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História Kim Jongin e outros desastres - O que a reputação sente, o carma entende


Escrita por: BloodCherry e Juhvia

Notas do Autor


OLÁAAAAA~
Gente, eu sei que era para ser uma 2shot, mas eu não conseguia fazer um final aceitável e não corrido. Então decidi por adicionar alguns detalhes que eu estavam em mente e fazer um outro capítulo (já que esse não estava ficando como eu imaginei). Sendo assim, terá um próximo e esse, finalmente, será o ultimo (inclusive, já está prontinho lajsdfnlakjsfn qq)
PESSOAL, MUITO OBRIGADA PELO CARINHO NO ULTIMO CAPÍTULO <3
Vocês são uns lindos meus *O*
Tia Okumura, eu sei que havia falado que iria postar na quinta, mas eu tive algumas outras ideias para essa fanfic e decidi estender o tempo para poder colocar todas elas. Não mim mate u.u
TIA CROOKED FEZ ANIVERSÁRIO! Rainha minha, nós não nos esquecemos de ti, ok? Ok u.u SADHFBAHSDBFSDFH PARABÉNS (um pouco atrasado qqq)
VEMK PARA EU TE AFAGAR <3

Boa leitura, gostosos~

Capítulo 2 - O que a reputação sente, o carma entende


 

 

Até então, em toda a minha tenra existência, eu não havia apresentado grandes problemas de interpretação, muito pelo o contrário. A questão então, no entanto, não estava em meu suposto déficit em qualquer que fosse o amontoado de palavras e sua cognição, mas sim se esse mesmo amontoado estava sendo realmente pronunciado.

As sobrancelhas justapuseram-se numa pergunta, no mínimo, descabida.

–Kim Jongin, seja coerente e desligue essa câmera agora!

A única resposta que recebi fora um sorriso travesso, munido de todo aquele ar de superioridade que somente ele tinha, numa persuasão advinda somente dele, e só.

E se Kim Jongin realmente não estava brincando, os contras daquela fantasia adolescente eram mais do que eu poderia suprir. Ou, ao menos, era o meu pensamento naquele momento em que a simples consideração da hipótese está fora de cogitação.

–O que custa fazer isso, Kyung?

– A pergunta certa não seria essa, meu caro. A pergunta correta é: Por que você quer fazer isso? Quer dizer, nós fazemos sexo e tudo o que é para ser visto e desvisto é olhado nesses momentos. O que de tão grandioso há em se assistir?_ De voz mais mansa que eu conseguia perguntar, me virei para si e coloquei os cadernos de escanteio.

Talvez eu estivesse me portando demasiadamente arrisco; quiçá conservador, mas a ideia de uma câmera a filmar meus movimentos em um momento tão íntimo, esquentava meu rosto em uma vergonha adiantada.

Suspirei, balançando a cabeça positivamente para o alargar daquele sorriso radiante. E, para todos os efeitos, suprir um desejo advindo de não sei aonde e vindo de não sei por que, não poderia ser tão pavoroso.

Mesmo que nunca houvesse passado pela minha cabeça de que ele fosse me largar semi desnudo e de pernas abertas em cima da cama para buscar uma filmadora.

–Calma, Hyung... Você vai ver como será gostoso a sensação; como um volver a observar todas as suas ações. _ De voz dois fonemas mais baixa, voltou-se a mim, roçando as pontas dos dedos pelas minhas pernas.

Das coxas até a ponta dos pés, um leve arrepio percorria aonde seus dígitos alcançavam, quase como se me instigasse através das palmas mornas a fazer qualquer loucura que ele maquinava naquele amontoado de cabelos rebeldes.

–Atue para mim.

– Jongin...

Ele voltou a posicionar a câmera num pé de cabra pequeno, esse em cima do criado mudo arrastado com certa pressa, e sorriu vitorioso quando julgou achar o ângulo perfeito. 

Caminhou com os joelhos dobrados até onde eu ainda estava jogado, feito uma boneca de trapos, completamente a dispor de qualquer toque que ele fosse me dar. Entretanto, pouco receptivo àquela pequena luz vermelha que insistia em tremular, vez ou outra.

–Por que você está tão receoso, Hyung? Do que você tem medo?

Exatamente. Do que você tem medo, Do KyungSoo?

Abri minha boca algumas vezes, talvez para inventar qualquer “verdade” que o fizesse entender o quão estranhamente nervoso eu estava, quase como se fosse uma segunda primeira vez.  

Mas assim que senti seu hálito a chocar-se contra minha face, eu apenas deixei as verdades e qualquer coisa que eu fosse inventar para quando seus lábios se desgrudassem dos meus, ou quem sabe alguns selares depois.

Pois seus lábios carnudos chupando minha língua eram minha inegável perdição. E quando nossos lábios juntaram-se desejosos, eu só conseguia pensar no quão boa era a sensação.

Ele inclinou seu corpo por cima do meu; sua pele ardia. E, no fim, eu me encontrava todo esparramando na cama, ardendo igualmente pelos lábios que insistiam em mordiscar todo o meu torso, com seus joelhos a se roçarem na minha ereção.

Jongin arrastava sua língua contra a minha e depois a deslizava para dentro e fora de nossas  bocas, num beijo que me fazia gemer desejoso, completamente sedento por mais e mais.

– J-jongin espe-_ Meus olhos fecharam-se com força, seu corpo se impulsionava contra o meu, reduzindo-me a uma poça de pré-gozo escancarada pela transparência da cueca branca.

E em suas inda e vindas, roçando seu membro coberto no meu, eu apenas murmurava o quanto aquilo era fodidamente gostoso. Gostoso ao ponto de gozar somente com uma mera fricção aliada aos seus lábios nos meus.

Com um  gemido arrastado, Jongin afastou os quadris dos meus, assim como sua boca, fazendo com que um fio de saliva escorresse e fosse para meu queixo.

Ele desfez o beijo e ficou de joelhos na cama para tirar a camisa, encarando-me como se me propusesse um desafio.

Voltei meu olhar para o pontinho vermelho tremulante, pesando-o de novo no quão excitante eram os cabelos levemente molhados de suor.

Quando ele erguera os braços para terminar de se despir, tirei minhas pernas ao seu redor de seu tronco e tencionei em saltar da cama, com uma obstinação latente de acabar com aquele frio incômodo que me dava somente em mentalizar uma filmadora entre nós.

Ou ao menos tentei.  Pois antes mesmo que eu conseguisse sair do maldito foca da câmera e transar como um jovem normal e completamente excitado com o joguinho do “faz não faz”, ele segurou pelo pulso, acariciando as costas da mão levemente.

–Você é tão previsível, Kyung..._ Puxara minha mão,selando-a de forma carinhosa.

E ainda com os lábios nas costas da mão, ele ergueu o olhar e mostrou seus emparelhados naquele maldito sorriso cínico que dizia que tudo iria ser do jeito dele: Sem correr, sem se esconder; só sentir. E a especialidade daquele babacão era causar sensações, fazer você tremer, gemer e pedir por mais e mais de si com os toques nos lugares certos.

Jongin sorrira de modo quase nefasto, numa mudança facial que sempre me deixava em alerta, e me puxara de encontro à cama, pondo-me com os antebraços apoiados no colchão, tão exposto que podia me sentir queimar ao ter seu olhar rumando para o meu ponto mais íntimo.

Coincidentemente com a bunda virada pra maldita câmera. Tudo não planejado por Kim Jongin, de certeza.

–Nossa,  Kyung... Você já está com tanta pressa assim, que já ficou de quatro?_ Lançado-me uma risada abafada, eu tinha vontade de meter-lhe a câmera no ânus.

No entanto, encontrava-me excitado demais para qualquer impropério, optando por remexer levemente os quadris, numa insinuação apimentada em demasiado para Do KyungSoo.

Jongin soltou o ar pesadamente, levando as mãos até meus cabelos, onde abaixara minha calça juntamente com a boxer, até os joelhos. Colocou cada mão em uma banda de minhas nádegas e as apertou com força, afastando-as de jeito com que eu ficasse totalmente à mercê, para que ele fizesse o que bem entendesse. Apertou-as com mais força e me fizera empinar ainda mais o quadril.

Virei minha cabeça levemente, apenas para vê-lo abaixar a cabeça. E quando sua respiração bateu contra minha entrada, arfei contido; ele sabia o quanto eu estava excitado e o contrário era recíproco.

Quando sua língua encostou-se de leve na minha entrada, eu arqueei as costas em um desespero palpável, tão ensandecido ao ponto de levar os dedos até a boca, mordendo-os ali, fechando os olhos fortemente para conter a onda de puro tesão que me estremecia todo.

Pois a verdade estava estampada a partir do momento em que eu empurrei meus quadris para trás; queria sua língua dentro de mim, saindo o entrando o mais fundo que conseguisse.

 Mas o que me foi dado fora um leve tapa em uma das bandas e uma carícia superficial com a língua ali, às vezes colocava-a rapidamente e voltava a lamber superficialmente.

Eu nunca tive uma paciência muito acentuada, ainda mais quando pulsante em excitação, e  quando lancei novamente minha bunda na direção à sua boca,  apenas esperava que ele me desse tudo o que sabia que era capaz de me dar.

–Jongin, parece que você perdeu o jeito da coisa, não é mesmo?! _ Porque mexer com o ego três quartos mais inflado de si era um desporto de risco, mas irremediavelmente eficaz.

Fora questão de segundos depois de minha breve afronta, de dosagem calculada, para que eu pudesse sentir seus dedos a pedirem espaço ali, adentrando-me firmemente, como se me pudessem me transpassar. E advindo de Jongin, eu não duvidaria.

–E agora, Kyung? Melhor assim? Você gosta de firme e sem lubrificação ou prefere que eu te lambuze mais?

Jongin movimentou os dedos dentro de mim sem esperar que eu replicasse qualquer lamúria que fosse. Apertei os olhos ao sentir a ardência aliada à sensação boa que eram seus lábios em minha nuca, desferindo vários beijos molhados e lambidas.

– Hm...  Faz gostoso, Jongin.

E eu poderia até rir – e certamente o faria depois, até perder o fôlego- de minha frase retirada de um vídeo pornô barato, caso não estivesse ocupado demais em lidar com um terceiro de seus dedos e uma mordida no cóccix.

Ele desceu com a boca por minha coluna, causando-me arrepios consecutivos, e eu urrei quando finalmente chegou à minha bunda, adentrando-a com sua língua. Movimentava-a junto com os dedos e, assim, fazia com que eles deslizassem mais fundo e mais fundo dentro de mim, encontrando aquele lugarzinho que me fazia perder qualquer que fosse a coerência que eu já não mais tinha.

Eu já estava insano, gemendo feito louco, num total estado de entorpecência  de Jongin e sua maldita mania de me deixar empoçado de pré gozo.

Kim Jongin sabia como me levar ao extremo, de me fazer ceder, ficar duro com palavras e me fazer endurecer novamente com pouco. Era um fato já consumado.

–Kyung, vem... Eu vou deixar você ter o que tanto quer. _ Deitou-se na cama e bateu a mão no próprio ombro, indicando que eu me fosse até ele.

Meio constrangido, subi em cima do seu corpo e sentei de costas para si, erguendo o quadril. Tivera de me apoiar em seu abdômen quando toda a extensão de seu músculo adentrou-se em mim, me lambrecando todo do jeito que disse que faria e sabia que eu gostava.

Joguei-me pra trás, rebolando contra sua boca. Sua língua entrava e saia tortuosamente, enquanto suas mãos se encontravam em minhas nádegas, me abrindo ainda mais para si, expondo-me de uma maneira que me excitava mais e mais.

–Ah, chega... Agora será do meu jeito, Kyung._ Jongin detinha os lábios vermelhos, sua voz denunciava o quão abastado de estímulos ele estava.

Com o zíper da calça já aberta, eu conseguia vislumbrar o quanto eu também o excitava. Dedilhei levemente sua ereção, sentindo na ponta dos dígitos seu enrijecimento escancarado.

­– Tira isso..._ Murmurei, completamente subjugado pelos lábios carnudos que se mordiscavam a me ver ali, acariciando-o por cima da roupa marcada com a sua excitação.

Levei a ponta da língua sobre o tecido, com meu ego se inflando alguns quartos ao ter seu gemido arrastado.

E assim ele o fez, pegou-me levemente pelos quadris, afastando-me para que retirasse toda a sua roupa. Despindo-se com o olhar fixo nos meus, mostrando-me o quão gostoso era e o quanto sabia que  poderia me fazer chupá-lo somente com a visão de seu membro túrgido, totalmente duro por mim.

Levou a mão até o pênis, cujas veias saltavam-se, denunciando o quão cheio de tesão estava, e masturbou-se para mim. Olhava-me como se quisesse que eu engatinhasse até si e o tomasse todo na boca, dando-o o prazer de me ver gemer somente com o seu próprio gemido.

Jongin, com as mãos ainda sobre o membro, esticou um pouco o braço, pegando a câmera pequena em mãos. A apontou diretamente para o meu rosto e logo depois para o seu pau que começava a escorrer um fio de pré-gozo na ponta.

– Gosta disso, Kyung?_ Sua voz dois tons mais rouquenha.

– Você sabe que sim..._ Respondi direto, fazendo-o repuxar os lábios num quase sorriso.

– E o que você quer fazer agora?

– Eu quero te chupar. Você quer isso?

– Eu quero tanto que meu pau dói só de olhar para essa sua boca.

Olhei fixamente para aquela conhecida luz vermelha, engatinhando na cama como jamais faria, somente para ver Jongin morder os lábios e focá-la completamente em minha performance.

Pois ali, de frente à Jongin e toda a nossa excitação, eu não era o KyungSoo medíocre e de capacidade limitada, cujos pensamentos eram tão confusos que dificilmente conseguiam ser verberados. Ali, com o desejo de Jongin ardendo minha pele e a câmera focada em meu rosto, eu era apenas Do KyungSoo deixando-se levar por todos os instintos que nunca antes tomaram-me conta.

Coloquei minha mão sobre seu pênis, masturbando-o lentamente.  Levei meu dedão até a sua fenda, ziguezagueando todo o pré-gozo acumulado na ponta, aproximando meu rosto apenas para assoprar-lhe a pontinha.

–A- ah, porra! Isso é tão-

– Gostoso?

Passei a língua na ponta e pousei uma das minhas mãos na base de seu membro. Encarei sua face, de os olhos entrecortados e suor escorrendo pela têmpora, e coloquei a glande na boca, passando a massageá-la com a língua.

–Ahh, as-ssim mesmo, Kyung... Hmm

Jongin investia com os quadris levemente, num pedido óbvio para que eu o engolisse mais e mais. E assim eu o fiz; o engoli até aonde eu conseguia, chupando avidamente.  Lambia toda a sua extensão e depois voltava a abrigá-lo dentro da boca, sorvendo de todo o pré gozo expelido cada vez que eu conseguia afundá-lo em minha garganta.

Senti uma de suas mãos se enroscarem nos meus cabelos, levando minha cabeça de encontro à sua pélvis. Eu tentava acompanhar seu ritmo, esfregando minha língua em seu membro e o lambrecando por inteiro o máximo que eu podia.

– Que delícia..._ Largara meus cabelos rispidamente, como se evitando a tentação de foder meus lábios até que se desfizesse neles.

– Jongin, o que acha de largar essa câmera e se ajeitar aqui.

Me esparramei na cama, obstinado a abrir as pernas e mostrar aonde eu queria que se ajeitasse, com todos os gestos que minha atual ousadia tímida permitia que eu demonstrasse.

Quando ele filmou-me ali, no recanto que mal eu me permitia olhar, senti uma onda de calor alastrando-se por cada pingo de suor de minhas têmporas, até que se concentrasse numa contração involuntária.

Abri ainda mais as pernas quando a câmera foi recolocada em seu lugar, e sorri assim que Jongin caminhou de joelhos até mim, me apertando as coxas firmemente.

Eu agarrei nos lençóis até que as pontas dos meus dedos ficassem brancas assim que senti a ponta do seu membro a roçar em minha entrada. Penetrando-me firme, numa estocada precisa, e só.

– V-você está bem?

Voltei meu olhar para sua face regada à tesão, enquanto balançava a cabeça em afirmativo freneticamente. Soltei todo o ar que nem sabia que havia acumulado em meus pulmões, ligeiramente incomodado com a ardência que eu sempre sentia.

Soltara um grunhido quase animalesco, movendo-se assim que eu enrosquei minhas pernas em suas costas.  Seu quadril se chocava com a minha bunda e o barulho provocado misturava-se com os sons dos meus gemidos e todos os arfares que Jongin soltava quando eu apertava minha entrada a cada estocada mais profunda em mim.

Levei minhas mãos até seu peitoral e o empurrei levemente, colocando-me por cima de seu corpo ao direcionar seu membro à minha entrada. Suas mãos pousaram-se nos meus quadris, apertando-os firmemente num tesão dividido por nós dois.

A cada vez que eu subia e descia, mais eu me sentia próximo ao ápice daquilo tudo. Eu estava no limite, excitado demais a visão que era o falo de Jongin sendo engolido por mim, tal como meu membro, esse prestes a se desfazer a cada vez que me movimentava sobre si.

Quando Jongin puxou meus quadris para baixo, a única coisa que pude fazer fora revirar os olhos, de tão intenso fora quando eu gozei sobre seu abdômen. Rebolei algumas vezes, sorvendo o máximo do prazer que era ser tocado num ponto tão gostoso.

–Ahh, eu vou gozar...

Jongin voltou a me pôr debaixo de si, mas, para minha leve surpresa, voltara com a câmera em mim, mirando-a mais uma vez para meu rosto. Com seu desespero quase palpável, envergou-se a coluna, esfregando a ponta do membro em meus lábios, enquanto se tocava rapidamente.

–Ahh...Kyung! _ Deixei que minha língua lhe tocasse a glande, acompanhando-o naquele ápice.

Contraíra o abdômen e jogara a cabeça pra trás, deixando que todo o seu gozo viesse à tona e me lambrecasse todo.

Eu me permitir arfar e Jongin se limitara a gemer contido, tombando para o lado assim que suas pernas cederam-se ao colchão.

Com as respirações descompassadas, apenas deitamos um ao lado do outro, cansados demais para nos movermos minimamente e nos ajeitarmos feito qualquer casal icônico das séries de TV que não éramos.

 Jongin virou o rosto em minha direção, lançando-me uma piscadela, enquanto desligava a câmera.

– Isso, definitivamente, vai para o meu celular...

– É isso que tem a dizer depois que goza a minha cara toda? Nenhum “eu te amo”? Você é um insensível mesmo, dancingboy._  De sorriso nos lábios, Jongin aconchegara minha cabeça em seu peitoral, acariciando meus fios de forma desengonçada.

– Vai dormir, KyungSoo! Você fica irremediavelmente carente após gozar.

E após eu me despedir de uma de suas duas irmãs naquele clima estranho de: “Eu transei com o seu irmão. Me desculpe.” Aliado à um: “Eu sei...” meio envergonhado, eu saí de sua casa meio cambaleante e meio dolorido , praguejando mentalmente todos os possíveis e inimagináveis sinônimos para “seu puto”.

Pois, veja bem, eu tragava comigo sua maldita camisa dos Beatles que, mesmo quase duas vezes maior do que eu, de alguma forma me servia para não dar o desgosto à minha pobre avó de me ver com o maravilhoso odor de Jongin pós orgasmo.

E ao chegar em casa e dormir o restante da tarde, fui acordado com a vibração do celular e Jonginnie, o dancingboy e suas obscenidades.

“Vou te enviar o vídeo.

PS: Caralho, você está muito gostoso nele.”

 

 

(...)

 

 

­– Kyung, meu filho, desça agora para o café ou você chegará atrasado novamente...

Atrasado e provavelmente com uma advertência, pois Kim Jongin era uma má influência e, nos últimos dias, vinha me convencendo a matar todas as primeiras aulas por detrás da quadra de desportos.

No entanto, o motivo de meu quase provável atraso dessa vez não se pautaria em Jongin e seus súbitos ataques de tesão repentinos, mas sim no maldito vídeo que me mandara noite passada e que fora visto por um Kyung meio acordado e meio dormindo no dia seguinte. E acordar com a faceta de um filho de uma puta feito o Kim, não era algo que não me fosse despertar de vez, em todos os sentidos.

Desculpe, vovó, prometo que lavarei as mãos antes de comer.

– Kyung, se você me aparecer aqui com uma intimação do diretor por conta dos atrasos, eu faço questão de saber o que você tanto arruma para fazer nesse seu quarto, moçinho._ Rolei os olhos e abri a porta.

Seus óculos na ponta do nariz nunca estiveram tão adoráveis ao tentar me ameaçar com seu tom de avó responsável.

– Vovó, não faço nada demais, apenas não estava encontrando meu cinto. _ Beijei-lhe a testa e corri as escadas, ouvindo seus gritos a praguejarem meu afobamento matinal e o quanto iria me fazer mal se continuasse a comer enquanto andasse.

Parado em frente à porta de correr, eu apenas rezava para que o professor de física fosse complacente para comigo e me deixasse assistir à aula de revisão para sua prova. Poxa, eu tinha minhas dúvidas.

Assim que bati na porta e ela abriu-se para mim, algo em sua expressão estava errada, assim como todas as outras expressões dos alunos. Eu respirei fundo e ajeitei minha camisa levemente, passando os dedos nos lábios para retirar todo e qualquer resquício de requeijão que poderia vir a ter. Até rumei levemente minha cabeça para baixo a fim de bisbilhotar se  havia fechado devidamente meu zíper.

Vai saber...

– Posso entrar senhor?

– P-pode senhor D.O, entre.

– Obrigado.

E assim passara-se o restante das aulas; recebendo olhadelas que poderiam ser interpretadas de diversas formas, e nenhuma delas fazia o mínimo de sentido. Nem as curiosas, nem as zombeteiras, nem as interesseiras ou as de algo soado como repúdio.

Quando o sinal do intervalo bateu, minha primeira reação fora sair dali o mais rápido que minhas pernas me permitiam. Algo em meu âmago se alertava, mas nada que eu pudesse ter feito nos meus muitos anos de carreira estudantil de pouco destaque escolar poderiam ter surtido tanto efeito e ocasionar em tantas olhadelas de uma só vez.

Ou talvez eu estivesse me encontrando paranóico e Macbeth logo viesse para me atormentar em sua loucura contagiosa e mortal. Era possível também que repentinamente todos tivessem notado meu poder de sedução inegável e logo meu Edward apareceria para afirmar minha condição de nova presa desejada e borrifadora de testosterona.

Assim que cheguei ao refeitório e vislumbrei a cabeleira de Jongin na fila das fichinhas para qualquer uma daquelas comidas gordurosas e refrigerantes com alto teor cancerígeno, algo em mim se aliviara, mesmo que momentaneamente.

–Jongin, tem algo de errado comigo?

– Bom dia para você também, Kyung..._ Soquei-lhe levemente o braço, aflito demais para lidar com seu humor acentuado logo de manhã.

– Fale logo, Jongin!_ Rodei em torno do meu próprio eixo, sentindo-me extremamente estranho ao pedir alguma avaliação logo de quem pedi.

– Sua bunda fica realmente bonita nessa calça...

– Estou falando sério, seu tarado sexual. Tem algo de errado comigo? Sei lá, alguma sujeira em algum lugar chamativo ou até mesmo algo diferente em alguma parte do meu corpo?

– Não, Kyung. Você está absolutamente normal._ Após pegar suas fichinhas, rumou para a outra fila._ Peguei uma coca para você.

– Obrigada. Mas a questão é que todos ficaram olhando estranho para mim o dia inteiro. Eu pensei que estivesse, sei lá, estranho de alguma forma._ Deixei que o refrigerante descesse gelado por minha garganta, tendo os olhos fixos de Jongin em mim.

–Eu tive uma sensação parecida também, mas resolvi ignorar...

– Acho que estamos ficando paranóicos.

E convicto a deixar toda a estranheza daquele dia para trás e acompanhar Jongin até a quadra de basquete para ajudá-lo a levar todas as sacolas grandes de várias bolas até a salinha dos fundos de lá, por um impropério do destino resolvi atentar meu olhar a uma rodinha de três pessoas ao nosso lado, vislumbrando uma cena antes já vista.

Pois ali, bem do meu lado e envolto de diversas risadinhas, estava eu e Kim Jongin em nossa pequena aventura sexual.

Eu gelei dos pés à cabeça, tanta vergonha e indignação que pulsava para todas as partes de mim. Tantas interrogações, que a primeira coisa que fiz foi arrancar aquele celular das mãos de quem quer que fosse e constar que sim, era eu e Jongin realmente ali.  

– O que isso significa?_ Lancei o celular para aqueles que antes assistiam, algumas facetas surpresas e outras debochadas.

– Você e seu namoradinho transando, não é obvio? Não sabia que fazia esses serviços extra- curriculares, Do Kyungsoo. _ E eu poderia fechar minha mão em punho e socar-lhe a cara até que toda a minha raiva e humilhação se dissipassem.

– Cala a sua boca, seu merda!_ Jongin vociferou, acertando-lhe um soco no olho esquerdo daquele cuja memória identificara como Jongdae; um dos jogadores de basquete da escola e parte do clubinho seleto do eles.

– Como você conseguiu isso? ME FALA AGORA, SEU BOSTA!

Assim que olhei para os lados, uma roda de pessoas aglomerava-se, todos desesperados para saber da maior quantidade de informações, assim como registrá-la com seus malditos celulares.

E naquele instante onde tantos olhares parecem se direcionar em sua direção e você acaba descobrindo que todos já sabiam daquilo que você não fazia à menor ideia, a única reação que seu corpo tem é ceder à passividade daquela situação.

Jongin já tinha Jongdae no chão, socando-lhe o rosto diversas e diversas vezes, mas eu não conseguia tirá-lo de cima, nem mandar que continuasse ou pedir ajuda. Eu apenas observava tudo, como se não fosse eu, Jongin e toda a nossa vida exposta na tela dos diversos celulares da escola.

Quando eu pisquei os olhos, eu e Jongin já nos encontrávamos sentados nas cadeiras de espera na sala no diretor.

–KyungSoo, você está bem?_ Sua voz estava falhada.

Quando abaixei meu olhar para si, meu corpo arrepiara-se todo de condolência; suas mãos jaziam levemente feridas.

– E-está doendo?

– Isso?_ Levantou-a em minha direção._ Não se preocupe com isso.

– Obrigado por aquilo, mas não era minha intenção te causar problemas.

Jongin respirou fundo, acariciando levemente minhas mãos ajuntadas em meu próprio colo.

– Kyung, olha, eu não sei o que aconteceu, mas parece que todos já tiveram acesso ao vídeo que a gente fez. Eu sei que no início você não queria gravar, mas nunca foi minha intenção que ele se espalhasse. Era para ser uma coisa nossa, entende? Não sei como isso aconteceu...

– O que... O que a gente faz agora?

– Sei lá, a gente tenta descobrir como vazou e muda para Las Vegas para começarmos uma carreira lá._ Porque Kim Jongin tinha o dom de ser um cuzão em diversos momentos, principalmente nos certos.

– Não estudei para física para isso. Se eu soubesse, tinha poupado meu tempo e minha paciência gravando mais um vídeo para a coletânea.

– Você aprende rápido.

Nossas risadas desgraçadas pelo peso daquela responsabilidade que era ter vazado um vídeo íntimo para aproximadamente mil e quinhentos alunos fora cortada pela presença do diretor. Seus olhos sérios e sobrancelhas franzidas pousaram-se em nós.

Meu peito gelou do abdômen até a ponta do nariz, adormecendo minha face toda num suor gelado. E Jongin, bem, ele balançava as pernas freneticamente, quase como se pudesse perfurar o piso de madeira com a sola dos pés.

– Senhor Do Kyungsoo e Kim Jongin, seus responsáveis já estão a caminho...

 

 

(...)

 

 

Naquele mesmo dia eu tive que encarar minha avó e sua face de espanto e a senhora Kim e sua faceta retorcida em desgosto. Tive que lidar com a vergonha de ver meu próprio vídeo sendo exibido perante a mãe de Jongin e minha segunda mãe. Tive que aturar fungares de narizes, olhares tortos e a adorável senhora Kim a apontar o dedo em riste e murmurar um: “Eu sempre soube que você era má influência para o meu filho. Sempre tão estranho...”

Eu tive que sair da escola e escutar murmúrios cruéis e lidar comigo mesmo e todo o maldito arrependimento que era ter concordado com aquela ideia tão estúpida. Naquele mesmo dia eu morri de raiva de Jongin ao descobrir que ele havia enviado para mim e para mais toda a sua lista de contato nosso vídeo “por engano”.

Naquele dia eu e Jongin não nos olhávamos ao seguir por nossos respectivos rumos, mesmo que nós morássemos um ao lado do outro. E em um ínfimo momento, eu achei que tudo havia terminado. Que eu não tinha mais meu melhor amigo, nem o carinho da minha avó.

 Minha reputação tinha ido por água abaixo, mas ter que lidar com as consequências era um verdadeiro porre de saco, na melhor das hipóteses...

A tela do meu celular brilhara duas horas depois. E toda a raiva antes acumulada continuava ali, mesmo que entulhada em um lugar menos emocional.

“Você está bem?”

 “Acho que sim... Ao menos minha avó não quis contratar um exorcista. E você?”

“Minha mãe se recusa a dirigir qualquer palavra a mim. Ela acha que você me corrompeu. Eu também acho.”

“Ela sabe que você tirou todas as minhas virgindades? Conte para ela e a faça mudar de ideia, meu caro...”

“O que você pretende fazer agora?”

“Boa pergunta. Acho que posso começar pensando em ir ou não à escola amanhã...”

E ali, a partir daquele momento onde toda a sua vida parece um total e completo caos. Onde  toda a minha reputação parece mais defasada do que o meu celular, algo em você precisa se decidir entre o erguer a cabeça e fingir que nada aconteceu, se isolar pelo restante do ano até que outro nude vaze e o seu já não seja tão “tendência mais” ou...

“Jongin... Você ainda tem aquela jaqueta ridícula de couro que eu te dei no Natal de dois mil e doze, não tem?”

Ou dançar conforme a música.

 

 

 


Notas Finais


KASDJFNSLKDJGNDKJFG
Altos limões... Espero que tenha ficado aceitável. Tia Juhvia e eu nos empenhamos muito nele...
Panzitan (que agora mudou de nick, mas sempre será panzitan) espero que tenha gostado *O*
Nos vemos nos comentários?
Beijo na bunda~


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