Despertei com meu corpo sendo balançado, que coisa mais estranha.
- Há meu deus, eu matei ela! – Kevin me segurava em seus braços, e chorava feito um bebe.
- Kevin, você não matou ninguém, ela só desmaiou! – Laura não parava de rir.
- Kevin, eu estou viva. – Falei rindo.
- Lena? – Ele realmente achou que tinha me matado com um soco no nariz?
- Bando de selvagens. – Henrique falava, enquanto levantava do chão e arrumava seu uniforme.
- O que você disse? – Meu sangue estava fervendo, falar de mim tudo bem, agora dos meus amigos eu não admito.
Levantei em um pulo, ele olhou diretamente nos meus olhos. – Eu disse que vocês são um bando de selvagens! – Ele falava lentamente.
- O que? Quem você pensa que é para falar assim de nós? Só por que você é mais inteligente e mais afortunado que nós, você não tem o direito de falar assim com a gente. – Minha voz já tinha subido alguns décimos. – Além de tudo é um ingrato, fui te defender por algo que você tinha feito a mim, e você ainda me trata desse jeito? – Se não me segurarem quem vai dar um soco nele sou eu.
- Calma Lena. – Laura falava, ela e a Ana estavam segurando meu braço.
- Não seja por isso. – Henrique tinha um sorriso sarcástico, ele botou a mão no bolso, pegou um punhado de dinheiro e jogou em minha direção. – Pelo favor, e caso você precise de um médico. – Henrique virou as costas e começou a andar.
Juntei o dinheiro e corri até ele. – Eu não preciso de nada que venha de você, muito menos o seu dinheiro. – Joguei o punhado na cara dele, e voltei para perto dos meus amigos.
- Você fez bem Lena! – Ana batia palmas, Kevin sorria vitorioso.
- Mas com esse dinheiro nós poderíamos ir almoçar uma boa comida. – Disse Laura um tanto quanto desanimada, Ana deu um tapa nela. – Ai! – Exclamou Laura massageando o lugar da batida. – O que foi?
- O que foi? Olha as asneiras que você está dizendo. – Ana, sempre tão madura.
- Não seja por isso Laura, vamos todos almoçar no restaurante do meu pai hoje. – Todos comemoraram.
- Oba! Comida japonesa, adoro. – Ana batia palmas.
- Até hoje me pergunto, como seu pai que não tem nenhum parentesco com japoneses, sabe cozinhar tão bem as comidas japonesas. – Indagou Kevin.
- Há! – Deu uma risadinha. – O melhor amigo dele desde a infância é japonês, foi ele quem ensinou o meu pai. – Todos pareciam ter esclarecido essa grande dúvida.
Depois da aula, onde eu não entendi nem metade do que o professor falou, e isso para mim é normal, fomos até o restaurante do meu pai.
- Pai? – Chamei-o assim que entrei.
- Helena! – Papai sorriu. – Vejo que trouxe companhia. – Ele parecia feliz em ver meus amigos.
- Olá tio. – Disseram Ana e Laura.
- Olá futuro sogro. – Kevin sendo Kevin, meu pai riu. Ele já estava acostumado com o Kevin.
- Kevin! – O repreendi, ele olhou para mim como se nada tivesse acontecido.
- Só falei a pura verdade Lena. – Dei um tapa na cabeça dele.
- Ai. – Ele passou a mão no local onde bati. Todos riram.
- Vamos comer crianças, que o mal de vocês é fome. – Meu pai foi em direção a cozinha.
- Oba! – Laura batia palmas. – A comida do seu pai é a melhor. – Ana e Kevin concordaram.
- Lena, um dia eu vou cozinhar tão bem quanto seu pai. – Kevin falou com convicção, realmente ele cozinhava muito bem, e não sei por qual motivo ele se interessava tanto pela comida japonesa.
- Quem sabe. – Sorri para ele.
- Aqui está! – Meu pai saiu da cozinha com vários pratos.
- Há! Sukiyaki*, minha comida preferida. – Respirei fundo para sentir o maravilhoso aroma que está comida exala.
- Oh! Isso é muito bom! – Kevin parecia espantado. Ana e Laura concordaram.
- Você é o melhor tio. – Ana comentou, meu pai sorria, se tem uma coisa que o deixa feliz, é saber que as pessoas realmente apreciam sua comida.
Estávamos todos conversando com o meu pai sobre cultura japonesa, e tudo o que meu pai aprendeu com seu melhor amigo. Estava tão divertido, eu adorava isso de ver várias pessoas que eu gosto conversando e rindo em perfeita harmonia.
- Alô? – Meu pai falou, assim que o telefone começou a tocar.
- Sim, sou eu mesmo. – Ele franziu o cenho.
- O quê? – Será que aconteceu alguma coisa?
- Não, isso não pode ser verdade! – Meu pai estava branco que nem papel.
- O que aconteceu? – Perguntei assim que ele desligou o telefone, eu e meus amigos estávamos apreensivos.
- Lena... – Meu pai nem conseguia falar direito. – A nossa casa...
- O que tem a nossa casa? – Agarrei seu braço e o sacudi.
- A nossa casa pegou fogo! – Não! Isso não pode ser verdade! A minha casa? E agora onde eu e meu pai vamos morar?
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.