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História King of Jungle - II - Pai e Mãe


Escrita por: Lexan

Notas do Autor


-x- Se comportem nos comentários, sem críticas com conteúdo de baixo calão e sim construtivas
-x- Aproveitem a história

Capítulo 2 - II - Pai e Mãe


Fanfic / Fanfiction King of Jungle - II - Pai e Mãe

"Shoreline, Washington" - Um dia antes de tudo aquilo ter acontecido

Me chamo Finn, quero escrever essa mensagem para pessoas que são especiais assim como eu, por favor mandem outra mensagem de volta, eu tenho que saber que existe outros como eu, outros em eu possa me desabafar. Eles já estão atrás de mim, eles vão me matar e depois usar minha cabeça como um troféu. Mesmo que é provável que eu esteja morto, POR FAVOR ME MANDE UMA MENSAGEM

 

Consegui acessar a torre de rádio da pequena cidade vizinha de Seattle, estávamos jantando a nossa última refeição na pacata fazenda de meus pais, Beth e Aleksander McCallon, estávamos com medo dos Caçadores nos acharem, cada minuto dávamos uma olhada na janela que ficava de frente com a mesa tentando observar algo suspeito. Estou tão culpado, meus pais não tem nada a ver com essa confusão, eles são humanos normais que estavam pagando pelos meus pecados de ser o que eu sou. Alek estava tão aflito, não parava de tremer, por algumas horas suas ações se resumiram em subir e descer da escada com bagagens, eu tinha feito amigos aqui, amigos que jamais esqueceria, Jason, um dos meus melhores amigos, nem sabia que eu estava partindo não deu tempo, que merda, que merda...!                                                    

Meu pai terminou de colocar as malas na caminhonete e voltou para dentro de casa, finalmente ele terminará de comer o arroz com frango dele, minha mãe estava muito otimista, como sempre foi, ela é um doce de pessoa, diferente é claro do meu pai, mas não o culpo eu arruinei a vida dos dois, após eles descobrirem 4 meses atrás que eu era um mestiço tudo virou de cabeça para baixo, ela apenas tinha olhos para mim " Não devemos nos preocupar, nunca ninguém irá nos derrubar, somos uma família " ela falava descontraído o clima tenso que assolava na fazenda " Mãe, eu nunca irei te perder, farei de tudo parar ficar sempre com você e pai, você também. Eu amo os dois " me declarei e pela primeira vez nesses 4 duro meses vi o meu pai rindo, rindo não, me abraçando, um abraço caloroso que resumia todo o amor ofuscado pelos problemas que ele sentia por mim e no meio de tudo isso esquecemos com quem estávamos lidando.

Até chegar na fazenda formava-se uma trilha de terra que era cercada de postes de luz, Beth ficou parado observando aquela paisagem que iria ser substituída por edifícios de Seattle, mas ela travou de repente, a trilha de luz ia se apagando um por um de cada lado até chegar na cercas de arame que era o muro de nossa fazenda, latidos de cachorros ecoavam na noite escura " Pegue as coisas, eles chegaram" Alek soava frio enquanto pegava as coisas e abria a porta já abraçado com minha mãe, eu estava com tanto medo não conseguia nem respirar direito, os Caçadores são máquinas de matar, entramos na caminhonete e o primeiro tiro foi dado por eles acertando o retrovisor e o quebrando-o, meu pai apenas deu marcha e virou o carro indo de encontro com um segundo caminho, que nem eu sabia da existência, os tiros nos perseguiam fazendo furos na lataria e quebrando os vidros, minha mãe só sabia rezar "Deus nos proteja, Deus nos proteja... " ela repetia agarrada em seu terço. Continuamos o percurso rodeado por uma mata silenciosa e uma noite de lua cheia, parecia que despistamos os assassinos, mas eu repito: NUNCA SUBESTIME UM CAÇADOR, passamos por algo afiado e a roda dianteira rasgou deixando o carro desenfreado e o virando no meio do caminho de terra. 

Do banco de trás percebi a cabeça da minha mãe sangrando " Você está bem? " perguntei, mas ela parecia estar inconsciente, eu olhei para minhas pernas e elas estavam cobertas de sangue, mas a dor não vinha, e o sangue começava a se infiltrar novamente no meu corpo em um processo de regeneração acelerado, eu estava evoluindo, meu pai no banco de motorista gritava sua perna quebrou e AGORA ele estava imóvel, eu comecei a chorar, soluçar, não podia abandoná-los " Ta na hora de sair da adolescência filho, vá "ele juntava forças para falar com lágrimas nos olhos, podíamos ouvir do fundo sirenes alertando que logo os Caçadores chegariam, mas eu não podia abandonar meu pai e minha mãe para morrer, eu sai do carro virado, não senti tanta dor pela adrenalina que proliferava no meu corpo, meu pai abraçou minha mãe e essa cena ficará marcada em minha lembrança eternamente " Você atasanou por 4 meses, agora nos deixe em paz, vá."ele falou segurando a cabeça de minha mãe no seu colo que estava inconsciente, eu corri pela floresta não olhando para trás, eu corri, eu corri segurando todo o meu fôlego, pois seu eu respirasse iria chorar até morrer. Eu corri... sem forças.

A fúria tomou conta de mim e quando vi estava andando de 4, minha coluna se encurvava e pelos dourados cobriam meu corpo, meu maxilar se alongava até formar um focinho com os dentes caninos crescido excessivamente, estava agora transformado pela primeira vez, a fúria animal era tão gostosa, parecia droga, eu esqueci de tudo que passei naquele momento e fiquei na mata com um senso de direção exato até Seattle para um novo começo.

 



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