta, e todo o dinheiro que Jessica possuía de herança do marido morto, iria para a conta conjunta com Jared, que pegaria o dinheiro e seria feliz, só que não com Jessica.

Margot saiu do banco de trás, e fechou a porta com violência. Jared também saíra do carro, olhou feio para Margot, por ela não estar cooperando. Recebeu um olhar fuzilante dela de volta. Margot já ia abrir a porta da casa, e Jared ajudaria Jessica com suas malas.

—  Eu sei, não há muito para o que olhar, querida. Mas é tudo o que eu tenho.— Jared  se desvalorizou num ato claro de vitimismo, sua casa era muito mais luxuosa do que a casa de campo que alugou, e essa por sua vez também era bonita.

Margot se ofereceu para levar as malas de Jessica, mas essa se recusou com a cabeça. Margot achou ruim, mas ignorou e foi para a porta.

— É só por alguns dias. —  Jared se aproximou de Jessica, a envolvendo em seus braços. — Olhe, nós deixamos nossos trabalhos, iremos à igreja, casamos, e nós teremos nossa lua de mel, na Flórida.

Jessica abriu um lindo sorriso, e encostou sua cabeça no peito de Jared. Ela fica pensativa, e logo disse:

— Ela virá conosco? - Perguntou baixo, para que apenas Jared ouvisse-a, querendo evitar conflitos.

—  Quem? Margot?

Nesse momento, Margot  entrava e saía da casa, pegando as malas e as ajeitando na entrada. Sentiu-se com a empregada do casal. De vez em quando olhava para eles, curiosa.

— Ela não gosta de mim, Jared. — Jessica sussurrou, atordoada. Jared disfarçou com um sorriso. Ele sabia que era verdade.

— Como pode dizer isso? Margot gosta de todo mundo.Ela é enfermeira. - Ele riu, falando mais uma mentira sobre Margot. Jared havia feito uma personagem completa para Margot, muitas vezes, sem o consentimento dela, assim a deixando em saias justas com frequência.

— Ela não falou uma palavra sequer comigo, a viagem toda. Só ficou me encarando pelo retrovisor. - Jessica estava incomodada, era evidente. Falava baixo com medo de Margot ouvir.

— Ela é sozinha, Jessica. Sou o único que ela tem, por isso as vezes pode se sentir enciumada. Você é uma mulher linda. Você e eu, temos um ao outro. Ela vê isso. — Segurou com as duas mãos o rosto de Jessica. — Se você quiser, posso coloca-la num hotel, pela noite.

Jessica riu, mesmo aquele sendo seu maior desejo do momento.

— Ou, talvez, nós devêssemos ir para um hotel, o que acha? —  Jared comentou, malicioso, usando seu último recurso para faze-la esquecer do assunto com Margot.

— Seria divertido. — Jessica riu.

Os dois se envolveram em um beijo delicado. Assim que se soltaram, Jared sorriu.

— Ok. Nós iremos fazer isso funcionar. Sem problemas. Esqueça dela. — Pegou as malas que restaram. — Vamos, linda. Vamos para dentro.

Ele estendeu sua mão para Jessica, que a pegou instantaneamente. Os dois correram para dentro. As nuvens negras e densas no horizonte indicavam uma tempestade que não demoraria a ocorrer. Mas, a verdadeira tempestade ocorreria lá dentro.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado
Se gostou, comente, assim posso saber o que está achando da fanfic
Beijos de purpurina *-*


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