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História Killing for Love - Você gosta de me machucar assim ?


Escrita por: Mack_Z

Capítulo 4 - Você gosta de me machucar assim ?


Fanfic / Fanfiction Killing for Love - Você gosta de me machucar assim ?

​Quarto capítulo

​Você gosta de me machucar assim ?

—  Hora do chá! — Margot disse, mostrando sua presença. Ela adentrou a sala segurando uma bandeja, com mel, limões, chá, torradas e mais algumas coisas. Jared a alertou sobre o comentário de Jessica e fez Margot garantir que agiria de maneira mais branda com a mulher. Mal sabia ele que aquilo era como enfiar uma lâmina em brasas na garganta de Margot. — Jessica, limão, mel?

Jared e Jessica estavam sentados no sofá, abraçados e trocando carícias. Margot sentiu seu estômago revirar ao ver a cena dos dois se beijando e preferiu desviar o olhar e disfarçar, como uma amável e prestativa irmã faria.

— Não, obrigado. Nada. — Jessica respondeu, só percebendo a presença de Margot depois de muito tempo. Limpando os lábios com o dorso da mão, disfarçadamente.

— E você, Jay? — Ela deu uma ênfase bem grande em seu apelido com o tom mais amável e quase irritante, apenas para provoca-lo,

Jared simplesmente ignorou Margot, mas continuou a olha-la. Jessica foi até o pé de seu ouvido e disse:

— Quero te surpreender. -— Ela sussurrou maliciosa, e Jared sorriu, com aquele tom de malícia. Margot queria matar os dois naquela hora, naquele momento. Mas, preferiu guardar o resto da dignidade que sobrara e o preservar.

— Essa foto está incrível. — Jared exclamou, indicando uma foto que ele e Jessica tiraram no caminho para a casa de campo, à frente de um grande campo aberto, cheio de girassóis. Margot sabia que não ficaria assim. Ela sentou-se ao lado dos dois, especificamente ao lado de Jessica, colocou o rosto bem perto de seu ouvido e dizendo:

—  Espero que aproveite ele bem. — Sorriu, falsa. Jessica olhou para ela, e nesse momento Margot fechou a cara, se levantou e voltou para cozinha.

Jessica ficou sem saber o que fazer. Ela realmente não tinha culpa. Mesmo Margot agindo de forma incoerente, uma vez que ela deveria ser e agir como irmã de Jared, ela estava determinada a provar para Jessia que cruzar o caminho dos dois foi a pior escolha dela.

— E-eu estou com frio. Acho que vou tomar um banho. — Jessica disse, sem graça. Ela sabia que depois daquilo, o melhor a se fazer era se retirar. — Por que você não me dá uns minutos, e depois nós nos esgueiramos?

-— Ok. Vejo você daqui a pouco. — Eles dão um breve selinho. Jessica subiu as escadas, indo para o banheiro.

Margot, que ouvia tudo da cozinha, saiu de lá batendo o salto e vermelha de raiva. Ela pegou um pequeno pote de vidro e o jogou no chão, fazendo o mesmo se estilhaçar por completo. Ela parou na frente dele, com os braços cruzados, esperando a deixa para falar tudo que estava pensando naquele momento.

— Jay? — Jessica disse lá do andar de cima, assustada com o barulho.

—  Está tudo bem. — Ele gritou de volta, ainda sentado no sofá, sem desviar o olhar para Margot, que estava prestes a estrangula-lo.

Margot se virou de costas tentando manter a calma.

— Que inferno há de errado com você? — Ele se exaltou, mas controlando o volume da voz para que não chamasse a atenção de Jessica, que já deveria estar embaixo do chuveiro. 

— O quê?! — Ela se virou novamente, com mais raiva ainda. O pior de estar brava com o Jared era quando ele a provocava. Por ter uma estatura baixa, comparada a Jared, ela parecia ser frágil. E naquele momento, a última coisa que Margot Robbie gostaria de parecer era frágil.

— Você está tentando estragar tudo?!

—  Do que está falando? — Se fez de desentendida com deboche, mas permanecendo nervosa e exigente. Os dois só não se estapeavam e gritavam, pois colocariam tudo a perder se Jessica os visse.

— Você está deixando-a louca! -— Ele defendeu Jessica. Margot expirava raiva e ódio. — Começando pelo carro. E que história é essa de chá?! — Ele se levantou, ficando frente a frente com Margot, e ela agradeceu mentalmente por estar usando saltos e não parecer tão frágil. Ela permaneceu de queixo erguido e cara fechada.

— Você quer que eu te mande para um hotel se isso está te incomodando?

— Como você ousa?! Eu estou sendo muito legal com essa vadia velha. E você e ela estão me tratando como uma criada. Eu não vou aturar isso, Jared. Nós estamos indo embora daqui agora! - Ela cuspiu as palavras na cara dele.

— Nós não temos o dinheiro, Margot! — Ele sussurrou, alterado. Com certeza, se pudesse, estaria gritando.

—  Jay! - Jessica chamou Jared novamente. Margot colocou a ponta dos dedos na testa e tentou acalmar-se para a segunda rodada. Como a voz de Jessica a irritava

— Está tudo bem, está tudo bem. Eu já vou, em um minuto! — Ele gritou no primeiro degrau da escada. Jared voltou para sala, novamente de encontro com Margot.

— E a outra garota, a do Michigan... aquela com a criança? Aquela tem dinheiro de verdade. — Bateu o pé.— Nós não precisamos dessa vaca. Vamos embora agora.

— Você não ouviu nada do que eu lhe disse?  Nada?! Tudo o que nós temos, tudo, está na conta bancária dela. — Ele se aproximou demais de seu rosto, seria capaz de dar-lhe um beijo se não estivesse com tanto ódio.

— Jay, eu não ligo para o dinheiro. - Margot mudou o tom, mais brando.

— Olhe, sente-se. Sente-se por um segundo. — Ele segurou-a pelos braços e forçou-a a sentar-se no sofá. Ele inclinou seu corpo sobre o dela, e falou a olhando nos olhos:

— Segunda de manhã. Me dê até segunda de manhã. E tudo isso vai ter acabado.

— Não consigo aguentar até segunda de manhã. Se não posso nem olha-la por um segundo e já quero mata-la, imagine até segunda.— Ela choramingou, apertando o pulso no ar e travando o maxilar.

— Eu prometo, tudo isso vai acabar.

Margot continuou com a expressão de aborrecimento. Ela só queria sair daquele inferno e nunca mais ver a cara de Jessica.

— Por favor, só vamos sair daqui. Vamos, por favor. - Ela se debateu no sofá, mas Jared segurou seus pulsos, com força. A medida que tentava se soltar, ele apertava mais forte.

— Chega! - Ele gritou, fazendo Margot ficar quieta. Margot sentiu seu queixo tremer e as lágrimas virem. — Escute aqui, eu não vou embora daqui sem a minha grana, está me entendendo?

Margot permaneceu calada, mas por dentro queria quebrar aquela casa toda, por completo. Não iria sobrar nada.

Jared soltou os pulsos de Margot, que agora estavam roxos e doloridos. Ela segurou seu pulso direito e esfregou-o sentindo a ardência. Jared se retira, indo para o andar de cima.

Margot, assim que Jared se retirou, respirou fundo e cobriu o rosto com as palmas da mãos. Ela estava chorando. Não era perceptível, mas ela estava sofrendo. Ela enxugou as lágrimas, e sua expressão mudou, como se colocasse uma máscara, e seu semblante se tornou sério, e frio.

Ela se levantou, ainda tentando digerir tudo que acabara de ouvir. Recolheu os cacos de vidros. Os maiores com as mãos, causando pequenos cortes nas palmas e dedos. Deixou aquela sala um brinco. Como se nada tivesse acontecido. Como uma irmã amável e prestativa faria.

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​Margot estava deitada em sua cama, de olhos fechados, mas não dormia. Seu quarto ficava bem distante do de Jared e Jessica, segundo Jared, Jessica pediu que fosse assim, já que se queixava toda hora que sua presença a incomodava. Margot não iria dormir, mas também, os barulhos que ouvia, além de não a deixarem dormir, a perturbavam no fundo da alma.

Os gemidos de Jessica ecoavam pela casa, possibilitando, até o último sapo do brejo, de ouvi-los. Jared e ela estavam tendo um momento íntimo no quarto. Ela estava por cima de Jared, que por sua vez, estava de olhos fechados.

Ele pedia para que aquilo acabasse logo, e o cansaço atingisse Jessica, e ela dormisse. Ele revirava os olhos, mas não de prazer, e sim de agonia. Respirava fundo, e só torcia para que Jessica chegasse ao ápice e parasse de o perturbar.

— Diga que me ama. — Ela pediu, entre gemidos. — Eu quero ouvir você dizer.

— É, claro. — Jared balançava a cabeça de um lado para o outro, a medida que Jessica cavalgava por cima dele. Ele não estava gostando daquilo.

— Diga meu nome — Ela pediu, mais alto.

—  Do que está falando? — Jared gemeu.

— Meu nome. Diga. — Seu tom de voz era exigente.

— ... Jessica. — Ele disse com indiferença. Por algum motivo, Jessica achava que ele, assim como ela, estava gostando daquilo. Talvez não estivesse notando para as expressões de nojo que ele fazia.

— Diga que me ama! — Ela gritou.

Jared respirou fundo. Ele sentia o suor da barriga de Jessica, cair na barriga dele. E aquilo fez o arrepio mais terrível percorrer sua espinha.

—  Eu te amo, gatinha. — Ele repetiu com a voz fraca.

Margot ouvia tudo de seu quarto, e suas lágrimas rolavam livremente. Seu ódio era tanto que suas mãos chegavam a suar, e ela começou  a tremer. Ela queria que aquilo tudo acabasse.

Calçou seus chinelos, mas ao dar o primeiro passo e perceber que eles faziam barulho quando entravam em contato com o piso de madeira, decidiu ir descalça fazendo o menos barulho possível . Subiu os poucos degraus que haviam, e a medida que se aproximava, os gemidos ficavam mais altos. Parou ao lado da porta do quarto deles, que infelizmente, estava aberta. Ela sentiu vontade de vomitar ao ouvir que os gemidos se intensificaram. Colocou o olho perto da batente da porta, disfarçadamente, para observar o lado de dentro.

Jared sentia que Jessica estava chegando ao ápice, e apenas agradecia. Jessica começou a gemer mais alto. Ela cavalgava sobre Jared com mais força, fazendo ele sentir uma leve dor no abdômen. Eles ouviram um  barulho abafado, como um estalo.

Logo, seus gemidos cessaram. Jared que estava de olhos fechados, até então, sentiu algo pingar em seu rosto. Abriu os olhos e viu Jessica, cuspindo sangue, com um buraco no peito. Seu corpo desfaleceu e ela se inclinou um pouco para lado. Jared teve a visão perfeita de Margot, com uma arma nas mãos, e dela, saindo uma leve fumaça. Margot havia usado o silenciador, justificando o silêncio com que tudo ocorreu.

— Deus! — Ele gritou, se erguendo um pouco da cama, em estado de choque.

Margot andou furiosamente até a cama. Jogou a arma no chão com uma mão e com a outra empurrou o corpo nu de Jessica contra o chão, com toda violência que podia. Jessica levou consigo o lençol, fazendo Jared ficar completamente nu.

— Você está tentando me deixar louca? Você gosta de brincar com meu coração assim, hum? - Ela subiu na cama, ficando de joelhos a frente de Jared, que não acreditava no que acabara de acontecer.  — Você gosta de me machucar assim ?

— Não, amor — Ele respondeu desesperado, atônito, com medo do que Margot poderia fazer com ele naquele estado de fúria. Além das lágrimas, havia insanidade em seus olhos, ele podia ver isso.

Ela trincou os dentes e foi para cima de Jared. Acertava socos em seu peito nu, e urrava como nunca. Ele tentava segurar seus pulsos, mas seus movimentos eram mais rápidos.

— Seu filho da puta! Você usou meu apelido nela.— Ela gritou, golpeando ele mais forte.— Você a chamou de gatinha !

— Não, não, não... — Ele repetia, finalmente conseguindo segurar seus pulsos.

— Eu te ouvi. — Ela soluçou, caindo em lágrimas.— O que você fez? O que você fez? O que você fez ?!

Ela gritou, pulando por cima dele, querendo o bater mais.

— Não, Margot, me escuta. — Ele segurava seus pulsos mais forte.— Me escute!

- O quê?! - Ela parou de se mexer.

— Eu te amo. Jessica não significava nada para mim. Meu olhos estavam fechados, eu estava imaginando você. O único jeito de conseguir fazer aquilo foi imaginando você.

Ela arregalou os olhos, respirando fundo e ofegante. Estava tentando se acalmar.

— Você é a única que eu amei. A única que eu amo. A única que eu amarei. Por toda minha vida. — Ele segurou em seu rosto, e dei pequenas chacoalhadas, para ver se Margot saía do ataque de pânico

Margot chorou mais e encostou sua cabeça na curva do pescoço de Jared, que afagou seus cabelos. Ela soluçava, e soltava pequenos gemidos. Jared ainda tentava entender o que acabara de acontecer.

Eles adormeceram ali,abraçados na cama, enquanto Jessica agonizava e se afogava no próprio sangue.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado
Se gostou, comente, assim posso saber oque está achando da fanfic.

Beijos de purpurina *-*


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