História Kingdom Days - Seventh Chapter

Yixing e Elizabeth estavam ocultos nas sombras na entrada do reino, esperando pela tal carona que Lay havia falado.

-Mas quem é essa pessoa e por que demora tanto? – indagou Lizzy.

-É um mercador, ele se chama Byun Baekhun. Chegará de viagem hoje com algumas mercadorias e então irei perguntar para ele se pode nos dar uma carona. – disse o garoto fazendo Lizzy se estressar.

-Então você nem o perguntou se ele poderia nos ajudar? – ela esbravejou.

-Não. – ele riu da cara de brava dela – Mas não se preocupe, ele irá nos ajudar. É uma pessoa muito bondosa.

A garota revirou os olhos e eles esperaram por volta de sete minutos quando avistaram Baekhyun vindo a cavalo e Lay foi em sua direção.

-Baek! – ele gritou acenando para ele, que lhe foi devolvido.

-Olá Yixing. Quanto tempo não nos vemos, certo? – ele sorriu.

-Sim! E estou precisando de um favor seu.

-Pode falar, amigo.

-Poderia levar a mim e uma amiga até o outro reino? – Baekhyun o olhou desconfiado – Eu te explicarei tudo no caminho, por favor, só nos ajude.

-Eu irei ajudar, só tenho que entregar essas mercadorias aos meus pais. Amanhã irei partir novamente, então me esperem aqui! – ele disse sorrindo entrando no reino para encontrar seus pais em sua casa.

Ele estava muito feliz e havia imagino o tanto eu deveria ter sido bom para seus pais ficarem juntos. Eles se amavam muito e esse tempo que ficaram juntos só deve ter fortalecido o amor deles. Queria ver isso melhor.

Ao chegar perto da pequena casa viu que as velas ainda estavam acesas por sair luz das janelas, mas ao passar por uma delas não acreditou no que via.

Ele viu seus pais brigando feio. Seu pai gritava palavras de baixo calão para sua mãe, que respondia no mesmo tom. Isso deixou cair uma lágrima do rosto de Baekhyun. Aquilo então era amor? Tudo o que ele acreditava que era esse sentimento havia ido embora. Seus pais so se mostravam apaixonados quando ele estava perto.

A dor em seu coração aumentou quando viu seu pai bater no rosto de sua mãe. O mesmo correu e se enfiou no meio dos dois para os separar.

-Que loucura estão a fazer? – ele perguntou – Vocês não se amam?

-Eu nunca amei sua mãe, Baekhyun. Nem ela me amou. Nós tivemos um casamento arranjado e tínhamos que fazer com que fosse real. Eu nunca amaria uma cadela como essa. – disse seu pai saindo do cômodo, deixando Baek e sua mãe que chorava ali.

-Eu o amava Baekhyun, e achava que poderia mudar o coração dele, mas estava errada... Me perdoe filho...

Ele não acreditava no que via. Sua vida fora algo totalmente falso. O amor realmente existia? Era possível realmente amar alguém?

O garoto sai da casa secando suas lágrimas. Não iria viver mais mentiras. Iria para outro lugar tentar descobrir o que era realmente amar.

Deixou as mercadorias na porta e foi ao encontro de Yixing. Eles iriam embora e seria agora.

Yifan ia a passos rápidos a casa em que encontrara a garota. Ela possivelmente estaria escondida ali com a família e o tolo namorado. Ao chegar ele abre a porta fazendo um estrondo e já perguntando.

-Onde está a garota?

-Não sabemos. – disse Xiumin – E mesmo que soubéssemos não contaríamos a você.

Yifan não satisfeito e irritado com essa resposta, soca a cara de Xiumin e o levanta pela camisa.

-Onde ela está?

-Ele já disse que não sabe, quer parar de ser um maníaco? – disse Tao indo até lá tentando fazer Yifan soltar Xiumin e com isso, recebendo um soco no queixo.

-Não entre em assuntos que não fora chamado, ou pode acabar como seu pai. Morto e enterrado.

Yifan deu mais um soco em Xiumin e o jogou no chão. O mesmo ainda falava que não sabia de nada, mas Yifan não estava feliz com essa resposta. Nesse momento, Kai entra no local vendo tudo isso a acontecer.

-O que estas a fazer Yifan? – ele esbravejou indo até o garoto e o ajudando a se levantar – Não é assim que se trata a população! Você deve a proteger e não praticar o mal! – ele foi na direção de Tao e o ajudou também – Garotos, infelizmente não conheço um médico bom aqui nesse reino, então deixarei um dinheiro aqui para pagar o que o chefe fez com vocês. Podem ficar com o resto. – ele disse deixando um grande saco de dinheiro na pequena mesa e saindo do local puxando Yifan.

-Por que me impediu? Ele estava prestes a me contar! – disse Yifan enquanto andava com JongIn pela cidade.

-Kris, entenda. Nós temos que proteger a população, por isso somos guardas. Você já viu como as pessoas agem comigo e com você? Comigo elas sorriam e acenam, vem até mim, conversam comigo e me dão pequenos presentes, pois sabem que podem contar comigo e que lhes ajudarei. E com você? Elas correm, se escondem, tem medo. – Kris começava a absorver as palavras do outro e via que esteve errado sua vida toda – Você tem esse posto pois deve ser o primeiro que a população tem que contar para proteger, não o primeiro inimigo dela. Você e seus guardas as oprimem, já viu?

Ao virarem, viram um guarda batendo em uma criança.

-Você não pode roubar mesmo se não tiver comido nada o dia inteiro! – disse o guarda.

-Viu? É isso que você faz. Mas ainda tem tempo para a mudança, Kris. Comece agora a protege-los.

Kris se encheu de coragem e foi até eles, separando o guarda da criança. O pequeno o olhou desesperado achando que iria apanhar mais, o que fez Kris ver que todos o viam como um monstro. Ele pegou do outro guarda a comida que a criança havia furtado.

-Tome pequeno e coma. Você precisa disso para crescer bem. – ele disse entregando a maçã para ele, que não havia entendido o resto.

-Obrigado... – ele disse e depois saiu correndo.

-E você. – Yifan se virou para o guarda, este que não entendia o que Yifan havia feito. – Volte para o seu posto e diga aos outros que as coisas mudarão.

O guarda voltou ao seu posto e Yifan foi até Kai, este que tinha um sorriso no rosto.

-O que você viu nos olhos da criança?

-Medo. Ele devia achar que eu era um monstro.

-Exatamente. E não é só ele que acha isso Kris. As crianças são o reflexo da população. Eles acham que você e tudo mais está corrompido. Mas ainda há tempo de mudar e ser o que eles sempre precisaram. A mudança é algo que não devemos ter medo e é preciso saber que até o pior dos bandidos podem mudar. Se quiser, lhe levo ao meu reino para ver como as coisas são por lá, e posso até conseguir que você mude seu posto para lá.

Yifan concordou. Queria ser um herói para sua população, coisa que achava que era, e não o monstro que sempre era. E não havia algo melhor que ficar um tempo com quem era um herói por onde passava.

Kyungsoo ainda estava pela garota. Ela havia o levado para dar uma volta pela floresta e o garoto sabia que estava na hora de contar tudo o que sentia para ela, mas não sabia como. E ainda por cima, tinha medo de ser rejeitado e perder a única amiga que tivera.

Eles pararam em uma clareira de flores e ele sentiu no fundo de seu ser que estava na hora.

-HwaYoung...

-Sim D.o? – ela se virou sorrindo. Os ventos que batiam nos seus cabelos negros a deixavam mais linda e deixavam Kyung mais nervoso.

-Eu guardo isso a muito tempo, mas cheguei à conclusão que tenho que te contar. – ele respirou fundo e começou – Sei que nos conhecemos a pouco tempo, mas desde o dia que nos conhecemos, sempre me senti bem ao chegar perto de ti e poder conversar contigo. Eu nunca soube o que era isso, mas você me lançou um feitiço viciante. Esse feitiço tem tudo a ver com você. Seu cheiro, seu jeito... Eu não consigo mais não pensar em você. Sempre estás em meus pensamentos os rondando. Você fez algo em pouco tempo que ninguém jamais conseguiu. Você conseguiu ter meu coração. Eu me apaixonei por você. Sim, eu sei que sou meio doido de me declarar conhecendo a pessoa a tão pouco tempo, mas parece que te conheço desde sempre. Eu te amo, HwaYoung. Por favor, seja minha.

Kyungsoo estava vermelho e encarava seus pés. Não sabia como a menina estava e tinha medo de saber. As vezes ela estava rindo dele ou achando graça de seus sentimentos, mas não.

Ele sentiu os doces dedos dela em seu queixo, o levantando delicadamente e logo, ela selando os lábios. O beijo era doce, assim como a garota. Era calmo e levava sentimentos que não poderiam ser descritos por simples palavras. O garoto pediu passagem para aprofundar e que lhe fora concedida. Mas este beijo era para ambos o primeiro, mas parecia que eles já haviam se beijado diversas vezes. A boca deles parecia ter sido moldada para se encaixar na do outro, e isso tornava tudo mais mágico.

Kyungsoo percebeu que queria esse sentimento que sentia agora para o resto da vida. As borboletas no estomago, a felicidade e o amor que nunca havia sentido.

Separaram o beijo pelo ar que foi se esgotando e olharam um para os olhos do outro. Os próprios olhos mostravam a felicidade que o sorriso não poderia expressar, ou que palavras poderiam dizer, ou toques que poderiam ter. Estava tudo perfeito.

-Acho que já saber minha resposta, D.o. Devo ser mais louca que ti para concordar. – ela riu fofa, fazendo Kyung selar sua testa.

-Amanhã, fugiremos juntos para um lugar longe daqui, onde poderei ser feliz contigo e você comigo. – ele sorriu e entrelaçou a sua mão com a dela e voltaram o caminho que haviam feito.

-Estarei esperando por ti aqui.

Ao chegarem em frente a casa dela, ela o selou e entrou para dentro de casa. Kyung não conseguia esconder o sorriso no rosto. Iria ter a melhor vida que qualquer ser humano poderia ter.

Seguia seu caminho para voltar ao reino, mas desta vez escutou alguns barulhos, possivelmente um dos vários animais que passavam por ali.

Ele estava amando tudo.

Baekhyun volta ao local enxugando suas lágrimas e fala para os dois que estavam encostados em uma carroça, a garota estava dormindo enquanto Lay andava vendo se alguém viria os capturar.

-Vamos agora, Yixing. – ele disse com a voz embriagada do choro.

-Está tudo bem, amigo?

-Não. Descobri que minha vida é uma farsa e que o amor não existe... – Yixing o abraçou, fazendo Baekhyun cair em lágrimas.

-Vai ficar tudo bem. A vida é como uma onda, com altos e baixos. Com certeza, você vai encontrar seu amor. – ele sorriu e separou o abraço limpando as lágrimas de Baek. –Vamos fazer uma ótima viagem!

Baekhyun sorriu enquanto Lay acordava Lizzy. A mesma se levantou preguiçosamente para que Lay pudesse colocar a carroça no cavalo.

-Baekhun, certo?

-Sim, e a senhorita?

-Elizabeth. Mas me chame de Lizzy. Então, como é esse reino que iremos?

-É simplesmente o melhor lugar que se pode ver. – ele sorriu lembrando de tudo que havia visto.

-Pelo teu sorriso, deves ser mesmo.

Eles ficaram conversando um pouco até que escutaram Lay os chamando para começar a viagem, e quanto menos tempo gastassem, melhor seria.

E assim, a viagem foi iniciada. Talvez por um caminho sem rumo e sem destino sem saber o que viria a seguir, mas eles estavam dispostos a encarar este desafio.

“O destino é algo que não existe. Ele acontece pois nós, humanos, não conseguimos explicar as coisas, então atribuímos tudo a algo sobrenatural para que não seja explicado.

E as vezes, somos vítimas das circunstancias. Às vezes, nós planejamos tal coisa. Às vezes, acontece por acontecer. Mas destino? Não, isso não existe.

O destino é você. Você é quem faz tudo acontecer.”